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A queda do último bastião

7 Setembro, 2008
by

Administração Bush nacionaliza os 2 gigantes do crédito hipotecário – Fannie Mae e Freddie Mac. O socialismo atingiu dimensão planetária.

63 comentários leave one →
  1. 7 Setembro, 2008 22:23

    nem tinham outro remédio, eles é que deixaram os bichos crescer, agora se eles caíssem, caiam em cima deles.

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  2. 7 Setembro, 2008 22:30

    O melhor era mesmo um efeito contágio de proporções de 1929. Já nem o paraiso capitalista chega para os “blasfemos”.

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  3. 7 Setembro, 2008 22:50

    Na verdade, é o capitalismo na pior existência. Depois de lucros privados, a falência feita bem público.

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  4. lica permalink
    7 Setembro, 2008 22:52

    se fosse qualquer outro país que fizesse uma nacionalização qualquer era logo rotulado de marxista-comunista e ia logo para a lista negra.

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  5. Anónimo permalink
    7 Setembro, 2008 22:59

    Заводы, вставайте! Шеренги смыкайте!
    На битву шагайте, шагайте, шагайте!
    Проверьте прицел, заряжайте ружьё!
    На бой пролетарий за дело своё!
    На бой пролетарий за дело своё!

    Огонь ленинизма наш путь освещает,
    На штурм капитала весь мир поднимает!
    Два класса столкнулись в последнем бою;
    Наш лозунг – Всемирный Советский Союз!
    Наш лозунг – Всемирный Советский Союз!

    Товарищи в тюрьмах, в застенках холодных
    Вы с нами, вы с нами, хоть нет вас в колоннах,
    Не страшен нам белый фашистский террор,
    Все страны охватит восстанья костёр!
    Все страны охватит восстанья костёр!

    На зов Коминтерна стальными рядами
    Под знамя Советов, под красное знамя.
    Мы красного фронта отряд боевой
    И мы не отступим с пути своего!
    И мы не отступим с пути своего!

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  6. 7 Setembro, 2008 23:35

    Não se trata de socialismo.
    Bem pelo contrário, é o capitalismo mais selvagem a tentar sobreviver a todas as golpadas e misérias que criou por todo o mundo.
    Chegou agora a vez de a castanha lhes rebentar na boca.
    Até o Obama já diz que “vai ter de tratar o assunto com o máximo cuidado”
    Pudera! Vai ser este o principal assunto da campamha eleitoral americana: ver quem dá mais às famílias super-endividadas e aos fundos de pensões que desapareceram de uma hora para a outra.
    Este é um desatre de dimensões globais.
    Ainda mal começou.
    São péssimas notícias para a Ue e par aPortugal, qq que seja o próximo governo…
    Até me parece que quem estiver perto de um governo , de um local de tomada de decisões, vai pensar que mais lhe valia ter seguido a carreira de endireita.
    MFerrer

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  7. dragão azul permalink
    7 Setembro, 2008 23:51

    “Hurray for Chavéz”

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  8. Miguel Lopes permalink
    7 Setembro, 2008 23:51

    Tenha lá paciência caro LR…
    Nacionalizar dívida e risco nada tem a ver com socialismo. Isso já é o desespero.

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  9. JoaoMiranda permalink
    8 Setembro, 2008 00:01

    ««Nacionalizar dívida e risco nada tem a ver com socialismo.»»

    Explique lá porquê?

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  10. 8 Setembro, 2008 00:32

    Explique lá porquê?

    No socialismo eram fuzilados porque não tinham cumprido o plano quinquenal.
    Aqui:

    The executives and board of directors of both institutions are being replaced. Herb Allison, the former head of the TIAA-CREF retirement investment fund, was selected to head Fannie Mae, and David Moffett, a former vice chairman of US Bancorp, was picked to head Freddie Mac.

