Os mega-projectos são todos iguais
22 Junho, 2009
Manuela Ferreira Leite tem falado muito do TGV e alguma coisa da 3ª auto-estrada Lisboa-Porto. Tem-se esquecido (?) de contestar outros mega-projectos, tão mastodônticos quanto empobrecedores: os aeroportos de Alcochete e de Beja, as 3ª e 4ª pontes sobre o Tejo, o terminal de contentores de Alcântara, os parques eólicos, as auto-estradas para Bragança e porventura para Penedono, Freixo-de-Espada-à-Cinta e outras urbes igualmente relevantes.
27 comentários
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Pois ,bom bom é voltarmos a andar todos de carroça de bois…Santa estupidez! Que falta de visão!
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Cara Clara:
Bom, bom, era que o estado deixasse de extorquir dinheiro da economia real e a deixasse crescer. Não acha que o país já tem “equipamentos públicos” e auto-estadas que chegue? E deixe-se da demagogia dos “carros de bois”, que já não há pachorra…
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«Clara França Martins disse
Pois ,bom bom é voltarmos a andar todos de carroça de bois…Santa estupidez! Que falta de visão!»
Não, BOM BOM é termos mais incentivos a PMEs, que são a força motriz da economia nacional, em vez de as asfixiarmos com Pagamentos por Conta, impostos e taxas várias.
BOM BOM, é não pagar um IA escandaloso, só porque sim. BOM BOM, é baixar o imposto sobre os combustíveis, e impor um custo máximo, indexado ao do crude, em vez de deixar as gasolineiras explorarem-nos à tripa forra, aumentando assim o custo de tudo o resto.
BOM BOM, é fazer os bancos pagar o mesmo IRC das restantes empresas, em vez de anunciarem os lucros brutais do costume, quando – é claro – não vão à falência, e temos nós de os pagar.
BOM BOM, é moralizar a política, acabando com regalias injustas, e com as ligações nojentas entre a política e as grandes empresas – aposto que se esfria logo o entusiasmo das «grandes obras»…
E BOM BOM, é responsabilizar os políticos e gestores públicos pelas suas decisões, e adjudicações, tal como acontece a qualquer pessoa privada. Se toma más decisões – PAGA por isso.
Vale?
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bom bom era afectar esse cacau directamenta aos projectos do belarmino para compra de registadoras para o continente.
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Se falar servir à demagogia imediata de Sócartes (“o PSD não quer que estas obrars sirvam a população…”) é uma boa tática.
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Clara França Martins,
“Pois ,bom bom é voltarmos a andar todos de carroça de bois…Santa estupidez! Que falta de visão!”
Bom, bom, seria o Estado baixar os impostos devolvendo recursos aos agentes económicos que os aplicariam nos projectos que lhes parecessem mais viáveis (até poderia ser o TGV ou o novo aeroporto). Mas por sua exclusiva conta e risco.
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Querem fazer obra a todo o custo, baseados em pressupostos errados e muita demagogia :
1º Já com um endividamento brutal , portugal só deve fazer obras se estas forem imprescindiveis , se forem autosustentaveis e se trouxerem riqueza para os portugueses , em vez das importações maciças do tgv e autoestradas paralelas de Lisboa ao Porto.
2º Keynes advogou o investimento publico ,para resolver a crise , num contexto contrario ao que se vive presentemente; pelo que a presente crise não se resolve com obras faraónicas , que a médio prazo nos farão entrar numa crise ainda pior que a presente , devido á enorme dívida ; e aí podemos seguir as pisadas da Argentina , empobrecendo ainda mais e de forma repentina .
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LR,
“Bom, bom, seria o Estado baixar os impostos devolvendo recursos aos agentes económicos que os aplicariam nos projectos que lhes parecessem mais viáveis (até poderia ser o TGV ou o novo aeroporto). Mas por sua exclusiva conta e risco.”
mas ainda acredita que os privados sejam capazes de fazer investimentos estruturantes para o país sem os apoios do ESTADO e da UE?
isso faz-me lembrar os patos bravos da nossa praça, que andaram a construir bairros a perder de vista, durante décadas e com a cumplicidade de autarcas, na próximidade de grandes cidades e que muito generosamente só construiram algumas infraestruturas e espaços verdes exíguos quando a isso foram obrigados…
ainda é mais ingénuo que o Vítor Constanso e o Cavaco de Buliquei-me juntos!!!!…
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#6
Em princípio o teu discurso não soa mal, mas qual é o risco dos agentes económicos? Os grandes governam-se bem, compram os governos e, quando dá para o torto, são nacionalizados. Os pequenos também gostam do guarda chuva do governo, vão-se governando proporcionalmente, fecham aqui, abrem ali, não têm culpa, mas não dão para mais. Nunca tivemos a eficácia económica de outros países, mas cada português é um potencial António Silva no “Sonhar é Fácil”. Todos seríamos felizes se fossemos adequadamente modestos.
