Saltar para o conteúdo

Não há milagres

3 Junho, 2010
by

Fui passar os olhos pela Pordata (a excelente base de dados on-line disponibilizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos) para tirar umas dúvidas sobre a evolução da estagnação nacional. O que lá vi confirmou-me a ideia de que não haverá em Portugal milagres económicos sem alterar alguns equilíbrios básicos, nomeadamente sem ter a coragem de diminuir os salários reais.
Basta ver o que se passou nos últimos 10 anos: a preços constantes, o rendimento nacional disponível (RND) passou de 124,2 para 128,7 mil milhões de euros entre o ano 2000 e o ano 2009; no mesmo período, as remunerações do trabalho passaram de  61 para 67,2 mil milhões de euros. Ou seja, as remunerações do trabalho cresceram dez vezes mais depressa do que o rendimento nacional disponível, o que significa que a produtividade diminuiu e a quantidade de dinheiro disponível para investir (as remunerações do trabalho alimentam basicamente o consumo) também diminuiu.
Vendo a evolução mais em detalhe, verificamos que o rendimento nacional disponível diminuiu em três dos últimos dez anos, e as remunerações do trabalho aumentaram sempre excepto em 2003, isto é, durante o tão maltratado consulado de Manuela Ferreira Leite. Já nos dois últimos anos – 2008 e 2009, os anos da crise e do eleitoralismo – o RND caiu 3,2 por cento enquanto as remunerações do trabalho cresceram 3,6 por cento, isto é, um diferencial de quase sete pontos percentuais.
Estamos a pagar cara, em mais impostos e menos cobertura social, a demagogia dos governos de Sócrates, mas o pior é que vamos pagar caro e não vamos resolver o nó do problema. E este está nos custos salariais em Portugal, pois continuamos com uma produtividade de terceiro mundo e temos cada vez mais salários parecidos com os europeus.
Ou falhei qualquer coisa, ou nada vi no acordo Sócrates-Passos Coelho que permita enfrentar este desequilíbrio entre o que (não) produzimos e os salários que são praticados. O que vejo, isso sim, é a economia a adaptar-se como pode – gerando desemprego.

104 comentários leave one →
  1. luikki permalink
    3 Junho, 2010 21:47

    essa matemática está uma miséria!

    Gostar

  2. 3 Junho, 2010 21:55

    Se quiserem tirar-me 15% do salário, vou cortar basicamente na mercearia. Que efeito tem isto na economia?

    Sou eu que estou errado, ou só há uma solução decente, que é por toda a gente a trabalhar? Isto é, se houvesse empresários para tanto…

    Gostar

  3. LVaz permalink
    3 Junho, 2010 22:13

    Não vejo onde se encaixa o conceito d’”essa” no que diz respeito à matemática. Enquanto dois mais dois sejam quatro, não há duas matemáticas. Mas passando à frente.

    A questão principal não é acerca da diminuição dos salários como um todo (essa é óbvia perante a matemática), é a forma de o fazer. Realmente a quem tem todo o rendimento consumido por bens de necessidade (alimentação, habitação, educação e saúde) não deve ter esse rendimento reduzido na mesma PROPORÇÃO de quem tem rendimentos mais elevados.

    O forma que foi adoptada de aumento do IVA está nos antípodas da proporcionalidade. Afecta todos nós, independentemente do rendimento de cada um. Mais: dentro de cada escalão de rendimento havia de se ter em conta a forma como ele é aplicado/gasto, é diferente gastar na educação de filhos ou na conta da SportTV.

    Um país, em que até a matemática parece ter ideologia, há-de estar a precisar de pôr os pés na Terra por uns tempos. Por enquanto temos o país que somos.

    Gostar

  4. Amonino permalink
    3 Junho, 2010 22:19

    .
    Relembro (quem tiver olhinhos vê bem o alcance, a estratégia politica e a força de reforma a fundo do abaixo resumido):
    .

    AS 10 REFORMAS POMBALINAS que arrastam a grande reforma nacional para arrancar rapidamente Portugal da Insolvência e da Miséria sem qualquer necessidade de medidas de austeridade que canibalizam ainda mais a Economia, o Tecido Económico e a Criação de Riqueza:
    .
    -APROVAÇÃO NO PARLAMENTO:
    .
    1) RACIO máximo PIB/Carga Fiscal.
    .
    2) RACIO máximo PIB/Despesas do Estado (*)
    .
    (*) Reforma consequente de toda a estrutura de Governança, da Burocracia Publica e Orçamento Geral do Estado.
    .
    -BANCA EM PORTUGAL:
    .
    3) SEPARAÇÂO da Banca Comercial das actividades especulativas, Sociedade de Investimentos Financeiros e Hedge Funds para protecção integral do dinheiro dos Depositantes confiam nos Bancos Comerciais.
    .
    4) Avaliação da utilidade de NACIONALIZAR o Banco de Portugal
    .
    5) TAXA DE SEGURANÇA BANCARIA sobre todos os negócios de Empréstimo e Comissões da Banca para habilitar financeiramente o Fundo de Garantias Bancárias por forma a devolver a qualquer momento os Depósitos dos Cidadãos, Empresas e Entidades Publicas confiado à guarda de Bancos que abram falência ou encerrem.
    .–
    -IMPOSTOS E FISCALIDADE:
    .
    6) ABOLIÇÃO de todos os Impostos colectando-os num só INU – Imposto Nacional Único colectado sobre tudo o comprado e consumido dentro de Portugal (**)
    .
    7) AMNISTIA Fiscal para resolver o estado de falência do Tecido Económico Nacional e de insolvência do grande numero de Cidadãos e Famílias à semelhança do já praticado antes e depois do 25 de Abril, incluindo actualmente em vários Países da EU.
    .
    (**) Pagamento dos Ordenados Brutos aos Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    -SEGURANÇA SOCIAL:
    .
    8) ABOLIÇÃO dos Descontos mensais de Empregadores e Empregados substituindo-os pelo ISU – Imposto Social Único colectado sobre tudo o comprado e consumido dentro de Portugal (***)
    .
    9) Instauração da PENSAO NACIONAL ÚNICA até 3 vezes o SMN-Salario Mínimo Nacional, universal e igual para todos os Reformados Portugueses.
    .
    10) Criação do FUNDO de REFORÇO DA PENSÃO NACIONAL UNICA, gerido pelo Estado, com depósitos mensais variáveis por parte do Cidadão que queira assegurar um reforço publico do valor da Pensão Nacional Única atingida a idade a reforma até ao falecimento (****)
    .
    (***) Pagamento dos Ordenado Brutos a todos os Empregados pelas Entidades Patronais.

