Bancos assaltam clientes.
Depois de ter visto, nos telejornais da noite, os últimos desenvolvimentos do caso BPP (e BPN, e.., e….) , retive uma frase, passada na reportagem do telejornal da SIC: “Os clientes têm o direito de não serem assaltados pelos bancos”
Nota: a sensação de que certos agentes/operadores da banca e da finança não diferiam muito de vendedores de ar e vento, com uma revista de negócios na mão e um jargão pseudo-técnico em inglês e sempre na ponta da língua, não tem nada a ver com os personagens do caso BPP. … Melhor, não tem a ver apenas com eles.
A sensação já vinha de trás, sobretudo quando ocasionalmente éramos confrontados com certas circunstâncias e pormenores da respectiva actuação, sempre embalada num pseuso-cientificismo desses agentes (os MBA‘s eram apenas as “cerejas em cima dos bolos” e os bolos eram os cartões de visita dos jovens empregados – consultores, analistas, assessores ou gerentes – todos eles aspirantes a banqueiros ou financeiros).
Era uma plêiade de bancos e de banquinhos, de serviços de “private”, de ” sociedades financeiras” que ofereciam sempre juros remuneratórios altíssimos e garantidos, justificando-os vagamente com “mercados emergentes”, sul-americanos, asiáticos ou ainda mais longínquos.
O problema é que isso (essa segunda vaga de yuppismo requentado) era e ainda é injustificadamente confundido com o funcionamento do mercado. Não deveria ser! Muito do que sucedeu não tem nada a ver com o (funcionamento ordinário do) mercado – instituição. As mais das vezes, o que sucedeu foram (e são) casos de imprevidência, incompetência ou incompreensão do próprio mercado e muitos, muitos “casos de polícia“. Meros “casos de polícia”!

não era até ao fim de Abril passado que o MP se comprometeu a divulgar o resultado do inquerito instaurado às pressões feitas aos procuradores do caso freeport?
E então ninguem fala no assunto?
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Tudo muito bem. Mas porque é que o estado ajudou outros bancos privados e não este?
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Porque os ricos têm menos direitos e este Banco “é dos ricos”. Deviam ter falido todos.
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Totalmente de acordo.
Recordo uma frase de Obama na entrevista publicado há dias no “i”: “havia jovens de 25 anos com bónus de milhões, dispostos a pagar cem dólares (75 euros) por um bife e a dar gorjetas que fariam morrer de inveja qualquer professor universitário.”
As notícias recentes da Auditoria da Delloitte que indiciam o pagamento de despesas pessoais de Rendeiro por uma off-shore pertencente ao BPP, são mais um exemplo dos tais “casos de polícia”.
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Existiam, existem e hão-de existir sempre gananciosos
E como no liberalismo quem manda é o mercado
E como no liberalismo por 1/4 esganam-se todos
O dinheiro é movido a ventoinha, isto é, voa para ali e para aqui por cagagésimos
Agora …. aguentem-se à bernarda
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Totalmente de acordo se ele nao tivesse chegado a presidente financiado precisamente por essas empresas ….. “especulativas” em milhoes e milhoes.
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Bom texto.
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como disse bem o OLP , hoje percebi porque os donos do estado fomentaram/vejaram os olhos ao excessivo endividamento das famílias…parece que há uns tipos que pagam aos políticos leis ( ou falta delas ) por encomenda.
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VETA, VETA, VETA!
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1379430&idCanal=12
VETA, VETA, VETA!
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desculpem , é a dislexia : fecharam os olhos.
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Pois fale com o seu colega de blog Jaquinzinho, que tem exactamente esses tiques, e veja lá o que ele lhe responde…
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se isto fosse um caso de polícia teriam pedido emprestados meia dúzia de polícias de intervenção ao bairo da Boaviste em Setúbal e tinham corrido com os “clientes” da propriedade privada da sede do BPP no Porto – imaginem os clientes da Caixa com conta ordenado a protestarem na sede do Calharis e exigirem spread zero nos empréstimos … não havia bala de borracha que chegasse!
Salvaguardando que poderão existir clientes que foram ao engano com base nos DO’s manhosos, alguém acredita que aquele pessoal dividiria os ganhos com a populaça? Então e agora os contribuintes vão novamente fazer de otários?