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OOOOOOOOOOO !!!!!!!
Reacçon… descalcem esta bota !! ( O PUBLICO, 21/6/2009 )
Líderes da Estremadura espanhola exigem que Portugal cumpra TGV
21.06.2009
Dirigentes do PSOE e PP admitem mesmo recorrer a Bruxelas para que Portugal cumpra o acordo de 2003 que tem sido sucessivamente ratificado
A possibilidade de que o projecto de alta velocidade termine em Portugal, como defende o PSD, está a preocupar o presidente da Junta da Estremadura espanhola, Guillermo Fernández Vara (PSOE), e o seu opositor e líder do PP regional, José Antonio Monago. Estes dois dirigentes políticos anunciaram, na sequência da inauguração da delegação da Estremadura espanhola em Lisboa, na passada quinta-feira, ter acordado numa estratégia conjunta para que o TGV não fique paralisado. Vara garante que o projecto espanhol “não vai sofrer quaisquer atrasos” com a decisão portuguesa, embora sejam esperadas dificuldades acrescidas. Tanto Vara como Monago não colocam de parte nenhuma forma de intervenção para que Portugal cumpra a sua parte no projecto de alta velocidade, incluindo a possibilidade de recorrer a Bruxelas para exigir o cumprimento dos acordos internacionais assumidos na cimeira luso-espanhola de 2003. c Portugal, 8/9
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1º
Não há mais em que investir?
2º
Há, mas o TGV é uma prioridade nacional?
3º
Há algum limite razoável para o endividamento total dos portugueses?
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DURANTE anos e anos, numa empresa portuguesa bem conhecida, as obras eram ganhas, amiúde, com lucro ZERO.
A ideia (não totalmente descabida) era que, depois, no decorrer da obra, seria possível obter os lucros necessários – algo que umas vezes sucedia, outras não.
Ora, um belo dia, a administração mudou – e os novos ‘big-bosses’ quiseram ver algumas dessas contas muito bem explicadas.
E veio por aí abaixo, até aos chefes de projecto, uma terrível directiva:
No dia tal, às tantas horas, os responsáveis pelos maiores projectos vão ter de apresentar, perante representantes dos accionistas, a análise custo/benefício desses ‘empreendimentos’. E deverão estar preparados para responder a tudo, tim-tim por tim-tim…
Gerou-se o pânico entre o pessoal intermédio! EXPLICAR OS NÚMEROS?! Mostrar que as obras são rentáveis? Mas onde é que isso já se viu?!
Tive possibilidades de acompanhar de perto esse verdadeiro drama (que, em certos casos, assumiu aspectos de comédia), e é dele que me lembro quando alguém pede para ver as continhas, as explicações dos números…
.
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Clara França Martins:
É óptimo ter a sua «visão de futuro»… Quando…, são os outros a pagar!
Saiu o Euromilhões a cada um de nós? Ou o Gama acabou de chegar à Índia?
Informe-me por favor; eu adorava ter a sua «visão de futuro!»
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Marafado:
Os espanhóis deviam tratar da sua vida e já não faziam pouco!
Ainda anteontem, alguns “felizes” espanhóis, da ETA, atentaram contra a vida de um guarda civil no País Basco, que deve ter morrido “feliz”, nas mãos dos habituais terroristas “felizes”, lá da Terra dele …!
A “castelhanada”(com a nossa incluída!) da Estremadura, podia preocupar-se um pouco mais com os seus compatriotas e deixar-nos em paz a nós que somos PORTUGUES!
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Digo: PORTUGUESES!
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O acordo com Espanha para construção do TGV foi assinado em 2003. Por quem? Não se lembram?
A Espanha vai cumprir. E nós?
É que quem assinou o acordo não quer construir.
Porquê? Resposta: porque não são governo.
Deixem-se de merdas e não justifiquem o injustificável. O injustificável é a mediocridade da existência de um partido entregue a uma avózinha desmemoriada e a um grupo de gatos fechados num saco.