    Paulson was careful not to blame Daniel Mudd, the outgoing CEO of Fannie Mae, or Freddie Mac’s departing CEO Richard Syron for the companies’ current problems. While both men are being removed as the top executives, they have been asked to remain for an unspecified period to help with the transition

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  11. 8 Setembro, 2008 00:42

    Oh JM vc leu a notícia toda? Mesmo?
    Então isto trata-se de uma nacionalização?
    Não é apenas uma “intervenção” estatal para remodelar a gerência e tratar de minimizar os destroços, em época de eleições?
    Veja lá!
    Olhe que a maioria dos famosos créditos mal- parados e hiper-valorizados mas suportados por coisa alguma, já tinham a aval do Tesouro americano. Por isso puderam ser transaccionados como “obrigações” das empresas.
    E essas duas empresas tinham vários Lobbies a trabalhar para eles no sentido de os proteger num mercado que sabiam tinham envenenado.
    A isto não se chama socializar ou nacionalizar, a isto chama-se compadrio e tentativa de minimizar os estragos…
    Só espero que os nossos bancos não tenham comido “the hook, the line and the sinker”
    MFerrer

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  12. JoaoMiranda permalink*
    8 Setembro, 2008 00:48

    Caro MFerrer,

    Só nos sistemas socialistas é que o risco privado é colectivizado à força. Nos sistemas capitalistas, o risco privado é assumido por cada um.

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  13. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 00:51

    O que é interessante é que, alguns dos responsáveis por esta nacionalização, irão, sem problemas de maior, a continuar a trabalhar no sector, nas mesmas instituições e… Para o governo! Fantástica solução! Melhor era impossível.

    Mas as declarações do “submarino-mor” são curiosas, em vários pontos, mas este em especial:

    “Together, this four part program is the best means of protecting our markets and the taxpayers from the systemic risk posed by the current financial condition of the GSEs. Because the GSEs are in conservatorship, they will no longer be managed with a strategy to maximize common shareholder returns, a strategy which historically encouraged risk-taking.”

    O que é a negação completa daquilo para que servem os mercados: risk taking and pricing. É a completa inversão do espírito empreendor americano, transformando-o numa espécie de URSS de terceira categoria.

    É que os mercados, nas opiniões deste novo Senhor do Universo, assumem riscos para maximizar os retornos dos investidores e isso é mau.

    Estou a ver que para estes novos Senhores do Universo, bom, bom, é o estado garantir sempre o retorno a alguns investidores, simultaneamente reduzindo-lhes os riscos. O Gross mostrou quem manda no sistema americano. Não os eleitores e cidadãos americanos mas os detentores de parte do capital, que domina o sistema.

    O que é paradigmático é que, parecendo, o governo está a reduzir o risco, na prática aumentou-o. A factura virá lá mais para a frente, após a euforia inicial dos que, na Sexta-Feira, foram informados desta decisão do governo americano e aproveitaram para comprar, enquanto os mercados europeus estavam abertos.

    Enfim, mas como nos tem mostrado inúmeras vezes a História, quando se mistura política com bancos e/ou banqueiros, e o sistema é demasiado corrupto, as revoluções acontecem. E não me admirava nada que um dia os bolcheviques dominassem os próprios USA.

    Vai ficar-nos caro fechar os olhos a este sistema completamente corrupto, imoral e desequilibrado. Os ricos garantem os seus lucros, com o risco eliminado por parte do governo; os pobres pagarão estes truques, através dos impostos e de mais altas taxas de juro. Pelo menos!

    Go Yankee, Go!

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  14. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 00:54

    A citação que eu referi anteriormente foi retirada desta notícia da Bloomberg:

    http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601087&sid=aDipiKDdhfSI&refer=home

    Mil desculpas pelo esquecimento da fonte.

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  15. 8 Setembro, 2008 00:58

    Pergunta …nos sistemas socialistas (…)o risco privado é colectivizado à força? Nos sistemas capitalistas, o risco privado é assumido por cada um?

    Resposta:
    En 1968, el Gobierno decidió privatizarla y en 1970 creó la agencia Freddie Mac para tener un duopolio en lugar de un monopolio en manos privadas. Ambas agencias pasaron a ser GSE (entidades privadas patrocinadas por el Gobierno, en sus siglas en inglés) en las que existía cierta garantía implícita del Gobierno federal.

    Crear entidades privadas con respaldo público -aunque no sea un respaldo explícito- es crear riesgo moral, ya que sus accionistas privados tienen un mayor incentivo a tomar más riesgo sabiendo que si sale mal el Gobierno vendrá al rescate.

    Sin embargo, estas dos agencias, aun siendo privadas, están muy reguladas, lo que limita mucho los riesgos que pueden tomar. Compran hipotecas a los bancos sólo si cumplen unos requisitos de calidad elevados, y garantizan emisiones de bonos de titulización hipotecarios de los bancos sólo si obtienen una clasificación crediticia elevada. Es decir, no tienen nada que ver con el escándalo de los créditos hipotecarios subprime, ya que ni pueden comprarlos ni garantizar sus titulizaciones, especialmente tras su grave problema contable de hace años.

