Quadratura do círculo
29 Julho, 2009
Ontem foi divulgado um estudo de Ricardo Reis, (que em 2007 era apresentado como «nova estrela da economia nacional» ….), e no qual se pretenderia demonstrar que os governos de maioria psd seriam mais despesistas do que os governos do ps. De imediato a oposição à oposição sai a terreiro apontando dedo acusatório. O que de todo não se compreende, pois que o dogmatismo cainesiano vigente defende precisamente que para «combater a crise» será de todo necessário gastar, gastar e gastar, e muito, o dinheiro dos contribuintes. Assim, o ps estará afinal a fazer a apologia de que o psd é o partido melhor preparado e com melhor tradição para combater a crise, isto, de acordo com a sua própria ideologia socialista.

a politiquice é isso mesmo. Andam às voltas e não fazem nenhum. É por isso que são uns quadrados paralelipideos à volta do circulo. É a dinamite cerebral. Bum! O cerebro já foi e ficou em mil pedacinhos.
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Boa lógica.
A seguinte poderia ser esta: os economistas julgam-se os melhores feiticeiros da aldeia. Em África são respeitados por causa do mistério que os rodeia e da incerteza das profecias e adivinhações que tanto podem resultar certas como erradas.
Por cá, o mistério é nenhum: os economistas sabem tanto do futuro como um qualquer varredor de rua.
Aliás, nos anos oitenta a revista Economist fez o teste: perguntou a vários especialistas as suas opiniões sobre o futuro económico. Os que acertaram mais, passados anos, foram precisamente os garbage-men…
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Aliás, o tema já foi debatido por aqui, neste blog, em 15.10.2008. Na altura escrevi, citanto:
Sobre o poder mediático dos economistas, aqui há uns anos recortei um pequeno artigo do Público que guardei. Não sei dele, mas lembrei-me há uns dias atrás, por causa desta girândola de vaticínios.
Fui procurar na net e digitei: The economist garbage men. Lembrava-me que o artigo falava nos homens do lixo e na revista. Pois aqui, está mais um milagre da Net. Em poucos segundos, tenho não só o artigo mas informações complementares. Aqui fica, tirado daqui.
O artigo tem uma moral implícita
An experiment from The Economist, titled, “Garbage In-Garbage Out: Economic Forecasting, The Accuracy of the Dustmen’s Predictions,” puts the need for anticipation in perspective:
In 1984, a questionnaire was sent to four ex-Finance Ministers, four Chairmen of multinational firms, four students at Oxford and four London Dustmen (referred to in the U.S. as Garbage men).
Ten years later the predictions were compared to the actual results and the British Garbage men outperformed the ex-Finance Ministers and the Oxford students while equaling the foresight of the multinational business executives on a number of key economic predictions. (The Economist, June 3, 1995)
The garbage men did a better job of anticipating what would happen than the government officials and Oxford students. Knowing what things are going to look like in advance can help you make the right decisions. Anticipation is natural. Everyone does it every day.
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Ricardo Reis só conheço este, que assim escrevia:
Cada coisa a seu tempo.
Não florescem no Inverno os arvoredos,
Nem pela Primavera
Têm branco frio os campos.
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O problema fundamental do país é a indevida intromissão do Estado nas actividades económicas, em vez de as deixar evoluir livremente. Isso provoca comportamentos aberrantes que se manifestam nas práticas de cunha, compadrio, nepotismo, partidarismo, tráfico de influências, etc., que só distorcem e atrofiam o desenvolvimento do país.
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A lógica vale o que vale. Mas tanto o PS como PSD preocupam-se em responder o mais depressa possível ao adversário, apontando as suas incongruências ou criticando as suas políticas, que nem páram para pensar naquilo que dizem. O resultado acaba por ser contradizerem-se a si próprios muitas vezes. Realmente não é brilhante.
