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Confundindo-se o essencial.

22 Janeiro, 2010
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Não. A questão nada tem a ver com Pinto da Costa, com Sócrates, com Vara e com muitos mais. Trata-se, no entanto, de uma questão relevante, a propósito da utilização de escutas em processos judiciais – de resto, com jurisprudência assente no TEDH.

Formula-se nestes termos: a defesa tem ou não direito a dispor da integralidade das escutas realizadas, para efeitos de contextualização dos excertos trazidos ao processo? É que, na realidade, a selecção dos excertos retirados, nomeadamente, para efeito de acusação, é, já de si, uma escolha de quem investiga, implicando, sempre, uma (mais ou menos intensa) descontextualização do que é apresentado como meio de prova. Muitas vezes, o que parece até nem é….sobretudo se, a respeito de tais excertos, o contraditório for exercido através da respectiva contextualização, isto é, utilizando a integralidade da(s) conversa(s) escutadas.

E o que é que sucede se, porventura, quando a defesa quiser exercer tal direito, deparar com uma impossibilidade: uma anormalmente rápida e intempestiva destruição dos suportes (cd’s) que contêm a integralidade das conversas escutadas, donde foram retirados os excertos para efeito de acusação? Ou seja, uma impossibilidade de contextualização do excerto escutado.

Ora, suspeito que isto tem sucedido, entre nós, com alguns casos (dos mais mediáticos) que têm animado as notícias e muitas discussões…. Enquanto todos discutimos o que parece (e que nem sempre é) e formamos convicções sobre aquilo que parece (sem o ser necessariamente), lá vão seguindo (mais tarde ou mais cedo) as acções para o TEDH.

Claro está que as nossas convicções, palpites ou simplesmente crenças (sejam elas quais forem) é que já ninguém as tira, nem nenhum tribunal as modifica, por maiores que sejam as indemnizações e as condenações, mais tarde assacadas ao Estado português.

As convicções, cada um tem as que quiser… melhor, cada um forma-as como quiser.

173 comentários leave one →
  1. TGV permalink
    22 Janeiro, 2010 02:42

    Sobre convicções,idéias feitas,etc,nada a fazer.Ó PMF,você não vai mudar o mundo.
    Interessante é que vocês já não têm coragem de dizer que não é,agora falam em “parece”.
    O que está no âmago é outra coisa bem diferente.Como todos bem vêem,isto não são casos comuns,nem versam a vida íntima de ninguém.Pelo contrário,trata-se de conspirações ocultas da vida pública das pessoas e dos prejuízos que possam ter causado a terceiros e nalguns casos à nação inteira.
    Como quer o sr que um bandido faça as suas falcatruas? Em directo no telejornal?

    Se a vida amorosa do Cristiano Ronaldo está diáriamente nas TV’s e revistas e não incomoda nem causa engulhos a ninguém(e isso é que é vida íntima!),porque diabo as trafulhices que causam prejuízos incalculáveis a instituições e pessoas devem ser ocultadas?
    Porque se protegem os vilões em detrimento do interesse dos lesados?
    Porque é que dez milhões de pessoas devem ignorar que estão a ser enganadas por uns trambiqueiros sem escrúpulos?
    Porque sim? Porque eles arrastam uma multidão de alienados que passam por cima de todos os escrúpulos e regras? Porque a fraude e a vigarice se aplicada a nosso favor ou da nossa tribo é boa?
    A amoralidade é o início da decadência.
    Isto parece um filme série B ou C.
    Por aqui vemos qual o grau de isenção e o critério que certamente é o mesmo quando aplicado a outros assuntos de ordem política.

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  2. carlos graça permalink
    22 Janeiro, 2010 02:47

    # 1 TGV : excelente e oportuna análise…

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  3. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 03:55

    Por aqui vemos qual o grau de isenção e o critério que certamente é o mesmo quando aplicado a outros assuntos de ordem política.

    Alguém ainda tinha dúvidas?

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  4. Tou a Ver permalink
    22 Janeiro, 2010 07:16

    “Porque se protegem os vilões em detrimento do interesse dos lesados?”

    Porque aqueles que forem autorizados a proteger os interesses do lesados transformar-se-ão em super-vilões: e quem nos livrará destes?

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  5. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 09:36

    Com esta posta acabou de colocar-se algures entre a guarda pretoriana liderada pelo Madureira e os Abrantes socraticos que arrumam qualquer assunto desagradável com a tese da cabala.

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  6. Silva permalink
    22 Janeiro, 2010 09:41

    Mas é exactamente por isso que o CPP foi alterado no sentido de permitir aos arguidos o acesso a todas as escutas para que possam seleccionar, também eles, a transcrição de certas conversações para os autos.

    Agora essa ideia da descontextualização, perfeitamente válida no plano abstracto, é contraditável por este caso concreto.

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  7. Zé das coibes permalink
    22 Janeiro, 2010 10:01

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    mas afinal o homem subornou ou não subornou os árbitros?

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  8. joao permalink
    22 Janeiro, 2010 10:02

    Escutas, lei e jornalismo
    Alguns órgãos de Comunicação Social e juristas escolheram o ângulo da violação à lei penal para abordar a questão da divulgação das escutas do ‘Apito Dourado’. Uns foram pela alegada violação do segredo de justiça, que não existe por todos os processos do ‘Apito’ estarem já fora desse regime.

    Outros, zelosos, foram à procura do artigo do Código Penal que proíbe, desde 2007,a divulgação de escutas. Se no primeiro caso há simples ignorância, no segundo, o desconhecimento ou a opção por tal caminho é atentatório da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e, portanto, do próprio jornalismo.

    O artigo 88, nº 4, tem uma história mais política do que jurídica. O crime de desobediência simples foi aplicado aos casos de divulgação de escutas de processos em segredo de justiça ou que não tenham o consentimento dos próprios. Criminalizaram assim opções jornalísticas feitas em nome do interesse público, sustentado na lei e na Constituição, nos casos ‘Casa Pia’, ‘Portucale’ e ‘Apito Dourado’. O CM tomou posição contra este artigo no dia em que ele entrou em vigor. A nossa escolha é o jornalismo e a liberdade de escrutínio que lhe é implícita, não uma qualquer barricada.
    In Correio Manha Manuel Damaso

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  9. Renato permalink
    22 Janeiro, 2010 10:04

    Este blogue está a ficar muito instrumental! E em várias facetas da vida portuguesa! Parece estar a perder aderência à máxima que o preside.

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  10. 22 Janeiro, 2010 10:15

    #6.

    “Agora essa ideia da descontextualização, perfeitamente válida no plano abstracto, é contraditável por este caso concreto”.

    Qual caso concreto? Porquê?

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  11. 22 Janeiro, 2010 10:24

    # 7. “mas afinal o homem subornou ou não subornou os árbitros?”

    Judicialmente, não ficou provado!

    Na realidade, naquelas circunstâncias, seria um acto muito ineficiente e desnecessário. Tenho a convicção (pois é de convicções e de crenças que se fala, que todos falam, sendo também uma questão de fé e de crença que -apenas para ser simpático! – move o CM) que não. Até mesmo atendendo ao testemunho que serviu de base (má) atal acusação que o MP sofregamente ajudou a refazer e seguiu. Recorde-se: testemunho que não sabia, em fases difeerntes, o que tinha visto, se existida uma cómoda ou uma mesa (e depois, verificou-se, no decurso do processo, que nem uma coisa nem outra) quanto dinheiro teria putativamente sido, etc…..

    A mesma testemunha que se gabava de ser a autora moral de um crime num parque de estacionamento e que quando confrontada com a alegada existência de câmaras de vigilãncia, para manter a sua história, afirmou que tinha tido o cuidado de as mandar destruir antes…..sendo certo que tal parque (também de verificou tal no decurso do processo) NUNCA tinha tido tais câmaras cuja destruição tal testemunha reclamava ter destruído!

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  12. Gabriel Silva permalink*
    22 Janeiro, 2010 10:25

    A questão nada tem a ver com o acesso ao conteúdo de escutas por parte dos intervenientes jurídicos em determinado processo, mas sim, da legitimidade e mesmo necessidade da sua divulgação nos casos em que nelas exista matéria de relevância pública, a fim de se exercer o devido escrutínio.
    A meu ver, sim, justifica-se(e em ocasionalmente será mesmo dever) a sua divulgação nesses casos, independentemente da sua relevância processual e dos formalismos jurídicos a permitirem ou não.

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  13. Alalil permalink
    22 Janeiro, 2010 10:30

    PMF,

    1) Você acredita ou não que as escutas revelam indícios de uma prática reiterada, com recurso a códigos e a locais obscuros para negociar coisas menos claras ligadas ao futebol profissional?

    2) Acredita que se revelassem a integridade das escutas ouviriamos alguns segundos antes qq coisa como “ó sr.pinto da costa, a partir de agora, paramos de conversar sobre o condomínio do prédio e passamos a fingir que somos mafiosos, não estejamos nós a ser escutados, só para o gozo.”

    3) É mais importante para si a revelação de um corrupto que viciasse um qualquer negócio de muitos milhões de euros ou a alinea do código interpretada à luz de 15 juristas que até acham que o corrupto não devia ter sido escutado?

    Não confunda o banquete inteiro com o prato de tremoços que está ao lado.

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  14. 22 Janeiro, 2010 10:31

    #12 – Gabriel:

    Mas justifica-se o quê?

    A publicação daquilo que foi apresentado pelo MP sem contextualização ou a integralidade das ditas escutas, contextualizadas? É que a questão é essa: uma e outra publicação modificam (por vezes, radicalmente) a percepção e a formação das convicções de quem as ouve! E consequentemente, o “devido escrutíneo”…..

    A questão é essa! (e, repito, independenetemnte dos casos que se discutem…pois assim talvez seja mais fácil sermos “independentes” das nossas próprias pré-compreensões…)

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  15. João Renato permalink
    22 Janeiro, 2010 10:31

    Não haja dúvidas, já o disse várias vezes: este blog tem 3 bloggers – João Miranda, Helena Matos e JCD. O resto anda aí à boleia a cumprir agendas pessoais.

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  16. 22 Janeiro, 2010 10:32

    #13. “Não confunda o banquete inteiro com o prato de tremoços que está ao lado”.

    Tudo depende, literalmente, do que quiser comer!

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  17. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 10:35

    12. E é o Gabriel Silva que julga a relevância pública?

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  18. Alalil permalink
    22 Janeiro, 2010 10:42

    #16 “Tudo depende, literalmente, do que quiser comer!”

    Sim, pois claro. Era mesmo isso que esperava que respondesse. Também lhe confesso que nunca pensei que o seu despudor fosse ao ponto de responder claramente ás perguntas.

    Eu percebi, deixe estar.

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  19. Gabriel Silva permalink*
    22 Janeiro, 2010 10:42

    PMF (14)

    «Mas justifica-se o quê?»

    justifica-se, em casos de relevância publica, a divulgação de escutas telefónicas.
    não me refiro ao caso concreto das relacionadas com o dirigente do clube de Campanhã, que desconheço, mas como principio geral.

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  20. 22 Janeiro, 2010 10:45

    #20.

    Pois, mas como é que se concretiza o princípio geral?

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  21. JoaoMiranda permalink
    22 Janeiro, 2010 10:49

    ««12. E é o Gabriel Silva que julga a relevância pública?»»

    Quem avalia a relevância pública é o público, incluindo a imprensa.

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  22. JoaoMiranda permalink
    22 Janeiro, 2010 10:49

    ««Pois, mas como é que se concretiza o princípio geral?»»

    A iimprensa decide em que casos o assunto tem interesse público.

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  23. 22 Janeiro, 2010 10:50

    #19.

    É exactamente o mesmo que você adopta, comendo também o que quer e escolhendo o seu menu!

    É que, na realidade, discutir, como você quer, as questões subreptícias (ou melhor, que você quer discutir e sentenciar) nesses termos, ou seja, não considerando as conclusões judiciais (aquilo que seria operativamente objectivo), só leva a que cada um coma o que quiser, escolhendo o sabor que gostar mais!

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  24. JoaoMiranda permalink
    22 Janeiro, 2010 10:54

    Como é óbvio, a discussão numa sociedade livre não pode depender da decisão de um comité central de divulgar ou não divulgar uma informação. Se um membro dessa sociedade considera que a informação é relevante ao ponto de correr o risco de a divulgar, então a discussão está lançada.

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  25. 22 Janeiro, 2010 10:55

    #21 e 22:

    Pois muito bem…desde que haja, então, concorrência e diversidade de escolha: parte da imprensa publique um excerto, outra parte, publique outro excerto, terceiros publiquem a integralidade, etc., etc.

    Já que eu vou escolher o meu “devido escrutíneo” que tenha liberdade de opção! Ou seja, que cada um decida condenar, absolver, assim-assim ou outra coisa qualquer o que melhor lhe aprouver! E aí, seguindo esse caminho, caímos no que tenho dito (supra, vg. em resposta a #16): cada um come o que quiser.

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  26. JoaoMiranda permalink
    22 Janeiro, 2010 10:57

    ««É que, na realidade, discutir, como você quer, as questões subreptícias (ou melhor, que você quer discutir e sentenciar) nesses termos, ou seja, não considerando as conclusões judiciais (aquilo que seria operativamente objectivo), só leva a que cada um coma o que quiser, escolhendo o sabor que gostar mais!»»

    PMF,

    A discussão pública numa sociedade livre é mesmo assim. Cada um é responsável pela avaliação da informação. Não existem verdades oficiais. Cada um tem direito à sua interpretação da informação.

    O que é preocupante neste, como noutros casos, é que as autoridades públicas não foram capazes de produzir informação convincente e credível. Resta a discussão pública.

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  27. 22 Janeiro, 2010 11:01

    #24:

    “(…)a discussão numa sociedade livre não pode depender da decisão de um comité central de divulgar ou não divulgar uma informação”

    – A questão não é divulgar ou não divulgar, mas sim o que divulgar! E não está em causa nenhum comité central, tão simplesmente a lei. A não ser que uma coisa seja equivalente à outra! Admito, mas então, também nunca se estará numa sociedade satisfaztoriamente livre!

    – Mas de facto, assim sendo, reafirmo, então, o que escrevi supra, # 25 e esvazie-se de contéudo moral este tipo de discussão!

    Correlativamente, devem acabar-se também com direitos (e obrigações correspcetivas) individuais, como, por exemplo, o direito à imagem (lembram-se do caso Taveira?!), ao bom nome, protecção jurídica da reserva de privacidade, etc…. Desjuridicalize-se essa área.

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  28. 22 Janeiro, 2010 11:06

    #26.

    Ora aí está! E nesse ponto (de resposta a #19) tenho a liberdade de ter a minha convicção e de fazer o meu “devidio escrutíneo”!

    Novamente, remeto para supra #25 e #23! Não vejo volta a dar!

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  29. 22 Janeiro, 2010 11:19

    # 28 continuação,

    at last: “(…) neste, como noutros casos, é que as autoridades públicas não foram capazes de produzir informação convincente e credível. Resta a discussão pública”…… onde todos os “devidos escrutíneos” são legítimos e relativamente válidos, independentemente daquilo que for o “devido escrutíneo” da maioria da turba!

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  30. Gabriel Silva permalink*
    22 Janeiro, 2010 11:21

    As escutas são analisadas pelos agentes judiciais e pelos tribunais apenas do ponto de vista criminal. Mas o seu conteúdo pode ter relevância publica indepentemente da avaliação da sua criminalização ou não. E nesse sentido devem, nos casos de substancia ou relevância pública, serem conhecidas.

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  31. 22 Janeiro, 2010 11:21

    Note-se, contudo, que a discussão que o post pretendia suscitar era, apesar de tudo, tão somente esta (que sim, é também/eminentemente jurídica):

    ” (…) a defesa tem ou não direito a dispor da integralidade das escutas realizadas, para efeitos de contextualização dos excertos trazidos ao processo?”