    (****) Na fase de transição do velho para o novo Sistema, transitariam para o Fundo Nacional de Reforço da Pensão Nacional Única, os valores já descontados por Empregados e Empregadores que correspondam à diferença entre o valor da Pensão Nacional Única e o valor da correspondente Pensão que estabelecia o momento da Inscrição na Segurança Social do Cidadão.
    .
    .
    O discurso político para confundir a Árvore com a Floresta está esgotado e ineficaz.

    A ÁRVORE, a ‘mãe de todas as guerras’ de Portugal e dos Portugueses, chama-se DINHEIRO.
    .
    A FLORESTA, o acessório e consequente, chama-se Estado, Governo, Políticos, Burocracia, Partidos, Bancos, Empresas, Criação de Riqueza, Importações, Exportações, Poder de Compra dos Ordenados, Saúde, Pensões, Justiça, Direitos Civilizacionais, Tecido Económico atractivo e lucrativo etc.
    .
    Implica que haja uma “RENOVAÇÃO POLITICA NA CRISE DO MAIS DO MESMO’ a favor de gente afastada dos Partidos. Trarão a visão, inovação, energia e capacidade de acção imprescindíveis para actual elite política conseguir resolver e romper o Futuro para Portugal e para os Portugueses.
    .
    Estas 10 Reformas Pombalinas são um exemplo resumido para pôr o País a andar para a frente por novos caminhos libertos da pesada herança responsável pela Insolvência e Miséria actual.
    .
    Estas Reformas essenciais, seguidas doutras estruturais e reestruturantes da Sociedade, desencadearão a maior ‘revolução’ de Portugal desde Marquês de Pombal. Identifica-se com ‘Liberalismo Avançado com irrevogabilidade dos Direitos Civilizacionais dos Cidadãos’

    .

    Gostar

  5. António da Costa permalink
    3 Junho, 2010 22:24

    O neoliberalismo no seu melhor…

    Gostar

  6. 3 Junho, 2010 22:24

    O que escreve é duma tal idiotice, visto por todos os ângulos, que nem merece comentários.

    Gostar

  7. maldinio permalink
    3 Junho, 2010 22:29

    Há dez anos que vamos nesta perspectiva. Ou o senhor pensa que os nossos governantes andam a dormir.
    Mas também existem boas notícias em 2024 O português médio terá o mesmo poder de compra do chinês. Se trabalhar menos de certeza que não come mais

    Gostar

  8. zazie permalink
    3 Junho, 2010 22:40

    ahahaha

    o CAA já fechou os comentários no post da Diana Mantra por alguém ter recordado as aventuras da Cristina Keller

    “:O)))))))

    Gostar

  9. tina permalink
    3 Junho, 2010 22:47

    “Vendo a evolução mais em detalhe, verificamos que o rendimento nacional disponível diminuiu em três dos últimos dez anos, e as remunerações do trabalho aumentaram sempre excepto em 2003, isto é, durante o tão maltratado consulado de Manuela Ferreira Leite.”

    E não foi hilariante agora quando Sócrates, em tempo de crise, aumentou os salários dos funcionários públicos em 2,9%? Claro que MFL nunca teria ganho as eleições, as pessoas não esquecem quem trata bem delas.

    Gostar

  10. zazie permalink
    3 Junho, 2010 22:57

    Corta-lhes nos salários e esta diz que as pessoas não esquecem quem trata bem delas.

    ahahahahha

    Depois da Diana Mantra e da Cristina Keller, faltava mesmo uma máxima da tinamonga.

    Gostar

  11. 3 Junho, 2010 23:00

    A crescente degradação da nossa competitividade externa, bem espelhada aqui no contexto da zona euro, é devastadora. Fechar os olhos a essa realidade não a elimina e muito menos a resolve. Os custos salariais unitários precisam de descer sendo inevitável que tal aconteça para que possamos sair da armadilha de pobreza em que caímos.

    É por isso que vale a pena discutir esta proposta de Ricardo Reis que tem, a meu ver, duas vantagens: conseguir efeitos semelhantes ao da desvalorização da moeda (combate ao elevadíssimo défice externo que anualmente chega aos 10% do PIB, situação insustentável) ao mesmo tempo que dá um empurrão fiscal às empresas no sentido de fazer baixar os custos do factor trabalho (incentivando o emprego e a competitividade externa) mantendo o volume global das receitas fiscais e para-fiscais.

    Gostar

  12. vitor nunes permalink
    3 Junho, 2010 23:02

    Eu acho que você ainda não está a ver bem o assunto,se me permite ajudo-o a si e tambem dou uma ajuda para resolver aquele que é verdadeiramente o seu problema e não tanto o problema da economia portuguesa.
    Que tal acabarem os salários dos portugueses?
    Que tal voltar o tempo da escravatura?
    E que tal você estar quieto e calado,para não escrever disparates.
    Então se o problema é a produtividade dos trabalhadores em vez de ~você propor corte de salário não propõe o aumento da carga horária,sei lá mais 1 hora de trabalho diário?Será que isto não lhe convem?Quem é que lhe encomendou o sermão.
    Você calado é um poeta.

    Gostar

  13. Portela Menos 1 permalink
    3 Junho, 2010 23:17

    Então porque não abandonam a Zona Euro e desvalorizam o Novo Escudo?

    Gostar

  14. 3 Junho, 2010 23:29

    Caro Portela Menos 1,

    «Então porque não abandonam a Zona Euro e desvalorizam o Novo Escudo?»

    Tenha em atenção que o recurso a essa hipótese significaria uma desvalorização instantânea do “Novo Escudo” de entre 15 a 30% e a “pancada” seria gigantesca (desemprego, alta de preços, “disparar” da taxa de juro, etc.), tanto mais que a dívida externa continuaria a ser denominada em euros e em dólares.

    Gostar

  15. Portela Menos 1 permalink
    3 Junho, 2010 23:35

    Mas a saída do Euro não é uma das soluções dos “boys de chicago” e de alguns Nobel?

    Gostar

  16. Amonino permalink
    3 Junho, 2010 23:35

    #11,
    Ricardo Reis absorveu bem o conceito que há 2 anos desafio. Mas o que propõe fica a meio do caminho. Mais ao estilo ‘mais um remendo’. Isto é a fundo. Não podemos continuar acanhaditos calçados com sapatos de meias solas sempre a precisar de gáspias novas. Nem para o nosso amanhã nem para os nossos filhos que irresponsavelmente aceitamos sejam uns ‘penduras no desemprego/biscate’. Isto agora é para rasgar e andar para a frente. Os Tempos são Perigosos na verdadeira acepção da palavra muito embora os odores do comodismo sejam enebriantes para os sonhos instalados.

