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VIVA A REPÚBLICA !

5 Outubro, 2008
by

ELE JÁ É CONDE
(republicação de um texto anteriormente publicado aqui e aqui)

«Quando era menino resvalei em algumas simpatias monárquicas. Depois cresci. Na adolescência, um episódio foi fatal: dois amigos zangaram-se. Logo tomei partido, porque, esclareci com a limpidez que a idade obrigava, o ‘outro’ se tinha portado como “um imbecil”.
Fui olhado com censura – “devias lembrar-te”, disseram-me, “que, apesar de ter a nossa idade, ele já é Conde”.
Naquela frase sintetizou-se a essência da fé monárquica: eles acreditam piamente que o acaso do nascimento lhes deve propiciar um acervo de privilégios face ao cidadão comum destituído de certificado de ‘pedigree’.
Pergunto – se existem ideais monárquicos, se há uma ‘utopia realista’ feita de princípios que a qualificam enquanto percepção do País, como explicar que os adeptos da monarquia se reduzam aos que julgam ser oriundos de famílias ditas fidalgas?
Em boa verdade, não me recordo de um só monárquico que não avocasse reiteradamente uma suposta ascendência nobre, mesmo remota. (*) E raramente vi outra estirpe para além de pressurosos candidatos a aristocratas.
Não há uma questão de regime entre nós. Também por isso, a imposição constitucional da forma republicana de Governo é escusada e apenas gera capital de queixa. Sou, até, pela realização de um referendo – serviria para que muitos percebessem, de uma vez por todas, a caricatura que são os nossos aspirantes a fidalgos. O que muito beneficiaria a direita política, que tanto tem sofrido com a sua omnipresença irremediavelmente bolorenta.»

(*) Após a publicação desse artigo em Fevereiro deste ano, por email e em comentários, alguns cidadãos (perdão…) garantiram-me que não reclamavam ascendência aristocrática e que, contudo, padeciam do ideal monárquico. A maioria desdizia-se logo no próprio esforço de justificação. Outros estariam a ser verdadeiros – demonstrando que a excepção tem a utilidade de identificar a regra.

63 comentários leave one →
  1. António Lemos Soares permalink
    5 Outubro, 2008 17:05

    Mais uma vez as comemorações da implantação da República aproximam-se do habitual fiasco. Ninguém vai à rua comemorar esta festa de 5 de Outubro. Talvez as pessoas percebam, apesar de toda a propaganda republicana, que nada há na verdade a festejar. Em quase 100 anos de República o panorama é de facto desolador:

    a) – 16 anos de terrorismo de Estado, repressão e policia política;

    b) – 48 anos de autoritarismo de Estado, repressão e policia política;

    c) – 34 anos que ainda é muito cedo para comentar, mas que não parecem deixar o povo português (no qual eu me incluo orgulhosamente, sem mancha de qualquer origem aristocrática conhecida) particularmente feliz.

    A questão do regime só se colocará quando a República que temos ou outra qualquer que vier, tiver a coragem de referendar a matéria. Até lá nada há a fazer, a não ser esperar pacientemente que os portugueses sejam chamados a decidir em liberdade.
    Envio ao meu amigo republicano Dr. Carlos de Abreu Amorim um pequeno texto de Agostinho da Siva, num livro denominado “Viva a República! Viva o Rei!» que vai de encontro, segundo penso, a muitas das ideias que sei que perfilha de coração.

    «O regime de que o mundo precisa para sair do atoleiro em que está metido é realmente o da Monarquia Portuguesa anterior a D. João I (este já bastante infectado de Europa) […] Essa monarquia, na primeira fase a da “Freguesia” ou “Paróquia”, primeiro lugar de convivência com o sobrenatural. Acima disso, o município, clara e inteiramente “republicano”. Como “coordenador geral” e inspirador o Rei […]».

    Viva Portugal! Viva o Rei!

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  2. Xelb permalink
    5 Outubro, 2008 17:05

    O 5 DE OUTUBRO ATIRADO PARA O ESQUECIMENTO

    Diz-se que a história é contada pelos vencedores e é verdade.
    É uma inevitabilidade. Todas as histórias que fazem a História são, sem excepção, o que alguém que venceu decidiu contar e talvez mais importante ainda, aquilo que decidiu esquecer. Neste caso aquilo que se decidiu esquecer, onde existe uma verdadeira conspiração do silêncio por parte da República (não sei se a Monarquia fez o mesmo), tem a ver com o “outro” 5 de Outubro, o de 1143. Aquele em que se assinou o Tratado de Zamora e que por isso é a data a partir da qual começou a contar o tempo de Portugal como país independente. Faz hoje precisamente 865 anos.
    O de 1910 foi muito importante sim senhor, foi como todos aprendemos na primária o “dia da implantação da República”.
    Mas não foi mais que uma mudança de regime só possível porque existiu o de 1143, que é, o verdadeiro “Dia da Independência”.