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  32. 22 Janeiro, 2010 11:23

    Para o PMF.

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  33. 22 Janeiro, 2010 11:26

    Para o JM o “clube liberal” está acima do clube bairrista e da bola; para o CAA, Gabriel e PMF é o inverso.

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  34. 22 Janeiro, 2010 11:26

    #30. Gabriel,

    Não, não é “nos casos de substancia ou relevância pública”… (quem é que a define?).

    Na lógica atrás desenvolvida, é em TODOS e relativamente à integralidade das ditas!

    E isto porque senão, como diz supra #26 “A discussão pública numa sociedade livre é mesmo assim. Cada um é responsável pela avaliação da informação. Não existem verdades oficiais. Cada um tem direito à sua interpretação da informação”

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  35. 22 Janeiro, 2010 11:29

    Mas o que se ouve nas escutas está perfeitamente contextualizado.

    Essa palavra “contextualizar” é que está a ser usada pelo PMF sem sentido algum.

    Quando “no contexto” de um jogo, o presidente do clube propõe suborno a um árbitro e se ouvem as palavras desse soborno- perfeitamente contextualizadas, na conversa, a única coisa que poderia ficar de fora era se ele estava a coçar qualquer coisa ou se depois foi fumar um cigarro.

    Para o PMF a “contextualização” que falta é o que fica de fora do contexto das palavras e da questão.

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  36. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:30

    “Resta a discussão pública.”

    Exactamente. Em nome da civilização e do progresso no ambiente democrático.

    Discutir estes assuntos livremente e uma vez que se tornaram públicos por diversas vicissitudes é quase obrigatório, para quem se interessar pela vida na civitas.

    Rematar para canto, alegando problemas processuais passados e probições de prova que só tem validade em processo penal, para evitar condenações, é fazer de avestruz.

    Estas escutas já tinham sido publicadas em transcrição. Foram-no agora de viva voz. E é isso que incomoda quem não quer ser incomodado, porque o desconforto é evidente: as provas para quem ouvir, são de tal modo concludentes que só mesmo quem acredite no pai natal, esquece quem é o padrinho.

    E por isso, há que tomar conta do que se passa: uma revelação ao vivo e de pistola fumegante de um ambiente de corrupção no futebol, com destacada participação de um dirigente do FCP.

    É preciso reconhecer o óbvio e não desculpar ou relativizar o assunto.

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  37. 22 Janeiro, 2010 11:31

    errata: suborno.

    Em última instância seria o mesmo que ouvir um terrorista a combinar um ataque e a dizer como o ia fazer, e o PMF assegurar que o “código” usado nas palavras estava fora do contexto, por apenas se ter ouvido a combinação e não o que antes ou depois disso o terrorista podia ter almoçado.

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  38. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 11:34

    Eu gostava que a título meramente académico e como exercício de expressão imaginativa, o PMF propusesse um cenário alternativo, com uma conversa antes e uma conversa depois das escutas que alterasse fundamentalmente a percepção que se tem delas.

    Não vale propor que os intervenientes estão no gozo, drogados ou coagidos.

    É capaz de considerar uma “contextualização” que fundamente a sua teoria ou ficamos pelas technicalities?

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  39. 22 Janeiro, 2010 11:35

    O problema mental, como alguém disse, é o da partidarite/clubite.

    Neste caso falou mais alto a defesa bairrista e clubista.

    Simplesmente, quem se deixa que o juízo ético fique cativo de um clube, também deixa que fique cativo de qualquer outro clube sem ser o da bola.

    Trata-se de um hábito mental que condiciona demasiadas coisas e que, v.s. à excepção do JM (sempre ultra-liberal, para lá das emoções) acabaram de demonstrar que têm.

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  40. 22 Janeiro, 2010 11:36

    Supra 36:

    “E por isso, há que tomar conta do que se passa: uma revelação ao vivo e de pistola fumegante de um ambiente de corrupção no futebol, com destacada participação de um dirigente do FCP”.

    Uma convicção tão válida como as outras. Se, porventura, proveniente de um magistrado ou de alguém que se ache justicieiro e com poder para “tal missão”, aí sim, as coisas começam a descambar!

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  41. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:36

    A sociedade não resolve nem deve resolver tudo nos tribunais oficiais.

    Há o tribunal da opinião pública que é a voz populi. Há a discussão sobre valores e sobre princípios. Pegar nestes últimos com a lupa do processo penal para mostrar como houve violação de regras de processo é deletério, no âmbito do problema principal e que todos reconhecem: houve e há corrupção no futebol e o presidente do FCP é um pivot da mesma.

    Há volta a dar a isto? Não me parece.

    Então das duas, uma: ou se aceita o fenómeno como os adeptos ferrenhos do FCP fazem, desvalorizando tudo o que lhes mostre a incongruência de princípios geralmente aceites; ou se denuncia esta podridão.
    A denúncia da podridão resulta noutra coisa: na desilusão, no desconforto de se apoiar moralmente quem não deve, na má-consciência e no final de contas, na perda de razão essencial e moral.

    Portanto, a escolha é simples e dicotómica: quem apoia isto, este estado de coisas, contemporiza com a corrupção.

    Tal como acontece na política, aliás. Tal como acontece com este primeiro-ministro. E o fenómeno é exactamente o mesmo: incapacidade de isenção e de raciocinar de modo independente.

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  42. 22 Janeiro, 2010 11:38

    A palavra “contextualização” usada pelo PMF foi langue de bois.

    Teve sentido nulo. Foi o mesmo que usar aqueles termos “homofobias” e coisas do género, que a esquerdalhada gosta, quando também pretende ganhar um debate com a mesma erística.

    (na defesa da regionalização passa-se o mesmo- puro bairrismo).

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  43. aos permalink
    22 Janeiro, 2010 11:39

    Sublime.

    O CAA escreveu muito disparate durante o processo e teve um orgasmo intelectual com o seu epilogo. Agora sente-se defraudado e fala de liberdade. Não interessa há crime ou não.

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  44. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:40

    PMF:

    Um magistrado exerce num processo e consoante as provas que tem e pode validar.

    Pode acreditar em determinada coisa e nada poder fazer para a comprovar validademnte.

    Isso não implica que não tenha convivção, princípios, valores, referências e ética.

    Aliás, são vários os planos em que estes assuntos se desenvolvem e num processo os planos são mais restritos que na apreciação comum e de cidadão.

    E parece-me que essa visão do “justiceiro” é apenas uma cortina de fumo argumentativo para abater ad bacculum: pela força da ofensa gratuita.

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  45. 22 Janeiro, 2010 11:40

    #40 Zazie,

    lá está você a falar em juízos éticos!

    Pensava que tinha lido a discussão atrás! Isto não tem nada a ver com juízos éticos, mas sim com liberdade de publicação (do que se quiser), com a formação dos “devídos escrutíneos” (de cada um), com a divulgação de informação tão credível que não deixe margem de manobra à discussão (ou não), enfim, com “cada um comer o que quiser” — legitimamente e no uso da sua liberdade!

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  46. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 11:42

    O que se deduz da sua argumentação, neste caso em apreço, é que existe uma espécie de “pedra filosofal” das escutas, mantida em surdina e segredo por conspiradores e arrivistas, que numa penada altera radicalmente tudo quanto foi dito nas restantes. É a tese da cabala.

    Prefere acreditar numa escuta inexistente e impassível de cumprir o propósito que fundamenta a sua argumentação às que existem e que mostram aquilo que qualquer pessoa pode atestar: que existe um clima de compadrio e corrupção no futebol, mantido por figuras publicamente conhecidas.

    É capaz de produzir uma versão contextualizada?

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  47. 22 Janeiro, 2010 11:43

    E depois ainda fez pior- pegou nos factos- ouvidos nas escutas- e retirou-lhes a factualidade apenas e exclusivamente, por via processual do que valem dentro dos condicionamentos jurídicos com garantias maiores para a defesa que para a acusação.

    Transformou a matéria de facto em matéria técnica de valor casuístico, para dela retirar outra matéria de facto mais verdadeira que os factos.

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  48. 22 Janeiro, 2010 11:45

    Claro que são juízos éticos e quem os fez foi o PMF quando acrescentou que os factos até podiam ter sido diferentes, dado estarem “descontextualizados”.

    Como não conseguiu explicar onde estava a “descontextualização” a questão da pertinência da sua divulgação já vem condicionada (pelo PMF) por um juízo de dúvida.

    E essa “dúvida” é uma tomada ética, sua- ainda que, às avessas.

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  49. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:46

    A apreciação pelo cidadão comum de realidades de facto, como são estas escutas é tão válida, neste contexto, como a que resultou de uma publicação de um mail provado entre dois jornalistas. ALiás, foi com o sentido de esta publicação ser de interesse público que a mesma foi justufucada e aplaudida, pelo sector a quem interessava politicamente o assunto.

    Neste caso, o tema é a corrupção no futebol e não na política. Mas…haverá diferença substancial? Haverá razão de distinção essencial?

    O problema na abordagem, aliás, é o mesmo: os apaniguados dos entalados na política defendem à outrance, o visado. Aqui, é exactamente o mesmo, com uma nuance: no futebol, que é um desporto, o único bem atingido é a verdade desportiva.

    Mas exactamente por isso relativizam logo tudo, em nome da verdade que lhes interessa: o Porto é uma nação! E portanto, uma cabala o que andam a fazer. Este ano, então nem se fala!

    É assim, este primarismo de raciocínio que faz carreira em espíritos abertos e esclarecidos e até inteligentes.

    Não há pachorra.

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  50. 22 Janeiro, 2010 11:48

    “É capaz de produzir uma versão contextualizada?”.

    È, já a produziu quando disse que “nada ficou provado”,

    Nessa frase, o PMF produziu uma “nova contextualização”- meramente processual do peso dos factos nas tramas da lei, para lhes anular o factual.

    Para fugir ao bom-senso, criou uma “verdade para além dos factos” a que chamou “prova” da realidade dos mesmos.

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  51. 22 Janeiro, 2010 11:51

    #44 Ofensa gratuita!!??

    Então, se eu tenho e exponho uma determinada convicção, em função do que sei, vi e ouvi e outras coisas mais que agora não importa referir, “tenho uma agenda” e sou desprovido de ética; as convicções valem o que valem, tento impor uma visão não ética (numa das versões, supra, mais simpáticas!) – mas se digo isso da “convicção” (pessoal, não judicial) de um magistrado…que ainda por cima pode, trazendo-a para os processos, ter outro tipo de consequências que não a do mero exercício da liberdade de opinião – então isso já será uma “ofensa”??!!

    De facto, os radicalismos em todos os sentidos – ou seja, publique-se tudo e mais alguma coisa, de qualquer maneira, integralmente ou parcial e selectivamente, com ou sem relevãncia pública (compete-nos a nós decidir) – leva sempre a relativismos de perspectiva e não saímos daqui! Se a convicção é igual à minha, será muito legítima e assertva; senão, há falta de ética ou – se se tratar de um magistrado – será uma ofensa.

    PS – Repito, não venha com a questão das convicções judiciais, pois não é isso que está em cusa, ou melhor, até poderá ser se elas forem condicionadas com os prévios “devidos escrutíneos” pessoais, subjectivos, afectivos de cada um (e, portanto, também do tal magistrado)

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  52. DesconfiandoSempre permalink
    22 Janeiro, 2010 11:51

    “…impossibilidade de contextualização do excerto escutado….”
    Vc. tá com problemas nos neurónios ou quê?

    “…o que parece (e que nem sempre é) e formamos convicções sobre aquilo que parece (sem o ser necessariamente…”)

    É pá, PMF, Vc está com problemas nos neurónios ou na audição?

    Ai dói, dói…

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  53. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:52

    Como disse aí em cima a Zazie, quem fique cativo deste raciocínio, por causa da bola, fica cativo do mesmo modo, por causa da política partidária e isso assim.

    O Processo Casa Pia, a Face Oculta, o Freeport, só para falar destes mediáticos que envolvem política, é o exemplo flagrante disso mesmo: a incapacidade que muita gente tem em se desvincular de grupos e assimilar razões de grupo.

    Alguns animais correm em manada e os carneiros são apontados especialmente nesse gregarismo ambulatório, mas os seres humanos inteligentes, deviam ser de outro modo e distinguir o bem do mal, por si mesmos e não pelos interesses de grupo.

    Se no caso pessoal dos visados ainda se compreende a defesa dos seus interesses pessoais de vida e carreirinha e vidinhas até, já não é compreensível que alguém que nada ganhe ou perca com o caso, defenda o que defende só por mimetismo grupal.

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  54. 22 Janeiro, 2010 11:52

    #49
    “É assim, este primarismo de raciocínio que faz carreira em espíritos abertos e esclarecidos e até inteligentes.

    Não há pachorra”.

    Pois não, para ambos os lados!!

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  55. 22 Janeiro, 2010 11:53

    «Neste caso, o tema é a corrupção no futebol e não na política. Mas…haverá diferença substancial? Haverá razão de distinção essencial? »

    Não há mas acontece sempre quando as pessoas deixam que o pensamente fique cativo destas amarras.

    E eles deixam-no e de várias. As cartilhas servem para alimentar essa falta de isenção que se torna uma forma de entender tudo.

    Há sempre uma direcção esquemática a orientar tudo. E depois é com isto que os media também servem de canais de propaganda.

    è por isso que não existe opinião pública, O Gabriel até acabou de explicar a vantagem do privilégio mediático sobre a opinião pública.

    Com a tal ideia que “cabe a uns e não aos outros” . E com isto condiciona a opinião do cidadão ao megafone mediático ou político- ou ambos a fazerem o mesmo.

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  56. DesconfiandoSempre permalink
    22 Janeiro, 2010 11:55

    Estou a ficar preocupado com o CAA!!! Alguém o viu por aí?
    Ai dói, dói…

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  57. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:56

    PMF: está a confundir e a confunfir-se.

    O papel de um magistrado é exercido num processo. Segundo as regras do processo. Uma delas é fundamentar devidamente as decisões para que todos possam perceber o iter do raciocínio jurídico sobre os factos conhecidos e válidos. Ponto final.

    Se a idiossincrasia do magistrado conta para isso, claro que conta. Mas deve ser escrutinável e transparente na decisão tomada.

    Percebe a razão porque se exige que o PGR divulgue o teor do seu despacho de arquivamento quanto ás escutas do José S.? É essa mesma, por um princípio geral de direito e até de senso comum.

    Quando V. fala em magistrado justiceiro está a apanhar um bordão, um termo de arremesso para definir um profissional. E nisso consiste a ofensa gratuita se não for acompanhada de factos que o levem a julgar tal pessoa.

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  58. 22 Janeiro, 2010 11:58

    # 48.

    “Claro que são juízos éticos e quem os fez foi o PMF quando acrescentou que os factos até podiam ter sido diferentes, dado estarem “descontextualizados”.

    Como não conseguiu explicar onde estava a “descontextualização” a questão da pertinência da sua divulgação já vem condicionada (pelo PMF) por um juízo de dúvida”.

    Mas é claro que não consegui nem quero (e nem posso, porque isso significaria falar de casos concretos que, por viscissitudes várias, tive que conhecer) e nem era isso que se pretendia incialmente no post.

    I reste in my case:

    “A questão nada tem a ver com Pinto da Costa, com Sócrates, com Vara e com muitos mais. Trata-se, no entanto, de uma questão relevante, a propósito da utilização de escutas em processos judiciais …a defesa tem ou não direito a dispor da integralidade das escutas realizadas, para efeitos de contextualização dos excertos trazidos ao processo?”

    Agora se querem – como foi feito – discutir convicções pessoais, tudo bem!

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  59. José permalink
    22 Janeiro, 2010 11:59

    Quanto mais discuto estas coisas e esta discussão dura há dezenas de anos ( de facto começou ainda antes de 25 de Abril, no liceu por causa do golpe no Chile…)mais fico convencido de que há um problema no raciocínio humano: tende a propender para o sectarismo segundo as razões que a razão desconhece.

