“Heranças de Pinho” *
Atravessar o País por auto-estrada é uma boa forma de pôr à prova o aforismo que ensina: “Em Portugal não há mercado – há conluio.” Seja qual for a marca, os preços dos combustíveis são iguais, ao cêntimo, em quase todos os cartazes informativos.
A demora na execução da regra que obrigava à publicitação dos preços já tinha sido estranha: diziam que era tecnicamente complexo. Não percebo. A nossa civilização já pôs homens na Lua e enviou sondas a Marte – seria assim tão difícil colocar uns míseros placards com preços? Julgo que não.
O embaraço estava em todos podermos ver que a prática concertada está de boa saúde e tem a bênção da Autoridade da Concorrência (?!) do Dr. Sebastião, o amigalhaço que Pinho deixou a fingir que vigia aquilo que todos vêem.

Muitas vezes iguais à décima de cêntimos. Ao ver os cartazes penso como são inúteis, que desperdício de dinheiro… Mas foi bom para que fez os cartazes…
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O melhor é a ideia do pcp. Nacionalize-se que a coisa está preta
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Em qualquer mercado concorrencial de um produto homogéneo, os preços são iguais em todos os vendedores.
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Ó CAA,
você não lê os posts do JM? Ele já explicou que a coincidência de preços é uma característica dos mercados concorrenciais. E eu concordo.
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Então mas a ideia dos placards não era exactamente aumentar a informação no consumidor em relação aos preços praticados? Ora, consumidores mais informados tendem a abandonar os locais mais caros e dirigirem-se para os mais baratos. A prazo, os preços igualam-se. Os placards são um sucesso.
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Para os especulares é uma chatice a afixação dos preços.
Mesmo que o preço de um produto seja igual em todo o lado, como se pode saber o preço se ninguém o afixar?
Ah, pergunte ao comerciante!
E como é que se pode saber que o comerciante não está a especular?
Você não acredita em mim? – pergunta o comerciante.
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O CAA tem consciencia que se obtém o mesmo resultado num mercado de concorrencia perfeita? O facto dos preços serem iguais não significa que haja conluio. Não lhe fazia mal umas aulitas de economia do secundário.
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É muito evidente, demasiado até, a conjugação de preços entre as principais gasolineiras.
E, mais escandaloso, é o actual preço comparado com as mesmas condições do ano passado. Inacreditável esta situação de aumento do combustível, às claras com o maior dos descaramentos, sendo um aproveitamneto claro de uma necessidade vital das pessoas no seu dia a dia. É moralmente criminoso. A única reacção possível é uma atitude individual das pessoas, no sentido de gastarem um pouco menos e, gradualment,e ” …se irem da dependência libertando…”
#3
mas que treta é essa?!
é alguma brincadeira? produto homogéneo? somos tolinhos?
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Estes placards simplificaram muito a vida às gasolineiras. Antigamente tinham que telefonar para saber a que preço estava a concorrência. Hoje, basta-lhes ir à net ver o que está nos placards.
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blafémias liberais para todos os gostos, o miranda acha que é o mercado a funcionar e o amorim queixa-se de cartelização. pois eu acho que os dois têm razão, mas não vejo qualquer problema.
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Em qualquer mercado concorrencial de um produto homogéneo, os preços são iguais em todos os vendedores.
cartelização? o que é isso?
as merdas que a milupa ou a nestlé vendem tem preços iguais… combinados a nível de administrações!
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e a banca? para quando painéis com spread 360 graus antes & depois.
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Ok. Já que é tudo igual, e essa é a tendência, segundo o JM, pergunto só para que raio existe essa merda de ótoridade, senão para mamar impostos e mordomias.
Aliás isto aplicas-se a quase todos esses reguladores e quejandos que se multiplicam no estado.
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Um monopólio é sempre um monopólio…
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#4 “(…) Ele já explicou que a coincidência de preços é uma característica dos mercados concorrenciais. E eu concordo.(…)”
Só pode ser. Porque num mercado concorrencial, só pode ser coincidência os preços, quando mudam, mudarem para o mesmo quase ao segundo. Isto é que é adaptação à concorrência. O nosso mercado é mesmo eficiente.
É como no mercado de telecomunicações. Os produtos e campanhas saem exactamente no mesmo dia, com as mesmas características e com os mesmos preços. Ele há com cada coincidência!
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“É como no mercado de telecomunicações. Os produtos e campanhas saem exactamente no mesmo dia, com as mesmas características e com os mesmos preços. Ele há com cada coincidência!”
Porra que há gente ignorante e depois há os imbecis. Qualquer campanha demora meses a preparar, e tanto a vodafone como a TMN não são propriamente a coisa mais secreta do universo. Para além do facto de que quando um telemovel aparece, a sua aparencia foi negociada com as várias operadoras meses antes. Estas negociações muitas vezes são equivalentes à compra de um carro por parte de alguém que sabe comprar. A Nokia chega e diz, temos um telemovel feito para a música e na Suecia faz-se isto assim e assim, ah, e já agora, a TMN diz que consegue vender isto por 99 euros. O que é que vocês têm para oferecer?
Mas para conspiracionistas não há nada a fazer. Vivem no mundo da metafísica.
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#16 “Porra que há gente ignorante e depois há os imbecis.”
Não se esqueça também dos que, por terem níveis de auto-estima e ego demasiado baixos, sentem necessidade de insultar tudo e todos.
Coitadinhos, sentem-se melhor assim…
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ó Sr João Miranda,
sabe que, por exemplo, noutros países da Europa, já há muito que existem placards nas autoestradas e que as diferenças de preço são perceptíveis? e que já há muito, também, até os poderes públicos, mas não só, têm denunciado e tomado algumas medidas contra as demoras em repercutir nos preços de venda as baixas do preço do barril e a rapidez com que se repercutem as subidas do brent ou do crude nos preços das gasolineiras?
não tenho fé em nada e ainda menos no mercado!
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««sabe que, por exemplo, noutros países da Europa, já há muito que existem placards nas autoestradas e que as diferenças de preço são perceptíveis? »»
E? O que é que se conclui daí? Nada.
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««Porque num mercado concorrencial, só pode ser coincidência os preços, quando mudam, mudarem para o mesmo quase ao segundo.»«
Se a matéria prima é a mesma e se é possível criar fórmulas de cálculo para prever o impacto de variações da matéria prima, não estou a ver porque é que as alterações de preço haveriam de ser diferentes.
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Oh Carlos, estava eu no bar da praia a ler a sua crónica e dizendo para os meus botões: o Carlinhos está com azar… deu um tiro no pé! Nem o Miranda o salva desta…
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A propósito destes bitaites do CAA e outros ilustres, recomendo uma ida ao Fiel Inimigo ler esta posta:
http://fiel-inimigo.blogspot.com/2009/08/jornalismo-base-de-bom-senso.html
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Um mercado de concorrência perfeita também tem um preço igual para todos os produtores.
Para saber se o preço é ineficiente, tem de o comparar com o custo marginal, não os preços entre si (no caso de um bem homogéneo como a gasolina claro).
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Oops, acabei de ver que o JM se me adiantou. Bom, fica o reparo de qualquer forma, porque nunca é de mais.
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“Atravessar o país de auto-estrada” é sem dúvida possível, infelizmente, e é o que fará qualquer pessoa insensível à variedade doutros percursos.
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