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  3. 5 Outubro, 2008 17:23

    Comigo aconteceu algo de semelhante.
    Tomei partido por um porque o ‘outro’ se tinha portado como “um imbecil”.
    Fui olhado com censura – “devias lembrar-te”, disseram-me, “que, apesar de ter a nossa idade, ele já é RICO”. O pai dele, um “fura vidas” tinha descoberto vária maneiras de ganhar dinheiro, que a falta de regulação, uma espécie de liberalismo, lhe tinha permitido, como acontecia antigamente, mas hoje essa falta de regulação só é acessível a banqueiros e afins.
    Naquela frase sintetizou-se a essência da fé liberal: eles acreditam piamente que o acaso dos negócios, comprar barato e vender caro, a que chamam Mercado, lhes deve propiciar um acervo de privilégios face ao cidadão comum.

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  4. 5 Outubro, 2008 17:24

    Excelente texto!

    Também o antecedente (de JPLN9 que reputo de muito simples e esclarecedor (por vezes, esquecemo-nos de coisas simples, perdios que estamos nos nossos raciocínios abstractos)

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  5. 5 Outubro, 2008 17:34

    Quando era puto, também passei por situações dessas na minha rua. No meu caso, em vez do privilegiado ser filho de conde, era filho do senhor doutor.
    A diferença é que a malta toda também quis ser doutor quando fosse grande… e a maioria foi-o.
    Alguns até estarão no desemprego.

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  6. Carlos III permalink
    5 Outubro, 2008 17:40

    Monarquia ou República, não vejo grande diferença no plano político (poderia haver outros planos de discussão que, de momento não vêm ao caso). Seria como discutir vinho branco ou vinho tinto… o que importa é que seja bom!
    Agora quanto a esses aristocratas, condes e marqueses, admito até que a monarquia pudesse dar base legal para uma limpeza não étnica, mas social: faziam uma lei da nobreza, entendida apenas como mérito e serviço público e corriam com um ponta-pé no traseiro toda essa imbecilidade snob que por ai pulula.
    By the way, creio que para esses convencidos, monarquia ou república é, no fundo, igual: continuam a exibir livremente as suas vaidades e os seus brasões qualquer que seja o regime. Com a vantagem de que na República não pagam imposto (disseram-me que em Inglaterra quem quer usar brasão pintado na porta da casa ou do carro tem que pagar um imposto).

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  7. 5 Outubro, 2008 17:42

    Parabéns Q.

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  8. 5 Outubro, 2008 18:05

    CAA,

    “Fui olhado com censura – “devias lembrar-te”, disseram-me, “que, apesar de ter a nossa idade, ele já é Conde”.”

    Antes eram “condes” hoje são “Champalimaud”, “Mello”, “Azevedo”.

    Com a pequena diferença que antes, a maioria das vezes eram prebendas que enchiam o ego de alguns tolos a preço reduzido; hoje, são em grande medida a enumeração dos plutocratas da república, engordados a expensas do erário público.

    “A maioria desdizia-se logo no próprio esforço de justificação. Outros estariam a ser verdadeiros – demonstrando que a excepção tem a utilidade de identificar a regra.”

    Estou no grupo dos últimos. Mas, veja-se lá, que a excepção não se vá tornando na regra… 🙂

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  9. Joao Carlos permalink
    5 Outubro, 2008 18:12

    Este artigo não foi publicado no ano passado ? pelo menos a historia do menino que tinha um amigo que era conde, ai que trauma….é a mesma.

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  10. 5 Outubro, 2008 18:16

    João Luís Pinto,

    Costumo dizer que a maior falha da República em Portugal é nunca se ter livrado de alguns defeitos da monarquia – uma Corte, uma lógica de prebendas, o esvaziar do princípio da igualdade na acção do Estado que favorece quem quer em detrimento do interesse público (veja-se o Lisboagate e a defesa despudorada que esses “artistas” tem tido por parte de quase todos). A República também tem, infelizmente, os seus candidatos a fidalgos e tão ridículos como os anteriores.

    Mas, ainda assim, prefiro uma República com defeitos à pomposidade pindérica de uma monarquia à portuguesa.

    Hoje, ao ouvir o (bom) discurso de Cavaco, dei por mim a pensar que ele foi eleito, veio de uma família humilde, fez-se à sua custa – todo o contrário do que uma monarquia é e ensina.

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  11. 5 Outubro, 2008 18:19

    Custou mas arribou.
    Registo a vergonha dos tais 99% em comemorar o aniversário da República.