Pobre PSD como andas. Ponha já lá o único que me parece credível: Rui Rio. Pode ser que ele afaste a mediocridade, como Manelas,Rangeis,Santanas,Brancos,Pintos,Pachecos, e se rodeie de gente digna e competente.
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«Manelas,Rangeis,Santanas,Brancos,Pintos,Pachecos, e se rodeie de gente digna e competente».
A sua opinião vale o que vale o actual governo: NADA!
Mesmo assim, dou-lhe conselho honesto: vá à farmácia e compre tranquilizantes; como sucedeu nas europeias, as legislativas estão ganhas para o PSD!
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E-Ko e Arnaldo Madureira (#8 e #9),
Há uma coisa chamada “funções do Estado”, que deveria ser objecto de enorme restrição e consagrado a nível constitucional. Acho espantoso como se põe sempre o ónus integralmente nos lobbies ou corruptores privados e se desculpabiliza o Estado, sempre pronto a ser corrompido e a quem cabe a última palavra. Ele tem de se limitar apenas a dizer que não e deixar que o capitalismo funcione, premiando o sucesso e sancionando o fracasso de forma implacável, via falências.
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Espero que não se embarque na parvoíce do novo aeroporto quando o tráfego aéreo não o justifica, nem na ligação a Madrid por tgv, uma asneira que destrói décadas da nossa política externa. Mas espero que se faça a porra da auto-estrada para Bragança. Bragança e Trás-os-montes precisam dela urgentemente, assim como precisamos de uma rápida ligação do Norte a Castela. Não quero uma terceira auto-estrada Lisboa-Porto, mas espero que se faça quanto antes uma 2ª linha ferroviária entre Lisboa-Porto porque já ninguém aguenta a porra das actuais ligações de comboio.
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Por favor fumem tabaco!!!!
alguém me explica como é possível que, num País completamente teso e endividado, ainda exista tanta gente a favor deste tipo de obras?.nunca ouviram dize que quem não tem dinheiro não tem vicios?.Quando vamos parar de gastar por conta?. Já pararam para pensar qual vai ser a próxima geração a poder investir em si, sem andar a pagar obras nossas?do passado?.
Este gente anda a fumar o quê?
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Não acha necessária uma auto-estrada para Bragança ? É vergonhoso a densidade de autoestradas que existem no Grande Porto e Minho, regiões ricas (comparativamente) e não haver uma autoestrada para o extremo nordeste. Para mim é um símbolo supremo do centralismo, e não é só do de Lisboa !
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Nem todos. Há mega-projectos diferentes. Como um da PescaNova, da Galiza, benzido pelo Sócrates e tudo, ali em Mira, maior aquicultura de pregado no Mundo.
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Digo, a maior aquicultura de pregado do Mundo, benta pelo Sócrates, ali em Mira.
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Vais longe…!!
Continua, que vais longe…!! Se a avó Nélita ganhar !!
A sua opinião vale o que vale o actual governo: NADA!
Mesmo assim, dou-lhe conselho honesto: vá à farmácia e compre tranquilizantes; como sucedeu nas europeias, as legislativas estão ganhas para o PSD!
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O LR já está servido das infra-estrururas que precisa? Parabéns. Não sei de onde é o LR, mas haverá outros liberais de Lisboa (ou Porto) que, apanhados com as IP e IC e estações de metro, etc, etc, que lhes servem, se podem agora dar ao luxo (ou pensam eles que podem) de diminuir as funções do Estado até ao osso, o tal “não” que deixaria os privados e o Mercado funcionar.
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Marafado:
Pretendo apenas que, quando a minha filha crescer, ela e os seus colegas de infantário, não tenham de pagar as barbaridades que o actual governo pretende realizar, sem dinheiro e sem juízo. Espero que as próximas gerações possam, na maior Liberdade, decidir o seu futuro como quiserem, sem ter de arcar com o ónus que vergonhosamente lhe deixamos. O que digo, aplica-se, sem dúvida, ao actual Primeiro-Ministro; como se aplica, desde já o afirmo, a outro ou outra, que vá para o governo.
Percebeu?
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Anónimo 21,
Boa ???
Então as opiniões anti-autoestrada para Bragança são culpa do centralismo do Grande Porto e Minho.
Tem muita piada essa do “… é um sinbolo supremo do centralismo, e não é só de Lisboa”.
E por falar em regiões ricas e pobres, sabe qual a NUT III mais pobre (da NUT Norte) ?
Provavelmente não.
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