    E isso é um fenómeno psicológico que já deve ter sido estudado.

    Como deve ser regra geral, o problema só assume aspectos preocupantes quando se evidencia um sectarismo de base e sem remédio. Tipo…sei lá! Negar as evidências, por exemplo!

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  60. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 11:59

    #51.

    Mas quais são os fundamentos que o levam a chegar à conclusão que apresenta sob a tese da “contextualização”? Deve ter certamente imaginado uma conversa passível de levar à “reasonable doubt” – (como a que falam os americanos) capaz de modificar radicalmente os factos conhecidos. Pode partilha-la?

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  61. 22 Janeiro, 2010 12:01

    Supra 58: Caro José:

    É tão ofenda gratuita (ou não) como dizer-se:

    “Alguns animais correm em manada e os carneiros são apontados especialmente nesse gregarismo ambulatório, mas os seres humanos inteligentes, deviam ser de outro modo e distinguir o bem do mal, por si mesmos e não pelos interesses de grupo.

    Se no caso pessoal dos visados ainda se compreende a defesa dos seus interesses pessoais de vida e carreirinha e vidinhas até, já não é compreensível que alguém que nada ganhe ou perca com o caso, defenda o que defende só por mimetismo grupal”.

    Noto que em ambas as situações, NÃO se nomeiam destinatários pessoais e individualizadamente….

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  62. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:02

    A única contextualização em casos como este é simples de ver e ouvir: a completa corrupção do fenómeno desportivo, no que se refere à gestão de arbitragens.

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  63. 22 Janeiro, 2010 12:03

    # 60.

    Não, não posso.

    (Mas, de todo o modo, tal “tese” é conhecida, discutida e segudia por muitos, com base nas suas experiências…E veja lá, até já chegou a ser analisada e aplicada, em casos concretos, pelo TEDH).

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  64. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:04

    PMF:
    com uma diferença de vulto nessa putativa ofensa:; no primeiro caso há uma classe profissional visada e pessoas em concreto, eventualmente. No segundo que será o meu, há uma generalização para a natureza humana. O que me inclui, naturalmente.

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  65. 22 Janeiro, 2010 12:07

    # supra 65.

    Oh, caso José! Cada um enfie as carapuças que quiser! Não vá por aí….

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  66. 22 Janeiro, 2010 12:09

    # supra 60 (continuação de resposta em 63.)

    Como é óbvio, NÃO posso no caso concreto em que a discussão caiu ou no mesmo que suscitou a tentativa de discussão (frustrada) em tese, do post! A “tese geral” invocada resulta de casos análogos…

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  67. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:10

    A particularização no caso, poderia envolver a extensão a outras situações em que a discussão se toma sempre nestes termos. Porém, para os visados, a defesa à outrance dos seus interesses pessoais, compreende-se melhor do que a defesa que outros não interessados directamente o fazem.

    O desporto, no entanto, como gera paixões explica o inexplicável: a irrazoabilidade e a extrema dificuldade em se sobrepor a razão á paixão.

    E é nesse aspecto que pode existir ofensa, mas apenas centrada nos visados directamente.

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  68. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 12:12

    #63.

    Portanto a sua tese resume-se a isto:

    Existem conversas gravadas que levam qualquer pessoa razoável a assumir, pelo menos, a configuração de um sistema de manipulação da verdade desportiva; a isto o PMF contrapõe a possibilidade última de existir uma(s) conversa(s), que o próprio não consegue conceber, que reverte o sentido de tudo quanto foi apurado até agora.

    E isto para si configura-se como um exercício racional?

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  69. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:13

    Qualquer pessoa sabe que não pode ser bom juiz em causa própria. Logo, as explicações e justificações dos visados, devem sempre ser analisadas cum grano salis e de modo dubitativo em tom metódico. Toda a gente percebe isso.

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  70. 22 Janeiro, 2010 12:14

    O que tem piada é comparar estes argumentos do PMF e do Gabriel e compará-los com argumentos iguaizinhos dos apaniguados situacionistas quando branqueiam as evidências das mentiras do Sócrates ou pretendem transformar em cabalas os mesmos factos apurados, escudando-se na “descontextualização” e no valor processual que eles têm.

    E acabam a dizer o mesmo- é cabala. E é sempre cabala em pensamento circular onde se nega a evidência com a “não-prova” pelo tribunal.

    Se alguém não é condenado, é inocente. E é inocente porque confundem verdade factual ou factos que não foram negados, com o peso deles numa decisão judicial.

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  71. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:15

    Se a questão é colocada nesses termos, será caso para perguntar a um céptico PMF:

    Qual o significado de “fruta” no contexto da escuta conhecida?

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  72. 22 Janeiro, 2010 12:15

    Quando eles dizem que não foi provado que o currículo académico do PM seja uma aldrabice, acabam a garantir que as evidências dessa aldrabice são uma fabricação de “poderes obscuros” que apenas pretendem difamá-lo.

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  73. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:16

    #70:

    Esse raciocínio é o corrente. o que se lê, ouve e vê nos media.

    Até custa a acreditar que haja pessoas inteligentes que o utilizem com seriedade.

    Como isso acontece só pode haver uma explicação psicológica de alteração mental temporária…

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  74. 22 Janeiro, 2010 12:18

    ehehe

    O PMF nem vai para a palavra fruta para dormir”. Ele escudou-se naquilo a que chamou “contextualização” que é o mundo inteiro das palavras que o PC é capaz de ter dito no mesmo dia ou em toda a sua vida.

    O contexto de que fala o PMF é uma fantasia semântica. E ele sabe que o é. Não sei é se se deu conta do tiro no pé.

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  75. 22 Janeiro, 2010 12:18

    Supra #71.

    Como é óbvio a reclamada contextualização (em termos de análise para a formação, seguidno a terminologia do Gabriel, do “devido escrutíneo”) é em termos de “conversa” / “conversas” / inter-ligação de conversas (como saberá melhor do que eu, e não palavra a palavra…

    Mas, de qualquer modo, para esse cesto, já não dou, por agora, mais fruta, por muito boa que seja!

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  76. 22 Janeiro, 2010 12:21

    # 68.

    “o PMF contrapõe a possibilidade última de existir uma(s) conversa(s), que o próprio não consegue conceber, que reverte o sentido de tudo quanto foi apurado até agora”.

    Não foi isso que disse e nem é isso que resulta da discussão supra…

    Se quiser continuar também por esse lado, tudo bem….mas agora, não me venha impor o seu “devido escrutíneo” ao meu!

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  77. 22 Janeiro, 2010 12:27

    Alguns animais correm em manada e os carneiros são apontados especialmente nesse gregarismo ambulatório, mas os seres humanos inteligentes, deviam ser de outro modo e distinguir o bem do mal, por si mesmos e não pelos interesses de grupo.” – José

    Exactamente.
    Vêem-se duas manadas por aqui, curiosamente reunidas pelo post:
    As manadas que marram repetidamente em Sócrates e Pinto da Costa.
    Por convicções.

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  78. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:29

    O Piscoiso, pertence a que manada?

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  79. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 12:29

    #75.

    Por esta altura já deve ter dado conta da enorme argolada lógica em que se meteu: a sua tese propõe a radical inversão da forma como os humanos (normais) formulam juízos: em face a, pelo menos, duas versões do mesmo fenómeno, incompatíveis entre si, aquela que colhe mais e melhores argumentos ganha e inscreve-se como realidade. O que PMF propõe é que se considere que existe uma versão, para a qual não existem argumentos de suporte, que tem o mesmo valor ou mesmo superior à versão suportada pela interpretação dos factos.

    Isso é “o homem é a medida de todas as coisas” versão de cabaret. Porque não é por chamar canoa a uma pedra que a faço flutuar.

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  80. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:32

    É que os seres humanos inteligentes também seguem em manada, sempre que os seus interesses de grupo se confundem. E há quem seja incapaz de se desligar desse fenómeno. Por isso, o gragarismo do futebol serve para gritar em multidão com os que estão sintonizados na mesmíssima onda de irracionalidade.

    E quem segue por um partido político, tende a agregar os que pensam de igual modo e a hostilizar quem os ataca como adversários.

    Será essa a verdadeira natureza humana?

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  81. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 12:33

    #76.

    É precisamente isso que está a dizer. A introduzir a possibilidade de uma dúvida razoável que se baseia na existência (não apresentada, não fundamentada) de um argumento ou facto que desminta os restantes.

    Ou então é conversa de adolescentes, o que não quero crer ser o caso: “eu acredito no que quiser e tu no que quiseres e a lógica que se marimbe”

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  82. 22 Janeiro, 2010 12:33

    #78.
    O Piscoiso, já o disse várias vezes, vai com a manada de Marx, o Groucho:

    Nunca serei sócio de um clube que me aceite como sócio.

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  83. 22 Janeiro, 2010 12:35

    Contributo para a formação de todos os “devidos (e pessoais) escrutíneos”:

    (Vai por escrito porque, infelizmente, não teria no sistema – leia-se, a partir dos Tribunais ou do Ministério Público – quem me fornecesse cópia dos Cd’s e tive que coligir o que foi publicado na imprensa):

    Relembrem-se das seguintes escutas, nas quais o presidente do Benfica, LFV preferiu o árbitro Sr. João Ferreira em detrimento de 4 árbitros internacionais que não lhe davam garantias…

    LFV (Luís Filipe Vieira) – Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito…
    VL (Valentim Loureiro) – Eu penso que ou o Lucílio… o António Costa, esse Costa não lhe dá… não lhe dá nenhuma garantia?
    LFV – A mim?! Foda-se, o António Costa? Foda-se! Isso é tudo Porto!
    VL – Exacto, pronto! (…) E o Lucílio?
    LFV – Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
    VL – E o Duarte?
    LFV – Nada, zero! Ninguém me dá!… Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.(…)*
    VL – Talvez o Lucílio, pá!
    LFV – Não, não quero Lucílio nenhum!(…)
    VL – E o Proença?
    LFV – O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos foder!
    VL – E o João Ferreira?
    LFV – O João… Pode vir o João, esse dá-me garantias (…)

    * Sublinhe-se:
    – porque eu estou a fazer isto por outro lado

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  84. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:35

    Instintivamente, os que por aqui comentam, tendem a situar os outros: este é dos nossos. Aquele é adversário, quiçá inimigo. E está facilitada a discussão que nem chega a existir por ser inútil: à partida os argumentos de um adversário são sempre para rebater, mesmo que sobreponham a lógica das coisas à irrazoabilidade e irracionalidade das nossas opções.

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  85. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:37

    #81:

    Sendo essa a minha manada, nunca me apercebi da vizinhança. Será por haver muitos em correria ou apenas porque é uma presença imaginária e do âmbito da aspiração, apenas?

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  86. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:38

    #83:

    Tiro no pé.

    Do mesmo modo que se valoriza esse extracto, também deve dar-se importância ao tema da fruta. E como não se dá, está resolvida a equação: sempre desacertada e sem remédio.

    É um problema psicológico. Temporário?

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  87. 22 Janeiro, 2010 12:40

    Em tempos pensei nisso e cheguei a pensar que era capaz de haver uma qualquer “bossa clubista” e seria melhor que a clubite fosse toda para a bola em vez de ir para o lugar errado.

    Mas depois pensei que o erro era ter-me esquecido que “as bossas são comunicantes”

    ehehehe

    Em virtude dessa “comunicação interna” das bossas facciosas da bola para o facciosismo do pensamento, achei mais aconselhável confrontarem-se uns aos outros.

    Por vezes o efeito de espelho serve para ver o que não se quer se for visto nos outros.

    Esta comparação com a relevância das publicações de outras escutas ou de “segredos de justiça” que vêm para a praça pública é pertinente.

    Aí podem observar como os apaniguados do poder usam a mesma lógica com as mesmas falácias para abater sempre os mesmos- ou é cabala da oposição- pela tal “descontextualização” e falta de decisão da justiça; ou é culpa dos magistrados que não souberam “apurar os factos”.

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  88. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:40

    O tema e o contexto é a corrupção do fenómeno desportivo.

    Esse extracto mostra essa evidência. O da fruta e do “Ó Zé!” é a evidência feita palvavra escutada. Neste caso ao presidente do FCP. Gritante. O chamado óbvio ululante, na expressão de Nelson Rodrigues, tão do agrado liberal.

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  89. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 12:41

    #83.

    Agora revelou-se. É o adepto ferrenho a falar. Nunca esteve preocupado com direitos fundamentais ou com a lógica. Ou jamais recorreria ao argumento do “os outros também fazem”.

    Porque o facto de o fazer anula toda a sua teoria da “descontextualização”. A acreditar nela também acreditaria que fosse aplicável a essa escuta que cita.

    Mas não acredita. E levou uma manhã inteira a demonstrar, em sede própria, como a paixão subjuga a lógica.

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  90. 22 Janeiro, 2010 12:41

    # 79 – Não invente…mas leia a discussão anterior (dizendo, claro está, o que quiser).

    Já agora, e voltando ao post – se bem que você queira falar de outra coisa – há uma questão, geral e abstracta que é formulada. Eu repito-a (isto é, faço-lhe um desenho):

    “Não. A questão nada tem a ver com Pinto da Costa, com Sócrates, com Vara e com muitos mais. Trata-se, no entanto, de uma questão relevante, a propósito da utilização de escutas em processos judiciais – de resto, com jurisprudência assente no TEDH.

    Formula-se nestes termos: a defesa tem ou não direito a dispor da integralidade das escutas realizadas, para efeitos de contextualização dos excertos trazidos ao processo?”

    E foi no pressuposto da dita que lhe respondi, supra, que não podia apresentar os factos em que me sustentava. Agora, se quiser falar das suas convicções, força, não está sozinho:

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  91. José permalink
    22 Janeiro, 2010 12:42

    #87:

    O fenómeno é coisa infantil: a negação da realidade. O catraio que é apanhado com as mãos sujas de chocolate e diz à mãe que é nada…

    Espantosa, a nossa natureza!

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  92. 22 Janeiro, 2010 12:46

    #91.

    Repito:

    Contributo para a formação de todos os “devidos (e pessoais) escrutíneos”:

    (Vai por escrito porque, infelizmente, não teria no sistema – leia-se, a partir dos Tribunais ou do Ministério Público – quem me fornecesse cópia dos Cd’s e tive que coligir o que foi publicado na imprensa):

    Relembrem-se das seguintes escutas, nas quais o presidente do Benfica, LFV preferiu o árbitro Sr. João Ferreira em detrimento de 4 árbitros internacionais que não lhe davam garantias…

    LFV (Luís Filipe Vieira) – Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito…
    VL (Valentim Loureiro) – Eu penso que ou o Lucílio… o António Costa, esse Costa não lhe dá… não lhe dá nenhuma garantia?
    LFV – A mim?! Foda-se, o António Costa? Foda-se! Isso é tudo Porto!
    VL – Exacto, pronto! (…) E o Lucílio?
    LFV – Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
    VL – E o Duarte?
    LFV – Nada, zero! Ninguém me dá!… Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.(…)*
    VL – Talvez o Lucílio, pá!
    LFV – Não, não quero Lucílio nenhum!(…)
    VL – E o Proença?
    LFV – O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos foder!
    VL – E o João Ferreira?
    LFV – O João… Pode vir o João, esse dá-me garantias (…)

    * Sublinhe-se:
    – porque eu estou a fazer isto por outro lado

    Agora, se querem saber a minha opinião, nem reputo tanto como isso esta conversa…mas claro está, isso depende do “devido escrutíneo” de cada um!

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  93. 22 Janeiro, 2010 12:48

    É, mas vem cheio de tecnicismo e é com esse tecnicismo que eu até julgo que eles se enganam mais a eles próprios que aos outros.