é caso par dizer que um bom Banco éum banco falido!
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Estou a ver o cada vez mais insuportável Expresso da Meia Noite (serei masoquista?) e a verificar uma coisa engraçadíssima: a madame Avilez está cada vez mais parecida com a Simara(mas para pior).Tambem será da crise?
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#14 – querias dizer peixeira?
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Se fosse só o BPP e o BPN a rebentar…
E os “grandes”?
Eu já de lá tirei o money…antes que haja problemas!
Os bancos querem é chular e o governo está à “coca” para arrecadar todas as alcavalas aos incautos clientes!
Dinheiro vivo, notas do BCE e da Reserva Federal, é que devem circular!
Eu já destrui tudo o que era cartão!
PQPs!!!!!!!
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“Andou-se tanto para nada”. Isto é uma procissão de politicos atrás do andor virtual com umas paragens na creche das “maizenas” para orar (as fés, incluindo as que são contra as fés, estão de fora):
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“A figure of $500 trillion of outstanding derivatives (you can decide for yourself which “outstanding” he meant) globally, or about 10 times the total annual economic output of the whole world”
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“The derivative question must be put in perspective. There are $500-$1,000 trillion outstanding, the latest estimates put them at over a quadrillion. That compares with world GDP of about $50 trillion and US GDP of $14 trillion.”
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“The total capital of the global banking system was less than $4 trillion ( less than $2 trillion for the US system)before the troubles started. The IMF now estimates global banking losses of $4 trillion + and climbing””
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Enquanto teimarem na actual “roleta russa” para tentarem continuar embasbacados no comodista “Mais do Mesmo” que já não existe. Encapsulados na causa única responsável da Crise devastadora a agravar-se diariamente sem ser solucionada.
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SE A GOVERNANÇA, Situação-Oposição, não estão A VENCER a Crise. Aritmetica meus senhores.
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A agenda perdeu muitas folhas. NOVO. Rotura em vez das medidas de politica desesperada que, para maçl de vós, cegamente estão a inventar em vários dominios incluindo o fiscal. Parem de legislar. Alguém na Republica deve impôr a ordem contra o oportunismo desajeitado e prejudicial ao País. Dèm tempo para não ficarem fóra do TEMPO.
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Não há qualquer momento pós de 25 de Abril igual ou parecido com o actual. ATENÇÂO ABSOLUTA que isto não vai lá com cantigas recauchutadas. Se se opta pela Paz Social.
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Saiam do andor e busquem quem sabe enquanto é tempo.
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Cada país tem os rendeiros que merece. Nunca percebi como é que alguém com um ar tão fake conseguia convencer alguém. Até mesmo gente com dinheiro e conhecimento do meio. How?
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A solução é acabar com a república, está visto!
Nuno
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Ao ver os telejornais também de repente me assaltou uma associação de ideias
Lembrei-me da resposta de Cavaco Silva sobre Dias Loureiro e o bpn, quando disse que o conselho tinha 19 membros e naão fazia distinções e todos lhe mereciam o maior respeito. Será que isto era mesmo um Enigma para procurarmos a resposta?!?
Mas sendo verdade que há mais conselheiros de estado ligados a bancos com problemas uma pessoa fica intrigada se era mesmo um enigma.
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PMF:
O problema é que o normal (e real) funcionamento do mercado, não conseguiu evitar a promoção dessa gentinha. Pelo contrário, facilitou-a. Ora, não podemos falar do mercado em abstracto.
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Neste país de rendeiros
de aparências tão lustrosas,
abismados os despenhadeiros
com gestões desastrosas!
À parede encostados
e com um pé sobre o abismo,
temos sido devastados
por um demente miserabilismo.
Olhando em seu redor
com toda a atenção,
o mexilhão comentador
não contém a decepção.
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Pelo contrário anónimo #9
Pois foi precisamente legislação “justa e igualitária” promovida pela câmara dos representantes e senado americano no tempo do Clinton que promoveu o endividamento descontrolado das famílias.
Legislação essa aliás defendida com unhas e dentes pelos democratas americanos até aos dias de hoje.
Assim também se chega a presidente.