    Gostar

  17. Anónimo permalink
    3 Junho, 2010 23:37

    A minha estatística diz que, por cada variação de 1% no salário, -se a coisa for bem feita-, a produtividade do trabalhador pode variar de até 5%. A mais valia do trabalhador aumenta se se lhe pagar mais. São, e é curioso, os mesmos que pregaram durante anos as receitas que levaram o nosso país ao limiar da bancarrota, que hoje pregam a descida dos salários como saída da crise. Respeitem-se os trabalhadores e pague-se-lhes bem, que eles dão o litro. É simples mas eficaz: no curto prazo aumentam os custos mas no longo aumentam as receitas. Não serão os mesmos que afundaram a economia portuguesa que estão em condições de inverterem este processo. Era saudável que saíssem de cena.

    Gostar

  18. Portela Menos 1 permalink
    3 Junho, 2010 23:38

    Sendo que o argumento é o aumento da competitividade com implicações totais e imediatas no aumento das Exportações.

    Gostar

  19. Portela Menos 1 permalink
    3 Junho, 2010 23:45

    Se o problema fosse da qualidade dos trabalhadores não existiria o “fenómeno” da produtividade dos portugueses em outros países; o que quer dizer que estamos em presença, mais de um fenómeno de falta de produtividade da Gestão e da Organização e menos dos trabalhadores.Para este problema nacional não será indiferente a existência de uma grande % de micro e pequenas empresas sem capacidade de organização e rentabilização dos factores de produção.
    Conclusão, jmf1957 se fosse credível em Gestão não tinha deixado o Público no estado em que está; ou seja, as suas propostas valem o que valem.

    Gostar

  20. faustífero permalink
    3 Junho, 2010 23:47

    «Desejei-lhes boa sorte e deixei-lhes uma palavra de encorajamento e confiança», começou por dizer José Sócrates aos futebolistas da selecção.
    Vão perder.

    Gostar

  21. vitor nunes permalink
    4 Junho, 2010 00:01

    Anónimo 18 ,perfeitamente de acordo,diz o povo que se não há dinheiro tambem não há palhaço,reduzam os salários e vamos todos ver para onde vamos,aliás basta ver a politica seguida nos ultimos anos e com os mesmos actores no que esta´a dar,e não tenhamos ilusões o próximo 1º ministro ,o Engº Angelo Correia é mais do mesmo.

    Gostar

  22. 4 Junho, 2010 00:03

    A Banca continuar a pagar menos 10% de IRC que todos os outros.

    Para isto …

    Política de crédito da banca contribuiu para o atraso e estagnação do país – apenas 7,3% do crédito foi concedido à agricultura, pesca e indústria – 78,1% foi para a construção, habitação, imobiliário e consumo

    por Eugénio Rosa

    http://www.resistir.info/e_rosa/politica_credito_05mai10.html

    Gostar

  23. 4 Junho, 2010 00:05

    Milhares de milhões para salvar alguns banqueiros.

    Gostar

  24. 4 Junho, 2010 00:09

    # 11

    Está-se a esquecer do país em que vive.

    Gostar

  25. 4 Junho, 2010 00:20

    Atente-se:

    “Um terço dos alunos com apoio social escolar
    Este ano lectivo, são já mais de meio milhão os estudantes que recebem ajuda do Estado para os livros, materiais ou refeições.
    No ensino básico e secundário há cerca de 1,5 milhões de crianças.”

    Cada aluno tem, no mínimo, um pai e uma mãe. Ou seja, traduz-se, no mínimo, num milhão e meio de portugueses, com filhos em idade escolar – Faixa de população activa entre os 25-30 anos e os 35-40 anos. Pobres.

    Gostar

  26. 4 Junho, 2010 00:20

    Car Portela Menos 1,

    «Mas a saída do Euro não é uma das soluções dos “boys de chicago” e de alguns Nobel?»

    E onde pretende chegar com a sua pergunta?

    «Sendo que o argumento é o aumento da competitividade com implicações totais e imediatas no aumento das Exportações.»

    O argumento, infelizmente para nós, não é só esse. No sector exportador a perda continuada de competitividade tem duas consequências: desemprego e deterioração da balança comercial. No conjunto da economia, o facto é que consumimos, ano após ano, sistematicamente mais do que produzimos e daí os 10% do PIB do défice da balança de transações correntes em cada ano desde a adesão ao euro. Em paralelo, temos ainda uma astronómica dívida externa, permanentemente acrescida pelo crónico défice orçamental (quer o oficial quer o “oficioso” (empresas públicas, hospitais, PPP, etc)).

    Gostar

  27. 4 Junho, 2010 00:26

    ai o “interesse nacional”
    Sempre que ouvirem um banqueiro invocar o “interesse nacional”, levem a mão à carteira.

    Gostar

  28. 4 Junho, 2010 00:27

    # 27

    Deixe lá o comercio externo. Pense em mercado interno.

    O aniquilamento da produção para o mercado interno?

    Gostar

  29. 4 Junho, 2010 00:29

    O que é que é a globalização?

    Competir com os escravos chineses e indianos?

    Está tudo ganzado!

    Gostar

  30. 4 Junho, 2010 00:33

    #29

    «Deixe lá o comercio externo. Pense em mercado interno»

    Pretenderá morrer à fome?

    Gostar

  31. 4 Junho, 2010 00:34

    Até a minha tia balbina, analfabeta, percebe mais de Economia que estes idiotas todos pseudo-intelectuais !

    Gostar

  32. 4 Junho, 2010 00:36

    # 31

    Quando a produção de bens a nível mundial mais que DUPLICOU numa década, você fala em “morrer à fome”?!

    Gostar

  33. 4 Junho, 2010 00:38

    Quanto mais se produzir para o mercado interno, menos se importa. Menos se paga a outros. Fazemos nós.

    Gostar

  34. Portela Menos 1 permalink
    4 Junho, 2010 00:40

    Eduardo F. disse
    4 Junho, 2010 às 12:20 am
    “E onde pretende chegar com a sua pergunta?”

    Simples; as suas propostas são as mesmas que todos os ultra-liberais apresentam. Nada de novo a Oeste.
    Você mesmo constata que “10% do PIB do défice da balança de transações correntes em cada ano desde a adesão ao euro” e não tira a devida conclusão, que não poderia ser outra senão a saída do Euro?
    A União Europeia é mais do que o reduzido grupo da Zona Euro. Quais são os que estão em (maiores) dificuldades? Os que estão associados à moeda única.