    Neste caso é sempre a clubite a defender os seus, por processo de intenção que quem desmonta a clubite é alguém a defender clube contrário.

    E agarram-se aos detalhes técnicos- a uma espécie de “purismo de julgamento” que a sociedade devia respeitar- de forma robótica- como o código respeita a letra de forma e a justiça se espartilha nos trâmites processuais.

    Até aí não haveria grande problema porque se ficava por opinião do grupo desse clube.

    o problema aparece quando querem fazer deste esquema mental uma forma padronizada, pseudo-ética da liberdade de conhecer e ajuizar de toda a gente.

    E essa, lamento, nunca foi entregue por procuração aos media, nem a ninguém. É de todos nós, porque ainda não vivemos sob as ordens do Big Brother.

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  94. 22 Janeiro, 2010 12:48

    # 91.

    Essa do argumento do catraio, olhe que é um excelente argumento! De facto, explica e rebate claramente, de acordo com o seu “devido escrutíneo”, o que que que seja, relativamente à conversa transcrita!! Fiquei a saber perfeitamente o que pensa dessa escuta!

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  95. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 12:51

    #90.

    Não invente? Faz-me um desenho?

    Então o PMF dá-se ao trabalho de escrever seis parágrafos que, espremidos, são um atropelo à lógica e acha que o facto de citar o TEDH chega para silenciar uma pessoa que tenha pelo menos dois neurónios?

    Eu espero que o seu ganha-pão não dependa da sua capacidade argumentativa.

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  96. Pedro permalink
    22 Janeiro, 2010 12:55

    Deveria estar consagrado na lei que a partir do momento que se fazem escutas a figuras públicas, estas deveriam ser publicitadas integralmente para conhecimento dos seus concidadãos.

    A bem de uma democracia saudável é imperioso termos conhecimento das conversas das personalidades mais relevantes da nossa sociedade. Só assim poderemos verdadeiramente ajuizar o seu carácter, condição essencial para fazermos as nossas escolhas.

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  97. Adeptode futebol permalink
    22 Janeiro, 2010 13:04

    Enquanto adepto,não me interessa se as escutas são ou não legais, o que me interessa é se aquilo realmente aconteceu, como parece ter acontecido.
    A ter acontecido, como adepto sinto-me roubado, pois
    andei a ver algo que pensava ser um jogo e afinal não passava de uma trafulhice.Como adepto acho que tenho o direito a ser ressarcido por ter sido enganado. E agora quem o faz?

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  98. Romão permalink
    22 Janeiro, 2010 13:12

    #90.

    Toda a sua argumentação enferma de má-fé:

    1. Primeiro diz que não quer falar de PC ou JS.
    2. Depois constrói um “argumentário” geral e abstracto
    2.a. Não por mero acaso – pode aplicar-se a JNPC.
    3. Desmontada a declinação concreta do seu princípio geral no caso de JNPC, chega-se a conclusão de que a realidade não vale um chavelho e cada um acredita no que quiser, independentemente dos factos ou argumentos.
    4. Confrontado com isso, repetidamente, refugia-se em 1. com a desculpa de 2.

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  99. 22 Janeiro, 2010 13:19

    O #97 não sofre de efeito zelig.

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  100. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 13:41

    O Blasfémias fazia uma boa jogada em substituir o PMF pelo José.
    É hilariante ver as palavras ‘justiça’ ou ‘verdade’ sairem das mãos dum PMF ou dum CAA. Quem veja o que eles escrevem sobre este assunto tira quaisquer dúvidas em relação à boa fé com que eles abordam o futebol.

    Estão bem para o Papa que têm.

    Como ele falava em código, e nunca directamente com os árbitros, safou-se. E a carneirada rejubila porque ‘nada ficou provado’.

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  101. João Amaral permalink
    22 Janeiro, 2010 14:17

    Deixemo-nos de merdas juridicas e filosóficas . O essencial é que PC é um homem que não olha a meios para atingir os fins. PC usou e abusou de corrupção moral, psicológica e financeira sobre agentes desportivos, com a conivência de muitos. Quantos de nós temos amigos portistas que dizem ” quero lá saber se foi à custa de umas viagens ou prendas, o que me interessa é que ganhámos tudo o que havia para ganhar “….Ok. Agora não nos comam por parvos aqui neste blog com prosas manhosas de intelectuais com a cabeça entre o rabo, a tentar discutir o acessório e deixando de parte o essencial em nome da pureza da justiça. Se a justiça fosse pura o vosso amigo PC já estava dentro há muito….

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  102. José permalink
    22 Janeiro, 2010 14:50

    #101:

    That´s it.

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  103. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 15:24

    A ironia suprema é estes fanáticos escolherem para títulos destes posts ‘CONFUNDINDO-SE O ESSENCIAL’.

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  104. O meu bando é o melhor permalink
    22 Janeiro, 2010 15:43

    Para além de todas as questões éticas que nada perturbam os sequazes e os sacristões do Papa,há um manancial de prejuízos patrimoniais e não patriminiais causados a outros agentes desportivos.

    Não vamos fingir que as receitas da presença permanente na Liga dos Campiões não fortaleceu as finanças do Porto e enfraqueceu a dos competidores,para não falar na valorização de jogadores que renderam milhões ao FCP e na desvalorização dos seus adversários,que não conseguiram atingir tais valores.
    Para não falarmos nos milhões de adeptos que durante três décadas frequentaram recintos desportivos que foram defraudados por resuktados falseados.
    Numa sociedade saudável,esta corja já se teria afastado pelo seu pé para não ser corrida.
    Mas os merdia preferem entreter o público com zaragatas no balneário do Sporting do que com a exposição deste sórdido esquema que conspurca o desporto.
    O pasquim “O Jogo” até foge do assunto como o diabo da cruz.E não é por razões de privacidade,pois publica com detalhe o dálogo entre Liedsom e Sá Pinto.
    Espero agora a indignação do CAA sobre esta violação de privacidade.

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  105. 22 Janeiro, 2010 15:50

    #101. João Amaral

    Manhosa é também a sua prosa.
    Clubista, certamente.
    O mundo do futebol está cheio dessas corruptelas. Digamos que é “normal”.
    O exemplo da mão de Henry, numa UEFA de Platini é o exemplo máximo.
    E nem sequer permitem a introdução de meios audiovisuais na arbitragem, como no rugby ou no basquetebol, pois isso lhe retiraria a margem de batotice.
    Donde pretendo concluir que o fenómeno é geral no futebol e não específico de PC ou de FCP.
    Como é que se explica que o Benfica leve 6 pontos 6 de vantagem sobre o Porto, sem a regra instituida nesta liga encarnada:
    Em caso de dúvida penalizar o Porto e beneficiar o Benfica.

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  106. Alalil permalink
    22 Janeiro, 2010 15:59

    Desmontando o argumento do “ah, também ganhámos na Champions”:

    1) Os campeonatos manipulados permitiram ao FCP uma enorme assiduidade na Champions.

    2) A montra internacional valorizou os seus activos, permitindo mais-valias nas alienações, muito superiores à concorrência nacional.

    3) Mais nenhum clube lavou dinheiro como o FCP, seja nas vendas milionárias de jogadores banais (cash in) seja nas transferências manhosas de argentinos (cash out), tendo portanto muito mais daquilo com que se compram os melões.

    4) Não creio que as putas tenham preferência pela nacionalidade dos juízes de partida.

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  107. Marafado de Buliquei-me permalink
    22 Janeiro, 2010 16:04

    Só para passar o tempo…….

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  108. Alalil permalink
    22 Janeiro, 2010 16:07

    O que não deixa de ser espantoso é a semelhança com o filme O Padrinho. Depois do império conseguido, tentam empurrar o javardo para o lado e dar uma de “negócio lícito” de higienização do clube. Usufruindo de um património sacado com recurso à pior das máfias.

    Serão sempre sujos e hoje o porco deu mais uma machadada na vossa expansão, voltou a falar de Lisboa, do centralismo, etc. Serão sempre um clube de bairro porque a grandeza de um emblema é feita por muito mais do que meia dúzia de taças.

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  109. O meu bando é o melhor permalink
    22 Janeiro, 2010 16:30

    O FCP já não está cotado na Bolsa?
    Se está,esta não tem uma palavrita a dizer sobre isto?

    Afinal o Platini estava coberto de razão,enquanto o bandalho o atacava e enquanto os mérdia portugueses iam fazendo o jogo do corrupto.

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  110. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 16:43

    Piscoiso,

    Se calhar é porque os goal-averages sao os seguintes:
    -Benfica: +35
    -Frutatia: +17

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  111. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 16:52

    tende a propender para o sectarismo segundo as razões que a razão desconhece

    Não. Acho que está estudado que o Homem é um animal de manada. É um animal gregário. Por muito que bebam coca-cola para serem diferentes, nunca deixam de ser carneirada. E é muito difícil fazer entender que ali ao lado está uma ovelha negra. São todas negras. Está tudo podre e é de alto a baixo. E este liberalismo, faz parte, sempre fez parte da mesma manada (a excepção é o JM). Viram-se sempre para onde dá jeito.

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  112. true believer permalink
    22 Janeiro, 2010 16:58

    O pixoiso, coitado, deu-lhe para defender corruptos e trafulhas, seja na política ou no futebol. Depois diz que não faz mal pois a corrupção é “normal”.

    Cabecinha pensadora!

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  113. DSC permalink
    22 Janeiro, 2010 17:53

    Ainda estou para perceber o PMF. O Pinto da Costa subornou ou não? É que com tanta semântica começo a pensar que eu é que sou maluco.

    E já agora, o LFV é igual (nem precisa de transcrever a escuta) e é presidente do Clube que simpatizo. E então? Tenho de baixar as calças e pôr o cu no ar para engolir sapos? Deixe-se de merdas semênticas. Aqui não se ouve o PC a perguntar por receitas ou coisas assim. Está patente é como se subverte toda uma realidade desportiva no nosso país. E isso, para si, é uma questão de “dexcontextualização”. Mas anda tudo louco ou quê? E o que é curioso ao ler todos os seus posts é que o Senhor seria o primeiro, a seguir ao CAA, a por tudo o que era link se fossem escutas do LFV. Porque toda esta questão para mim é simples. É um sentimento de inferioridade que o PC martelou até à exaustão que leva a que sejam os primeiros a dizer: tão a ver, tão a ver. Aquele fulano também faz!!!

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  114. invicto permalink
    22 Janeiro, 2010 18:01

    É ver os comentários do povo Benfiquista desde que ontem sairam estas escutas filtradas (isto é) pouparam o Santo homem que governa a paróquia da Luz, para perceber que juntando-se à liderança repartida, do campeonato e estão em estado de extase. Devem estar a sentir-se melhor do que se tivessem tido uma boa noite de sexo. Enfim à quem seja feliz com pequenas coisas.

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  115. Anónimo permalink
    22 Janeiro, 2010 18:50

    PMF refugia-se em questiúnculas laterais e processuais, porque no que é central (o conteúdo da coisa) não tem qualquer hipótese de levar a melhor

    o seu clube nos últimos 25 anos tem sido corrupto e batoteiro

    e a verdade é que o senhor assobiou para o lado e continuou a apoiar (e defender) corruptos e batoteiros

    Entre a alegria das vitórias (mesmo que sujas) e a honestidade (mas que dava menos alegrias), o senhor preferiu ser batoteiro (apoiando batoteiros)

    ponha a mão na consciência, tenha vergonha

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  116. nem estranho não estranhar permalink
    22 Janeiro, 2010 20:00

    Escutas? Quais? Quem lhes confere validade? Autenticidade? A CIA? A PGR? O CM? O PM? O MP?

    Ou um “gorila” “ugandês” tem mais crédito que a origem de uma mensagem atribuída a Bin Laden?

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  117. nem estranho não estranhar permalink
    22 Janeiro, 2010 20:01

    Ah, as garantias disto tudo são dos mesmos que abrangem um particular período das escutas extensível, imaginariamente, até há 25 anos…

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  118. 22 Janeiro, 2010 20:32

    Pudera..a verdade veio à tona…

    Pinto da Costa apresenta queixa-crime por divulgação de escutas
    Uma fonte do FC Porto fez saber que os advogados de Pinto da Costa vão apresentar queixa pela divulgação das escutas telefónicas ao presidente do FC Porto no site You Tube e no site do “Correio da Manhã”.
    Lusa

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  119. 22 Janeiro, 2010 20:34

    O azar dos judeus foi Cristo ters sido morto na Judeia..se fosse em Portugal ainda hoje não se sabia quem o tinha morto..e caso os judeus tivessem sido acusados nunca teriam sido condenados…o Homem veio contra a cruz nós ne tivemos culpa diriam…Epá a gente acredita ..podem ir em paz…fim…

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  120. 22 Janeiro, 2010 20:34

    Hoje estou para a galhofa.

    Esta merda das escutas, se não fossem as consequências era uma comédia do caraças.

    Ouvi agora (#107) a do pedido do sumaríssimo do PC ao VL. É do caralho.

    Nem os fedorentos no seu melhor conseguem aproximar-se disto.

    É mais uma daquelas situações em que a realidade ultrapassa a ficção.

    Coitado do João Botelho, que lá no filme dele não tem nada que chegue aos calcanhares destes diálogos.

    Estes gajos nunca cresceram, parecem dois putos a reinar aos “futebóis”. O PC, todo lampeiro com o facto de ter deixado o “gajo dos cabelos brancos” de mão no ar. O VL a dizer que não sabe nada, que não viu o jogo; mas a mulher viu. Qual mulher?

    Foda-se, juro que esta merda me fez lembrar os diálogos do “Molero” do Dinis Machado.

    Saravá companheiro, lá onde estiveres ficas a saber que estes figurões te andam a plagiar indecentemente!

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  121. 22 Janeiro, 2010 20:38

    Mas a parolice do Porto está sempre à frente..fiquem com mos campeonatos taças e quejandos…também fora isso o que é que podem gabar-se de ter?
    Por mim prefiro visitar o Vangogh ou o Museu de História natural de Londres…cultura é coisa que os nortenhos nunca entenderão…eles e a maior parte dos parolos portugueses…pão e circo……Este é o retrato do portista típico…

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  122. João Amaral permalink
    22 Janeiro, 2010 21:05

    ;105 ” O exemplo da mão de Henry, numa UEFA de Platini é o exemplo máximo”. Errado caro piscoiso. Esse é o exemplo mínimo. O exemplo máximo são os seguintes erros em apenas 2 meses : No SLB – Porto na Luz o Cebola joga basket na área, seguiu o jogo ; no Porto -Leiria o g.r leiria joga bola com nariz e é expulso ; no porto-p.ferreira o ~jogador do paços joga com o peito e é expulso , o falcão joga andebol na área e é golo. Já para não falar na regra que era o Vitor Baia defender fora da área com as mãos e siga o jogo…..o exemplo máximo da corrupção é os árbitros errarem maioritáriamente a favor do fcp.

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  123. Tiago Órfão permalink
    22 Janeiro, 2010 21:09

    O que me incomoda neste tópicos todos sobre o que é essencial, é que parece que alguns se esquecem que não há uma questão essencial, há várias questões que merecem todas discussão. E uma delas, por muito que custe ao CAA, é que até o zé da esquina tem agora provas palpáveis de que há gamanço no futebol português e a justiça não conseguiu condenar estas pessoas.

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  124. 22 Janeiro, 2010 21:18

    # 120

    ahahahahahahah

    São uns morcões.

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  125. luis permalink
    22 Janeiro, 2010 21:22

    Eu se fosse adepto de um clube com um presidente como o Bimbo Corrupção Costa e uma 1ª Dama Rainha do Alterne que acendia cigarros para disfarçar os peidinhos do flatulento, morria de vergonha e não contava a ninguém….estes peneirentos ainda veem para a praça pública defender o flatulento. É obra.

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  126. anti-comuna permalink
    22 Janeiro, 2010 21:56

    O vosso sentido para a religião fanática é lixada.