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OLP:
Salvo melhor opinião, isso é uma forma- digamos- sinuosa de ver o problema. Não foi o aumento de franja social com acesso ao crédito que provocou o descalabro.O micro-crédito só trabalha com famílias carenciadas e não consta que esteja envolvido em trafulhice. O problema foi o modo como algumas instituições financeiras usaram esse aumento.É de vigarice “pura e dura” que estamos a falar. Nada mais.
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#18 – “Nunca percebi como é que alguém com um ar tão fake conseguia convencer alguém.”
não era necessário. para mais exclarecimentos liga: 880 20 2009 e pede para falar com os srs. coimbra ou balsemão.
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Ah, that dirty money (via Boing Boing)
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oops, falhou o link:
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#20 (+ 23): “Trinta e três”:
– “É de vigarice “pura e dura” que estamos a falar. Nada mais”…..Por isso meso, é que não estamos a falar do “mercado em abstracto” (#20).
– O mercado (idealmente) em abstracto, teria os seus “quadros institucionais” a funcionar (regulação adequada, efectiva garantia de funcionamento do seu lado institucional – sim, porque o mercado será, desde logo e antes de mais, uma criação institucional (e muito pouco uma ordem espontânea no que isso signifique “criação natural”; tal como Hayek sustentava, sem direito não há mercado viável) – e controle eficaz das regras do jogo. Logo, em concreto, os desvios – como referiu e ebm – são casos de “vigarice pura e dura”. Eu chamei-lhes “casos de polícia”!
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“Deviam ter falido todos” A sério lukiluki? E onde é que colocavas o dnheiro? debaixo do colchão? Aposto que estás muito satisfeito com a regulação e intervenção estatal, que te dá imenso jeito (como a toda a gente, aiás).
Ó PMF o mercado não é uma máquina ou uma organização divina e infalível; é feita por pessoas, que cometem crimes. Eu acho que quem não percebe o mercado é o PMF.
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Excelente texto.
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#29 – òh camorim, tome lá a cereja da sua fatia “um jargão pseudo-técnico em inglês”
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#28.
Caramelo,
os crimes são detectados, julgados, punidos ou não e, sobretudo, objecto de dissuasão. Os mecanismos de controle – bem assim como no mercado, os mecanismos de garantia do seu funcionamento – devem funcionar. Tal faz poarte do ordinario funcionamento dos mercados para quem deles têm uma visão que não descura a sua vertente institucional. Os aludidos “casos de polícia” – tal como os crimes – ocorrem no funcionamentos dos meracdos, tal como deve ocorrer a sua repressão. Ser tal não existe (existiu) há responsabilidades individuais a relevar…
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Escândalo do BPP
O ministro das Finanças disse ontem que “os clientes do BPP que celebraram contratos de depósito terão as garantias asseguradas”. Esta promessa do ministro não acalma os clientes vítimas do Banco Privado, porque as suas aplicações, tecnicamente, não são depósitos, mas sim investimentos mais próximos de fundos bolsistas.
Até rebentar o caso BPP, os clientes estavam sossegados e pensavam que os produtos de ‘retorno absoluto’, garantidos pelo banco, com um juro pouco superior a 5%, eram depósitos. Descobriram depois que eram produtos de risco e que alguns até serviam para pagar aplicações de outros clientes, como num esquema de D. Branca.
Isto aconteceu num banco de portas abertas, num negócio em que os administradores estão sob a alçada disciplinar do Banco de Portugal. A autoridade falhou de forma absurda e deixou que o banco vendesse gato por lebre.
Os accionistas da Privado Holding estão agora em guerra, enquanto João Rendeiro está tranquilo, com o seu património seguro em offshores. Entre os clientes que invadiram os balcões do banco há casos dramáticos. Pessoas que perderam o pé-de-meia. A actual administração ainda tenta recuperar banco, mas o mais importante não é salvar o BPP: o fundamental é recuperar o máximo possível do dinheiro dos clientes.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=7028BEE6-C9B2-44AC-A61A-556847DE99CA&channelid=00000093-0000-0000-0000-000000000093
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Total escândalo!
João Rendeiro, dirige um consórcio que ensina “boas práticas” de gestão escolar.
Consulte-se em http://WWW.EPIS.PT
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