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# 4 primo, não te conhecia essa veia poética. Estarás a preparar a declamação para o casório da câncio? Se ele quer dar 200 euros por cada filho, porque não 400 ao filho da minha tia para pagar a assessoria blogueira, que ao mentir ele diz gostar tanto.
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Exacto. Já uma vez alguém aqui disse que o novo paradigma económico socialista mundial podia dizer que por exemplo se uma obra pública derrapa para o dobro ou triplo, isso é de aplaudir, pois mais dinheiro foi injectado na economia.
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Gabriel,
a lógica do seu post é muito retorcida… porque não dá o link para que as pessoas possam ter a informação inteira e direita? aqui vai o que vem hoje no público:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1393696&idCanal=12
josé,
até concordo que nestas duas décadas démos demasiada importância ao que nos diziam os economistas tanto os de cá do burgo como os mais mediáticos do planeta, mas se for ler o tal estudo, verificará que não se trata de uma adivinhação mas de uma análise sobre coisas já praticadas durante as tais duas décadas e que são verificáveis.
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Muito boa lógica. Para alguém que em vez de pensar pelo próprio neurónio, prefere o calor do grupo.
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A culpa é da cabrinha, a corisca t’a sempre a fugir do curra!!.Bom, tambem é minha que ainda não alteei os muros), volta e meia, fica á solta, bumba, asneira feita.
E quem paga é o dono, eu,(nos).
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Eu assumo, tragam-me a cabrinha,
assim como assim pago sempre.
(….milhão é tentação….)
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o cagasentensas não consegue ver a diferença entre o que já choveu e as previsão de chuva para os próximos meses. o importante é o que ele pensa sobre o assunto, até porque chuva de ontém não molha hoje.
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Desde que o PSD saia por cima qualquer raciocínio é válido. Até os mais escabrosos como o que aqui fornece.
Quanto fanatismo !!!
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Ricardo Reis só conheço um, o heterónimo de Fernando Pessoa e mais nenhum.
Personagem virtual, portanto.
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O artigo da Economist referia um acontecimento passado, mas com prognose póstuma. Limitou-se a concluir que quem acertou nas previsões colocadas anos antes, foram os almeidas e não os ferreiras putativos.
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#16
Meu caro José,
“PRÒGNOSE”, pior ainda, e isto tocou aqui nos ombros, mas eu carrego,
“JUIZOS DE PROGNOSE”
Sabes que é uma forma de “decidir” acderca da vida de pessoas, familia, emprego, LIBERDADE,(presos), etc?.
Eu sei, na pele, mas pede-se “traduções”
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Conversa da treta, aposto que nem leu o estudo, não vá o diabo tece-las e apanhar um grande melão nessa cebeça formatada.
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o que se diz no tal estudo;
http://www.ionline.pt/conteudo/15480-descubra-qual-foi-o-governo-que-mais-gastou-nos-ultimos-24-anos
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#15.
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Qualquer mosca sem valor,
pousa com a mesma alegria.
Na cabeça dum doutor,
como em qualquer ,porcaria !
Por aqui, podemos concluir dos grandes economistas, que só sabem que nada sabem !
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#16 – não acertas uma. toma as gotas ou fuma um charro, continuarás burro mas com a sensação de inteligente.
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Bem divirtam-se com o blá blá…enquanto isso o resto está air pela pia abaixo..ciao….
http://www.youtube.com/watch?v=0o2LWpNmdaI
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Gabriel,
aquele artigo dificilmente pode ser considerado um estudo. Foi apenas, e nao acredito que Ricardo Reis tenha pretensoes a mais do que isso, um pequeno calculo feito com os dados disponiveis e que, facilmente, qualquer um pode replicar.
Quanto ao artigo propriamente dito, a partir do ultimo post do Riacrdo Reis no blogue da SEDES, pode-se chegar nao so ao artigo como aos dados e as contas que Ricardo Reis fez.