    Pergunta 1 – É normal árbitros confraternizar com dirigentes de clubes desportivos?

    Pergunta 2 – Se o é, qual o objectivo? Influenciar positivamente ou negativamente o seu clube através das relações incestuosas?

    Pergunta 3 – É normal os dirigentes desportivos serem consultados pelos dirigentes que regulam o sistema? Neste caso, darem o acordo para a escolha dos árbitros?

    Agora vou ao que me interessa.

    Pergunta 4 – É normal levar à barra do tribunal apenas este tipo de indicios de prova?

    Pergunta 5 – É normal uma acusação apenas basear-se em escutas sem sustentar as próprias escutas? E as consubstanciar com outras provas, reforçando o conteúdo interpretativo das conversas dos suspeitos?

    Pergunta 6 – É normal excluir outros indícios que tentem provar corrupção no futebol, como movimentos bancários, fotografias de transporte de valores, testemunhas e até actores dos actos de corrupção dos agentes do futebol?

    Pergunta 7 – É normal excluir das investigações outros dirigentes desportivos?

    Pergunta 8 – É normal excluir das investigações do mundo do futebol a corrupção do mundo político, do mundo da administração pública e de outros sectores de actividade, que a corrupção do futebol surge quase sempre associado?

    Pergunta 9 – É normal criar uma super-procuração para apenas apanhar um dirigente desportivo?

    Pergunta 10 – É normal haver notícias que indiciam cumpiicidades entre investigadores criminais e agentes alheios aos processos, para criarem factos públicos, que “queimem” o suspeito, porque se antevê que não têm provas suficientes para apresentar em tribunal o caso e o ganharem?

    Pergunta 11 – É normal haver campanhas de informação para queimarem um suspeito deixando de fora a própria incompetência na própria investigação?

    Isto são perguntas que muitos deviam perguntar-se a si mesmo. Se isto é normal, então estamos no mundo da maior podridão que eu conheço. Na minha concepção de sociedade livre e salutar, isto não é normal. Isto é pior que nos regimes mais corruptos de África ou América Latina, tidos como exemplos perfeitos de sociedades desajustadas.

    Uns fecham os olhos, porque acham que o seu clube é o maior e merece tudo. Outros atiram para o ar acusações que eles próprios são incapazes de reconhecer nos dirigentes dos seus próprios clubes. Outros aceitam, porque a corrupção parece ser generalizada. Outros não querem saber porquê que a investigação exclui alguns outros dirigentes desportivos. E investigações sobre outros agentes que participam na viciação da verdade desportiva. Outros não querem questionar o funcionamento da própria Justiça.

    No fundo, este caso espelha bem a sociedade corrupta que é Portugal. Este caso, mais que uma questão idiota de clubismos acéfalos, é a mostra da podridão da nossa sociedade. Seja na bola, seja na política, quase todos têm o mesmo comportamento: usarem isto como arma de arremesso. Não como forma de ajudar a melhorar Portugal, acabando com a corrupção.

    Eu já o disse. Não pretendo mostrar um falso imparcialismo. Sou simpatizante do FC Porto. Mas não sou trouxa nem hooligan. Um corrupto é sempre um corrupto, seja ele do FC Porto, do clube a ou b. É um agente cancerigeno da sociedade e um mau exemplo para os mais jovens e futuros cidadãos de Portugal. Que importa irradicar, nem que distribua benesses sociais, como fazem os capos da Sicilia.

    Cada qual que enfie a carapuça. Eu só tenho vergonha que exista tanta podridão nesta sociedade. Sei que a generalidade da população do Norte é honesta e fica escandalizada com isto tudo. Só peço aos nortenhos que lutem contra este tipo de cancros.

    anti-comuna

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  127. Kowalski permalink
    22 Janeiro, 2010 22:00

    na luz, é assim:

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  128. 22 Janeiro, 2010 22:25

    Obrigado ao Kowalski pelo vídeo no túnel da Luz.
    Começa a perceber-se melhor a mise-en-scène preparada para a suspensão de Hulk e Sapu.
    Com a conivência da Liga que multou o Benfica com uns trocos para salvar a face.
    Enquanto dois jogadores do Porto estão impedidos de jogar.
    Para distrair, volta a falar-se das escutas a PC, da fruta e do freeport.

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  129. nem estranho não estranhar permalink
    22 Janeiro, 2010 22:39

    http://dn.sapo.pt/galerias/videos/Default.aspx?seccao=Desporto

    Pois, nas escutas ninguém sabe quem fala, mas as imagens mostram tudo. E o túnel da Luz é bem iluminado, apesar de andarem para ali com uma jingajoga a fazer que mudam uma lâmpada, ooops, uma câmara que não revele tanta porcaria…

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  130. anti-comuna permalink
    22 Janeiro, 2010 22:50

    Algumas características comuns dos chamados dirigentes desportivos de sucesso:

    Empreiteiros ou promotores imobiliários, ligação estreita ao poder político e capacidade para conciliar a gestão profissional de um clube de futebol (que na maioria dos países é uma actividade quase em exclusivo, por causa da carga de trabalho exigida) com a gestão empresrial ou até mesmo política.

    Não é preciso ser muito inteligente para sabermos que temos uma mistura explosiva, quase sempre ligada à corrupção: promoção imobiliária; actividade política; agente desportivo.

    E, claro, são todos boas pessoas e empresários de sucesso ou gestores de sucesso. Apresentam riqueza apreciável, movimentam-se com á vontade no mundo da política e da Justiça e, pasme-se, até têm serviços de segurança privados, que chegam ao cúmulo de em espaços ditos públicos, como aeoroportos, baterem em cidadãos.

    Quem não consegue desligar a paixão desportiva e ser honesto, acha isto tudo normal. E defendem-nos como se fosse a defesa dos próprios filhos. Aliás, desconfio que alguns destes idiotas são capazes de defender mais o seu clube de coração que os próprios filhos, tal a senilidade ou doença social desta gente.

    E, claro, imaginemos que o um estrangeiro caia em Portugal, para trabalhar. Que pensará ele desta sociedade completamente doente e idiota?

    Tenho um amigo que viveu alguns anos em Portugal. E só me diz, desculpa, mas se sois pobres é porque sois mesmo corruptos por natureza. Até podiam descobrir ouro em metade do país, que o teu país continuaria pobre e atrasado como sempre. A minha resposta é que ele não viveu no Norte. ehehheehh

    E isto tem consequências. Imagine-se que eu, gestor de activos de um grande fundo de pensões, contratava um tipo para estar em Portugal, para servir de antena do que lá se passa, já que eu tenho grandes investimentos na dívida pública de Portugal. E esse tipo, contratado, me enviava relatórios, sobre o país, não apenas os números mas a própria envolvêncial social e cultural, pois acaba por afectar o risco do próprio país. Que eu vou pensar, se tiver, digamos, 10 mil milhões de euros investidos na dívida pública portuguesa? Vou pensar que é um país que tem o mesmo risco que outro país, com os mesmos números mas outro tipo de funcionamento social? Claro que não, pois o risco é maior em Portugal que noutras sociedades. Depois espantam-se muito do porquê que agências de ratig e risco conseiderem Portugal um risco mais alto, apesar de aparentemente os números serem melhores que noutras sociedades. E atirem para o ar, que são xenófobos, estas agência se rating. Mas isto acontece na verdade e é assim que bons investidores internacionais usam. Avaliam tudo. Não apenas os números mas todos os aspectos que possam dar mais informação que os números per si.

    Depois queixam-se que têm um crédito caro. Ou que não têm crédito. Que no estrangeiro considerem Portugal ao nível do terceiro-mundo. Que eles são racistas e só nos emprestam para nos conquistar mercado, etc. Se esta gente tivesse uma ponta de vergonha e tivessem mais miolos para pensar que andar atrás de clubes da bola decadentes, talvez ganhassem mais com isso. Mas lá está. Há gente que nasceu idiota e com queda para ser carneiro. Bééééééé! Bééééééé! Bééééééé! Bééééééé!

    anti-comuna

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  131. anti-comuna permalink
    22 Janeiro, 2010 23:30

    Aqui há dias, um articulista português, num jornal português, achava inacreditável, que algures nas salas de mercados do mundo anglosaxónico (se não me falha a abagaçada memória) tenham criado a famosa expressão PIGS. Confesso que não sei quem a criou mas ouvi-a primeiro na… Alemanha. Como dizia, esse articulista escandalizava-se com a expressão. E dizia que eramos tratados de um modo desigual pelos países que mandam no “sistema”.

    Mas alguém já se debruçou sobre o porquê desta expressão pejorativa? Porque consideram portugueses, italianos, espanhois e gregos porcos? Será que eles têm algum complexo de superioridade?

    Eles até podem ter complexos de superioridade e existe muito racismo. Mas sustentam-no com aquilo que vão depreendendo e da imagem que os países vão dando. Vejamos o caso grego. Até para entrar na UEM eles aldrabaram as suas contas, usando a desculpa de garantir a defesa contra a ameaça turca. Mas, lá está, os tais racistas fecharam os olhos e deram oportunidade aos tipos, para mostrarem que era caso excepcional e que doravante iriam mudar. Mudaram? Não. Dando-lhes uma excepção, tornam regra. Passaram a aldrabar as suas contas como sistema. Quem foi enganado, que vai pensar disto tudo?

    Depois estes estrangeiros “racistas” pedem relatórios sobre os países onde têm importantes investimentos e vêm sempre as mesmas deficiências, ditas culturais: permissividade à corrupção; tendência para não cumprir contratos, nem regras, nem normas estabelecidas. Tendência para se desculpabilizarem pelos erros próprios. Tendência para não terem um sistema de Justiça que funcione. (Aqui conta muito em tempo útil.) tendência para focarem-se no acessório e não no essencial. Passado histórico pouco abonatório. Blá, blá, blá.

    Claro, como não hão-de pensar que estes países não são lá muito bem retratados? Se são os próprios países que mostram terem sociedades “doentes”? É que não é apenas cultural, é também civilizacional. É que o fanatismo na bola existe em muitos outros países. Mas sabem distinguir o trigo do joio. sabem que há determinados conceitos que estão acima de cores políticas, religiosas e até clubísticas. Conceitos que nos parecem estranhos, como cumprir horários ou cumprir religiosamente o calendarizado numa reunião. Um dos aspectos mais gozados nos portugueses é a sua tendência para fazerem reuniões intermináveis, sem chegarem a nenhuma conclusão ou tomarem decisões. As reuniões em Portugal são vistas como espaços infantis, em que os portugueses mais parecem estarem num jardim infantil, com a suas discussões sobre política, sexo ou bola, em vez de estarem mesmo a trabalhar e focarem-se nos pontos pré-estabelecidos da dita cuja reunião. Gozam e com razão. E isso mostra um bocado do porquê: PIGS.

    Uma sociedade e país que se aliena a si próprio e que mais parece uma casa de malucos, que se nota no trânsito e se estende em meras reuniões comezinhas, onde se gosta de exercer a autoridade através de títulos académicos, que credibilidade merece quando esta imagem é alimentada pelos portugueses? E queixamo-nos de sermos considerados PIGS? Que estamos agora sob fogo dos investidores internacionais? Vítimas dos tais malandros, os especuladores internacionais?

    Somos é vítimas desta sociedade alienada, pouco respeitável e respeitada. Somos vítimas de nós próprios.

    E em vez de procurarem melhorar, os portugueses, divertem-se com o acessório, chegando ao cúmulo de distorcerem tudo, só porque não têm um pingo de vergonha e se olhem ao espelho.

    Os portugueses emigram e a maior parte singra e é muito respeitada em termos individuais. Porque será? Será do povo ou do sistema corrupto e umas élites ainda mais bacocas que o Povo?

    Eu sempre que confraternizo com os meus conterrâneos, ditos do povo, eles estão-se a marimbar para a bola. Sabem que de nada vale se chaterarem, porque dizem sempre o mesmo: “eles é que mandam, eles é que sabem, eles é que são os doutores”. Sabem que neste país corrupto de nada vale tentarem mudar uma palha, pois quem tinha obrigação de ter mais capacidade para mudar isto, os tais letrados, são piores que os do povo. Ainda me lembro das piadas ao “doutor da mula ruça”, que ia para a marquise da sua casa masturbar-se, enquanto as meninas iam para a escola”. O povo sabe que tem élites de merda. Por isso não vota e até pouco acredita nos tais líderes, que deviam sar o exemplo. Continuam aquela máxima, pobres mas honrados.

    No entanto, quando fica evidente que este país, houve um caso anormal na dita investigação criminal, anda-se a debater quem é mais corrupto, se a ou b, em vez de discutirem o que falhou na Justiça para que tais anormalidades tenham acontecido.

    Nós não temos élites, temos “doutores da mula ruça” com a mania que são mais espertos que os demais, mas são eles próprios símbolos da decadência cultural deste regime e desta sociedade podre, corrupta e doente.

    As nossas ditas élites são os símbolos mais visiveis do tal termos porcos: PIGS!

    Depois queixem-se!

    anti-comuna

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  132. Golp(ada) permalink
    23 Janeiro, 2010 00:54

    Eu não estou confodido com o essencial.

    Pra bom entendedor meia palavra basta…
    Incrível é alguns a defender o indefensável.

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  133. Anónomo permalink
    23 Janeiro, 2010 01:03

    #127
    Ainda não reparaste que essas imagens são de 2008?

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  134. Kowalski permalink
    23 Janeiro, 2010 02:50

    #134
    E?

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  135. Vlad permalink
    23 Janeiro, 2010 03:04

    E…é uma perfeita imbecilidade tentar desculpar 30 anos de jogo sujo e sórdido com o que quer que seja!
    Investigue-se tudo o que tiver que ser investigado!
    É muito triste verificar que muitos portugueses apoiam estes invertebrados que conspurcam a vida da sociedade,subvertendo a lei e as regras da moral.
    Alguém lá pode justificar uma barbaridade destas e acreditar que pode enganar toda a gente?!
    Preto no branco.Uma vigarice!
    Quem se cola aos malfeitores é igual.

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  136. DUM DUM permalink
    23 Janeiro, 2010 03:27

    ó vlad e se fosses levar no cu

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  137. Vlad permalink
    23 Janeiro, 2010 03:42

    Ò Piscoiso vai-te catar.`Entretem-te com o dildo.

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  138. dum dum permalink
    23 Janeiro, 2010 09:08

    PISCOISO = PIDE = SIS = lacaio espia de socrates

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  139. dum dum permalink
    23 Janeiro, 2010 09:09

    E MAIS = OPUS GAY

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  140. DSC permalink
    23 Janeiro, 2010 12:12

    Mas caro anti-comuna, por algum lado tem de se comecar. E nao comeca. Estas escutas nao servem mais nada senao entreter o pagode. Claro que agora deixa de haver margem de duvida, excepto para os fanaticos, mas nao deixa de ser exactamente um entretem. Por nao valeram nada, naao valem nada excepto para o pintinho da costa que esta agora preocupado com os seus proprios adeptos, e o que parece espectacular e que eles vao na cantiga. As elites sao uma merda, mas nos deixamos essas elites fazerem o que querem, baixando as calcas desde que seja para um interesse particular, neste caso vitorias obtidas na secretaria. Se isso interessa. Para mim, como cidadao interessa porque se eu mijar fora do penico sei que a justica ja vai funcionar. Mas so para alguns. Temos elites de merda, mas quando chega a nossa vez de escolher o caminho melhor, continuamos a legitimar esses bandalhos todos. Nao e por ser o PC, ou o FCP, apesar de, como adepto de outro clube, e logo imparcial, ter um certo gozo nisso. Como cidadao preocupa/me, nao o PC ou o FCP, que inocentes como estes e mais, com cargos de chefia publica, sejam sempre inocentes ate quando as evidencias batem nas trombas dos juizes.