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  16. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 00:59

    Os menos informados, face à ameaça chantagista, daqueles que tinham obrigação de gerir bem o risco e os seus recursos, baterão palmas a esta solução anti-mercados abertos e concorrenciais. Ou seja, a carneirada foi parasitada durante os desmandos dos maus investidores e agora pagará também o prémio das más decisões destes maus investidores.

    O sistema é perfeito. Aproveitamos quando formamos bolhas e ganhamos quando estas rebentam. A carneirada pagará e até ficará feliz por pagar, porque é chantageada. lololololololol

    Cada vez acredito menos na capacidade das massas para saberem tomar boas decisões. Enfim…

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  17. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 01:03

    “Sin embargo, estas dos agencias, aun siendo privadas, están muy reguladas, lo que limita mucho los riesgos que pueden tomar. Compran hipotecas a los bancos sólo si cumplen unos requisitos de calidad elevados, y garantizan emisiones de bonos de titulización hipotecarios de los bancos sólo si obtienen una clasificación crediticia elevada.”

    Tanto limitou que tiveram que ser nacionalizadas, para evitar o colapso de alguns maus investidores. ahahahahahah

    E ainda há quem acredite em tudo o que lê ou os políticos lhes vendem! lololololol

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  18. Miguel Lopes permalink
    8 Setembro, 2008 01:09

    “Explique lá porquê?”

    Vou replicar a sua mistificação.

    “Só nos sistemas socialistas é que o risco privado é colectivizado à força.”

    Não caro João Miranda. Um governo socialista pode nacionalizar os lucros. Se tiver que nacionalizar as dívidas a jusante que advém de um lucro que foi privado, é porque a montante, falhou na regulação.

    Diga-se ainda que uma sociedade financeira ou uma instituição de crédito não são mercearias.
    Só as mercearias é que podem correr o risco de ir à falência.

    Cumprimentos

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  19. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 01:14

    “Diga-se ainda que uma sociedade financeira ou uma instituição de crédito não são mercearias.
    Só as mercearias é que podem correr o risco de ir à falência.”

    lolololololol

    Os bancários muito gostam de se armar em especiais. ahahahahah

    Os bancos podem e devem ir à falência.

    Se eles ficam grandes demais e envolvem-se em risco que não conseguem comportar, só há duas soluções. Ou regula-se e limita-se o seu tamanho e risco; ou deixa-se fechar, que assim para a próxima aprendem a não se armarem em mais espertos que os demais agentes económicos.

    É este tipo de chantagem psicológica que encaixa bem nos socialistas.

    Posso amanhã comprar tudo o que possa, se possivel muito alavancado, que o Estado garante o meu retorno? Se me responderem que sim, eu contribuo com a minha parte para restaurar a liquidez no sistema. ahahhahaahhah

    Go Banker, Go!

    PM Pior ainda. Os responsáveis por trapacear autoridades, investidores e os mercados continuarão a colaborar com o governo, nessas instituições. E levarão bónus pelo fim-do-ano, também? 🙂

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  20. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 01:16

    Nunca uma imagem foi tão simbólica do tipo de sistema criado nos USA como esta:

    🙂

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  21. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 01:26

    Coisas do passado:

    Agora passa a funcionar à moda fascizoide.

    Primeiro compra-se dívida hipotecária barata com dinheiro do Estado, emprestado pelo Estado a baixas taxas de juro. Depois lança-se o medo e o pânico junto da carneirada. Depois coloca-se alguém de confiança no governo. Depois nacionaliza-se essa mesma dívida, garantindo lucros chorudos, aos que compraram essa dívida com o dinheiro do próprio Estado!

    Há quem lhe chame a isto engenharia financeira. Eu só conheço uma expressão para este tipo de actividades batoteiras: actividade criminosa muito bem organizada.

    Julgo que o Tony Soprano à beira destes piratas de Wall Street é um aprendiz de feiticeiro. lololololololol

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  22. Miguel Lopes permalink
    8 Setembro, 2008 01:34

    “ou deixa-se fechar, que assim para a próxima aprendem a não se armarem em mais espertos que os demais agentes económicos.”

    E as consequências disso?!?

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  23. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 01:42

    “E as consequências disso?!?”

    São as mesmas que se retiram do fecho das fábricas texteis, por exemplo.

