Propaganda em crescendo
Goste-se ou não de José Sócrates – eu não gosto nada – há que reconhecer-lhe exímias capacidades enquanto vendedor de banha da cobra, o que complementa com uma máquina de propaganda muito bem oleada. Há 3 dias assistimos à “ante-estreia” de um espectáculo que estará em cena até Outubro, com a entrevista de Sócrates à SIC em que anunciou oficialmente a recessão, logo seguido de um oportuno “Prós & Prós” destinado a dissecá-la. Objectivo de toda esta encenação: atenuar o impacto das previsões do BP divulgadas no dia seguinte, anunciar um orçamento rectificativo disfarçado pomposamente de “Plano de Estabilidade e Crescimento” e alertar, com o alarmismo sempre caro aos demagogos, para a imprescindibilidade de nova maioria absoluta do PS para sair da recessão.
A entrevista à SIC foi um chorrilho de lugares comuns, mesclada de algumas aldrabices e truques de ilusionismo que jornalistas da situação traduziram logo a seguir como sendo dotes de grande comunicador, por vezes fugindo-lhes involuntariamente a boca para a verdade. No “Prós & Prós” que “coincidentemente” se lhe seguiu no canal público, o ministro SS da Propaganda repisou o mesmo argumentário, sem réplica devida por parte dos opositores presentes, porque integrados todos no paradigma estatista.
Estamos portanto em recessão, coisa que não sabíamos (!!!…), mas não nos preocupemos que o governo velará por nós. A partir da próxima semana, com a apresentação do PEC, será pomposamente anunciada a “geração” de muitos mais milhões para serem atirados aos problemas, integrados em novos “projectos estratégicos” que os portugueses “precisam e merecem”.
As crises têm a grande virtude de porem a nu ineficiências que estavam escondidas. Os políticos têm o grave defeito de as pretenderem manter ad-eternum, consolidando assim o seu poder via subsídio-dependência. A presente crise, tem ainda a desvantagem de branquear a compra de votos mais cara a que iremos assistir. Porque Sócrates pensa exclusivamente no mercado dos votos, senhores!
Resta-me a ténue esperança que, até Outubro, o eleitor deixe de ser basbaque e conclua que tem sido o eterno e compulsivo financiador de políticas ruinosas. Nos tempos presentes, conduzidas por um personagem com uma têmpera autoritária que não se via desde Salazar.

Somos um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de
misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas somos
capazes de sacudir as moscas …’ Guerra Junqueiro escrito em 1886
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cagou-se com medo duma «velha mal vestida»
o silva dos golpes de estado teve de mudar a fralda ao incontinente via tsf
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temos governo no intervalos das numerosas sessões de propaganda tipo chavez e magalhães
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“O menino de ouro do PS” é um peso-leve da política, na política e como PM.
Com uma oposição forte, iria “ao tapete” com um sopro e um encosto de ombro.
Tem “sorte”, por a arena e o ringue ser Portugal e os portugueses-NADA.
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Portanto o Socrates e’ responsavel por “políticas ruinosas” ? Entao e todos os outros que la’ estiveram antes? Sao diferentes?
Ha’ quantos anos (decadas?) andam os portugueses a votar “no proximo” porque “o actual e’ que e’ mesmo mesmo mesmo mau” ?
Ainda nao perceberam que sao todos o mesmo, o jogo e’ todo o mesmo, e o resultado e’ sempre o mesmo?
Nao acredito que Portugal tenha salvacao.
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Arraial ó lusa gente
Arraial! Arraial! Arraial!
Arraial que alerta está
Quem por bem salvará Portugal.
(do antigo livro da 3ª classe)
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Salazar mudou de nome.
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Salazar reencarnou.
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Salazar escreve-se com S.
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Até quando aturaremos como primeiro-ministro um falso engenheiro, detentor de um falso MB, que se permite dar lições a que está, honestamente, a fazer um MBA a sério?
Portugal está de rastos.
É a hora de tocar a rebate e correr com esta gente do poder.
Um primeiro-ministro que foge ao debate com a líder da oposição não merece continuar como tal num regime que se pretende democrático.
Há que fazer qualquer coisa contra isto – e quanto antes. Ou vamos deixar que o barco se afunde de vez?
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Rectificando:
“(…) um falso MBA, que se permite dar lições a quem está (…)”
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«…que jornalistas da situação traduziram logo a seguir como sendo dotes de grande comunicador»
Se a expressão «jornalistas da situação» é aquilo que eu penso que é, então, nos tempos que correm, praticamente todos os jornalistas são «da situação», à excepção, claro está, dos que intervêm no canal televisivo da TVI, alguma imprensa do norte e outra, onde se espraiam atiradores furtivos lesados nos seus direitos, e umas quantas aves canoras que, periodicamente, costumam fazer umas digressões pela blogosfera, mas cujo propósito ofensivo não deixa unicamente de ter um mero valor simbólico.