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  12. 5 Outubro, 2008 18:19

    João Carlos (de Bourbon y vice-versa???),

    «Este artigo não foi publicado no ano passado ? pelo menos a historia do menino que tinha um amigo que era conde, ai que trauma….é a mesma.»

    Suponho-o monárquico. Não porque se tenha afirmado como tal – mas pelas suas evidentes dificuldades em ler o cabeçalho do texto e pela indolência que exala do seu raciocínio.

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  13. 5 Outubro, 2008 18:23

    «Registo a vergonha dos tais 99% em comemorar o aniversário da República.»

    Este ‘argumento’ está errado e é perigoso. Os monárquicos usam-no anualmente sem o pensarem, como é seu timbre.

    Repare-se: quem é que se lembra do 1º de Dezembro de 1640? E do 14 de Agosto de 1385? Alguém já viu em período de normalidade os portugueses a comemorarem alguma coisa fora dos centros comerciais?

    É que essa razão cobre todos os lados…

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  14. 5 Outubro, 2008 18:24

    O comentário nº 13 também é para o meu amigo António Lemos Soares.

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  15. 5 Outubro, 2008 18:41

    CAA,

    A questão é que esse principio da “igualdade” nunca foi reclamado pela monarquia, ao contrário da república que dele faz apanágio, e que proclama sempre que pode. Logo é tão mais grave quando a segunda cai no cenário que temos, e que não é assim tão exclusivo luso.

    É que pares do Reino pindéricos e sem ter onde cair de mortos havia muitos, eventualmente só com o título a que se agarrarem. Já a “corte republicana” é outra conversa…

    “Mas, ainda assim, prefiro uma República com defeitos à pomposidade pindérica de uma monarquia à portuguesa.”

    Sinceramente, não vejo grandes diferenças para além do cerimonial.

    “Hoje, ao ouvir o (bom) discurso de Cavaco, dei por mim a pensar que ele foi eleito, veio de uma família humilde, fez-se à sua custa – todo o contrário do que uma monarquia é e ensina.”

    Foi eleito por um sindicato de voto que há décadas se engorda à custa do erário público (patrocinando entretanto inúmeros cortesãos republicanos), e em que teve o mérito (esse inegável) de conseguir ascender à liderança e nela se manter (ou manter influência).

    Não é preciso também pesquisar muito no passado para ver os méritos e o brilhantismo (aliás, com reconhecimento que julgo partilharmos 😉 ) dos que se lhe antecederam…

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  16. 5 Outubro, 2008 18:58

    «Fui olhado com censura – “devias lembrar-te”, disseram-me, “que, apesar de ter a nossa idade, ele já é Conde”.»

    Bem que podiam ter dito que ele é era o dono da bola. Para uma criança a importância talvez até fosse maior.

    Como o João Luís Pinto lembra: «Antes eram “condes” hoje são “Champalimaud”, “Mello”, “Azevedo”.»
    E você reconhece: «A República também tem, infelizmente, os seus candidatos a fidalgos e tão ridículos como os anteriores.»

    “Eles andem aí” e parece-me que, qualquer que seja regime vigente, por aqui andarão.

    «Repare-se: quem é que se lembra do 1º de Dezembro de 1640? E do 14 de Agosto de 1385? Alguém já viu em período de normalidade os portugueses a comemorarem alguma coisa fora dos centros comerciais?»

    CAA, fazendo (pelo menos) parte da sua vida em Braga, pensei que soubesse mais das suas tradições e da sua história relativamente recente. Fazendo parte da UM, também pensei que soubesse qual a origem do Enterro da Gata (e porque razão não é “Queima das Fitas”) e da existência histórica de outros fenómenos sociais, de natureza estudantil, da cidade de Braga.
    Embora partilhe destes seus ideais republicanos, este foi um tiro ao lado.

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  17. 5 Outubro, 2008 19:01

    «“Hoje, ao ouvir o (bom) discurso de Cavaco, dei por mim a pensar que ele foi eleito, veio de uma família humilde, fez-se à sua custa – todo o contrário do que uma monarquia é e ensina.”»

    É. Calhou de não estar por lá nenhuma vaquinha. A única diferença entre este e o outro que passeia em cima de tartarugas, é que este poupa uns euros em viagens.

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  18. António Lemos Soares permalink
    5 Outubro, 2008 19:03

    Por acaso, eu até festejo as três datas que refere e não é em centros comerciais:

    a) – 14 de Agosto de 1385: data da Batalha de Aljubarrota (devia ser feriado e não é!);

    b) – 1 de Dezembro de 1640: data da Restauração; não da Independência que essa nunca se perdeu de Iure, mas da República! Que preferiu ter um Rei português a submeter-se a um Rei estranho e ilegitimo;

    c) – 5 de Outubro de 1143: data da assinatura do Tratado de Zamora.