    Se os meninos bancários não querem assumir a sua responsabilidade na má gestão que fazem, só têm duas soluções. ou aceitam que os mercados financeiros sejam fortemente regulados ou assumem os erros e fecham as portas, na bancarrota.

    Agora, estes meninos irresponsáveis, que gostam de brincar com os mercados, clamando a toda a hora por liberalizações totais do funcionamento dos mercados, depois são putos que não assumem as suas responsabilidades…

    Lá está. Se querem que não exista tantas más consequências da má gestão dos bancos, limitem-lhes as actividades. Assim, quando eles fazem asneiras, pagam pela sua azelhice. E por outro lado, ensina a carneirada a meditar muito bem quando empresta dinheiro à camarilha dos bancos.

    Querem o sol na eira e a chuva no nabal? É nestas alturas que se vê que os bancários só são liberais quando lhes trás vantagens. Mas quando ser-se liberal implica assumir erros, aí bate-se palmas às medidas socialistas. O Medeiros Ferreira deve estar-se a rir disto tudo. Ele pode dizer: “- Eu não voz dizia que muitos pseudo-liberais acabariam por pedir a intervenção do Estado?”

    Santa Paciência! O pior é que, empurrando o problema com a barriga não o elimina. Apenas adia a resolução do problema e torna esta ainda mais cara e problemática. A Grande Depressão pode ser adiada mas não evitada. E quando não se admite uma pequena crise, ela quando vier será ainda maior.

    Esperem e verão. O futuro é já amanhã! 😉

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  24. Miguel Lopes permalink
    8 Setembro, 2008 01:55

    “São as mesmas que se retiram do fecho das fábricas texteis, por exemplo.”

    Não são.

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  25. Luis Moreira permalink
    8 Setembro, 2008 02:05

    O Miguel Lopes está habituado a sentar-se um piso acima da casa forte ! Anti-Comuna, devia deixar o JM estender-se ao comprido.Ele ainda tentou mas você veio em seu auxílio.Foi pena ,porque ele ía explicar direitinho,como os US estão no caminho do socialismo.Enfim,você é um desmancha prazeres!

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  26. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 02:11

    “Não são.”

    Não são para os bancários. Para as famílias dos operários texteis são-no.

    Essa chantagem que é feita aos espíritos mais simplórios funciona até determinado ponto. Mas à medida que se vai enchendo o balão… Ele quanto mais ar tiver maior será o estoiro.

    Este salvamento de alguns paleyrs pouco mais irá fazer que ainda agudizer o problema. De duas formas. Ou o Estado americano passará a ser tido como o banco mexicano do norte e depois terão taxas de juro mais altas; ou até mesmo irão viver uma depressão deflacionista, pois o prémio chorudo que é pago a tipos como o Gross, acabará por ser pago pelos restantes agentes do mercado.

    Há quem nos queira convencer que os bancos não são negócios como os demais. Se querem esse tipo de tratamento, então aceitem uma actividade reguladora enorme e pesados constrangimentos à sua actividade. A começar pelos capitais próprios exigidos.

    Mas se se fala aos meninos bancários que brincar com dinheiro, alavancagens enormes e dinheiro criado do nada implica riscos, ou limitações à actividade, aí eles arrepiam-se e dizem-se adeptos dos mercados livres.

    Então se querem ter uma actividade considerada especial, aceitem limitações à actividade. É que é vendido à carneirada que mercados mais abertos, livres e sem constrangimentos, permite uma maior eficiência de recursos, logo custos económicos menores, demonstrem que assim o é. Porque, infelizmente, a liberalização total da actividade bancária implica mais custos e não menores, como é vendido pelos bancários.

    Mas, enfim, há sempre simplórios que acreditam na palavra do sector bancário, como se este não visasse, apenas e só, a defesa dos seus interesses. À custa dos demais. Chama-se a isso parasitagem. Ou ladroagem, que para mim vai dar ao mesmo.

    Go Banker, go!

