Arrufos
12 Setembro, 2008
O meu amigo Rui A. cada vez escreve melhor. Lamentavelmente, no entanto, cada vez tem menos razão. Deve ser das companhias. Não sei se o contexto faz o homem mas, neste caso, estou tentado a acreditar que o desfaz, certamente. Que isto de andar longe da casa que ajudou a fazer, ao que parece, trouxe-lhe uns compagnons de route demasiado estranhos.
Volta quanto antes, Rui, que te estragas e és bom demais para isso.
24 comentários
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Esclarecimento:
Como este desbafo-resposta foi público e antes que surjam interpretações descabidas, aviso que o Rui anda fora de Portugal.
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Caro(a) amigo(a)
O presidente da CE do Conselho da Administração da EDP, ufano e sorridente, acabou de apresentar as contas do grupo referentes ao 1º semestre de 2008. E, de acordo com essas contas, a EDP obteve, em apenas 6 meses, lucros de 962,4 milhões de euros antes de impostos, o que representa um aumento de 44% relativamente aos obtidos em idêntico período de 2007. Como os impostos a pagar subiram apenas 4% ( a taxa efectiva desceu 7 postos percentuais), apesar dos lucros terem aumentado 44%, os lucros líquidos cresceram 56,6%, e os lucros a distribuir aos accionistas subiram 66,6%
Neste estudo, para além desta análise dos resultados das contas apresentadas pela EDP, mostro que esses elevadíssimos lucros são conseguidos à custa de preços de electricidade impostos pela empresa a mais de 4 milhões de consumidores domésticos que são superiores entre 16,4% e 21,1% aos preços médios da União Europeia. Nessa análise utilizo os preços de electricidade sem impostos, porque são aqueles que revertem integralmente para as
empresas e que constituem a fonte dos seus elevadíssimos lucros.
Para toda esta situação tem contado não só a passividade do governo mas fundamentalmente o comportamento colaborante da própria entidade reguladora, a ERSE, que no lugar de exercer uma fiscalização actuante, tem até apresentado propostas que só beneficiam a empresa, de que são exemplos a proposta das dívidas incobráveis da EDP serem pagas pelos consumidores que pagam, assim como a relativa à chamada tarifa social que analiso no meu
estudo.
Apesar destes elevadíssimos lucros a EDP prepara-se para tentar impor em 2009 um aumento de preços várias superior à subida dos salários, com a justificação da existência de um elevado défice tarifário. É de prever que para isso conte com o apoio da ERSE. A campanha com esse objectivo já começou em vários órgãos de comunicação social.
Espero que este estudo possa ser útil.
Com consideração
Eugénio Rosa
Economista
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Obrigado ao Sócrates, que por aqui deve andar, ou seu acólito, por me ter eliminado o post, em nome da liberdade de expressão, pois claro.
José Carvalho
Servente
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É mais difícil ser livre do que puxar a uma carroça. Isto é tão evidente que receio ofender-vos. Porque puxar uma carroça é ser puxado por ela pela razão de haver ordens para puxar, ou haver carroça para ser puxada. Ou ser mesmo um passatempo passar o tempo puxando. Mas ser livre é inventar a razão de tudo sem haver absolutamente razão nenhuma para nada. É ser senhor total de si quando se é senhoreado. É darmo-nos inteiramente sem nos darmos absolutamente nada. É ser-se o mesmo, sendo-se outro. É ser-se sem se ser. Assim, pois, tudo é complicado outra vez. É mesmo possível que sofra aqui e ali de um pouco de engasgamento. Mas só a estupidez se não engasga, ó meritíssimos, na sua forma de ser quadrúpede, como vós o deveis saber.
Vergílio Ferreira
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Excelente argumento do CAA a refutar a tese do Rui A. (e da esmagadora maioria dos liberais clássicos, já agora).
Aposto que o Rui A. nem saberá como treplicar, tal a força e a substância dos argumentos do CAA sobre o tema.
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“Volta quanto antes, Rui, que te estragas e és bom de mais para isso.”
O Rui melhora a escrita o CAA pelo contrário manda cada tranbolhão gramatical; então não é que:
Volta quanto antes… que te estragas e és bom de!mais!? para isso.
Essa sintace mete medo, acredite.
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Tal como CAA diz, o Rui escreve cada vez melhor. Escreveu na perfeição sobre liberalismo e religião. Mas esta parte “Desse ponto de vista, nada há a temer: as sociedades ocidentais já produziram e incorporaram o laicismo e a tolerância suficientes, e geraram um número mais do que suficiente de incréus capazes de se organizarem e constituírem as suas próprias instituições educativas. Mas que elas sejam alternativas às tradicionais e não substitutivas, como parece estar a acontecer entre nós.” faltava elucidar com alguns exemplos…
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O regime Monopolista das empresas públicas,semi-públicas são,na realidade,visto os preços que praticam quando comparados com os outros países da UE, mais um imposto que todos pagamos!