    Gostar

  35. 4 Junho, 2010 00:42

    #33

    «Quando a produção de bens a nível mundial mais que DUPLICOU numa década, você fala em “morrer à fome”?!»

    Costuma ir ao supermercado? Já reparou que a grande maioria dos artigos alimentares que lá adquire têm origem fora de Portugal?

    Ora sendo isto assim, no dia em que não lhe emprestarem mais dinheiro para comprar o “bacalhau e as batatas” (situação que sucede há muitos anos connosco), o que pensa que acontecerá?

    Gostar

  36. 4 Junho, 2010 00:44

    #35

    Portanto, se bem percebi, defende a nossa saída do euro, não é assim?

    Gostar

  37. 4 Junho, 2010 00:45

    E já agora, just for the record o Reino Unido, que não está namoeda única, também atravessa graves dificuldades.

    Gostar

  38. 4 Junho, 2010 00:48

    Portugueses com espírito cada vez menos empreendedor
    http://www.sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=174637

    Pudera.

    Quem é o maluco que aguenta um país destes governado por alucinados?

    Gostar

  39. 4 Junho, 2010 00:50

    # 38

    Esses não contam. Tiveram dose dupla: a Tatcher e o Blair.

    Gostar

  40. 4 Junho, 2010 00:55

    # 36

    “Costuma ir ao supermercado? Já reparou que a grande maioria dos artigos alimentares que lá adquire têm origem fora de Portugal?”

    Que se voltem a produzir em Portugal. Não pagam ($$$$) para não produzirmos ???

    “Ora sendo isto assim, no dia em que não lhe emprestarem mais dinheiro para comprar o “bacalhau e as batatas” (situação que sucede há muitos anos connosco), o que pensa que acontecerá?”

    Bacalhau? Não me faça rir.
    Quando for a Aveiro … vá ver o que fizeram à nossa frota pesqueira de longo curso (!)

    Gostar

  41. 4 Junho, 2010 00:55

    “o rendimento nacional disponível (RND) passou de 124,2 para 128,7 mil milhões de euros entre o ano 2000 e o ano 2009; no mesmo período, as remunerações do trabalho passaram de 61 para 67,2 mil milhões de euros. Ou seja, as remunerações do trabalho cresceram dez vezes mais depressa do que o rendimento nacional disponível, o que significa que a produtividade diminuiu”

    Como assim?

    Em primeiro lugar, onde é que foi buscar “os 10 vezes mais depressa”? Parece-me que as remunerações do trabalho cresceram 10,2% (1,08% ao ano) e o rendimento nacional disponível cresceu 3,6% (0,4% ao ano). Ou seja, as remunerações do trabalho cresceram entre duas e três vezes mais depressa que o RND, não 10 vezes mais.

    E a passagem “o que significa que a produtividade diminuiu” não faz sentido nenhum – a produtividade é a produção por trabalhador (ou seja, o PIB a dividir pelo número de trabalhadores); como é que, comparando a evolução do rendimento disponível com a das remunerações do trabalho o JMF consegue chegar a qualquer conclusão (seja para um lado ou para outro) sobre a produtividade?

    Gostar

  42. Anónimo permalink
    4 Junho, 2010 00:56

    As multinacionais implantadas no nosso país têm níveis de produtividade iguais ou superiores às congéneres de outros países. São a estes trabalhadores que se pretende descer os salários ? Suponho que não.
    A banca portuguesa idem aspas. Também suponho que não se pensa diminuir salários aos seus colaboradores.
    Nas companhias de lucros farfalhudos do PSI20 também não faria sentido.
    Na função pública ? experimentem diminuir salários aos funcionários das finanças e logo vêem o resultado; ou da justiça que se anda mal então o que será; aos médicos, enfermeiros e professores é possível, a saúde e o ensino estão em segundo plano no ataque à crise.
    Quem sobra para salvar o país ganhando menos ? Quase ninguém.
    Como já alguém disse acima o nosso principal problema é MÁ GESTÃO, MÁ ORGANIZAÇÂO, FRACA FORMAÇÃO AO NÍVEL DO TOPO DAS EMPRESAS, RECUPERAÇÃO RELÂMPAGO DOS CAPITAIS INVESTIDOS NO NEGÓCIO, DESCAPITALIZAÇÃO DAS EMPRESAS COM AS SUB/SOBRE FACTURAÇÕES, IMPUNIDADE NO CRIME ECONÓMICO, INEXPRESSIVO I/D.
    Pagar menos às pessoas ? Desculpem dizer isto, mas só mentes perversas e de má fé é que podem parir tal monstruosidade.

    Gostar

  43. 4 Junho, 2010 01:02

    “aos médicos, enfermeiros e professores é possível, a saúde e o ensino estão em segundo plano no ataque à crise.” – 43

    Médicos? Deve estar doido. Estão-lhes a pedir “por favor” para regressarem aos SNS e eles voltam a fazer aos portugas “um grande manguito”. Reformam-se. Trabalham no privado. Etc.
    Os enferemeiros também se vão desenrascar. Bem.

    Professores? Só se for os do “superior”. Os outros já foram esminfrados até ao osso …!

    Gostar

  44. Portela Menos 1 permalink
    4 Junho, 2010 01:02

    Sair do Euro? E daí? Seria pior do que a actual situação, gerida por um BCE que só se preocupa com inflação e preços e com uma Alemanha que só se interessa pela manutenção do “Marco”. Uma verdadeira governance económica, menos tratados politicos e mais solidariedade, eis o que precisa esta Europa.

    Gostar

  45. zazie permalink
    4 Junho, 2010 01:12

    # 42

    eehhee

    Tinha de aparecer o Miguel Madeira para ensinar aritmética a estes peritos

    “:O)))

    Não foi nada que eu não pensasse.

    E o Peluche nem deu por nada. É economista.

    Gostar

  46. Anónimo permalink
    4 Junho, 2010 01:20

    44:
    Numa emergência de bancarrota não são a saúde e o ensino que nos safam. Elas são só fonte de despesa e não de receita.

    Gostar

  47. Gol(pada) permalink
    4 Junho, 2010 01:25

    O José Trocas-te tem 12 motoristas.
    É bom saber que em tempo de crise há pessoas que tem trabalho.