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  27. jasmine permalink
    8 Setembro, 2008 05:33

    Todos dias devia haver um debate assim na televisão, quando não, aqui. À falta disso, olha, aprende-se aos bocadinhos ali em resistir.info/
    http://resistir.info/
    que nos transporta a Wall Street
    http://online.wsj.com/article/SB122073255846107191.html?mod=hpp_us_whats_news
    como à Rádio Popular
    http://www.radiomundial.com.ve/yvke/noticia.php?10942
    com este
    Joseph Nastasi
    Caracas, Venezuela – Sábado, 6 de Sep de 2008. 11:13 pm
    Como es posible que el estado intervenga en el pais promulgador del libre mercado, del capitalismo salvaje, del neoliberalismo ¿acaso todo esto esta fracasando? por otro lado me parece bien que un estado se preocupe por la salud financiera de un pais y que no lo deje en manos del mercado, espero que esta medida evite que miles de familia en los EEUU pierdan sus casas, pero deberia servirle de lección a todo estos intelectualoides que piensa que la mano del mercado lo soluciona todo

    Dizendo claro o que os caros amigos aí dizem, também.
    E até parece que não há coisa mais bela que a Economia, semelhante ao que se ouve em muitas cantigas de Amor.

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  28. Anónimo permalink
    8 Setembro, 2008 07:55

    Nao consigo imaginar o que seria se milhoes de americanos que descontaram anos e anos para fundos privados para pensoes descobrissem que nao tinham reforma nenhuma porque faliu tudo.

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  29. 8 Setembro, 2008 08:16

    “Nao consigo imaginar o que seria se milhoes de americanos que descontaram anos e anos para fundos privados para pensoes descobrissem que nao tinham reforma nenhuma porque faliu tudo.”

    Se faliu tudo, não vão ter mesmo nenhuma reforma, seja pública ou privada.

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  30. 8 Setembro, 2008 08:21

    “Não caro João Miranda. Um governo socialista pode nacionalizar os lucros. Se tiver que nacionalizar as dívidas a jusante que advém de um lucro que foi privado, é porque a montante, falhou na regulação.”

    Isso é o mesmo que dizer que é proibido entrar na bancarrota. O que o governo e/ou o congresso americano fizeram, neste e noutros casos, foi oferecer um seguro contra falências aos clientes destas entidades. Agora, é pagar a indemnização. Ora, pagar por pagar, nacionaliza-se. Talvez agora tenham o bom senso de desfazê-las ou reprivatizá-las sem as mesmas garantias que tinham antes. O crédito à habitação de alto risco vai ficar mais caro.

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  31. 8 Setembro, 2008 08:25

    “Há quem nos queira convencer que os bancos não são negócios como os demais. Se querem esse tipo de tratamento, então aceitem uma actividade reguladora enorme e pesados constrangimentos à sua actividade. A começar pelos capitais próprios exigidos.”

    O problema é que o regulador sabe. geralmente, muito pouco do que regula e depois cria aqueles monstros de burocracia que tornam as actividades impraticáveis. Prefiro a hipótese de deixar falir, sempre que for o caso.

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  32. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 08:26

    “Nao consigo imaginar o que seria se milhoes de americanos que descontaram anos e anos para fundos privados para pensoes descobrissem que nao tinham reforma nenhuma porque faliu tudo.”

    Lá vem a chantagem psicológica sobre os trabalhadores para salvar o coiro aos que fizeram asneiras.

    Vc. não consegue imaginar porque poucos fundos de pensões dos trabalhadores faliam com a falência dos maus capitalistas e gestores.

    Pelo contrário, a generalidade dos fundos de pensões dos trabalhadores serão os perdedores com este tipo de soluções, já que as obrigações do Estado (maioria das posições nos portefolios deste tipo de fundos) serão as penalizadas e verão cair os seus preços.

    Usando-se a chantagem psicológica sobre os mais fracos, no fundo defende-se os mais ricos e á custa destes mesmos trabalhadores.

    Que sistema económico é este, em que são sempre os mesmos de sempre a pagar pelas asneiras das suas más élites económicas?

    Sem falar que os impostos serão pagos, na generalidade pelos trabalhadores, eles que pagam impostos que aqueles que agora foram salvos pelo governo americano.

    Muita demagogia se usa em nome dos trabalhadores. Quando eu vejo os que menos se importam com os trabalhadores a usarem os interesses destes para defenderem os próprios interesses dos que mais tarde pedirão contenções salariais para travar a inflação…

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  33. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 08:31

    “O problema é que o regulador sabe. geralmente, muito pouco do que regula e depois cria aqueles monstros de burocracia que tornam as actividades impraticáveis. Prefiro a hipótese de deixar falir, sempre que for o caso.”

    Pois. O problema é que os próprios maus gestores nem sabem aquilo que têm em mãos. Leia-se, em balanço. Como se comprova pelos últimos 12 meses. 😉

    Regule-se, caro JCD. Ponha-se limites às actuais práticas bancárias e financeiras, por parte de determinados players, pois andam a brincar com dinheiro alheio, dinheiro criado do nada e alavancagens típicas de hedge funds e não bancos.