    PS- As comemorações habituais da implantação da República de 1910 começam a meter dó até a um monárquico como eu.

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  19. 5 Outubro, 2008 19:11

    «“Hoje, ao ouvir o (bom) discurso de Cavaco, dei por mim a pensar que ele foi eleito, veio de uma família humilde, fez-se à sua custa – todo o contrário do que uma monarquia é e ensina.”»

    Mas isso não faz do sr. silva um bom político… aliás foi o que mais machadas deu na soberania nacional… veja-se Maastricht…

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  20. Carlos III permalink
    5 Outubro, 2008 19:15

    Mr. Antonio Lemos Soares,

    Manda a prudencia que não se ofenda a Espanha…

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  21. 5 Outubro, 2008 19:22

    Graças a “Deus” sou laico, sportingista e REPUBLICANO…

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  22. 5 Outubro, 2008 19:24

    a 1′ República foi uma catástrofe na economia (inflação astronómica, desemprego, emigração como nunca,) grande guerra, repressão-engraçado:não falam nas polícias políticas piores k a pide, políticos assassinados- a célebre charrette!- roubos à igreja. Estas verdades só não ditas devido à subserviência rastejante a certos srs feudais republicanos actuais.

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  23. António Lemos Soares permalink
    5 Outubro, 2008 19:28

    Mr. Carlos III:

    Não tenho nada contra Espanha. Recordo-lhe apenas um velho ditado português que diz:

    «Cada um em sua casa manda tanto, que até depois de morto são necessários quatro para o tirarem de lá».

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  24. Anónimo permalink
    5 Outubro, 2008 19:29

    A vantagem da monarquia é que o rei não tem de competir com o governo e como tl não faz política. Por exemplo um rei nunca em tempo de crise dos bancos sugeria que os politicos não dizem a verdade. Seria ruinoso.

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  25. Anónimo permalink
    5 Outubro, 2008 19:30

    A monarquia tem as suas vantagens, mas tem maiores desvantagens. Se o rei for um idiota, tem que se atura o idiota sem nada puder fazer.

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  26. António Lemos Soares permalink
    5 Outubro, 2008 19:43

    Anónimo 25:

    Os Sr.s: Hitler, Stalin, Ceasescu, etc., etc., foram idiotas de primeira! Não eram Reis e os alemães, soviéticos e romenos, tiveram que os aturar sem nada poder fazer.

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  27. Xico permalink
    5 Outubro, 2008 19:48

    Caro CAA
    A questão do 5 de Outubro não está em escolher um rei ou um presidente. O reino unido, a Suécia, a Espanha, são repúblicas há muito tempo. A diferença está só no chefe de estado.
    A 5 de Outubro derrubou-se o rei e substitui-se por um presidente. O regime continuou republicano como já era. A revolução fez-se porque se pretendia melhorar Portugal e o entrave era o rei como então se dizia. Cem anos depois todos sabemos, que o entrave eram os partidos e os porcos que mamam das tetas da política. Tal como agora. O 5 de Outubro trouxe-nos assim os piores regimes de que há memória em Portugal. A Iª e a IIª repúblicas. Só com o 25 de Abril se retomou a ordem democrática derrubada a 5 de Outubro.
    Como republicano, com rei ou sem ele, considero abjecto o 5 de Outubro.

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  28. Anónimo permalink
    5 Outubro, 2008 19:51

    26 para resolver o problema tiveram que usar a força. É isso mesmo que quero dizer. Se tiverem um idiota como rei a solução para o depor será dificil. Ou o aturam ou é uma chatice. Mesmo que a idiotice fosse apenas andar sempre nos copos ou gastar dinheiro à toa.

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  29. Carlos III permalink
    5 Outubro, 2008 20:23