    (Excepto quando o Tracas-te viaja pró estrangeiro, coisa rara aliás)

    Gostar

  48. 4 Junho, 2010 01:32

    «Numa emergência de bancarrota não são a saúde e o ensino que nos safam. Elas são só fonte de despesa e não de receita.»

    O Ensino, DESPESA????????????????????????????????!!!

    AHAHAHAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

    Gostar

  49. 4 Junho, 2010 01:36

    Encerrrem-se as Escolas e os Hospitais!!!!!!!!!!! Já! Por causa da bronca-rota !!!!!!!!!!!!!!

    IHIHIHIHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

    O país virou um manicómio, de doidos à solta – do “tipo” # 47.

    O JMF também não “bate bem da moleirinha” …

    Gostar

  50. 4 Junho, 2010 01:37

    48 bb

    Gostar

  51. Anónimo permalink
    4 Junho, 2010 03:08

    Essa do “descer os salários” é a tese Belmiróide e do patronato rasca que anda a ver se consegue ganhar mais algum, porque acham que não exploram os escravos o suficiente ainda.
    Os JMF e outros “úteis” sempre ajudam nessa tese.

    Gostar

  52. JUSTIÇA DE FAFE permalink
    4 Junho, 2010 05:44

    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/bruxelas-ameaca-com-processo

    agora ficamos à espera que os lacaios da propaganda do magalhães (moluscos ao serviço dos gangs da corrupção socratinos e oliveirinhos) façam igual propaganda das negociatas escuras com a compra do magalhães

    Gostar

  53. JUSTIÇA DE FAFE permalink
    4 Junho, 2010 05:47

    Ó #52.

    Tens sempre a possibilidade de emigrar para os países onde os trabalhadores “não são explorados”, como China, Cuba, Coreia do NOrte, Venezuela…

    Aliás, só por seres muito masoquista ou doente mental é k te deixas explorar e não foges

    Gostar

  54. REVOLTA POPULAR permalink
    4 Junho, 2010 06:54

    Já se sabe dos sentimentos neo-nazis que dominam a comunicação social portuguesa (e muita europeia), que apagam os crimes dos Ayatollahs do Irão, do Hamas, do Hezbollah, da Mutawa -nem sabem o que isto é!!!- do genocído racista perpetrado pelo Islão no DARFUR, somália, etc….

    Só assim se compreende o apoio que deram aos “activistas” neo-nazis (que obviamente, não denunciam a barbárie islâmica que o Hamas impõe ao povo de Gaza)nestes dias.

    Obviamente, se admiram a barbárie islâmica, tb admiram a barbárie comunista chinesa.

    Barbárie comunista e islâmica andam em regra de braço dado.

    MASSACRE NA PRAÇA TIANANMEM.

    apostamos que vai passar despercebido.

    Tudo o que seja massacres de civis inocentes é escondido debaixo do tapete da esquerda.

    http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=174638

    A Democracia (incompleta) de HONG KONG não quer deixar esquecer a barbárie de TIANANMEN.

    Gostar

  55. tina permalink
    4 Junho, 2010 08:36

    “Ou seja, as remunerações do trabalho cresceram entre duas e três vezes mais depressa que o RND, não 10 vezes mais.”

    Parece ter sido um erro, realmente, mas a tendência mantém-se e é desastrosa. Aquilo de o “euro ter dado cobertura a imbecis”, não podia ser mais verdadeiro como é o caso do aumento irrealista dos salários, tal como Sócrates acabou de fazer.

    Gostar

  56. lucklucky permalink
    4 Junho, 2010 08:49

    “Ou falhei qualquer coisa, ou nada vi no acordo Sócrates-Passos Coelho que permita enfrentar este desequilíbrio entre o que (não) produzimos e os salários que são praticados. O que vejo, isso sim, é a economia a adaptar-se como pode – gerando desemprego.”

    Não falhou. óbvio que a redução dos salários de fará pelo desemprego.
    Há dezenas de milhares de empregos seja no Estado ou nos Privados que só existem devido à enorme dívida. Quando o Estado contrata uma empresa para fazer determinado serviço 20% desse serviço é pago com nova dívida.
    20% dos salários dos Funcinários Publicos, Políticos e dos Produtos comprados pelo Estado só são possíveis com nova dívida.

    O Défice do Estado entre Despesas e Receitas é de 20%(as contas feitas pelo valor do PIB só ajudam a mascarar o problema)

    E não estou a contar com as maravilhosas Empresas Publicas…

    Gostar

  57. simon permalink
    4 Junho, 2010 09:30

    Também digo, uns reais salários, como a pedirem para descer das nuvens, disformes que se vêem entre os milhões de miséria e assim da média de um país que, não sendo o Bangladesh, não se compara ainda assim à Alemanha, às ilhas Suleimão nem à Suíça.
    E desde sempre, dizem, desde a invasão da máfia que este país é um desconcerto, uma vergonha de desonestidade, de amiguismo, nepotismo, clientelismo.

    Gostar

  58. Anónimo permalink
    4 Junho, 2010 10:17

    Não perca tempo. Com as máfias que “governam” descaradamente o país a todos os níveis vamos explodir e não tarda, ou já explodimos e não sabemos. A nossa situação é irreversível. Com o aperto que aí vem, a corrupção vai disparar (já se nota), vai tornar-se ainda mais democrática e nunca mais vamos sair disto. Já passou a fase em que Portugal era uma novidade que atraía investimento e sem essa é impossível. A indústria está de rastos e nem sabe para onde se virar, a concorrência é uma palhaçada, a distribuição é outra e a classe média do comércio está a caminhar para a miséria.

    Gostar

  59. Anónimo permalink
    4 Junho, 2010 10:45

    Temos um ministro das finanças que é aldrabão, que todos os dias mente aos portugueses, e agora até se dá ao luxo de dizer que vai violar a Constituição que jurou cumprir, e continua ministro.

    Mas o que acho mais execrando no personagem, é ele saber o que é necessário fazer para começar a inverter esta situação catastrofica em que estamos mergulhados, e não ter coragem de tomar as medidas adequadas. Toda a gente sabe que na despesa do estado, os salários e as reformas, tem um peso enorme, e sem se mexer aí nunca mais se resolve o problema. Vai ter que ser o FMI daqui a uns (poucos) meses a ter que impor essa situação.

    É por isso que é urgente correr com esta gente do governo. O PR tem que perceber que se está a tornar cumplice do governo, nomeadamente quando diz aos portugueses que devem “confiar no seu ministro das finanças”.

    Gostar

  60. José permalink
    4 Junho, 2010 11:08

    Caro jmf1957:

    O artigo de hoje no Público tem vitríolo até dar com um pau. Parecia escrito pelo Mário Crespo.

