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Memória II: Não sabes como vais morrer.

5 Fevereiro, 2009
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Memória da “nossa” guerra colonial:

“Não é a primeira vez que eu e os meus homens nos vemos nestes apuros. Estar emboscado, debaixo de fogo, é como participar no juízo final. Esta é a minha visão. No meu caso, estou a viver este momento com um temor reverencial, digno da hora apocalíptica. Encurralados, procuramos reagir. Agora são já dois os caudais da metralha. Apesar de misturados, distinguem-se bem: rouco o das nossas G3 fabricadas em Braço de Prata, sibilante o das Simonov vindas da URSS”.

Excerto de Não sabes como vais morrer (7 mais 1 histórias de guerra), de Jaime Froufe Andrade, editado, recentemente (2008), pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.

22 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Fevereiro, 2009 14:20

    E a nossa guerra ? Era uma guerra boa?

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  2. Piscoiso's avatar
    5 Fevereiro, 2009 14:32

    Muito jovem, longe da família e estudante, um jornalista que estava na pensão onde eu estava, arranjou maneira de me dar acesso à cantina da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Era naquele imponente prédio da Praça D.João I, à esquerda.
    Engordei uns quilos.

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  3. PMF's avatar
    5 Fevereiro, 2009 14:34

    (2)

    Acho que esse emblemático prédio da Associação dos jornalistas e Homens de Letras, ainda está em obras…

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  4. Piscoiso's avatar
    5 Fevereiro, 2009 14:35

    A Pensão era o Lar do Estudante, na Galeria de Paris, para quem duvide.

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  5. Piscoiso's avatar
    5 Fevereiro, 2009 14:37

    Acho que sim, Gabriel, mas não fui eu que dei cabo daquilo.

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  6. Piscoiso's avatar
    5 Fevereiro, 2009 14:38

    Ops, PMF.

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  7. F. Teixeira's avatar
    F. Teixeira permalink
    5 Fevereiro, 2009 14:42

    …e não ouvia o silvo das granadas de RPG e as explosões?…e os rebentamentos das granadas de morteiro? Não haveria também, por acaso, umas rajadas de Degtyarev? Boa guerra, essa. Era um juízo final pequenino.

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  8. Mula da Comprativa's avatar
    Mula da Comprativa permalink
    5 Fevereiro, 2009 15:19

    Passei num buraco qualquer com a malta um bocado cabisbaixa.Passados uns tempos até o cripto se vinha oferecer mesmo no fim do tempo para ir…
    Já Camões dizia que um chefe fraco e cobarde faz fracas as fortes gentes…

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  9. Mula da Comprativa's avatar
    Mula da Comprativa permalink
    5 Fevereiro, 2009 15:44

    Já agora num outro buraco a malta sempre fez as “operações” em volta e não muito longe da caminha.Fiquei esclarecido disso quando quase no fim da comissão um “chefe” muito humildemente veio pedir explicações á porta do heli onde ia embarcar como dizer as coordenadas donde seria retirado outra vez pelo dito…

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  10. Mula da Comprativa's avatar
    Mula da Comprativa permalink
    5 Fevereiro, 2009 15:50

    O Caetano esse mestre do direito administrativo rebentou com a tradição Salazarista e afundou tudo com a sua tibieza e inoperância…

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  11. give-me five's avatar
    give-me five permalink
    5 Fevereiro, 2009 15:59

    E finalmente o Império foi pró galheiro Uffff !!

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  12. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    5 Fevereiro, 2009 16:20

    28 meses, apesar de tudo, inesquecíveis!

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  13. fado alexandrino's avatar
    5 Fevereiro, 2009 19:22

    Mas ele escreveu aquilo tudo enquanto ia dando os tiros?

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  14. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    5 Fevereiro, 2009 19:27

    fado não sabe o que mais admirar…se a Escrita, se os Tiros!

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  15. Marciano recém-chegado's avatar
    Marciano recém-chegado permalink
    5 Fevereiro, 2009 20:02

    “28 meses, apesar de tudo, inesquecíveis!”

    Nas esplanadas de Luanda, com um copo de whisky e pedrinhas de gelo, tava-se bem.

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  16. portela menos 1's avatar
    portela menos 1 permalink
    5 Fevereiro, 2009 22:21

    era mais Laurentina gelada…no mato!

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  17. Marciano recém-chegado's avatar
    Marciano recém-chegado permalink
    5 Fevereiro, 2009 23:14

    Laurentina em Luanda não havia. Era só CUCA.

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  18. Marciano recém-chegado's avatar
    Marciano recém-chegado permalink
    5 Fevereiro, 2009 23:15

    Quero dizer, em Angola. Em Moçambique sim.

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  19. tina's avatar
    tina permalink
    5 Fevereiro, 2009 23:51

    “Mas ele escreveu aquilo tudo enquanto ia dando os tiros?”

    E então? Eu sei que para um homem é muito difícil fazer duas coisas ao mesmo tempo, mas há excepções!…

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  20. fado alexandrino's avatar
    6 Fevereiro, 2009 01:46

    mas há excepções!…

    Este deve ser uma delas, também com aquele ouvido musical, ainda o veremos a compor “O Anel de Nambuangongo” em quatro tiros e duas rajadas em Dó Maior.

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  21. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    6 Fevereiro, 2009 10:48

    teste:
    “essa coisa da chamada guerra colonial nunca existiu”

    … vamos ver quem subscreve!

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  22. fado alexandrino's avatar
    6 Fevereiro, 2009 13:15

    “essa coisa da chamada guerra colonial nunca existiu”

    Não é preciso ser nenhum génio para apoiar essa afirmação.
    Só existiria se os colonos tivessem declarado guerra, não foi o que aconteceu.
    Pode chamar-lhe “guerra de libertação apadrinhada pela URSS” ou então Guerra no Ultramar, sendo que mesmo o termo “guerra” neste caso não é tecnicamente aplicável.
    Claro que para o “historiador” Joaquim Furtado & Outros a história pode ser reescrita.

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