    O quero dizer e que somos PIGS nao so pelas elites mas pela nosssa propria permissividade nesta bandalheira. Vergonha nao e roubar, como se viu. Vergonha e ser apanhado. Como se esta a ver.

    Peco desculpa, mas o meu teclado nao tem acentos.

    Cumprimentos

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  141. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 13:40

    “Mas caro anti-comuna, por algum lado tem de se começar. E nao começa.”

    Caro DSC, eu penso que está na altura de mostrar a todos, que são eles o principais culpados da porcaria de país que temos. Mostrar que, apesar de tudo, são eles os culpados de um regime decrépito, que é apenas o rosto visivel desta camada social que não presta.

    Dou-lhe um exemplo. O CAA escreve bastante sobre política e Justiça. Alguma vez ele esteve preocupado com o processo em si, movido contra o Pinto da Costa, para além da defesa fanática do homem e do seu clube? Ele, logo que o processo acabou e deu a vitória ao seu clube, nunca mais quis saber da má Justiça e das tais deficiências da Justiça. Porquê? Porque, como jurista que é, ele olha a Justiça como um mero jogo, onde se ganha e se perder e, tal como na bola, o que interessa são os resultados. Se perdermos, queixamo-nos do árbitro, leia-se Justiça. Se ganharmos, não fazemos mais ondas.

    É o tipo de élites que temos. No entanto, escreveu sobre Justiça, Justiça desportiva, sobre assuntos colaterais ao processo, campanhas de informação, etc. Mas agora já não interessa. O Pindo da Costa ganhou, ponto. Final. E como para o CAA a Justiça é um jogo, o que lhe interessa é ganhar o jogo.

    E isto é apenas um exemplo.

    É evidente que a Justiça não presta e é um nojo. E é preciso dizê-lo. Ou melhor, como Vc. diz, existem duas Justiças, tal como na Idade Média. Existe as dos pobres e dos servos. E existe a das classes nobres, em que eles na prática é decidem entre si as penas, os resultados dos julgamentos, etc. E um nobre pode julgar um pobre desgraçado. Um pobre desgraçado nem sequer sonha conseguir ganhar um processo a estes “senhores intocáveis.”

    E cinjo-me à Justiça, porque este caso, aquilo que eu vi e vejo todos os dias, é uma vergonha. Estas escutas não envergonham os admiradores do Pinto da Costa. Envergonham a Justiça. E a nossa sociedade. Porque fica evidente que, embora possa não servir como prova de crime, pelo menos mostra que existem relações demasiado perigosas na bola. Mas a investigação foi incapaz de o provar. A investigação foi incompetente. Foi incompetente a tal superprocuradora, que tem muita lábia mas é só mesmo paleio e pouco mais. E é incompetente a PGR e até aquela senhora que esta semana viu renovada a sua comissão de serviço.

    Para mim, fico cada vez mais convencido, que o povo está a preparar das suas. O tipo de conversa e a forma como ele está a sofrer a crise, o tipo de injustiças que sofre, está a semear uma revolta social, que qualquer dia rebenta. E acho muito bem. O povo que pegue em armas e derrube este regime e “passe a pente fino” estas ditas élites, que são uma porcaria. E este regime, ao fim e ao cabo, é apenas o espelho das ditas élites.

    Para mim fica claro. Dizer a verdade a esta gente é mostrar-lhes o espelho, que não têm em casa. É dizer-lhes que deviam meter um saco na cabeça, antes de entrarem em determinados sitios e escreverem e dizerem algumas barbaridades. E dizer-lhes que eles vivem mais entranhados na lama do regime que julgam combater do que pensam. Eles são a lama e o regime é apenas a imagem dessa lama de que eles fazem parte.

    Eu, como tenho vergonha na cara e sei que tenho as minhas próprias responsabilidades, pelo menos tento ser honesto e reconheço as minhas asneiras. Peço penitência e digoa aos demais: sois podres e fedeis, mas nem o reparais. pensais que tendes lavanda nas vossas peles, como antigamente, mas tresandais. Sois a nobreza do neo-feudalismo que existe em Portugal.

    anti-comuna

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  142. nem estranho não estranhar permalink
    23 Janeiro, 2010 14:34

    Anti-comuna,

    os seus discursos , tão alongados como os de Fidel e tão “extra” como os do Rui “ai, ai,ai, mas que raio de Democracia é esta” Santos, por serem longos não têm que aspergir mooral como se a moirama fosse algum antro de virtudes.

    Se o CAA não se preocupa com o desenrolar do Pito Dourado não sei. Eu preocupei-me. Mas não com literatura de cordem ou correios da manha. Esperei pela pífia sentença do Pito Final e aguardei pelas fundamentações. Ao ler as do tão suspeito Porto-E. Amadora abalancei-me a fazer um resumo do que li e do que supostamente era dado como provado.

    Se quiser ler, poprque duvido que alguma vez tenha lido a conclusão da douta CD da Liga, vá a
    portistasdebancada.blogspot.com
    algures por Maio/Junho de 2008 tem lá o que se extraiu, na CD da Liga onde a madame Carol nem lá pôs os pés, sobre o assunto.

    Portanto, se é só daquilo, limpem-se a passem bem.

    Mas não me foda com moralismos, s.f.f. – mesmo que, depois de ler, me venha dizer whatever sobre o caso.

    Zé Luís

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  143. Tolstoi permalink
    23 Janeiro, 2010 15:25

    Os países são tanto mais evoluídos quanto mais premeiam quem faz “jogo” limpo, se neste país frequentemente o “jogo” não é limpo, os cidadãos devem ter acesso a dados factuais que o demonstrem só assim a sociedade se pode mover no sentido da correcção, se não o fizer está doente. Quanto ao resto é retórica.

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  144. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 15:47

    “Mas não me foda com moralismos, s.f.f. – mesmo que, depois de ler, me venha dizer whatever sobre o caso.”

    Sim, e o que concluiu? Nada?

    Vamos supor que houve uma tentativa injustificada de tentar queimar o Pinto da Costa. E estou a seguir o seu raciocinio lógico. Dando de barato que Vc. leu aquilo e percebeu mesmo aquilo. Vc. não sente uma vergonha pelo que aconteceu e está a acontecer? Ou basta-lhe ganhar e ponto final?

    Isto não é moralismo. É o funcionamento da Justiça que está em causa. Vc. parece que se preocupa é com o resultado, como o CAA, mas não retira ilações de como se chegou a esse resultado.

    Custa-lhe que um tipo se diga simpatizante do FC Porto mas não se revê na liderança da instituição? Paciência. Azar o seu. É que, sabe, eu se calhar conheço algumas coisas que Vc. pensa não terem existido. Vc. se calhar pensa que são apenas rumores do sul. Pois, está bem.

    Mas repito. Se Vc. leu o tal documento e não extrai consequências do que leu, só porque no final, o resultado deu-lhe a almejada vitória…

    anti-comuna

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  145. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 15:51

    E já agora. Eu sou do tempo em que o Pinto da Costa usou o tal moralismo que Vc. me acusa para atacar o sul. Sou do tempo do Pedroto e até do tempo em que se acusava o sul de utilizar métodos anti-desportivos para derrotar os que passavam o Douro.

    Só que, esse tal discurso fez com que, ao invés de de limpar o mundo da bola, passou-se a praticar os actos que se criticava nos do sul, ao tempo. Um bocado como os idiotas de hoje, que atiram pedras ao Pinto da Costa e têm um presidente que parece um acpo da Sicilia.

    É a velha estória do, tirar para meter outros, mas continuar tudo na mesma.

    Mas Vc. vai-me explicar as ilações que retira do tal documento, que me manda ler. Estou mesmo à espera da sua douta sapiência. lolololololol

    anti-comuna

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  146. José permalink
    23 Janeiro, 2010 16:14

    Zè Luis:

    os processos penais têm regras muito rigorosas quanto ao valor e importância das provas e o uso que pode delas ser feito.

    Uma escuta como a que agora se conhece foi julgada insuficiente para comprovar fenómenos de corrupção desportiva por motivos desses. entendeu-se que não era possível valorar essa prova, porque o crime respectivo não admitiria a validade de uma escuta.

    No procedimento administrativo, nas esturutas do futebol, porém, não foram nessa cantiga de sereia dos teóricos do processo penal ( incluindo Costa Andrade que assim pensa também, ou seja de modo reaccionário e ultra restritivo) e condenaram o FCPorto e o seu presidente como é sabido. Este não tugiu nem mugiu a propósito do valor da escuta como documento, ou seja não põs dúvidas quanto à veracidade do que disse e foi escutado e agora todos podem ouvir.
    Conformou-se com a sanção porque safava o clube de males maiores.
    E no fim de contas viu a Justiça desportiva ser desfeiteada pela justiça administrativa que reconheceu também que o valor de prova da escuta era nulo.

    Por isso, sobre justiça, provas e tribunais estamos conversados porque é uma “aldrabice secante” como dizia Orlando de Carvalho do Direito.

    O que temos agora é outra coisa distinta: a justiça populista, se se quiser, mas apoiada em factos que todos podem ouvir e apreciar.

    Por mim, o veredicto é este: o FCPorto tem um presidente que não merece nem tem estatuto moral e ético para estar no futebol. E outra ainda, como corolário: o futebol está podre e corrupto.

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  147. 23 Janeiro, 2010 16:28

    Pois concordo com José, que o futebol está corrupto.
    Podre não acho que o futebol esteja. Estarão alguns clubes, cuja podridão é visível.
    Quanto ao ataque pessoal a Pinto da Costa, é o estilo pessoal de José, da fulanização, afunilando neste caso para que o seu Benfica seja campeão de qualquer coisinha.

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  148. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 16:32

    José, e que ilações retira disto aqui?

    “Por isso, sobre justiça, provas e tribunais estamos conversados porque é uma “aldrabice secante” como dizia Orlando de Carvalho do Direito.”

    Eu compreendo a sua reserva, mas eu não aceito que a investigação criminal seja isto. Isto é uma vergonha e não é um país que se diz civilizado num chamado Estado de Direito.

    Primeiro, se a acusação se baseia apenas neste tipo de provas, é incompetente. E, pense-se o que se quiser, é incompetente de duas formas. Por um lado, a acusação foi apenas uma forma de usar um processo para lançar uma campanha negra contra um cidadão; ou por outro, as escutas revelam mesmo haver indicios de corrupção mas que foram incompetentes em as consubstanciar. Em ambos os casos, alguém deveria explicar aos portugueses como se chegou a este ponto. É isto a investigação criminal?

    Vc. até pode dizer que há muito populismo. Mas que dizer, da “santa da ladeira”, que admitiu que se devia usar campanhas na imprensa, para coadjuvar as acusações contra a corrupção? Mas isto é alguma paródia? Isto é apenas uma completa deturpação do chamado Estado de Direito. É usar métodos ditos anti-democráticos para pressionar os Juízes e os Tribunais para prover condenações. É o completo desabar da ideia de Democracia, que esta gente anda a construir há mais de 30 anos.

    Eu retiro uma ilação. A PGR e o MP são incompetentes e já começam a revelar sintomas de senilismo adiantado.

    Por outro lado, para alguns, eu vou invocar uma notícia:

    Para alguns idiotas, isto é apenas arma de arremesso em termos clubisticos. Mas eu como cidadão, considero isto a prova que em Portugal a dita justiça privada vale mais que a dita justiça pública ou do Estado ou do povo. Isto não é normal num chamado Estado de Direito.

    Um cidadão estrangeiro chega a Portugal e é ameaçado e agredido por capangas. Isto é um crime público e nem era preciso o próprio cidadão apresentar queixa para que o MP procedesse ás respectivas investigações e levar à barra do tribunal este comportamento típico da Sicilia. O que foi feito até hoje? NADA!

    E note-se. Pouco me interessa quem são os capangas, por quem são pagos e quem manda neles. Isto é a prova provada que Portugal não é um estado de Direito. E que temos um Estado que se sujeita a outro tipo de poderes fátuos, tal como na Sicilia ou até no resto do sul da Itália.

    Neste caso, não é o simpatizante do FC Porto que se indigna. É o cidadão português, que pensa que Portugal deve ser um Estado de Direito e que a Justiça funciona e é eficaz. Se fossem capangas do tal clube azul-e-branco, eu manteria que vivemos numa sociedade selvagem, que todos fingem acreditar não existir mas que é mesmo uma selva completa e incivilizada. E isto, também aconteceu noutras latitudes, embora não filmadas, note-se.

    Podem vir os hooligans e fanáticos tiffose bradar aos céus e defender os seus ídolos com pés de barro, mas os exemplos das tais élites, são um nojo. E são a escola que forma as tais ditas novas gerações. E quem diz no mundo da bola, diz da política, ou até das artes e espectáculos. Isto são as nossas élites. E muitos andam para aí a falar contra o regime, quando o regime é o espelho destas élites, que muitos apoiam e fecham os olhos a determinados comportamentos inaceitáveis em qualquer regime que se quer democrático e civilizado.

    Eu tenho vergonha na cara de ver este tipo de videos, que mostram selvagens, a agredir um cidadão estrangeiro, com o beneplácito da PSP, que tem obrigação de zelar pela segurança do aeroporto. Isto é uma selva. Uma autêntica aberração democrática. Uma completa pouca-vergonha, que me envergonha, enquanto cidadão português.

    anti-comuna

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  149. Chefe permalink
    23 Janeiro, 2010 16:39

    O Homus Corruptus endoidou de vez. A idade não perdoa e até a ruindade não o vai conservar eternamente.

    Então faz sair um video de defesa corrupta… onde o que é assinalável é que Ulqui e Uelton são reincidentes nas zaragatas?

    Perderam o norte, estão completamente desorientados. Não fossem os aconselhamentos matrimoniais de PdC com reflexo por exemplo em duas expulsões por cabeça e peito na bola e por esta altura o Clube da Fruta estaria ao dobro dos pontos.

    São tão fraquinhos, equipa de coxos.

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  150. DSC permalink
    23 Janeiro, 2010 17:36

    Caro anti-comuna,

    Partilho do que diz. É engraçado ver comentários como o do piscoiso, em que a única ilação que tira da divulgação das escutas é o Benfica e o que pode ou não ganhar. No fundo, vai ao encontro do que diz acerta do português típico que se entretém com o acessório. Concordo plenamente. Não é capaz de pensar que, com estes esquemas, o Sporting teria sido Campeão no ano dos casos julgados. Já nisso não vê qualquer stress. Veja-se o caso por exemplo do Sócrates.

    Por mais trapalhadas em que parece estar envolvido, trapalhadas que em outro país sairia de cena para limpar não só o próprio nome mas para salvaguardar a idoneidade da classe política e funcionamento público, trapalhadas que um Tuga, como eu, que é culturalmente um chico-esperto e sabe perfeitamente (porque também é um ciganão), sabe que cheira a esturro. E o que acontece? Votamos nele. Ou seja, damos legitimidade a todas as histórias que cheiram a esturro.

    Volte-se outra vez ao exemplo do Piscoiso. Eu sou Benfiquista. Mas sei perfeitamente que o Presidente também não é flor que se cheire. Ou noutro caso, o Vale e Azevedo, um trafulha do piorio. Se são trafulhas é para irem dentro. Com vergonha de qualquer adepto de um clube mas o clube é superior a quem lá está. O piscoiso, ou outro, não consegue dissociar a instituição que preza, o FCP, do representante máximo do clube. Imagine-se que o FCP, devido a estes esquemas, descia de divisão. A culpa seria de quem? Claro está, não do trafulha, mas do Benfica, do Sul, ou da Maria de Lurdes, e protegia-se a pessoa que provocou os danos À instituição.

    A pergunta que eu faço é: E se fosse o LFV? Diria o mesmo acerca da divulgação? Evidente que sim porque como adepto do clube que ele representa tem um interesse público para mim saber os esquemazinhos que anda a fazer e os danos causados a uma instituição que prezo. Teria vergonha? Muita. Mas também sei que nem todos são assim. A culpa, seria do FCP, do PC e da Maria do Bacalhau.