    Gostar

  61. socialista vaselinado permalink
    4 Junho, 2010 11:18

    Pois mas as reformas triplas e os assessores ás centenas , as empresas publico privadas, o chulismo da banca quem 25 por cento de IRC paga isso não…

    O PAÍS QUE TEMOS..UMA ENORME SANITA Á BEIRA MAR PLANTADA….

    Gostar

  62. 4 Junho, 2010 11:50

    Caro Portela Menos 1,

    «Sair do Euro? E daí? Seria pior do que a actual situação, gerida por um BCE que só se preocupa com inflação e preços e com uma Alemanha que só se interessa pela manutenção do “Marco”. Uma verdadeira governance económica, menos tratados politicos e mais solidariedade, eis o que precisa esta Europa.»

    Sair do Euro será sempre uma hipótese e, de facto, é um cenário que oferece uma grande vantagem sobre quaisquer outros: obrigar-nos-ia, sem tergiversações, a um ajustamento brutal mas agarraríamos o “touro pelos cornos” (pelo menos no curto/médio prazos). Mas vejo, não sei que com gosto, que é ainda mais «ultra-liberal» que eu pois está disposto a arrostar com consequências como estas.

    Gostar

  63. 4 Junho, 2010 12:12

    Um dos blogues que frequentemente visito é da autoria do duo Gary Becker (Prémio Nobel de Economia de 1992) e Richard Posner, um dos mais respeitados juízes dos Estados Unidos.

    A estrutura do blogue é interessante pois oferece em cada entrada duas perspectivas, às vezes bem diferentes, sobre o respectivo tema. A mais recente respeita à interpretação da actual crise económica que a zona euro vive e às perspectivas da sua evolução comparando-as com as dos Estados Unidos. Esta é a posição de Posner; e esta a de Becker.

    Gostar

  64. Anónimo permalink
    4 Junho, 2010 12:47

    O mundo não mudou?

    Gostar

  65. 4 Junho, 2010 13:05

    #66

    Se a alguém for diagnosticado, por exemplo, um enfizema, e se continuar alegremente a fumar, verá que o “mundo” pode mudar muito depressa. Tal como uma banheira que se vai enchendo de água, só quando a sua capacidade é ultrapassada é que a inundação se verifica. Terá o mundo mudado na gota que fez transbordar a banheira?

    Gostar

  66. 4 Junho, 2010 13:05

    #61

    Eu até acho que devíamos reduzir 16% os salários dos FP. 15% seria a quota parte da redução do défice e 1% seria para ajudar a melhorar os salários dos administradores das empresas do estado. O mesmo se faria nas empresas privadas.

    Gostar

  67. tina permalink
    4 Junho, 2010 13:20

    Boa referência a que deu Eduardo. Explica exactamente porque a Europa permanece em crise enquanto os outros países já estão a sair dela.

    The major cause of Europe’s long-run economic problems is political, though the political is in turn shaped by cultural factors, including historical memory; maybe the best way to describe the major cause of the problems is Europe’s “political culture.” Government has greater prestige in Europe than in the United States and (a related point) socialism retains substantial support in Europe; individualism, with related notions such as self-reliance, freedom to fail, entrepreneurship, the “self-made” man, and the Horatio Alger story do not grip the public imagination of many Europeans. Government in Europe employs a higher percentage of the working population and engages in more redistribution of income, resulting in high taxes to fund retirement at earlier ages than in the United States, generous pensions and family leave, unemployment benefits generous enough to discourage work, and medical care. Lavish redistribution of wealth in turn entails barriers to immigration, lest the social safety net become an immigration magnet. Unions are strong in Europe, and they push up wages and (worse) encourage featherbedding, short hours, and other inefficient practices. Unions of government workers are especially pernicious, as they reinforce the natural tendency of government to overpay its employees because they are voters as well as employees. A third of the Greek work force is government-employed, for example, and much of it appears to be both overpaid and underworked relative to employees in the private sector.

    Because socialist policies reduce economic efficiency, European countries (with some exceptions, notably Germany) have difficulty competing in foreign markets with China, Indian, Brazil, and other rapidly growing economies, and so have difficulty maintaining a positive trade balance. And because tax rates in Europe are already very high, government deficits cannot easily be reduced by raising taxes. The aging of the population increases the demand for public spending, and the demand can be met only by increased borrowing, which is also necessary to close the gap between exports and imports.

    European economic stagnation and public overindebtedness is in short mainly a political problem, resulting from a swollen and still rapidly expanding demand for government services. It is a political problem rooted in cultural factors summed up in the word “statism,” in contrast to American individualism, as designations of dominant political ideologies. This is an oversimplification but seems to me to get at the heart of the difference between European economies and the U.S. economy.

    Gostar

  68. Amonino permalink
    4 Junho, 2010 14:04

    .
    Atacar o problema pela redução do poder de compra (baixa de salários de quem produz ou aumento de impostos) é zarolho. Aumenta as importações da China e da India, mais encerramentos e desemprego deste lado. Se há menos dinheiro compra-se o mesmo dos mais baratos !
    .
    Há um interesse, a pseudo INTOCABILIDADE DE MORDOMIAS (onde toda a classe politica lucra por vencimento e não só ao fim do mês) da FINANÇA DITA PUBLICA que mais suga e empobrece os outros Cidadãos, Familias e Empresas. E a da FINANÇA PRIVADA (Banca Comercial, Banca de ‘investimentos’, Hedge Funds & Cª Lda) que está a GANHAR TONELADAS DE DINHEIRO AO MINUTO com a exploração esclavagista dos gentios Chineses, Indianos etc.
    .
    Ora a uma parte da Direita idiota que se ufana ter ‘coragem’ para dar porrada nos Cidadãos, Familias e Empresas em oposição a outra Direita não anquilosada, apenas não percebe que as primeiras vitimas é ela propria que entrega a Criação de Riqueza ao Extremo Oriente.
    .
    O que está em causa, exactamente como antes da 2ª Guerra Mundial, é uma luta sem quartel entre TECIDOS ECONOMICOS LUCRATIVOS vulgo aparalehos produtivos à escala global. E a União Europeia está-se a pôr a jeito para outra vez ser a Europa o sitio onde a 3ª começa ….. Chamberlain’s agora em relação ao Extremo Oriente.
    .
    Nisto tudo, se dirigidos pela gente certa, Portugal escapará como na 2ª Guerra. Sem ‘Salazares’ ou Marcelos. Não são precisos. No Tempo hoje conduziriam exactamente ao contrário.
    .
    A Governança tem de se pôr mais fina. A rapaziada que por lá anda anda a apanhar bonés demais. ‘Nem as vêem’
    .