    Mr. CAA,

    Apoio os valores republicanos, mas apenas num contexto historicista. Não podemos esquecer que a “grande “ Republica Romana (SPQR) baseava o seu poder na infra-estrutura da escravatura e que, durante séculos, a República de Veneza foi uma república aristocrática. A nossa República foi um fenómeno interessante sobretudo do (esquecido) ponto de vista cultural. Aliás, creio que conseguiu vingar mais pelo cansaço “monárquico” do que pelos méritos revolucionários. E a prova é que cedo deixou cair a máscara (vg. a brutal repressão dos movimentos populares e operários de 1911) e revelou a sua vocação burguesa: os meios de produção continuaram na mão de quem já os detinha. O que mudou? O papel de embrulho.
    Concordando eu com o texto em geral, creio que o Mr. CAA confunde 2 coisas: as doutrinas monárquicas que, concordemos ou não com elas, tiveram como defensores intelectuais brilhantes; e o “snobismo” social que se agarra, num processo onanista, aos ritualismos monárquicos que satisfazem o seu “ego”. O Salazar percebeu isso muito bem e por isso deu rédea larga a esses “monárquicos” que sabia serem, no fundo, inofensivos.
    A mania da nobreza é típica de amplos sectores da classe média portuguesa desde há muitos séculos: os oficiais ingleses das Campanhas Peninsulares referiam já essa mania. Mas não é só em Portugal: do que eu conheço de repúblicas europeias (França, Itália e Alemanha) por lá existe também esse tipo de snobismo dos títulos e brasões que se reflecte sobejamente em inúmeras “revistas de sociedade” ou cor-de-rosa. Duvido, porém, que num regime monárquico essa gente conseguisse obter mais privilégios do que aqueles que já desfruta. Do ponto de vista político, porém, o fenómeno é irrelevante. A antiga classe da nobreza das Cortes é hoje encarnada pela plutocracia, como bem recorda o João Luís Pinto. Mas duvido que Melos, Azevedos, Amorins ou Espíritos Santos se afirmem monárquicos. Eles serão certamente aquilo que melhor servir os seus interesses.

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  30. 5 Outubro, 2008 20:43

    VIVA A REPÚBLICA !

    E que venha um Referendo, quando os monárquicos quiserem, para acabar de vez com a pantomineirice !

    Neste “sítio”, em que cada vez mais sobrelevam e invejam o poder de ter, o estatuto social, o exibicionismo, não faltariam candidatos a títulos…e a prebendas.
    E ninguém nos pode minimamente garantir que teríamos melhores e honestos governantes “monárquicos”.

    Creio que o último grande feito “da monarquia” até ao Centenário, foi a conquista da Liga dos Últimos pelo Conde da Apúlia !

    VIVA A REPÚBLICA !

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  31. Sem Anestesia permalink
    5 Outubro, 2008 21:11

    Viva a Republica!

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  32. Sem Anestesia permalink
    5 Outubro, 2008 21:13

    Antonio Lemos Soares esquece Mussolini … conveniente.

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  33. plebeu permalink
    5 Outubro, 2008 21:21

    do ponto de vista do contribuinte , enfeite por enfeite , acho que um rei saía mais barato. assim como na espanha. eu só quero diminuir custos , meu sangue é vermelho . de resto, acho que é tudo a mesma chachada. E o povo é que paga.

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  34. 5 Outubro, 2008 21:22

    Jon Stewart – como, em política, se pode dizer tudo e o seu contrário

    Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos, com inegável humor, como os analistas políticos podem dizer tudo e o seu contrário, com igual desfaçatez, dependendo da cor que usam na lapela. Neste caso, está na calha a candidata do partido republicano à vice-presidência, Sarah Palin:

    Jon Stewart: A escolha da governadora do Alasca, Sarah Palin, como candidata do partido republicano à vice-presidência, está a receber carradas de elogios de pelo menos um analista, cuja cabeça parece um monte de massa de pão crua.

    Karl Rove: Ela é populista, é conservadora em termos sociais e económicos, é reformadora, já foi presidente de câmara, se não me engano foi presidente da segunda maior câmara do Alasca, antes de se candidatar a governadora.

    Jon Stewart: O Karl Rove está muito impressionado com a experiência da governadora Palin, enquanto presidente da câmara de uma cidade com nove mil habitantes. Suponho que tenha ficado igualmente impressionado no mês passado, quando Tim Kaine, o ex-presidente de Richmond, que tem 200 mil habitantes, que também foi vice-governador e é agora governador da Virgínia, foi falado como possível candidato a “vice” de Barack Obama.

    Karl Rove: Ele é governador há três anos, foi presidente da 150º maior cidade da América. Com todo o meu respeito por Richmond na Virgínia, é mais pequena que Chula Vista na Califórnia ou Aurora no Colorado, Mesa ou Gilbert no Arizona ou Henderson no Nevada. Não é uma cidade grande. Portanto, se escolhessem o governador Kaine, isso seria uma escolha claramente política, como que dizendo: a minha principal prioridade não é escolher uma pessoa capaz de ser Presidente dos Estados Unidos…

    Vídeo legendado em português (5:53m):
    .

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  35. orabolas permalink
    5 Outubro, 2008 21:26

    O Plebeu disse tudo. O resto é musica pra adormecer a manada.

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  36. Anónimo permalink
    5 Outubro, 2008 21:29

    Foje cão, que te fazem barão…

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  37. Ciberleitão permalink
    5 Outubro, 2008 21:31

    Exmo. Sr.
    Julgo que confunde as coisas. A razão de existirem muitos monárquicos com ascendência fidalga tem mais a ver com o facto da maioria destes terem herdado uma educação também dita fidalga, a qual defende valores e principios naturalmente próximos dos mesmos que suportam o Ideal Monárquico, e não por uma questão de interesse pessoal. Isso seria o mesmo que afirmar que a razão por que defende a República se deve a um mesquinho sentimento de despeito juvenil…

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  38. 5 Outubro, 2008 21:36

    36,

    Exactamente !