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“Sempre que sobe o défice os impostos acompanham
por Bruno Faria Lopes, Publicado em 28 de Julho de 2009”
“A tendência de crescimento da carga fiscal tem sido constante, acompanhando o peso da despesa pública (ver gráfico na página 17), mas o ritmo de subida é maior depois de saltos no défice orçamental. Os exemplos são muitos. Em 1992, depois do ano eleitoral (primeira maioria de Cavaco Silva) em que o défice subiu para 7,2% do PIB, o peso da carga fiscal na economia subiria de 30,9% para 33,1%. Na sequência da crise orçamental de 2001 (ainda com António Guterres), a carga fiscal subiria de 34,8% para 36% em 2003, já com o governo de Durão Barroso. No último pico de crise orçamental o comportamento foi o mesmo: depois de apurada uma estimativa para o défice de 6,8% pelo Banco de Portugal, o governo Sócrates subiu a carga fiscal de 35,2% para 37,8% do PIB.”
Ricardo Reis também diz isto
“Ou seja, em Portugal, quando a despesa sobe e surge um défice, em média isso leva, nos anos seguintes, a um aumento dos impostos que cobrem quase a totalidade do aumento inicial”, escreve o economista Ricardo Reis no ensaio publicado hoje pelo i. “O Estado vai aumentando no tempo, e a carga fiscal seguindo-lhe. Assim vamos, de défice em défice, de aumento em aumento na despesa.”
http://www.ionline.pt/conteudo/15392-sempre-que-sobe-o-defice-os-impostos-acompanham
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#17:
A prognose neste caso é póstuma. Ocorre naqueles juízos que se efectuam a posteriori à ocorrência dos factos para concluir a eventualidade de verificação das hipóteses anteriores, colocadas também nessa altura anterior.
Nos crimes de perigo abstracto deve fazer-se uma prognose póstuma para se entender se houve crime.
Coloca-se ainda nos casos de análise das circunstâncias da causalidade adequada, em direito penal, conforme ensinava Figueiredo Dias. E que se enuncia assim:
Deve ter-se em conta a pessoa média que colocada nas circunstâncias concretas em que estava o agente, acharia previsível que da conduta derivasse aquele resultado.
Aprende, ferreira.
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Já o “grande” economista Salazar tinha um imposto sobre os isqueiros que era prá malta da altura, não ter a mania das grandezas…………por isso cá na Merdaleja, tudo como dantes quartel general em Abrantes !!
Agora, só vejo salazarentos e aleijados !!!
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Salazar tinha um imposto sobre isqueiros e não só.
O que ele não tinha era uma caterva de impostos com hoje têm os que dele fazem pouco.
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Aliás, nem era bem imposto directo, mas sim uma licença ( que se pagava…).
Hoje é um pouco mais sofisticado: paga-se o IVA.
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Até sobre os fósforos e a lenha e não apenas sobre os isqueiros.
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o cagalérias parece o rider’s digest que o meu avô digeria na cagadeira.
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Caro José, se vasculhar pelo mapa, ainda encontra países com ditadores semelhantes à do Salazar, quanto às licenças sem IVA.
Desejo-lhe umas boas férias por esses paraísos.
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error:
“a d=o”
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error2
“o=a”
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Tive um prof que publicou uma sebenta com três páginas ao fim com erratas. Antes do índice ainda tinha uma página com errata das erratas.
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Piscoiso, você não tem vida para além do Blasfémias ? Nem no Verão ? Just curiosity ….
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#36.
Junte-se ao homossexual que se apresenta como “Prima do Picoiso”, para um assédio colectivo. Já disse que não sou consumidor.
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#26
YES!!!!.
OBRIGADO,Jose
Eu já sabia, mas,….
“…in dought, just make shure.”
Vou voltar a esse assunto, com mais calma, se a isso estiveres disposto.
Mas acho que vieste ao meu encontro:
– Se “depois” anda subsistem duvidas,…
– “Antes”,…., (pura adivinhação??)
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Clap, clap, clap.