    .

    Gostar

  69. José permalink
    4 Junho, 2010 14:11

    #69:

    Provavelmente será essa a razão dos problemas. Mas os neoliberais querem passar desse oitenta para um oito redondo. E é nisso que a meu ver erram.

    Como o senso comum pode ensinar, não se mudam as coisas sociais assim do pé para a mão, sem atender a uma tradição. Por isso mesmo, algumas revoluções falharam. O exemplo está no 25 de Abril. Um revolução conseguida na retoma da liberdade de expressão mas falhada, no campo económico, por causa do que se seguiu.

    Gostar

  70. André permalink
    4 Junho, 2010 14:25

    Já que falam em descer salários chamem as coisas pelos nomes! Tenham a coragem de escrever que os quadros médios e superiores ganham acima da média europeia, enquanto os quadros mais baixos, que são a maioria da população, ganha abaixo da média europeia, com a consequente perda de poder de compra.

    E que dizer dos nossos fantásticos patrões, que de empresários não têm nada?! A maioria do nosso tecido empresarial é constituído por micro-empresas, cujos quadros têm na sua maioria mais qualificações que os proprietários. Claro que isto assim não pode correr bem!

    E quando os nossos economistas passam mais tempo sentados na cadeira da faculdade, do que num escritório de uma empresa, só se podem escrever disparates como este post.

    Gostar

  71. 4 Junho, 2010 15:16

    #71

    Caro José,

    Quando refere que «os neoliberais querem passar desse oitenta para um oito redondo. E é nisso que a meu ver erram» está a referir-se a situações como a que recordo de seguida?

    «“Quem se lembra de Teresa Ter-Minassian, a chefe do FMI que impôs uma terapia de choque e uma taxa especial sobre o 13º mês?”»

    «Em 1983, as campainhas de alarme das finanças portuguesas desataram a tocar. O défice da balança de pagamentos era tal que o país deixara de ter dinheiro para pagar as suas dívidas ao exterior. O pânico instalou-se quando o défice da balança de transacções correntes atingiu cerca de 13% do PIB – um dos valores mais altos de sempre em todo o espaço da OCDE. Com as linhas de crédito esgotadas e sem divisas, a situação era dramática. A solução era voltar a recorrer ao FMI, com o qual o Governo do bloco central liderado por Mário Soares e Mota Pinto, assinou uma carta de intenções.»

    «Este acordo obrigou a um tratamento de choque, traduzido em medidas extremamente gravosas. O escudo, já de si uma moeda mais fraca voltou a ser desvalorizada: 12% de uma só vez, acrescido de uma desvalorização deslizante mental de 1%. O verbo aumentar passou a ser conjugado de diversas maneiras: nas taxas de juro, que saltaram para valores bem acima dos 20% mas inferiores à inflação; nos impostos, quase generalizadamente; nos preços administrados (combustíveis e cereais), assim como no chamado cabaz de compras. A saída de divisas para o estrangeiro passou a ser contida. A despesa pública caiu a pique e a contenção marcou toda a política salarial. A cereja do bolo foi um imposto extraordinário, retroativo, de 2,8% sobre o 13º mês. Um imposto de mais do que duvidosa constitucionalidade e que foi uma das medidas mais impopulares tomadas nas décadas anteriores.»

    «Os efeitos deste banho gelado foram brutais. Um enorme arrefecimento da economia, com um crescimento negativo do PIB (-1,4%). Uma inflação recorde de 29,3% em 1984 (e de 34% de Dezembro a Dezembro). Subida em flecha também da taxa de desemprego (8,7% em 1985). O número de falências cresceu, só mitigado pelo estranho fenômeno dos salários em atraso, que os sindicatos chegaram a estimar em mais de cem mil trabalhadores. Os salários reais caíram, só em 1984, 9,9%. As bandeiras negras da fome passaram a fazer parte da paisagem social. Muitas paredes e muros foram cobertos com as frases “Soares e Pinto, rua!”. A opinião pública jamais esqueceu a figura alta e esguia, de cachimbo na boca, do todo poderoso ministro das Finanças, Ernani Lopes. E o nome estranho e difícil de pronunciar de Teresa Ter-Minassian, a italiana chefe de equipa do FMI.»

    (Extraído daqui

    Gostar

  72. José permalink
    4 Junho, 2010 15:29

    Não. Quero referir-me a mudar tudo de repente e do pé para a mão. O Estado socialista e social-democrata, em Portugal, está hiperinflacionado. Mas esvaziá-lo de repente provocará choques como esse que apontou em 1983. A frio.

    O que há a fazer, a meu ver, é o retorno a um modelo que foi o de Caetano em 1972/73, onde havia maior liberalismo económico. Mas o contexto histórico é outro e as condições são outras.

    Por isso não sei.

    Gostar

  73. tina permalink
    4 Junho, 2010 15:32

    “Como o senso comum pode ensinar, não se mudam as coisas sociais assim do pé para a mão, sem atender a uma tradição.”

    O José também têm esperança lá no fundo que as coisas irão ficar bem mesmo sem mudanças radicais. É por isso que não tem o sentido de urgância. A UE está toda minada por essa atitude, a própria Comissão induz isso. Fala-se em austeridade mas a única coisa que se vê são cortes no “investimento público” mas nem isso acontece na realidade porque a UE vai deixar portugal construir o TGV e a outra ponte. Fala-se em redução de 5% de salários e toda a gente protesta! Mas afinal, que medidas de austeridade se estão a tomar? Só o aumento de impostos e isso só contribui para a desaceleração da economia.

    Um economista disse que esta crise não é nada comparada com a que vem a seguir, porque só se fala em medidas de austeridade mas não se aplicam.

    Gostar

  74. socialista vaselinado permalink
    4 Junho, 2010 15:51

    A reflectir….
    VALORES MENSAIS!!!!!

    PORQUE ESTAMOS NA FALÊNCIA??????