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Caro CAA
Obrigado por ter linkado o excelente post de R.Albuquerque, o qual de outro modo ter-me-ia passado ao lado. Quanto aos vossos “ismos”, divirtam-se muito com eles, já que a eu e muitos outros pouco tempo perdemos em guerras de Alecrim e Majerona.
Já agora, permita-me a questão: como pretendo o CAA e outros ateus e anti-religiosos, edificar uma sociedade de mercado livre e isento de regulação estatal sem a ética moral cristã, ou de outra força espiritual com igual importância moral e institucional?
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Já que se fala em arrumar mobilia que tal o CAA emigrar para o arrastão?
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Carlos,
Pega lá mais um:
http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2008/09/verdade-cincia-e-religio.html.
Abç.,
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«como pretendo o CAA e outros ateus e anti-religiosos, edificar uma sociedade de mercado livre e isento de regulação estatal sem a ética moral cristã, ou de outra força espiritual com igual importância moral e institucional?»
Sei lá?! Talvez de acordo com o Mises, o Hayek e muitos outros da Escola de Chicago, quase todos «ateus e anti-religiosos» tenebrosos e sisnistros…
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Digo ‘sinistros’, antes que venha aí o alucinado das correcções…
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depois de “de mais”, agora é “sisnistros”.
Sem adjectivos para qualificar as suas atitudes.
Eliminar comentários. O que é isso?
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Já aqui estou..
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E alucinado é o senhor..
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ironico como se acusou o islão de obscurantismo e atraso genérico e depois acaba-se a morder o próprio rabo em tão pouco tempo.
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“Sei lá?! Talvez de acordo com o Mises, o Hayek e muitos outros da Escola de Chicago, quase todos «ateus e anti-religiosos» tenebrosos e sisnistros” – CAA
“Since we owe the order of our society to a tradition of rules
which we only imperfectly understand, all progress must
be based on tradition. We must build on tradition and can
only tinker with its products” – Hayek
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Leitura recomendada ao CAA:
Click to access 17_1_2.pdf
Hayek on Tradition, por Edward Feser
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Olivia,
Conheço bem essas posições. Mas o respeito pela tradição não era o que estava em causa no comentário a que respondi. E embora Hayek, nos anos 70-80, se tivesse aproximado de João Paulo II, a verdade é que foi ateu toda a vida.
Tal como tantos e tantos liberais (se calhar era a costela hebraica de que falou uma vez um pobre tolinho que agora anda aí a tentar espreitar novamente).
Mas isso não é importante – sabe porquê? Porque uma coisa (a religião de cada um) nada tem a ver com a outra (o liberalismo em que se sente).
Mas agradeço-lhe o texto que agora li.
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Caríssima Olivia!
Não vale a pena ser, sequer, utilitária com o seráfico jacobino CAA aquando destas recaídas no seu vazio antropologico!
Repare que diz CAA “Mas o respeito pela tradição não era o que estava em causa no comentário a que respondi. E embora Hayek, nos anos 70-80, se tivesse aproximado de João Paulo II, a verdade é que foi ateu toda a vida.” Ou seja CAA salta do comentário do Rui A, que não se refere à gnose mas tão simplesmente à ortodoxia dos valores, para a quase Gnose “foi ateu toda a vida” com atrevida ignorancia ressalvada “não era o que estava em causa no comentário”.
Depois conclui com a sua habitual densidade de argumentos…”Mas isso não é importante…”
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Justiniano,
Leu mal. Ou, então, bem mas interpretou deficientemente.
O que ressalta do texto do Rui a que eu, nesta posta, estava a responder, era o post-scriptum. Aí, expressamente, o Rui fala em ‘ateísmo’ e o contexto do texto restante vai ainda mais longe nesse sentido.
Donde, V. não tem razão nenhuma e a discussão que eu estava a ter com a Olívia e um outro comentador tinha toda a razão de ser.
Só mais uma coisa: ‘seráfico’ é que não…
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CAA!
Leu mal! Ou, então, não soube interpretar o que eu disse à Olivia, o Post do Rui A, o segundo post do Rui A (11 link), o comentária da Olivia e a citação de Hayek!
Provavelmente, não foi o ressalto do texto mas sim o arremesso do mesmo que lhe aturdiu as ideias…
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CAA deves pensar que deus só cagou neurónios para ti, que parvinho com amania de esperto
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