Ano de Sócrates, afinal *

A contenda entre Belém e o Governo não poderia ter corrido melhor para os socialistas.
Sócrates quebrou a tutela que Cavaco lhe havia imposto, libertando-se da sujeição política aos reparos e censuras presidenciais. Cavaco surpreendeu pelas fragilidades intensas que evidenciou ao soçobrar desastradamente na armadilha ‘açoriana’.
Após o inconsequente ataque de nervos na alocução do princípio da semana, Cavaco vacilou e fez uma mensagem de Ano Novo politicamente retraída. Disse que queria falar verdade, mas, entretanto, promulgou uma Lei do Orçamento que sabe ser uma mentira.
Cavaco perdeu o sentido posicional que ambicionava para este primeiro mandato. A sua estratégia presidencial revelou-se irresoluta, oscilante, sem capacidade de resposta à ofensiva política com que Sócrates o acometeu.
No início do ano de todas as decisões, Sócrates não tem ninguém que lhe faça frente ou que lhe atenue o ego político, sequer. Num País em que as instituições, todas, cultivam a tradição de se vergarem ao Executivo, as vitórias anunciadas por ‘falta de comparência’ da Oposição fazem recear pela qualidade da democracia – ainda mais do que o costume.

bom é o menezes
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Isso é conversa de politiqueiro que só interessa aos politiqueiros e aos das cobras cascáveis. Historinhas. É ´so para encher jornais. Politica da treta que inventam querelas.
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«Isso é conversa de politiqueiro…»
Pode ser que sim – mas é conversa com um nome e uma cara. O que faz toda a diferença, não sei se percebe…
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Também tenho nome e cara, não sou anormal. Mas o meu nome e cara não lhe interessa. Se não quer comentários anónimos, feche. Escusa de mandar essas bocas. O meu nome e a minha cara é perfeitamente anóonimo. Não so nenhum politico nem tenho blog. E esta coisa de mandar sempre essas bocas fede.
Olhe até para o ano. Não devia ter recebido o tal prémio. Não o merece.
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«Também tenho nome e cara, não sou anormal.»
Desculpe mas o resto do texto contém elementos que me permitem duvidar da última asserção acima realçada.
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Está bem, que seja. Tasca que trata mal os clientes mesmo que estes sejam anormais não merece prémio nenhum. Mas fique lá com a taça. Quero lá saber.
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“Isso é conversa de politiqueiro que só interessa aos politiqueiros..”
Por isso é que o Anónimo ficou muito interessado…
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mais uma vez, CAA falha rotundamente na análise. Com as dificuldades económicas de 2009 a recair sobre o governo, é de todo incompreensível a guerra do ps a Cavaco. Tiro no pé! PR explicou bem na msg de Ano Novo a situação grave da economia: o ps é executivo tem k a resolver. Não consegue e fica penalizado. Cristalino como a água! Só os fretes a Menezes ( e Cofina…) tentam impingir uma pseudo realidade.
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Não posso concordar com a sua opinião que neste momento só pode ser isso mesmo: uma opinião. A minha opinião (só isso mesmo) é que, rapidamente, se perceberá quem perdeu esta guerra. Ou seja: José Sócrates Pinto de Sousa. Isto se provará nas eleições de 2009.
A guerra que se devia vencer: a da crise financeira e económica; essa está a ser perdida todos dias com obras megalómanas (feitas e a fazer), que vão hipotecar o futuro das próximas gerações de portugueses.
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Temos de salvar o Presidente da Republica.
Prestou grandes serviços ao País
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O Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, é um político de consensos porque, ou lhe está na massa do sangue, ou porque o país está em crise e/ou porque não pretende ser o bode expiatório dos que aspiram a chegar ao poder a todo o custo, através das guerras intestinas geradas nos bastidores, posteriormente transportadas para a praça pública. Ele mostrou estar acima disso tudo, com elevação e nobreza de carácter, e agindo desse modo, voltou a colocar a verosimilhança da sua candidatura ao segundo mandato presidencial na agenda política e eleitoralista.
Com todos os poderes de que dispõe, inclusive o da dissolução da Assembleia, mostrou estar acima das banais questiúnculas levantadas por aqueles que o apoiaram na tentativa de conseguirem o seu apoio para, recorrendo à prática do bloqueio nas relações entre a presidência e o governo, facilitar a sua incursão no poder, o que pela via legítima já provaram não ser capazes.
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Como açoriano o Sr.Silva já era.
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Que discurso de fim de Ano teria feito o Presidente Cavaco Silva com um Governo do Primeiro-Ministro Cavaco Silva no Poder?… Teria mostrado preocupação com o desbaratar dos milhões da CEE em obras de fachada e em “betão”?… Teria feito um ar compungido perante as situações públicas de dinheiro destinado a Formação Profissional que acabavam sob a forma de Ferraris reluzentes?… Teria alertado para a “explosão social” que culminaria com o bloqueio na Ponte 25 de Abril?… Teria olhado de frente as câmaras, com os olhos brilhantes de comoção, evocando as famílias na miséria na regiao de Setúbal?… Teria alertado para a “factura” para as gerações futuras de um défice superior a …10%?… Teria dado uma palavra de pacificação sobre os conflitos entre polícias no Terreiro do Paço?…
Como diria Marcel Proust: ” A realidade apenas se forma na memória; as flores que hoje me mostram pela primeira vez não me parecem verdadeiras flores”…
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O Orçamento Geral do Estado era sempre aprovado nem que fosse de “papel azul 25 linhas”. Então e o aumentozinho do ordenado da Funçaõ Publica em percentagem, quem ganha pouco leva ráspas quem ganha muito vê dinheiro na carteira ?
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Os outros que se aguentem, paguem Impostos para empobrecerem mais. Justiças Sociais ….
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#11 De acordo!
Cavaco demonstrou grande sentido de Estado, sem copiar as tão nefastas forças de bloqueio.
Pelos vistos, há mta falta de conhecimento das competências da CRP do PR.
Dissolver a AR com maioria absoluta da AR só em casos mto graves.
E em ano de eleições ninguém iria compreender: mas acredito que “aconselhará” Sócrates a ter os pés no chão e “proibir” o eleitoralismo demagógico.
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