Quota de medidinhas da JSD
28 Agosto, 2009
O programa do PSD (PDF) tem uma medida curiosa:
Garantir uma taxa de IRC de 10% durante 10 anos para PME em que sejam maioritários jovens empresários, com idade inferior a 35 anos.
Gostava de saber o que terá levado alguém a pensar que uma coisa destas seria uma boa ideia. Nenhum dos autores do programa se lembrou de apontar os óbvios inconvenientes de discriminar empresários de acordo com a idade? Talvez os autores do Jamais consigam explicar o raciocínio enviesado que levou à introdução desta medidinha.
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30 comentários
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BLASFÉMIAS 
Nenhum dos autores do programa se lembrou de apontar os óbvios inconvenientes de discriminar empresários de acordo com a idade?
E quais são, que o senhor também se esqueceu.
Não precisa de me dar a camisola que deu ao outro.
Tenho muitas
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Ainda tenho 20 anos. Os meus filhos só têm 15.
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A ideia é promover o gosto empresarial nos nossos filhos que, subitamente, passarão a ser empresários por conta de outrem.
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“Garantir uma taxa de IRC de 10% durante 10 anos para PME em que sejam maioritários jovens empresários, com idade inferior a 35 anos.”
Medida interessante. Pondo de parte a hipótese de fraudes — ou seja de ficticiamente se atribuir a propriedade a pessoas que não têm idade suficiente para se candidatarem à presidência da república –, para que uma empresa beneficie por completo desta medida terá de ser constituída por jovens de menos de 25 anos.
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Seria muito mais subtil diferenciar os empresários entre solteiros e casados.
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Presumo que a ideia de descriminação positiva para jovens e interior (já agora não está contra esta ‘medidinha’ de descriminar os empresários de acordo com a localização?) é facilitar a criação de emprego em populações altamente afectadas por desemprego. Isso não impede todos os outros de também tentarem iniciar os seus negócios. Como tem sido feito até agora. Aliás existem bastantes exemplos de descriminação positiva: quotas de música portuguesa nas rádios, número de mulheres nas listas, etc. O princípio é sempre o mesmo. Pode não concordar, e há inconvenientes, mas duvido que precise que lho expliquem.
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««já agora não está contra esta ‘medidinha’ de descriminar os empresários de acordo com a localização?»»
Por acaso estou.
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««O princípio é sempre o mesmo. »»
O princípio é sempre o mesmo e é sempre um mau princípio. É tão errado discriminar positivamente mulheres, como músicos portugueses, como jovens empresários. Um Estado deve tratar todos de acordo com o princípio da igualdade.
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É para os filhos deles
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Os empresários do país vão colocar os seus putos a maioritários para terem o desconto.
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Convido toda a gente a participar na sondagem para as legislativas presente no blogue Interjeições. A sondagem decorrerá da forma mais escorreita possível e, por isso, não haverá, em princípio, motivos para o CDS processar o blogue nem para inventar novas leis para regular as empresas de sondagens – pelo menos foi o que me garantiram os tipo da Marktest. A sondagem irá decorrer até ao próximo dia 14 de Setembro. VOTEM!!!!!!
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“Os empresários do país vão colocar os seus putos a maioritários para terem o desconto.”
Isso mesmo. Miranda, nao há que preocupar-se que o português tem sempre solucão para tudo.
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E porque não uma taxa menor para maiores de 65 anos?
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A vantagem seria muito maior: pessoas que possuiem dinheiro em vez de o meterem no banco, iriam investir em empresas criando postos de trabalho.
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possuem
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Esta medida é proposta pelo PSD , não é verdade?!
Então não venham dizer que o PSD não é socialista!!
Já agora o PSD esqueceu-se de por no seu programa quando implementará o dia do cão!!!!
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“É tão errado discriminar positivamente mulheres, como músicos portugueses,…….” JMiranda.
Eu concordo com João Miranda. Discriminar positivamente mulheres é errado. Mas se for negativamente, já não o é.
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JM
Talvez possa dar-lhe uma pequena ideia .
Com o sistema de ensino que você tem , os cursos da treta sem saída profissional , a completa “falta de iniciativa empresarial de qq português qto mais os pobres dos jovens … que desgraçadamente concorrem hoje em MASSA ás poucas ofertas de emprego no Estado ” salvo as oferats para estarem nos Call Centers do nababo do Bava … faz sentido ou não ? pode ser que estimulem a iniciativa privada com isto da redução para 10 %
eu cá tenho duvidas
Portugal é um País pobre com habitos de rico
veja o parque automóvel
sim sim
e a casa própria do emprestimo
todos escravizados pela banca …
MAS NÃO É AQUELA INICIATIVA PRIVADA PARA A QUAL O GOVERNO cria por decreto ” a necessidade ” ( para a gente depois pagar mais uma taxa de um serviço que não acrescenta nada a riqueza nacional … como variadas “CERTIFICAÇÕES E ACREDITAÇÕES ORA OBRIGATÓRIAS” …
produção para exportar isso sim … não estas merdas que o PS inventa para criar “empregos”
ou então tudo para Angola como servos
ora …
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O princípio é sempre o mesmo e é sempre um mau princípio. É tão errado discriminar positivamente mulheres, como músicos portugueses, como jovens empresários. Um Estado deve tratar todos de acordo com o princípio da igualdade. – JM
De acordo.
O programa do PSD contém, embora em menor número, algumas destas medidinhas destinadas a ganhar votos em determinadas clientelas.