    E enquanto entretêm o pagode lá vamos andando, cada vez mais miseráveis, mais tristes e mais trafulhas.

    Eu infelizmente, não vou estar em Portugal se a bolha social estoirar, e não tenho pena. Porque a única forma que vi, para respirar um pouquinho, foi imigrar. E não sou o único nem o Último o que é uma pena. Mas é vida.

    Cumprimentos, e desculpem lá o Lençol.

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  151. José permalink
    23 Janeiro, 2010 18:09

    149, Anti-comuna:

    “Primeiro, se a acusação se baseia apenas neste tipo de provas, é incompetente. ”

    Pego apenas nesta frase para rebater o argumento. Não é necessariamente incompetente. É apenas impotente, que para mim ainda será pior.

    Como poderá fazer-se justiça neste caso concretoo ( estou nas tintas para o juizo do Piscoiso sobre o afunilamento do Pinto da Costa, porque tanto me faz. Se o nome fosse Valentim ia dar ao mesmo, como dá de facto), mas como dizia, como poderá fazer-se justiça se esta escuta for inválida seja para o que for que tenha relevância penal ou administrativa?

    Saberá dizer porquê? É preciso saber para se entender todo o problema.

    Digo em resumo e para fundamentar que a teoria do direito penal que não admite a validade da escuta telefónica assim, obtida, está errada. Pretende garantir direitos individuais mas espezinha os direitos colectivos que fazem uma mossa incrível e mais nociva ao tecido social.

    O que teria sucedido se Pinto da Costa tivesse sido punido penal e disciplinarmente? Provavelmente o FCPorto teria o destino que os clubes italianos que foram apanhados no mesmo tipo de moscambilhices tiveram. Ora isso, é insuportável para os muitos apaniguados e adeptos fanáticos do clube, dos quais alguns escrevem aqui.

    Portanto, o problema da impotência da Justiça advém da interpretação de leis e normas e das próprias leis que proibem a valoração do que é evidente.

    Se isso é prova de incompetência da Justiça ? Não é, anti-comuna. Tal como acontece em casos conhecidos como o Face Oculta, com a declaração de nulidade das escutas ao José S. o problema reside na possibilidade de a lei estar congeminada para deixar escapar estes figurões. No caso do Face Oculta com a ajuda inusitada de quem nunca deveria ser ajudante de primeiro-ministro, mas se compraz nesse triste papel.

    Portanto, talvez seja melhor chamar incompetentes a quem votou e a quem continua a apoiar este tipo de indivíduos que fazem leis para se proteger.

    E protegem bem.

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  152. José permalink
    23 Janeiro, 2010 18:11

    DSC:

    isso que escreveu é também um atestado da incompetência a quem votou nestas pessoas. E a quem as apoia…

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  153. José permalink
    23 Janeiro, 2010 18:15

    A interpretação dos académicos ( como Costa Andrade) já é outro problema: tratam destes assuntos como se est
    ivessem a jogar um xadrez demasiado complexo para os vulgo entender. E desligam da realidade prática.

    Na Inglaterra e na Alemanha e na Itália, este problema não é visto da mesma forma e são paises civilizados.

    Nós como sempre, andamos na vanguarda destas coisas, mas estamos sempre no vagão de trás do comboio civilizacional. O que é arrastado pelos outros, mas gostamos de dar saltinhos para mostrar que somos tão bons como os da frente.

    Triste espectáculo também.

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  154. José permalink
    23 Janeiro, 2010 18:24

    E não sou do Benfica nem isso interessa para nada. Prefiro que o Sporting ganhe, mas se o Braga desta vez jogar melhor, estou pela equipa. E se o Porto conseguir jogar melhor ainda, que seja campeão.

    Portanto, clubismos sim, mas que não façam perder a razão básica.

    ALiás, lembro que o Sousa Tavares, um dos principais fanáticos do FCP, escreveu que o Pinto da Costa,na altura destas coisas, teria feito melhor em sair de cena.

    Exactamente. Como se vê, agora que passou pelos testes dos tribunais e saiu branquado, anda outra vez de crista levantada, sem vergonha alguma e ainda a ameaçar.

    É digno isto?

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  155. Tribunus permalink
    23 Janeiro, 2010 18:57

    Porque razão as conversas do Socrates com o Vara não devem ser publicas? já são crescidos para não andarem ao telefone a resolver a falencia do Oliveira, isso è assunto mais confidencial e não para adolescentes que vão falar ao telefone. Seja primeiro ou administrador do banco estão a falar em assunto sensivel, que interessa a milhares de familias! isto não è crime lesa estado, mas è lesa sociaçl e finanças!
    Qualquer socrates com a cabeça no sitio promovia a venda das empresas e não uma aldrbice financeira, que vai acabar mal para o contribuinte portugues!

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  156. antipiscoiso permalink
    23 Janeiro, 2010 19:37

    Um portista como eu, ao ouvir estas gravações fico cheio de vergonha.
    Mas o que mais me envergonha é que os piscoisos finjam que não é nada e estejam para aí a disfarçar, não podendo desmentir o que é indesmentível.

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  157. luis permalink
    23 Janeiro, 2010 19:39

    Ao olhar para o video da confusão de 2008 na Luz o que se vê são os jogadores do porto qual turba a avançar no corredor provavelmente para algum desgraçado funcionário ou segurança que ali estava, uma vez que não se vê nenhum jogador do benfica. Ou seja os tripas não satisfeitos com o castigo deste ano ao Hulk e ao Sapu qualquer coisa, ainda querem castigos retroactivos aos colegas…..estúpidos que nem uma porta estes andrades, ah, ah, ah…..

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  158. DSC permalink
    23 Janeiro, 2010 20:00

    Antipiscoiso e José.

    Só para rematar. O PMF, num dos seus comentários posteriores (e mais algumas pessoas) perguntam quem é que estabelece o interesse público. E que interesse público é esse. Eu, pessoalmente, mas talvez porque devo ser o único maluquinho, fico pasmado.

    Porque considero, acima de tudo, que o principal interesse (e até poderia dizer, eventualmente, o único) é precisamente dos sócios, adeptos e simpatizantes (que são milhões e não apenas o CAA e piscoiso) do FCP. FCP, instituição. FCP cujos adeptos e sócios querem ter como refêrencia suprema (julgo eu porque é o que eu desejo para o meu clube e não tenho) um modelo tal, limpo, profissional e competente que seja a unica base pela qual o FCP, e eu reconheço isso, ser uma máquina de sucesso. E quando estas escutas e outras histórias vêm a lume, não reforça isso. Suja a instituição e fere o nosso orgulho.

    O FCP, ou qualquer instituição pública e privada, está acima de quem os representa. Não tenho dúvidas nenhumas que o FCP, neste momento, não precisa do PC. Mas o PC, pelo discurso de união etc, precisa, e muito do FCP.

    Este caso ilustra, acima de tudo, como encaramos (sociedade portuguesa) as instituições, dependendo, infelizmente, não dos nossos valores ou ideiais, mas das nossas simpatias ou paixões.

    Volto a perguntar, de igual forma: Não há interesse público? Se calhar, os sportinguistas, no ano em que os casos em que o PC foi condenado, acham que há porque teriam sido campeões se os mesmos pontos tivessem sido retirados. Chama-se verdade. E se a verdade não é interesse público, acho que estamos conversados. E elucidados.

    Pode ser incompetência, sr José. Mas talvez, no caso de sócrates, e pela diferença de votos que lhe permitiu a re-eleição (pessoas dependentes do subsídio e outros mecanismos sociais) chamar-lhe-ia reféns. Se o PC foi ilibado, não me cabe a mim, como adepto de outro clube, “bater na velha”. O que retiro, acima de tudo, deste caso, é o quão afastados de nós próprios estamos quando se chama essencial a tudo menos ao conteúdo das escutas.

    Cumprimentos a todos e boa noite.

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  159. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 20:01

    Caro José, Itália aconteceu o mesmo:

    “Não é necessariamente incompetente. É apenas impotente, que para mim ainda será pior.”

    Tenho péssimo memória para nomes e caras, e assuntos que não domino. Mas lembro-me que, salvo erro, quando o Dalla Chiesa foi abatido, foi-o porque enquanto em Roma faziam leis para proteger os mafiosos (violentos e de seitas obscuras), grupos de magistrados, que vieram a ser famosos, começaram a trabalhar de forma a que as suas provas fossem mais que meras folhas para serem apensas em processos, que sabiam que poderiam ser queimadas na fonte. No legislador.

    Em Portugal, se queriam apanhar alguém, não se podiam estar apenas sustentados numa classe de provas. Ou num dado tipo de provas. Daí que, mesmo as escutas não chegando, teriam outras que tentariam dar corpo substantivo à acção às próprias escutas.

    O meu ponto até é mais dramático. É eu estar covencido que eles só queriam usar o Pinto da Costa como arma política, para dar a ideia que tinhamos um “nova” Justiça, após o fiasco dos Casa Pias e outros do género. Porque, se eles quisessem ir fundo no ataque à corrupção na bola, eles teriam que ramificar as investigações aos políticos, ligados a alguns dos partidos da AR. Mas não. Quiseram isolar o caso Pinto da Costa, para o servir de bandeja às turbas fanáticas (veja o ano em que o Benfica foi campeão e associe ao que se passou no país e vai entender onde pretendo chegar) e pretender vender ao país que o caso Casa Pia era uma excepção e não a regra.

    Como o que tentaram conseguir não chegava, inventaram a figura da superprocuração, meteram a “santinha da ladeira” e toca a perseguição ao homem. É claro que não deu em nada, porque nada tinham para dar, após a fraqueza das investigações iniciais. E depois, mais estranho, parece ter havido colaboração de figuras ligadas a outro novo capo, surgido no mundo da bola, para usarem na imprensa aquilo que não conseguiram no tribunal.

    Ora, ambos sabemos que em Itália, os magistrados poderiam ter muitos defeitos, mas nunca usaram processos análogos a quem combatiam. Tentaram sempre usar aquilo que tinham, os códigos legislativos, mesmo que criados para proteger a Máfia e os mafiosos (violentos e os das seitas obscuras) e a lei foi sempre usada com bom senso. Cá tentaram queimar o homem na praça pública quando descobriram que não podiam condenar nos tribunais, aliando-se a outras figuras pouco recomendáveis.

    Dirá que eu estou exagerando. Mas olhe que não e, acredite, acompanho muito mal o mundo da bola. Mas atento ao mundo da Justiça, fico com a sensação que nunca quiseram combater a corrupção no mundo da bola, mas entregar a cabeça do Pindo da Costa numa bandeja de prata aos nosso ricos políticos.

    Hoje a PGR e o MP estão completamente senis. Desacreditados e o povo sabe-o. Sabe que existe uma Justiça para os pobres e outra para os “senhores”. Temo que isto vai acabar mal. E não censuro o povo.

    anti-comuna

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  160. José permalink
    23 Janeiro, 2010 20:28

    anti-comuna:

    Tendo em conta que a Cândida de Almeita e a Van Dunen, respectivamente directora do DCIAP e procuradora-geral distrital de Lisboa, foram ontem reeleitas nos cargos por mais três anos, tendo a concordar consigo.

    Mas a verdade é que a investigação do Apito Dourado ao Pinto da Costa foi um “bónus” da investigação ao Valentim Loureiro.
    Essa investigação não foi á corrupção no futebol em geral, como não foi á corrupção em geral na Câmara de Gondomar. Acontece é que apanhou esses factos. E eram tanto e tantos que o próprio investigador Teófilo Santiago ficou admirado e disse algures que nesse processo há de tudo para todos, ou seja são tantas as malfeitorias que se indiciam que é só começar a puxar um fio…

    No entanto, as regras processuais penais de proibições de prova e que impedem a descoberta da verdade também não ajudaram nada neste caso.

    E é preciso entender que estas gravações são apenas indícios da corrupção e que deviam servir para as pessoas abrirem os olhos e correrem com este Pinto da Costa, Filipes Vieiras e tutti quanti, por motivos que são óbvios.

    Mas…quem o vai fazer? Basta ler aqui aqueles que comentam no sentido que se pode ler…

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  161. José permalink
    23 Janeiro, 2010 20:30

    O Pinto da Costa “resolve” campeonatos e ligas e taças e vitórias. Logo, é adulado e só mesmo em casos de não haver qualquer fuga é que poderia ser entalado. Mas as possibilidades de fuga são tantas que depois que não deseja tal coisa, acaba por as agarrar com mãos e pés.

    E a defender o indefensável, como o CAA o faz aqui.

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  162. José permalink
    23 Janeiro, 2010 20:34

    O mais importante de tudo é isto: o futebol e as transferêcias de jogadores e os campeonatos e chamions etc etc, geral milhões de euros e não só para os jogadores.

    Jorge Mendes, alguém conhece? Há dez anos, ainda almoçava ao meu lado, aqui num lugar que conheço. Agora…pois sim!

    O Pinto da Costa foi-se adaptando a este ambiente.Basta ler algumas passagens dos livritos que se foram publicando, da tal Carolina e de um motorista ou assim que descrevem o ambiente que rodeia o presidente do FCP.

    O dinheiro cega as pessoas e o presidente do FCP que há pouco mais de vinte anos era um tipo falido, teve a sorte de apanhar a onda do futebol de de se rodear de pessoas que o Mourinho assimilava a …Palermo.

    É preciso dizer mais para compreender o fenómeno?

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  163. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 20:54

    Caro José, não precisa de dizer muito mais. Eu conheço algumas histórias rocambolescas que se passaram na cidade do Porto. (Se reparar, a minha piada ao “Doutor da Mula Ruça” vai direitinho para a Boavista e para quem conhece a história. Claro que para conhecer a história a pessoa tem que saber misturar-se com o povo, para saber do que eu me me estou a referir. )

    E se há gente do Porto que desconhece o que se passava no Porto é porque é um perfeito anjinho. Ou falso anjinho, que pode ser pior. O Porto é pouco mais que uma aldeia, onde todos se conhecem e todos sabem o que para ali anda e vai.

    Mas aqui Vc. dá-me razão:

    “E é preciso entender que estas gravações são apenas indícios da corrupção e que deviam servir para as pessoas abrirem os olhos e correrem com este Pinto da Costa, Filipes Vieiras e tutti quanti, por motivos que são óbvios.”

    Exactamente o meu ponto. E vão apresentar isto como quase únicas provas aos juízes? Eu não censuro os juízes, se acharem que isto não chega para condenar. Porque não penso que chegue para condenar alguém. Pode é servir para atirar para a imprensa, mais tarde, para condenar na opinião pública, aquilo que não quiseram condenar nos tribunais.

    Vc. diz e é verdade. Tudo começou nas inquirições à corrupção nas autarquias, envolvendo políticos, agentes da bola e empreiteiros/empreitadas. Se eles tivessem seguido pelo mesmo caminho a outros passarões, iriam desembocar no financiamento partidário. E isso eles não queriam. Então eles tentaram entregar a cabeça do Pinto da Costa para enganar o Zé da Chipa e esconder o que para aí vai. E que para aí tinha vindo.

    Para mim foi isto que aconteceu. E qualquer advogadozeco do Porto sabe-o. Sabe-o também ou melhor que eu, pois eu nem costumo ter conversas deste tipo com ninguém. Mas quando estamos nos copos, por vezes ouvimos coisas que não gostamos. Paciência. 😉

    anti-comuna

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  164. nem estranho não estranhar permalink
    23 Janeiro, 2010 22:36

    “Vamos supor que houve uma tentativa injustificada de tentar queimar o Pinto da Costa. E estou a seguir o seu raciocinio lógico. Dando de barato que Vc. leu aquilo e percebeu mesmo aquilo. Vc. não sente uma vergonha pelo que aconteceu e está a acontecer? Ou basta-lhe ganhar e ponto final?