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  39. 5 Outubro, 2008 21:47

    2-1, ganharam os azuis.

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  40. 5 Outubro, 2008 21:53

    Mr. Piscoiso,

    Para vós, esta vitória tem outro sabor, porque não foi 2-1 mas 1-2.

    Estão a recolocar-se no topo. Péssimo indício para o SLBenfica, SportingCP e para os outros…

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  41. António Lemos Soares permalink
    5 Outubro, 2008 22:05

    Amigo Sem Anestesia:

    Faz bem em lembrar Mussolini e muito lhe agradeço por isso. Por dois motivos: primeiro, porque apesar de viver em Monarquia, a Itália não foi capaz de escapar à ditadura fascista (a Monarquia Constitucional é melhor do que a República mas não é perfeita): mesmo assim, nunca em Itália se verificaram os atropelos aos direitos das pessoas que ocorreram na Alemanha, União Soviética e Roménia; segundo, porque Mussolini era, nem mais nem menos, do que… Republicano. Provam-no as suas ideias de juventude (tudo menos monárquicas!) e a famosa e patética República de Saló que dirigiu de 1943 a 1945 que se denominava oficialmente REPÚBLICA Social Fascista!

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  42. 5 Outubro, 2008 22:11

    António,

    Dizer que a Itália de Mussolini era melhor do que a Alemanha nazi e a URSS de Estaline não me parece um argumento convincente.
    Depois, na sua juventude Mussolini dizia-se… socialista.

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  43. 5 Outubro, 2008 22:16

    E também há a Hungria e a Roménia na II Grande Guerra…

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  44. Jarvas permalink
    5 Outubro, 2008 22:22

    Hoje como o grémio criminoso ganhou um jogueco, lá vamos ter post de futebol.

    Pequeninos

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  45. 5 Outubro, 2008 23:11

    Não te afogues amanhã no Mar.

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  46. 5 Outubro, 2008 23:13

    Mr. António Lemos Soares,

    Vc afirma no seu primeiro comentário que hoje, “ninguém vai à rua comemorar esta festa do 5 de Outubro”.
    Tem a certeza disso ? Não viu algumas reportagens de televisões em Belém, fora e dentro do palácio ?
    Queria multidões nas ruas, avenidas, praças ?
    Vivas à República ?

    Suponhamos que estávamos sob um regimen monárquico:
    As pessoas não iriam “à rua festejar a monarquia” SÓ para ver o rei e a rainha, os infantes, os condes, as condessas, os viscondes, os marqueses, as marquesas, os reis e rainhas estrangeiros especialmente convidados,
    mais o jet 3/5 monárquico,
    mais os pretendentes (se necessário por compra) de títulos ?
    Mais os usufruidores de benesses “monárquicas” ?
    Haveria uma consciência monárquica em cada voyeur da festança ?

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  47. dutilleul permalink
    5 Outubro, 2008 23:47

    “Suponho-o monárquico. Não porque se tenha afirmado como tal – mas pelas suas evidentes dificuldades em ler o cabeçalho do texto e pela indolência que exala do seu raciocínio.”

    Meus caros amigos, isto é poderoso, elegante…
    Tiro-lhe o chapéu C.A.A.
    Mesmo quando não concordo consigo (o que até nem é o caso) é um prazer ler coisas assim.

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  48. JPPH permalink
    5 Outubro, 2008 23:52

    CAA

    Pertinente o texto… sem dúvida

    Contudo, constate que também há quem seja descendente da aristocracia, e comungue de ideais republicanos… e não se reveja no folclore “monárquico” tal como ele nos é dado hoje pelos media.

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  49. CSM permalink
    6 Outubro, 2008 00:16

    Pois.. outras formas de aristrocacia, na actualidade… neste país estúpido… FOGO EM CAMINHA

    No local: Governador Civil, Veriador da Protecção Civil da Câmara Municipal de Caminha, Técnica do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Caminha, Comandante Operacional Distrital, 2º Comandante Operacional Distrital, três Equipas do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR, uma Equipa de Sapadores Florestais e um Grupo de Análise e Uso do Fogo

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  50. António Lemos Soares permalink
    6 Outubro, 2008 00:25

    Meu caro amigo, Dr. Carlos de Abreu Amorim e MJRB:

    Eu não disse que a Itália de Mussolini (republicano e socialista nos seus primórdios juvenis) fosse melhor do que a Alemanha de Hitler. Disse apenas que, as consequências dos regimes alemão e italiano, foram diferentes. A meu ver, a Itália não caiu nos exageros da Alemanha devido à manutenção de duas instituições independentes do fascismo: a Igreja Católica e a Monarquia. Por outro lado, se é verdade que a Hungria (Monarquia sem Rei) e a Roménia colaboraram com os nazis, muitas foram as Monarquias que os combateram: Reino Unido, Países Baixos, Dinamarca, Noruega, etc. Repúblicas foram muito menos e mesmo a França não foi só a do General de Gaulle, foi também a do Marechal Petain.