    Isto quando estoirar tudo mesmo, vai ser o bom e o bonito. À medida que alguns bancos vão crescendo, no futuro, nem um Estado como o americano terá capacidade para salvar um mastodonte planetário. É uma questão de tempo até que estejamos completamente arrasados, devido à má gestão de muitos bancos. É apenas e só uma mera questão de tempo.

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  34. Lusitana Antiga Liberdade permalink
    8 Setembro, 2008 08:38

    Já não era sem tempo que o Estado intervinha!

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  35. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 09:04

    Quem são os maiores accionistas das instituições salvas? Fundos de pensões dos trabalhadores?

    Serão mesmo?

    Então atente-se:

    http://moneycentral.msn.com/ownership?Symbol=FNM

    http://moneycentral.msn.com/ownership?Symbol=FRE

    Mas o governo americano não se esquece dos amigos:

    “Bancos com posições “significativas” na Fannie Mae e Fraddie Mac vão receber ajuda

    Os reguladores dos Estados Unidos da América anunciaram que irão ajudar a desenvolver planos para restaurar o capital dos bancos com uma participação “significativa” na Fannie Mae e Fraddie Mac, depois de a administração Bush ter assumido o controlo das duas gigantes do financiamento imobiliário do país.”

    E as obrigações hipotecárias destas instituições são detidas por fundos de pensões dos trabalhadores? Ou não serão antes a famosa PIMCO, japoneses e chineses e mais uma catraifada de investidores, que nada têm a ver com os trabalhadores?

    Mas os trabalhadores irão pagar isto tudo. Através dos seus impostos, através da queda do valor dos seus activos obrigacionistas e através de mais inflação, que corroi o seu nível de vida.

    Isso, isso, usem os trabalhadores para salvarem os bancos, investidores que controlam as máquinas partidárias americanas, etc.

    É triste ao que chegou o sistema financeiro mundial. É que, as perdas são tantas, que são vários anos de lucros que se espatifaram em pouco tempo. E ainda me querem convencer que salvar esta gente que cria autênticas bombas ao retardador, que nem sequer sabem o que verdadeiramente é este tipo de investimentos, e lhes deixa ao sabor dos seus interesses? Se hoje é o mercado hipotecário, amanhã será outro qualquer. Esta gente tem especial gosto por brincar aos casinos com o dinheiro alheio, em especial do Estado.

    Corte-se as asas a estes meninos e ponham-nos a trabalhar como os demais, que a vida não pode ser dura apenas para uma grande parte dos cidadãos. ,-)

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  36. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 09:07

    Faltou a fonte da notícia, que me esqueci:

    http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/internacional/empresas/pt/desarrollo/1162346.html

    Mil desculpas a todos.

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  37. JoaoMiranda permalink*
    8 Setembro, 2008 09:20

    ««Não caro João Miranda. Um governo socialista pode nacionalizar os lucros. Se tiver que nacionalizar as dívidas a jusante que advém de um lucro que foi privado, é porque a montante, falhou na regulação.»»

    O que se estava a discutir é se impedir as empresas de falir nacionalizando-as é ou não uma opção tipicamente socialista. É óbvio que é. Num sistema capitalista, a responsabilidade pelas empresas é limitada aos seus accionistas. Se os acionistas não conseguirem resolver o problemas, terão que ir à falência. Só nos regimes capitalistas é que os problemas de uma empresa são problemas de todas a gente e o dinheiro público tem que intervir.

    ««Diga-se ainda que uma sociedade financeira ou uma instituição de crédito não são mercearias.
    Só as mercearias é que podem correr o risco de ir à falência.»»

    Num regime socialista, admito que sim. Num regime capitalista, não podem existir empresas com direitos especiais. Num regime capitalista o risco é sempre da responsabiliade dos accionistas e não do Estado.

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  38. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 09:39

    “O que se estava a discutir é se impedir as empresas de falir nacionalizando-as é ou não uma opção tipicamente socialista. É óbvio que é. Num sistema capitalista, a responsabilidade pelas empresas é limitada aos seus accionistas.”

    Accionistas e gestores, pois cada vez mais, os accionistas mandam cada vez menos neste tipo de corporações.