Se acaso também existirem “analistas económicos da situação”, o conceituado economista, Dr. José Silva Lopes, será com toda a certeza um deles; ainda ontem na entrevista dada à Sic Notícias no programa Negócios da Semana, referiu que os jornalistas que entrevistaram JS se portaram como autênticos “inquisidores”, mandatados pela «não situação» direi eu, apesar de não ser essa, uma das atribuições e competências reconhecidas à profissão de jornalista: a de mandatários dos “inquisidores-mor” do partido social-democrata.
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Sócrates julga que é o verdadeiro Sócrates.
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Ainda bem que a tal recessão afinal é banha da cobra
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Diga ele o que disser aparece sempre o corte. Andaram tato tempo a dizer que ele estava optimista demais e bla bla. Agora que fala em recessão é por causa dos votos. É demais os comentários. Um anormal e saloio como eu fica de olhos em bico.
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Fernanda Valente,
“(…) os jornalistas que entrevistaram JS se portaram como autênticos “inquisidores”, mandatados pela «não situação» direi eu, apesar de não ser essa, uma das atribuições e competências reconhecidas à profissão de jornalista: a de mandatários dos “inquisidores-mor” do partido social-democrata.”
Os jornalistas não devem ser mandatários de nenhum partido e não sei se o foram na entrevista a JS. Mas, em qualquer situação, têm por obrigação ser “inquisidores”.
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Uma piada que me alembrei. O ano passado o psd andava todo preocupadito com a possibilidade da baixa de impostos no ano eleitoral. É só ursos e tansos.
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Eia, tantos do mesmo nome, inventar é coisa somenos, o pior é dizer coisas que nao verdadeiras e outras são defimatórias
Ora, se não fosse democratico.
o Salazar, tinha razão.
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«…nova maioria absoluta do PS para sair da recessão»
O pior é se se trata de uma porta-giratória: a que faz sair é a mesma que faz entrar…
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O ideal para Sócrates seria…eleições antecipadas ! Quanto antes.
Com a porta-giratória bem oleada…
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A atitude velhaca deste governo de Socrates, mostra o regime de vigarice que proporciona.
Como foi possivel que Socrates autorize as camaras municipais fazerem ajuste directo em obras no valor até 5 milhões de euros?
Para alem dos apaniguados do partido socialista (dito empresa de construção vai ser uma farra numa altura de contenção de sdespesas! isto è de um governante sério? tem esfolado tudo o que è impostos, e agora atira pela janela o dinheiro?
votem em tal individuo, que gritava Ota e de um dia para o outro berrou Alcochete! já se esqueceram?
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Caros Cidadão
ja nem tenho palavras para tanta; mentira, vigarice e muita má fé por parte deste governo.
Deixamos fazer tudo, depois queixem-se quando tiverem todos arrumados, será tarde demais para a maioria de nós.
Proponho já uma manifestação espontanea na segunda feira, sem partidos, junto a assembleia da republica, com bandeiras pretas de fome, que é aquilo que esta a acontecer.
tenham coragem
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16. LR
Eu não disse “inquiridores” disse “inquisidores”, termo aqui transportado para o universo da política, que é o que eles foram.
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Fernanda Valente,
Eu percebi e por isso tb coloquei as aspas. E considero que a inquirição dos jornalistas pecou por branda. Na questão das renováveis e dos mega-projectos havia muita mais inquirição (im)pertinente a fazer.
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Tribunus,
Permita-me que também assine esse seu comentário.
Em 2009 ocorrerão eleições autárquicas…
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Será que os jornalistas da “lusa” já estão autorizados a escrever a palavra ESTAGNAÇÃO.
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“…- eu não gosto nada -…” – LR
Não me diga!!
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24. LR
O grande problema dos jornalistas portugueses de referência, é que “trabalham” segundo matrizes importadas do exterior que, quanto a mim, nada têm a ver com aquilo que eu entendo por uma boa prática jornalística. Devo salientar que a minha crítica diz directamente respeito ao Ricardo Costa.
Não deixam os intervistados falar, interrompendo-os sucessivamente, porque o objectivo é baralhar-lhes o raciocínio, e, é nesse sentido que eu digo que a entrevista, do ponto de vista formal, adquire um tom inquisitorial, intimidatório.
As perguntas têm que ser curtas, sintéticas e incisivas, só permitindo respostas do tipo sim ou não. Como nas audiências nos tribunais, por ex.
Admito, no entanto, que possa estar errada…
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Não foi nas décadas entre 50 até início dos anos 70 do século passado que o PIB mais cresceu em Portugal,chegando a atingir os dois dígitos, em que a inflação esteve controlada e a dívida externa estabilizada? Havia excesso de autoridade mas, pelo menos era eficaz em termos económicos e financeiros.Nada comparável, portanto, a este autoritarismo de pacotilha.
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Brilhante, o LR. Degradante, o JS.
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