    Não esperava propriamente multidões nas ruas, mas algo que não parecesse tão pouco popular. De certo modo, as parcas pessoas que ainda vão às comemorações demonstram que a República perdeu (se alguma vez a teve) a ligação ao quotidiano das pessoas e não consegue representar o sentimento nacional. A Monarquia que defendo, nada tem a ver com condes, marqueses e afins responsáveis em grande parte por 1910: o que pretendo é a Monarquia popular, humana, modesta, caridosa, benevolente e abrangente que é a da tradição portuguesa e que personifica no Rei a continuidade da Pátria para além de quaisquer querelas partidárias ou outras. O Rei será, se os portugueses assim quiserem e votarem em liberdade, o ponto de Arquímedes da nação.

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  51. EMS permalink
    6 Outubro, 2008 00:25

    «CAA Diz:
    5 Outubro, 2008 às 10:16 pm
    E também há a Hungria e a Roménia na II Grande Guerra… »

    E já agora também a Bulgária, Grécia, e Jugoslávia.
    Monarquias com regimes de estilo fascista não foram raridades nessa época.

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  52. Bonifácio permalink
    6 Outubro, 2008 00:49

    Este tipo de ataque nada tem de republicano, é simplesmente um ataque ao estilo “mesa de bar”. Nada diz em relação à ideia, e espero nada dizer em relação ao autor.
    Entretanto, admitindo por honestidade a minha opção pessoal por um modelo de monarquia que aqui não vou discutir, reconheço que o movimento monárquico em Portugal está cheio de palhaços que causam mais dano à ideia do que qualquer ataque republicano. Noutro dia abri um blog de um “monárquico” que mais parecia a revista caras.
    Mas seleccionar os cromos monárquicos e hipostasiar neles a ideia monárquica é algo tão desonesto quanto rebaixar a ideia republicana a um Sócrates, a um Cavaco ou ao Emplastro, ignorando um Thomas Jefferson ou um Cícero.

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  53. Minhoto permalink
    6 Outubro, 2008 00:57

    Em relação ao seu amigo conde tenho pena dele de ter perdido o pai em tenra idade, se não o receber por via materna.
    A minha maneira de ver a fidalguia sendo da maneira como eu a sinto é mais do ponto de vista histórico, ou seja é conhecer desde pequeno uma história familiar que está ligada á história nacional, e também uma maneira de aprender melhor a nossa história sendo uma responsabilidade acrescida, como tenho tão ilustre ascendência tenho que dar resposta e não me ficar pela indigência.
    É óbvio que a república não extingue esta maneira romântica de ver as coisas e eu até sou republicano e até tenho o António José de Almeida como meu antepassado colateral.
    Existem basicamente três tipos de monarquicos, os que vêm de uma matriz absolutista de solares da provincia e que não acompanharam o desenvolvimento iluminista, deram-se bem no Estado Novo e agora apoiam o D. Duarte Pio na vã esperança de ter um modo de vida anacrônico, já tinham perdido a status antes até da república mas com o Salazar tiveram um sopro de ar, a maior parte não se adaptou á nova realidade economica e social, temos os verdadeiros monarquicos, de familias liberais e que entendem isto com um sentido de familia, ou seja a nação deve ser representada por uma familia a familia real e deve ser guia moral e de comportamento social, alguns apoiam o D. Duarte Pio e temos por fim o monarquico socialite que é o que representa o mainstream onde temos o D. Duarte Pio, o Horta e Costa que agora é barão de Horta e Costa dado pelo D. Duarte ( antigamente tinha que ser um Rei e aprovado pela camara baixa, agora para a socialite parece que não) temos os duques, os condes de Calheiros ( em Ponte de Lima é conhecido pelo meio conde, quem estiver informado saberá porquê) e isto vale o que vale, á falta de melhor.
    Note-se que eu dúvido que seja o D.Duarte o representante da Coroa pois é muito longe o seu parentesco com o último rei, existem outros mais perto mas são estrangeiros, há um italiano que
    pretende mas parece-me ser fraude.
    O que eu não percebo é esta raiva que destila o CAA, será que também quer um título? Baronete das francesinhas? Está bom? E que tal Cavaleiro da Ordem do Dragão Azul?