Dito isto, também tem coisas boas. São boas algumas ideias na justiça, em particular, a contingentação de processos, a diferenciação de remunerações dos juízes e a aposição de um prazo final de processo destinado a informar o utente da justiça da demora previsível do mesmo. São interessantes as medidas relacionadas com as famílias (criação de equipas de apoio domiciliário às famílias com deficientes ou idosos, desformalização do processo de adopção, medidas preventivas do divórcio), bem como a assistência social (dirigido ao voluntariado e às IPSS, o que também me parece bem).
No resto, a parte da educação que refere o ME como tendo funções apenas de regulação é vaga, porquanto não se caracteriza minimamente o que se entende por autonomia das escolas, para além da ideia também ela pouco concreta da contribuição das mesmas na definição dos programas escolares para cada ano lectivo. Pode ser que haja mais coragem no programa de governo.
Na economia, de acordo com a generalidade das medidas para as PME`s, mas irritante a referência, também constante no programa do PS, a apoios a este ou aquele segmento ou clientela (turismo, pescas, agricultura, jovens empresários, etc…). Além de que a mesma é contraditória com a ideia de o Estado libertar a economia, apregoada no início do programa. Na saúde, não vejo como é que a coisa se financia (ou antes, vejo com maus olhos).
Saúdo a reforma do arrendamento que espero seja a mesma de Santana Lopes com total liberdade contratual para os novos contratos e com uma verdadeira – e não apenas piedosa – actualização das rendas para os antigos. Pelo menos, os novos contratos têm de ser totalmente liberalizados como na proposta de lei de Santana. Isso não seria suficiente, mas já seria um princípio muito bom. Também correcta a ideia de parar tudo nas grandes obras públicas: podiam ser mais afirmativos e utilizar a palavra “rasgar”, que eu e a maioria dos portugueses não nos importaríamos.
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‘Um Estado deve tratar todos de acordo com o princípio da igualdade.’ Pois a teoria é sempre bonita e nunca sai do papel. Sabe, eu também não sou uma fã da descriminação positiva. Aliás se vivêssemos num país onde a meritocracia fosse a política vigente essa descriminação era desnecessária. Pegando na realidade e que é, a de que o dinheiro não chega para tudo, o PSD propôs estes incentivos para tentar resolver o desemprego dos jovens (que estava julgo que perto dos 20%) e da desertificação do interior. Qual considera que seria a melhor alternativa? Dar estágios de 6 meses aos jovens e subsídios de reinserção social aos desempregados dos subúrbios lisboetas e portuenses, enfim das grandes cidades? Pior que incentivos é dar dinheiro, vulgo subsídios, a todos para actividade nenhuma. Estes ao menos teriam que ter uma iniciativa que se visse, senão o desconto de 10% do IRC iria resultar em nada.
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o que é que esperavam de uma colectânea de êxitos feita pelo crânio mota pinto.
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«« Sabe, eu também não sou uma fã da descriminação positiva. Aliás se vivêssemos num país onde a meritocracia »»
Em que é que a discriminação positiva contribui para aumentar a meritocracia? Numa meirtodracia as pessoas são avaliadas pelo que conseguem fazer. A discriminação positiva valoriza o sexo, a idade, a raça e a nacionalidade.
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«« o PSD propôs estes incentivos para tentar resolver o desemprego dos jovens»»
O desemprego dos jovens deve-se às medidas de protecção a outras classes sociais. Se acabar com essas medidas o desemprego jovem desce.
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‘Em que é que a discriminação positiva contribui para aumentar a meritocracia?’ Em nada. Exactamente o que disse. A descriminação positiva tenta combater a descriminação (passe o pleonasmo). Portanto é encarada como uma forma de chegarmos à meritocracia. Isto é impossível tendo em conta a génese da descriminação positiva. O que disse é uma forma de tentar explicar/compreender essa medida e não a sua defesa. Há-de tentar fazer esse exercício.
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««O que disse é uma forma de tentar explicar/compreender essa medida e não a sua defesa.»»
Eu percebo porque é que a medida aparece no programa do PSD. Na melhor das hipóteses, não é para aplicar e é uma forma inconsequente de satisfazer lóbis. Na pior das hipóteses, o autor da medida nem percebeu que ela é inviável e acha-se muito esperto pensando que descobriu a pólvora.
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A filosofia joãomirandesa é muito simples.
Quando a pergunta lhe permite dar uma resposta que esmague o outro, toma lá disto.
Quando a pergunta o incomoda, faz de conta que ela não foi feita.
Sócrates leu este filósofo e faz o mesmo
( vai com nick, é perigoso, pode não sair e se sair arrisco-me a levar dois açoites como os que ontem me deu, Deus me ajude)
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100% de acordo com o que escreveu Vasco Pulido Valente no Público de hoje sábado 29/8.Tanto comentador ignorante.
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O que não consigo perceber de todo é por que motivo a medida, sendo considerada boa por quem a propõe, só fica em vigor durante 10 anos.
Se é boa, por que motivo limitar a duração?
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Tenho ideias bem melhores:
– reduzir o capital social mínimo de uma sociedade por quotas de 5.000€ para 500€ (ou mesmo para 0€). Consigo imaginar montes de negócios que não necessitam mais do que 500€ para operar. Qual a razão para empatar 5.000€.
– Eliminar os custos para criação de empresas e registo de marcas
– Eliminar genericamente as necessidades de licenciamento.
– Eliminar o IVA para os prestadores de serviço individuais (sobretudo se menores de idade, ou 21 anos, neste caso também eliminar necessidade de factura)
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ok, a cena do IVA era só para ver se alguém ainda estava atento…
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