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LA-C ,
Isso é quase verdade…
Eu inicialmente até pensava (erradamente) que o Ricardo Reis tinha apenas feito uns cálculos avulsos sobre os dados da despesa pública -total-e relacionado isso com respectivos governos em actividade.( uma prova de que não se aprende nada ao ouvir uma noticia nas televisões nacionais mas enfim…)
Mas, de facto, tbm é verdade que o artigo tenta fazer algo mais(melhor pensava eu) mas uma leitura superficial deixa-me com mais dúvidas ainda…
pegando por exemplo neste excerto:
“Também em relação ao tamanho da economia, a despesa tem aumentado continuamente, de 14-15% para 21-22% hoje em dia. ”
“Não inclui o investimento público nem as transferências; quando o Estado tira a uns para dar a outros, em impostos, subsídios, e assistências variadas, não gasta recursos, limita-se a redistribuí-los” ??
Existe já uma discricionariedade dos números que exige uma analise bem mais cuidada.
P.S. obg pelo dica do post no blog do Sedes…
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Quem gasta mais ou menos é pouco relevante. Ao País interessa alguém que diga como vai poupar. Mas isso é dificil. Não me parece que os protagonistas da actual cena política tenham qualidade para o fazer.
Como estamos sempre muito presos ao passado, um dia, quem sabe, é mesmo o D. Sebastião que vai fazer do monstro um rato!
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Precisamente. Gastar em tempos de crise. Exactamente quando é que os tempos do governo com maioria PSD foram de crise? Foi quando começaram a jorrar os dinheiros da UE? Se calhar em vez de escrever Keynes com erro por pirraça podia ser mais humilde e lê-lo, especialmente quando ele diz que o Governo só deve gastar quando o Investimento privado cai (para que a poupança não tenha que baixar dramaticamente, o que implicaria que o rendimento, do qual a poupança é uma proporção fixa, caia radicalmente).
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Exactamente quando é que os tempos do governo com maioria PSD foram de crise?
Por exemplo, em 2002 quando assumiu as asneiras de Guterres.
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Anónimo disse
29 Julho, 2009 às 12:37 pm
“a politiquice é isso mesmo… Andam às voltas e não fazem nenhum. É por isso que são uns quadrados paralelipideos à volta do circulo. É a dinamite cerebral. Bum! O cerebro já foi e ficou em mil pedacinhos.”
Erro! A cabeça desses filhos de puta da esquerdalhada está cheia de merda e quando rsbenta fica tudo cagado e um mau cheiro insuportável.
Zé
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#44
O comentário anterior é para o “anónimo” do topo da lista.
Zé
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Exactamente quando é que os tempos do governo com maioria PSD foram de crise?
“Por exemplo, em 2002 quando assumiu as asneiras de Guterres.”
Maioria absoluta, era o que queria dizer (já estou como o outro, há outra forma de maioria?)
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#27
Marafado de Buliquei-me disse
29 Julho, 2009 às 4:03 pm
“Já o “grande” economista Salazar… Agora, só vejo salazarentos e aleijados !!!”
Estás cheio de sorte e deves sentir muita honra nisso.
Zé
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.
O kamarada Piscoiso é completamente parvo, não acham?
Zé
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Axo.
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É tudo o mesmo, o “Sócratismo” é uma versão CEAC do “Cavaquismo”
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Gabriel Silva, nao percebi onde pretende chegar. Se nao for pedir demasiado, nao se importa, por gentileza, de esclarecer se, afinal o Ricardo Reis tem ou nao tem razão? Eu não sei se estou a ser muito ousado, mas acho que é isso que interessa. Nao? Diga la a sua opinião, vá.
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# 37, primo a falta de férias faz-te mal, pensas demais na homosexualidade e podes acabar cada vez mais desviante. Tu sabes que sou boa, brincalhona e digo algumas verdades sobre ti, é natural que não gostes, tens pouco de que te orgulhar para além de fazeres companhia aos ratos imundos que te alimentam.
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