    Isto não é moralismo. É o funcionamento da Justiça que está em causa. Vc. parece que se preocupa é com o resultado, como o CAA, mas não retira ilações de como se chegou a esse resultado”.

    Anti-comuna (só agora posso ripostar-lhe)

    eu não suponho nada quanto a alegada perseguição ao PdC, para mim isso não está em causa no tocante à mera leitura do acórdão. Pedi-lhe para ler o que lhe sugeri. Não leu. Nem quer saber. Leu extractos de transcrições de escutas telefónicas, saídas avulso nos correios da manha que o José conhece muito bem, a sua “amiga” (e do meu advogado também…) Tânia Laranjo. Ao José, aliás, que gosto muito de acompanhar nos raciocínios, exposições e denúncias no seu blog, também lanço o repto, porque não acredito que tenha lido, de consultar o acórdão da CD da Liga relativo ao Porto-E. Amadora.

    O anti-comuna comenta sobre o diz que disse. Mas, já que recusa qualquer esforço de olhar para ver realmente, dê-me um contacto e eu envio-lhe o que li e o que interpretei do acórdão do Porto-Amadora.

    Se o José quiser, eu faço-lhe o mesmo jeito, deposito no seu blog o que li sobre o famigerado acórdão.

    E em particular o José, de quem até gostaria de saber a opinião em concreto sobre esta pela jurífica da douta CD da Liga, teria um gosto particular em ceder-lhe a peça que engendrei. Porque estou longe de ser entendido em Direito e essa parte, a segunda metade do longo acórdão, é só assuntos de Direito nos quais não me meti. Eu meti-me, horas a fio, quando a Liga publicou no seu site as peças da CD da vergonha, a analisar aquilo.

    Digo-lhes mais: não acredito que qualquer jornalista de meia tijela tenha lido qualquer dos acórdãos. Eu comecei por aquele e fiquei por ali. Meteu-me nojo o que li. Nojo. Puro nojo. Porque aquilo não tem prova alguma, é um ror de susceptibilidades e opiniões dessa corja justiceira da Liga. Aliás, depois daquilo mete-me nojo ver a cara de quem a dá por aquela merda, que é uma merda que não passa em teste algum de Português. E eu sei ler e interpretar português, não preciso de um livro que um de vocês leu mas decerto não leu o acórdão a que faço referência.

    Sobre a “diferença” da justiça desportiva e da civil que ilibou PdC, lembro ainda a ambos, e neste particular ao José decerto não escapou, que o juiz do TRP, creio que Carlos Guimarães (mas tenho essa peça guardada, se quiserem também vos envio), assinalou duas coisas extraordinárias que fazem pensar nos motivos e no sentido dessa trama judiciária da procuradora feita Zorro (até pela maquilhagem):
    1) Carolina mentiu (e tem uma acusação de perjúrio) sobre a história do cabelereiro e de ter ouvido (não ouviu) PdC a falar da alegada fruta em que ela é peça nesse ramalhete desde sempre
    2) nem sequer o MP transcreveu com rigor para os autos o que se ouve na gravação.

    Ao anti-comuna
    também acho, e digo há muito porque há muitos anos acompanho o futebol bem de perto e amiúde até por dentro, que está tudo podre. Portanto, nesse aspecto estamos em sintonia. No que divergimos é na origem dessa podridão e que remonta, não aos anos 80, mas aos anos 50 como foi exemplo um ror de inanidades do poder desportivo para amesquinhar, como sempre fez, o FC Porto e o campeonato do Calabote, ironicamente ganho pelo Porto por um mísero mas dourado golo, foi a cereja no topo do bolo. Se quiserem, o anti e o José, também vos passo o longo dossié desse caso escabroso.

    E se ambos são tão entendidos na matéria da corrupção do futebol, ou seguem o fenómeno atempadamente, digam lá que campeonatos à custa da arbitragem o Porto ganhou, que é o desafio sempre lançado por mim a quem vem com histórias da carochinha. É que, dos 20 e tal campeonatos alegadamente sob suspeita só porque um árbitro eborense, sem conhecer alguém do FC Porto (está nos autos), queria ir às putas ao Porto (confessam-no com todas as letras e sabem os intermediários para isso) após um jogo nas Antas (ao qual assisti e, apesar de muitas tentativas, ninguém descortina qualquer favor, antes os mínimos erros normais de arbitragem foram repartidos por Porto e E. Amadora), sem contacto algum directo nem indirecto com directores do FC Porto (o Jacinto Paixão nem sabia que o António Araújo negociava jogadores para as Antas), digam lá pergunto eu qual dos muitos títulos foram por suborno com 5, 7, 10, 12, 15, 18, 20 e 30 pontyos de vantagem sobre os medíocres clubes da capital que raramente constituíam uma ameaça futebolística coerente e sustentada para o FC Porto?

    Agora, se querem falar do Augusto Duarte em casa de PdC, sim é uma vergonha, sim é reprovável, sim é tão feio quanto escusado e tão evitável, sim é eticamente condenável mas não encerra crime algum. Eu, como portista mas não “pintista” e até por conhecer esta “peça” bem demais, não estou a defender actuações menos próprias, mas defendo a competência do FC Porto que acompanho desde os anos de não ganhar nada, há 35 anos, e que vi milhares de jogos, sei como são os ambientes na Luz e em Alvalade, no Jamor e no Restelo.

    Mais: para os tontos que falam desbragadamente das arbitragens que beneficiariam o FC Porto (que também teve jogos ganhos com erros de árbitros, como é normal aqui e ali acontecerem com todos os clubes), eu desafio sempre, e já o fiz a gente anónima e a chico-espertos em blogs, mesmo ex-dirigentes desportivos, se alguma vez viram, nos famigerados anos 80, arbitragens a negarem 4 penáltis, a negarem 1 e 2 golos limpos num jogo só, a fazerem o que hoje se vê estes miseráveis árbitros fazerem.

    Mais, ainda: acho piada a quem suspeita dos anos 80 e até meados de 90, quando nessa altura os títulos eram alternados, mas parece que só quando o Porto ganhava (85, 86, 88, 90, 92, 93) eram suspeitos, quando ganhava o Benfica (83, 84, 87, 89, 91, 94) eram limpos.

    Essa moral é que me lixa. Porque, na verdade, não chega para “fecundarem” nada. É tudo estéril.

    Se também não quiserem perder tempo em saber as desvantagens, às vezes monstruosas e até pornográficas, de Benfica e Sporting face ao FC Porto em 20 campeonatos, eu também vos forneço essa listagem. E olhem que para o Porto perder campeonatos era quase sempre até à última jornada, mas esses, como o de 2005 que foi a maior vergonha continuada até este corrente campeonato viciado escandalosamente, ganhos à justa, nunca foram suspeitos.

    Portanto, quando quiserem é só chamar, que tenho muito prazer em elucidá-los com factos. Se quiserem os nomes dos árbitros de todos os jogos desde 1984 até hoje, resultados e incidências, também vos forneço. Mas conversa da treta não é comigo.

    Desculpem ter-me alongado, mas sei que abarcam toda a matéria que aqui trouxe.

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  165. pôncio monteiro permalink
    23 Janeiro, 2010 22:50

    José Diogo Quintela, em A Bola:

    “Pinto da Costa esforçou-se tanto para que as escutas verdadeiras não fossem admtidas em tribunal, mas agora quer que o mesmo tribunal aprecie uma escuta inventada por mim.”

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  166. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 22:55

    Caro Zé Luis, mas Vc. acredita mesmo que eu seria capaz de ler um acordão de um tribunal da bola? Está com certeza a brincar comigo. Eu não ligo puto á bola senão como recreação momentânea.

    Quanto ao resto, não preciso muito, pois basta a si ler o que eu escrevi.

    “Eu sou do tempo em que o Pinto da Costa usou o tal moralismo que Vc. me acusa para atacar o sul. Sou do tempo do Pedroto e até do tempo em que se acusava o sul de utilizar métodos anti-desportivos para derrotar os que passavam o Douro.

    Só que, esse tal discurso fez com que, ao invés de de limpar o mundo da bola, passou-se a praticar os actos que se criticava nos do sul, ao tempo. Um bocado como os idiotas de hoje, que atiram pedras ao Pinto da Costa e têm um presidente que parece um acpo da Sicilia.”

    Vc. cai na mesma situação. Defende o Pinto da Costa porque a corrupção já vem de outrora. E depois? Isso é argumento de gente séria? Desculpe, eu sou do tempo em que ser portista era sinal de perder mas com lisura. Em que os resultados eram menos importantes que os métodos para os conseguir.

    Quanto ao resto, retire ilações. E leia outra vez o que eu escrevi e retire ilações. De resto pouco me interessa andar para aqui debater acordãos do mundo da bola. É um mundo que eu desprezo. Paciência. interessa-me é antes a Justiça deste país. E é aqui que eu retiro ilações.

    Entenda como quiser.

    anti-comuna

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  167. nem estranho não estranhar permalink
    23 Janeiro, 2010 22:56

    Anti-comuna e José,

    as “deambulações” e inanidades políticas (que o José denuncia muito bem no seu blog) que redundam nos avanços e recuos sobre os códigos penais, que eu desconhecia mas nestes anos tenho dado conta de existirem tal a balbúrdia à vista de todos que temos mesmo de seguir tal a actualidade e o mediatismo da coisa, apanharam o processo Apito Dourado no meio, mas com o famoso caso Casa Pia em pleno desenvolvimento, em ano de transição governativa (2004, 2005) e com muita gente trilhada e a cagar-se para o segredo de Justiça, como sabem.

    Ainda ninguém me provou que o AD desviou, pelo mediatismo e as figuras elegidas como alvo num meio que facilmente o povo ignaro entende como é o futebol, as atenções da Casa Pia e os xuxialistas envolvidos. Nada melhor do que pegar no major e em PdC para isso.

    Não só, de resto, o AD começou com uma querela regional, entre dois clubes separados pelo Douro em freguesias defronte uma para a outra nas suas margens (Gondomar e Dragões Sandinenses, de Faia). Começou, ainda sobre as escutas, com casos políticos. E ainda tenho o despacho de arquivamento da autoria da Maria Morgado sobre um caso eloquente de política e negócios com clara insinuação de corrupção.

    Tratou-se do pedido de Sousa Cintra para, através do major chegar aos governantes do seu partido então no poder), avançar com o projecto da sua casa na Costa Vicentina. Há claramente indícios de corrupção, através de influências objectivamente direccionadas para favorecerem o cervejeiro na sua casa particular.

    Quando li isto, ainda nos primórdios do AD, e vi que se arquivava uma coisa daquelas, com o sec. Estado Amílcar Teias, o ministro JL Arnaut e o major a mexerem as palhinhas para se passar por cima de uma série de coisas em favor do Cintra, disse sempre que nunca me acreditaria que alguém fosse condenado por corrupção em Portugal.

    Os sucessivos processos vieram dar-me razão. Mas tal como a Morgado deixou prescrever uma acção ainda relacionada com as FP-25, a desmentir a sua alegada competência, gostaria de saber se o que lá está não mereceria mais do que uma condenação ética que foi o que ela exarou e por ela está assinado. Fez um reparo “ético”, repito, num assunto de manifesto tráfico de influências.

    O resto são histórias, que põem em causa a imagem da Justiça como está comprovadamente “condenada” nos vários pequenos e grandes processos por aí a correr sem ninguém os ver…

    E garanto que nunca liguei tanto a política e justiça como de há uns anos a esta parte, que me fez saber o que era mesmo um MP, um CSM, e outras siglas (são apenas isso…) que diariamente nos acenam… eu que nunca tinha estado num tribunal sequer.

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  168. nem estranho não estranhar permalink
    23 Janeiro, 2010 23:06

    “ser portista era sinal de perder mas com lisura”.

    Pois, como o Pedroto percebeu a coisa, só podia atalhar pelo lado em que seria eventualmente preciso fazer mais do que o adversário. E, então, quem ganhava mais ANTES?

    Já percebi que é um desbocado, portanto dá-lhe para discorrer e vai por aí adiante.

    Você acha que foi feita justiça na área desportiva? Só precisamente porque aceitou a sanção sem saber da justiça feita. E essa, desculpe, podem todos metê-la pelo cu acima, porque o que eu li acho inadmissível que um palerma qualquer, por muito versado que seja em Direito, Astronomia, Tarot e Limpeza das Unhas, queira impingir-me.

    Mas esteja descansado, como presumo com certeza quase absoluta, nenhum jornalista de meia tijela leu aquela merda para denunciar a farsa do rei vai nu, que é o que deu aquela treta do pífio Apito Final.

    Sobre o Pinto da Costa e seus processos de actuação, decerto há adeptos de Sporting e Benfica que já o desejaram mais do que eu no meu clube. E não diga ter-lhe escapado que muitos de “vocês” suspiraram em dado momento por terem PdC a presidente. É que isso é público. De resto, é normal acharem isso quem já defendeu trastes como o Azevedo e agora esse bronco idiota do Vieira. E esses toinhos é que enterraram o benfas, ludibriando os adeptos como está comprovado pelo “londrino” refugiado e será um dia apanhado o tipo já condenado a pena efectiva por furto na Boa Hora (disse PdC sem ter sido desmentido).

    Também há muitas coisas da bola que não leio nem me interessam. Mas deu-me para consultar aquilo, que era histórico e ouvi o mestre de Sintra, onde não faz um corno nem sequer ergue a Casa das Selecções que prometeu no seu território, a chamar àquilo uma “peça jurídica excepcional” – e decerto o careca de Sintra também não a leu.

    O que “eles” querem sei eu…

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  169. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 23:22

    “Já percebi que é um desbocado, portanto dá-lhe para discorrer e vai por aí adiante.”

    Mas leia mesmo o que escrevi. Eu não aceito ganhar a qualquer preço. Gosto de saber que quem ganha, ganha-o por mérito desportivo e não por métodos que eu desaprovo.

    Vc. anda preocupado com a justiça desportiva eu com a Justiça em geral e, veja lá bem a minha tese, anti-hooligan, não aceito uma justiça desportiva fora da Justiça estatal, dita do povo ou do Estado de Direito. Isto que eu defendo, veja lá bem a minha sina, é considerado anti-liberal.

    Portanto, o amigo pode vir para aqui debater bola mas eu não debato bola, debato coisas que me parecem mais importantes, como a Justiça deste país.

    Se quiser debater Justiça em geral, mesmo que não seja a minha vocação, pode contar comigo. Se quiser debater o mundo da bola comigo, não me terá como interlocutor, porque eu não me debruço sobre esse mundo bizarro. É uma mania minha, paciência.

    anti-comuna

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  170. anti-comuna permalink
    23 Janeiro, 2010 23:26

    “E não diga ter-lhe escapado que muitos de “vocês” suspiraram em dado momento por terem PdC a presidente.”

    Só mais uma nota, caro Zé Luís, eu sou simpatizante da agremiação portista, veja lá o seu azar. Mas não tenho presidentes nem meios-presidentes. Nem o Cavaco o considero o meu Presidente, quanto mais o Pinto da Costa ou quem quer que lá sente na cadeira do poder, veja lá a sua sorte. Portanto, comigo tem azar. Não sou hooligan nem tão pouco fanático.

    anti-comuna

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  171. nem estranho não estranhar permalink
    24 Janeiro, 2010 00:06

    #170 e 171

    então estamos de acordo. É que quanto a justiça desportiva já lhe disse o asco que me mete e decerto não é por culpa de PdC, mas de quem faz as coisas por outro lado e prefere ter lugares na Liga do que contratar jogadores.

    E das trapalhadas, igualmente nojentas, de quem vai de PScândalo em PScândalo também estou bem cheio de nojo.

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  172. 24 Janeiro, 2010 00:09

    Os do Porto ainda vão apoiar o Hitler ..se ele tivesse ganho claro..logo os métodos tinham surtido efeito…os fins justificam os meios…

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