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  54. 6 Outubro, 2008 00:59

    Mr. e caro António Lemos Soares,

    A República teve ligação ao povo. A República tem ligação ao povo.
    O povo sentiu e sente a República como sua. Uma conquista. No quotidiano.

    A Monarquia que o meu caro defende –e respeito a sua ambição– teria sempre esses, novos e aspirantes a condes ou viscondes, marquesas ou outros títulos. Inevitavelmente. E alguns, se necessário, comprados, como aconteceu há poucos anos, por um tal Horta. A passadeira estava desenrolada para novos exibicionismos.

    A República também é “humana, modesta, caridosa, benevolente e abrangente”. É o regime que, se governado por pessoas honestas, democratas e livres, mais, muito mais facilita o desprendimento de políticos depois de servirem o Estado e o povo — há infelizmente excepções, nós sabemos.
    E com que direito o governo, a representação máxima dum país, passa automaticamente de pais para filhos ? Sem eleições ?

    O “ponto de Arquímedes” duma nação, de Portugal, não é exclusivo dum Rei, poderá ser protagonizado por um bom Presidente da República. E não há, não corríamos o risco de haver um rei indigente e inapto para o cargo ?

    Venha o Referendo !
    As pessoas que decidam.

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  55. 6 Outubro, 2008 01:01

    Errata:

    segundo parágrafo, “a passadeira estaria”

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  56. 6 Outubro, 2008 08:02

    “A integridade física de Rui Mateus estaria alegadamente ameaçada, havendo fortes indícios de que terão sido feitos contactos com indivíduos ligados ao mundo do crime, para se encarregarem desta «operação» (…). As pressões eram muitas, a começar com as «recomendações de amigo» de Almeida Santos, que o Presidente da República enviara apressadamente de Marrocos e com quem reuniríamos regularmente a partir do dia 17 de Maio em sua casa. Por outro lado eu estava a ser «olhado» como um traidor à causa «soarista» (…).
    Rui Mateus

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  57. 6 Outubro, 2008 08:03

    Monarquia

    Nos governos aristocráticos os homens que aí chegam são pessoas ricas que só desejam o poder. Nas democracias, os homens de Estado são pobres e precisam de fazer fortuna.

    República

    O mais difícil nessa altura era escolher entre os que se queriam associar ao projecto lançado e apadrinhado por Mário Soares (…). Com muitas dezenas de milhares de contos ‘oferecidos’ por Maxwell em 1987 e 1988, com consideráveis verbas oriundas do ex-MASP e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos, houve o suficiente para aumentar o capital da Emaudio de 5 para 100 mil contos

    A Procuradoria-Geral da República manteve sempre um silêncio sobre estas actividades criminosas

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  58. Bruno permalink
    6 Outubro, 2008 13:34

    Deus, Pátria e Rei!
    Viva a Monarquia!

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  59. Vilela permalink
    6 Outubro, 2008 14:47

    Republicanos e de Direita = Fascistas !

    Monárquicos = Patriótas = Democrátas !

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  60. Santa Paciência permalink
    6 Outubro, 2008 15:54

    Viva a República!

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  61. Curiosamente permalink
    6 Outubro, 2008 20:57

    ” É o regime que, se governado por pessoas honestas, democratas e livres, mais, muito mais facilita o desprendimento de políticos depois de servirem o Estado e o povo — há infelizmente excepções, nós sabemos.”

    Curiosamente, o “se” e as “excepções”, nunca confirmam a regra. Pelo contrário, o tal desprendimento de que fala, pode ser apontado como isso mesmo. Desprendimento, ou seja, falta de responsabilidade. Se fizer asneira, é demitido e acabou-se. Mas a asneira está feita e de que maneira.
    Faz mais sentido ler assim, que pensar que esse sistema tem nexo, pois não tem. Parte do principio que as pessoas serão honestas , e se forem honestas (segunda condição) irão servir o pais e o povo (terceira condição) com desprendimento.

    Note-se que não estou a defender a monarquia. Analiso, apenas. E porque escreve bem e expôs bem o sistema, o que ajuda a rebater.

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  62. 7 Outubro, 2008 12:40

    Todo o individuo ao nascimento deve poder ascender ao posto mais alto da nação.

    O resto são ditaduras.

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  63. Rex Noster Liber Est permalink
    7 Outubro, 2008 18:46

    Ferreira da Silva:

    Estarrecedora e falsa a sua afirmação.

    Vamos dar exemplos das suas «ditaduras« monárquicas: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Espanha, Paises-Baixos, Noruega, Suécia, Dinamarca, Luxemburgo, Liechtestein, Mónaco, Bélgica, Tailândia.

    Como já vi que é um génio escondido (muito escondido, na verdade) diga, por favor, o que pensa das «democracias» republicanas da Bielorússia ou da Coreia do Norte?

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