    O pior é que são sempre os mesmos a pagar as asneiras dos mesmos de sempre também. Parece que muita gente já se esqueceu que há bem pouco tempo, o mesmo tipo de intervenções estatais foi usado para salvar o coiro a muita gente. Ou esquecem-se ou ignoram, que ainda é pior.

    É que o Estado, ao intervir como está, na prática está a dizer aos maus agentes do mercado: façam o que fizer, nós usaremos sempre o dinheiro dos contribuintes para vos salvar as barracadas que fazeis! E assim, cada vez mais haverá deste tipo de crises.

    Relembremos aos mais ignorantes:

    “The savings and loan crisis of the 1980s and 1990s (commonly referred to as the S&L crisis) was the failure of 747 savings and loan associations (S&Ls) in the United States. The ultimate cost of the crisis is estimated to have totaled around USD$160.1 billion, about $124.6 billion of which was directly paid for by the U.S. government—that is, the U.S. taxpayer, either directly or through charges on their savings and loan accounts[1]—which contributed to the large budget deficits of the early 1990s. The resulting taxpayer bailout ended up being even larger than it would have been because moral hazard and adverse selection incentives compounded the system’s losses. [2]”

    In http://en.wikipedia.org/wiki/Savings_and_Loan_crisis

    Lembram-se do Clintom subir a carga fiscal para acabar com os défices? Quem pagou os lucros chorudos dos que fizeram as borradas? Os mesmos de sempre. Ou seja, os pagadores de impostos. Que por acaso, é a classe média americana a que mais paga impostos. Até em termos relativos, paga mais impostos o motorista de alguns banqueiros que o próprio banqueiro.

    É claro que isto um dia irá correr mesmo mal. E vamos ter os bolcheviques no poder, na Casa Branca! Pufffa!

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  39. Anónimo permalink
    8 Setembro, 2008 09:48

    As bolsas reagem positivas à noticia por isso deve ser uma coisa boa. O mercado é que sabe.

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  40. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 09:55

    “As bolsas reagem positivas à noticia por isso deve ser uma coisa boa. O mercado é que sabe.”

    Daqui a 12 meses se verá se o mercado gostou desta acção estatal. 😉

    Escreva isto que lhe vou dizer. Os diversos Estados vão ter muito que nacionalizar, para salvar o sistema das pesadas perdas. Se não for já no curto prazo, será no médio ou longo prazo. Mas nessa altura, vai tudo andar com as calças na mão. Ai vão, vão.

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  41. Anónimo permalink
    8 Setembro, 2008 09:58

    Também financeiras com os nomes de Fannie e Freddie o que é que se podia esperar? Estava-se mesmo a ver que eram um bocado cabeças no ar, mais para a borga.

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  42. lucklucky permalink
    8 Setembro, 2008 10:06

    A Fannie e o Freddie não são empresas como outras quaisquer. São produtos do New Deal e quando foram “privatizadas”-entre aspas porque uma grande parte da administração está ligada aos Partidos especialmente o Democrata- mantiveram privilégios como regras mais laxistas para concessão de empréstimos entre outras.
    Sempre foi assumido que o “estado pagaria” caso algo corresse mal. Não há talvez melhor exemplo de Social Democracia na América.

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  43. 8 Setembro, 2008 10:13

    Caro AC,

    O grande problema é que os pseudo-liberais portugueses vão demorar ainda uns meses a perceber o que se passa verdadeiramente e depois, como efectivamente são meninos, vão encontrar desculpas esfarrapadas.

    Entretanto, AC, felecito-o por ser um dos primeiros na blogosfera a perceber o que se está a passar no sector financeiro nos EUA. Porem, eu já conheço esta realidade há cerca de 1 ano. É tudo uma questão de fontes.

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  44. Anónimo permalink
    8 Setembro, 2008 10:25

    As bolsas debem andar em ondas positivas porque o Anti-comuna também anda com renovadas energías…

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  45. the chimp who can comment permalink
    8 Setembro, 2008 11:40

    O Paulson há uns tempos não era o chefão da Goldman Sachs?

    hmmmm…

    Acho que estou a ver o esquema, quando uma bolha rebenta, enche-se outra o mais depressa possível e a festa continua mais um bocadinho.

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  46. anti-comuna permalink
    8 Setembro, 2008 11:45

    “O Paulson há uns tempos não era o chefão da Goldman Sachs?”

    Era. Porquê que acha que foi metido no governo? Para este tipo de jogadas… 😉

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  47. anom permalink
    8 Setembro, 2008 12:07

    num estado socialista não se espera pela má gestão e falcatrua levem uma empresa à falência para a nacionalizar. Isso é uma opção capitalista.

