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Ponto de ordem

19 Novembro, 2008
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(Com irritante falta de tempo para desenvolver mais)
– Defender que em democracia não se podem fazer reformas num dado sector contra a vontade dos interesses aí instalados não é dizer a verdade – é não interiorizar os elementos mínimos daquilo que é fazer política numa democracia moderna;
– Constitui um primarismo político de palmatória;
– Ou seja, pura e simplesmente, é proferir um disparate.
Nada de muito grave ou inesperado, portanto.

25 comentários leave one →
  1. Assur permalink
    19 Novembro, 2008 19:00

    Estimado CAA

    Olhe que o seu amigo Soares disse a mesma coisa ontem.

    http://dn.sapo.pt/2008/11/18/opiniao/uma_cimeira_resultados.html

    Também é um “primarismo político de palmatória”?

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  2. nem estranho não estranhar permalink
    19 Novembro, 2008 19:04

    “democracia moderna”

    Onde? Cá?

    Deve ser uma ironia, como a de MFL. É preciso ter poder de encaixe, caso contrário lá temos de falar de primarismo político de palmatória e burrice pseudo-intelectual.

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  3. Anónimo permalink
    19 Novembro, 2008 19:04

    Ela tem necessariamente de passar a ter um discurso mais vago, igual ao de Sócrates.

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  4. nem estranho não estranhar permalink
    19 Novembro, 2008 19:06

    Já que o jcd fez voto de silêncio leonino, futebolisticamente falando, ao menos definiu no post anterior o que é a nossa “democracia moderna”, CAA.

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  5. 19 Novembro, 2008 19:07

    Mas que desgraça de post.
    Para dizeres isso, era melhor estares calado.
    Chiça, penico!

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  6. 19 Novembro, 2008 19:09

    Assur,

    Tudo me distancia de Mário Soares. Não faço ideia da razão que o levou a classificá-lo de meu ‘amigo’…
    E o que MS disse é, também, de um primarismo político gritante, como, aliás, é tudo aquilo que escreve e diz na última década.

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  7. 19 Novembro, 2008 19:13

    Assur, não trunque o que MS disse, já que ele ajuntou:
    Mas é também exacto que um Estado de Direito – legitimado por uma maioria democrática, como é o caso – não pode transigir ou aceitar que os interesses corporativos se situem acima do interesse geral ou muito menos ainda que os governos caiam por manifestações de rua.
    Ao invés, MFL ajuntou com 6 meses antidemocráticos, como se houvesse ditaduras, apenas para seis meses de vida.

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  8. 19 Novembro, 2008 19:19

    A MFL estava no gozo:

    “Até nem sei se não seria bom estar seis meses sem democracia para por tudo na ordem e depois voltar à democracia”, ironizou Manuela Ferreira Leite, provocando o riso dos que a ouviam hoje.

    http://www.jornaldenegocios.pt

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  9. 19 Novembro, 2008 19:23

    É uma ironia que pressupõe:
    1. A ditadura põe tudo na ordem.
    2. A ordem imposta pela ditadura é melhor que a democrática.
    ARRE !

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  10. cão-tribuinte permalink
    19 Novembro, 2008 19:23

    continuas a tua campanha como súbdito do menezes
    vivem obcecados e isso é do foro psiquiático. consultem o Júlio Machado Vaz
    na qualidade de burgueses bem instalados na vida não têm a noção das dificuldades da maioria dos portugueses.
    tenham juízo
    já chateiam
    «em vão corvos da inveja á glória grasnam» Bocage
    «ninguém dá pontapés num cão morto»

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  11. Anónimo permalink
    19 Novembro, 2008 19:26

    Estando politicamente muito distante da MFL tenho de concordar (ainda que fosse ironia) com a frase. Já que coexiste no sistema democrático, forças que por força da lei de 74 têm de ser ouvidas, como os sindicatos. Havendo organizações anti-democráticas como os sindicatos no sistema, só resta fazer reformas por uso da ditadura, por muito que não gostemos da solução. Mas se assim não for, estaremos (como estivemos sempre até aqui) sob a ameaça que estas organizações pro-comunistas, comprometam o processo democrático de vivermos debaixo das ordens de um governo, obrigando-nos a viver numa sociedade regulada pelas forças de bloqueio deste país. Professores, camionistas e todos os que se regem pelo príncipio: “Não me interessa o que está na lei, eu posso bloquear o país, por isso toca de me darem o que eu quero.”

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  12. 19 Novembro, 2008 19:31

    Já comentei no post abaixo a teoria da manipulação das massas que já vem de Gregório XV a partir do Congregatium Propaganda Fiade, atravessou mais de 300 anos interessando muitos estudiosos, entre eles Pavlov, até culminar no nazismo, através de Goebbls, que desenvolveu as práticas mais modernas de markting, baseadas nas emoções humanas e no instinto, mais do que na razão. MFL está a ser vítima destas práticas que se vêm desenvolvendo e aplicando sistematicamente. Segundo elas há que fazer o maior chinfrim possível, mesmo descontextualizando o que interessa sublinhar. O coro tem sido infernal. Aqui, o que é grave não é faltar a promessas, mas falar verdade. A inversão de valores é gritante.