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  48. 8 Setembro, 2008 13:35

    Socialismo de elite ou elite de socialismo? Eis a questão.
    Realmente a cambada dos meninos intocáveis vai levar a que isto acabe mal mesmo…
    Ainda iremos precisar de um New Deal(er) a dar cartas

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  49. jose ferreira da silva permalink
    8 Setembro, 2008 14:07

    Trata-se da confirmação de que as regras do liberalismo não são iguais para todos e quando não estão bem mudam-se.

    A adminstração americana esta ainda à procura de 27 MIL MILHOES de euros de produtos derivados vendidos na europa e que ainda naõ deram sinal de vida ( ou morte , para o seu proprietario).Quem é que terá esta fava?

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  50. ferro permalink
    8 Setembro, 2008 14:35

    esperemos as proximas lições de moral com que os EUA irão presentear chavez

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  51. 8 Setembro, 2008 14:56

    Os comentários resumem-se em 3 preferências pessoais: socialismo; capitalismo; e capitalismo capado. Qualquer preferência é legítima, mas a imensa maioria dos indivíduos prefere o capitalismo capado, porque é o mais compatível com a felicidade de todos e de cada um. Têm algum problema com isso?

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  52. 8 Setembro, 2008 15:50

    O socialismo atingiu dimensão planetária? Não terá sido antes o capitalismo de mão estendida (ou de risco zero, como queiram)?

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  53. roy permalink
    8 Setembro, 2008 16:18

    Não estou certo que a administração americana tivesse usado a mesma estratégia num contexto que não fosse pré-eleitoral. Esta medida de GW Bush foi o melhor apoio que podia ter dado ao seu “fellow” McCain. Isso e passar ao largo da Convenção Republicana.

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  54. 8 Setembro, 2008 16:45

    Qual dimensão planetária! Nem sem ser planetária! Hoje já nem sequer é uma utopia. Depois das experiências do socialismo real, que deram sempre o mesmo resultado, como era óbvio, o socialismo é uma maldade. As pessoas nunca quiseram, não querem, nem vão querer socialismo. O socialismo é coisa que só pode ser imposta. E tem os resultados dramáticos e miseráveis que se sabe.

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  55. Tribunus permalink
    8 Setembro, 2008 17:25

    E a socialização do BCP? não vos agonia? aquilo está a correr o sitema bancario nacional………..porque não è vendido às fatias?

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  56. 9 Setembro, 2008 07:39

    Am,

    “Os comentários resumem-se em 3 preferências pessoais: socialismo; capitalismo; e capitalismo capado. Qualquer preferência é legítima, mas a imensa maioria dos indivíduos prefere o capitalismo capado, porque é o mais compatível com a felicidade de todos e de cada um. Têm algum problema com isso?”

    Por mim, tenho. O capitalismo capado não se reproduz. Sobrará apenas o socialismo.

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  57. 9 Setembro, 2008 09:54

    E a opinião do João Miranda?

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  58. 9 Setembro, 2008 11:22

    nada melhor do que os factos. o socialismo real suicidou-se. o capitalismo é uma abstracção radical. mais ou menos regulado, o que há em quase todo o mundo é um capitalismo social democrata.

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  59. ANTONIO SAMEIRO permalink
    10 Setembro, 2008 06:09

    SEJAMOS CLAROS,
    OS USA ESTÃO CONTAMINADOS PELO CAPITALISMO SALOÍO-
    SE DA LUCRO E DOS ACIONISTAS,SE DA PREJUIZO E DE NOS TODOS…..
    AGUENTEN-SR SOZINHOS.N~QO ESTOU SUPER ENDIVIDADO

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  60. 10 Setembro, 2008 19:16

    hão-de os bloguistas desta “casa” presumir a gargalhada quando me ocorreu ligar, no contexto desta notícia, o bushismo militante (nada blasfemo, diga-se) do Blasfémias ao fundamentalismo liberal do mesmo Blasfémias (por vezes nada blasfemo, de tão crente).

    Falta agora, no mesmo âmbito, ler a crítica aos investimentos estatais no enorme acelerador em demanda do big bang. não há investimento na reconstrução de um Eden? Não há aqui um vil enfoque? Espero que desmontem esta vileza estatizante …

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  61. 5 Dezembro, 2011 11:34

    What a really good piece!

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