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  13. José Barros permalink
    19 Novembro, 2008 19:34

    Conseguir fazer entender-se é o pressuposto mais básico de um líder político: MFL nem esse requisito consegue preencher. Grave não é dizer-se que as reformas precisam de quem as execute no terreno. Isso é uma verdade de La Palisse, pelo que não percebo a indignação. É um juízo de facto verdadeiro, corroborado por anos de experiência da democracia portuguesa. Aflitiva é a referência aos 6 meses que seriam necessários para endireitar o país, só explicável pela mediocridade comunicacional – não me atrevo a dizer, intelectual – da actual líderança do PSD. É caso para dizer venha o próximo candidato: Passos Coelho ou alguém que não Menezes ou Santana.

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  14. 19 Novembro, 2008 19:35

    Pois,
    os donos da verdade.

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  15. Omazumba permalink
    19 Novembro, 2008 19:35

    Estando politicamente muito distante de MFL, tenho de concordar com a afirmação (ainda que julgue ter-se tratado de ironia, mas adiante).

    Quando vivemos numa sociedade que tem a sua democracia ferida de morte pela obrigatoriedade das leis pós 25ABR que obrigam a ouvir os sindicatos e tendo essas organizações pró-comunistas a capacidade de contradizer o que está na lei, pelo simples facto de terem poder de bloqueio, então só restará certamente a ditadura para que no mínimo tenhamos um país regulado por governo eleito e não por um conjunto de gente, que apenas porque pode, faz chantagem e sobrepõem-se à lei.

    Não existe um único lodo positivo em termos estas organizações à mesa das negociações, mas já que temos de ter, no mínimo que sejam ignorados, uma vez que a única coisa que podem oferecer é: “Somos muitos, por isso queremos. Exigimos. Podemos parar o país, por isso toca de nos dar o que queremos.”

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  16. 19 Novembro, 2008 19:35

    (i) Este vulto do Norte (/i)se passar um dia que não fale mal de Rui Rio, Manuela Ferreira Leite ou do Benfica fica cheio de azia. É um caso patológico.

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  17. 19 Novembro, 2008 19:43

    Fado Choradinho,

    A sua ‘razão’ só funciona em jeito de boomerang..

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  18. 19 Novembro, 2008 19:44

    Fazer reformas contra a vontade dos interessados, em democracia, é quase sempre ilegítimo. Normalmente, implica o estado desrespeitar contratos estabelecidos. Não é que este governo tenha um grande respeito por contratos, mas o barulho dos que se sentem prejudicados é sempre eleitoralmente assustador. Basta ver a imutabilidade da educação e da justiça e da administração pública, quando todos os partidos prometem a sua reforma.
    As mudanças legítimas em democracia são transições lentas, ou reformas com o acordo dos interessados.

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  19. chato permalink
    19 Novembro, 2008 19:46

    Este vulto do Norte – o CAA é do Nuarte, carago?

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  20. 19 Novembro, 2008 19:56

    Dada a qualidade média dos nossos políticos, a sua incapacidade de fazer reformas é bem capaz de ser positiva. O que se perde em manutenção de instituições ineficientes, ganha-se em anulação de milhares de ideias estapafúrdias que vão tendo.

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  21. 19 Novembro, 2008 20:37

    Piscoiso

    Já que fala em truncar…

    Ela acrescentou “Agora, em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar – porque nessa altura estão eles todos contra. Não é possível fazer uma reforma da justiça sem os juízes, fazer uma reforma da saúde sem os médicos»

    Por acaso reparou?

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  22. permalink
    19 Novembro, 2008 21:51

    E que tal, ironicamente, “limpar o sebo” a uns quantos palermas da oposição? Ou, ironicamente, mandá-los para um Tarrafal irónico? Sempre dava para “resolver as coisas”.

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  23. 19 Novembro, 2008 23:32

    Pronto.
    Nem foi preciso o FCP. Bastou o clube MFL para que o CAA voltasse ao seu normal…

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  24. 19 Novembro, 2008 23:45

    CAA,

    Desta vez, tem razão. MFL está muito mal aconselhada, em termos de spin doctors. Ou, até nem tem spins.

    Mas, por favor, esquece o Conde de Gaia!

    Quanto ao Trocas Soares, é aflitiva a falta de neurónios. Repare-se nesta boutade:

    “Strauss-Kahn, director-geral do Fundo Monetário Internacional, de triste memória, ficou de implementar um sistema de alerta precoce contra novas crises financeiras, esquecendo-se de nos esclarecer como nos livramos da crise que nos afecta ou se a composição do Fundo continuará ou não como está”.

    Será que os neurónios de Trocas Soares, já lhe eliminou as passagens que teve com Teresa Terminassien, quando esta negociou com Trocas Soares, em 1982, um financiamento do FMI de 750 milhões de dólares? Ou será que no tempo em que Trocas Soares “governou” Portugal, o FMI era diferente?

    Ele há cada esclerosado.

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  25. jorg permalink
    20 Novembro, 2008 13:33

    Resta-nos o conforto que disparates piores só os “discursos” de troca-tintas/cata-vento do Dr. Meneses, alcaide de Gaia, ou os de reivindicação de “poder” de distribuição de tachos do Marco António. Na Beira Alta, dizia-se consoante a estação do ano, que pequeno borralho ou estreita sombra são, respectivamente, não negligenciável aconchego do frio ou refrigério da canícula. A memória do Desastre de Meneses e “sus muchachos” (rivalizando só com o efémero Dr. Lopes) como pior liderança absoluta do PSD refina muito a condescendência (mais das vezes, desnecessária) com as ironias da Dra. Ferreira Leite.

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