    420.000,00 € TAP administrador Fernando Pinto
    371.000,00 € CGD administrador Faria de Oliveira
    365.000,00 € PT administrador Henrique Granadeiro
    250.040,00 € RTP administrador Guilherme Costa
    249.448,00 € Banco Portugal administrador Vítor Constâncio
    247.938,00 € ISP administrador Fernando Nogueira
    245.552,00 € CMVM Presidente Carlos Tavares
    233.857,00 € ERSE administrador Vítor Santos
    224.000,00 € ANA COM administrador Amado da Silva
    200.200,00 € CTT Presidente Mata da Costa
    134.197,00 € Parpublica administrador José Plácido Reis
    133.000,00 € ANA administrador Guilhermino Rodrigues
    126.686,00 € ADP administrador Pedro Serra
    96.507,00 € Metro Porto administrador António Oliveira Fonseca
    89.299,00 € LUSA administrador Afonso Camões
    69.110,00 € CP administrador Cardoso dos Reis
    66.536,00 € REFER administrador Luís Pardal: Refer
    66.536,00 € Metro Lisboa administrador Joaquim Reis
    58.865,00 € CARRIS administrador José Manuel Rodrigues
    58.859,00 € STCP administrador Fernanda Meneses
    3.706.630,00 €

    51.892.820,00 € Valor do ordenado anual (12 meses + subs Natal + subs férias)
    926.657,50 € Média Prémios
    52.819.477,50 €

    900,00 € Média de um funcionário públic

    58.688,31 – nº de funcionários públicos que dá para pagar com o mesmo dinheiro

    E DEPOIS AINDA QUEREM SABER SE A MALTA ESTÁ DISPOSTA A ABDICAR DO SUBSÍDIO DE FÉRIAS E/OU NATAL PARA AJUDAR O PAÍS…

    Gostar

  75. 4 Junho, 2010 16:07

    Imoralidade.

    Gostar

  76. 4 Junho, 2010 16:09

    #74

    O problema, Caro José, é que não me parece haver já saída da situação a que chegámos sem grande dor. Como alguém, muito vilempiada afirmou há não muito tempo, corremos o risco de morrer da cura.

    Se a receita à la FMI de 1983 só é possível de repetir com a saída do euro e com a descida dos salários pelo insidioso mecanismo da inflacção (via desvalorização da moeda, aumentos salariais, aumento de preços, etc.) a alternativa – mantermo-nos na zona euro – exigirá uma dolorosa diminuição dos salários nominais ou uma redução do poder de compra através de um mecanismo do género do que apontei aqui fazendo de relé a Ricardo Reis.

    Gostar

  77. 4 Junho, 2010 16:30

    O problema não está, como é bom de ver parando um pouquinho para pensar, em pertencermos ou não à zona euro. Veja-se que países da UE como o Reino Unido ou a Hungria atravessam igualmente graves dificuldades. Lembre-se que mediaram apenas cinco anos entre 1978 e 1983 entre as duas intervenções do FMI em Portugal até à data…

    O problema é aliás de tal forma global na UE que só a candidata de adesão ao euro – a Estónia – cumpre os limites do Pacto de Estabilidade, os tais limites “estúpidos” de 3% de défice orçamental e 60% de dívida pública relativos ao PIB de cada país que, por não terem sido respeitados, tudo puseram de pantanas, inclusive a própria Alemanha.

    Gostar

  78. lucklucky permalink
    4 Junho, 2010 17:16

    “A maioria do nosso tecido empresarial é constituído por micro-empresas, cujos quadros têm na sua maioria mais qualificações que os proprietários.”

    Se isso for verdade então a questão crucial é porque é que essas grandes qualificações não dão para criar empresas?

    Como o que você quer dizer é: vejam patrões tão burros e trabalhadores tão espertos.

    Porque é que os espertos não criam empresas?

    Gostar

  79. tina permalink
    4 Junho, 2010 17:33

    “Porque é que os espertos não criam empresas?”

    Porque são espertos do tipo chico.

    Gostar

  80. 4 Junho, 2010 17:35

    Portugueses com espírito cada vez menos empreendedor

    http://www.sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=174637

    Quem é o maluco que aguenta um país destes governado por alucinados?

    Gostar

  81. 4 Junho, 2010 17:58

    Peluche- vai primeiro aprender aritmética e depois fala.

    E a vedeta ainda não corrigiu a bacorada?

    Gostar

  82. tina permalink
    4 Junho, 2010 18:08

    Olha a Zarilú veio para aqui meter-se com outros. Não chegou chamar estúpida à Helena Matos. Qual é o seu problema, o Romãozinho deixou de lhe ligar?

    Gostar

  83. tina permalink
    4 Junho, 2010 18:20

    Olha a estúpida da Zarilú, agora vem para aqui meter-se com outros. É mesmo muito estúpida esta destrambolhada.

    Gostar

  84. tina permalink
    4 Junho, 2010 18:23

    A sorte desta estúpida é que os Blasfemos apagam os meus comentários e não os dela. Senão, coitada, a estúpida aprendia de uma vez para sempre.

    Gostar

  85. 4 Junho, 2010 18:26

    eehhe

    A maluca ainda não lavou a loiça?

    Gostar

  86. 4 Junho, 2010 18:27

    O Miguel Madeira é que deu um bailinho a toda esta mogalhada que nem aritmética sabe.

    Gostar

  87. 4 Junho, 2010 18:32

    #79

    Quem é esperto e tem boa formação pode ter um bom emprego.
    Quem não tem formação, não pode ter um bom emprego e tenta a sorte como empresário. Se for (chico)esperto arrisca ser empresário. Afinal, o que tem a perder? É claro que a probabilidade de fazer uma empresa decente é muito, muito, mas mesmo muito pequena. É proporcional à formação que tem.
    O problema que deviam estar a discutir é: porque é que os que têm melhor formação não querem, ou não têm capacidade, ou não podem ser empresários?

    Gostar

  88. 4 Junho, 2010 18:33

    Será que alguém contesta isto?

    Gostar

  89. tina permalink
    4 Junho, 2010 18:35

    É claro que se a estúpida da Zarilú tivesse reparado no erro, teria logo dito. Mas é óbvio que a ela também passou de lado, burra e estúpida que nem uma porta.

    Gostar

  90. tina permalink
    4 Junho, 2010 18:37

    Eduardo, aquelas pessoas que percebem, fingem que não percebem. As outras estúpidas como a Zarilú, nunca viram um gráfico na vida.

    Gostar

  91. tina permalink
    4 Junho, 2010 18:39

    O Eduardo dá uma belíssima contribuição ao Blasfémias. Parabéns.

    Gostar

  92. 4 Junho, 2010 18:48

    Parece-me que os dados do rendimento disponível a preços constantes é que ficaram mal. Na prática, o Rendimento disponível cresceu 1,9% em 9 anos e os custos do trabalho 10,1%. Pode não ser 10 vezes mas não deixa de ser insustentável.

    Gostar

  93. 4 Junho, 2010 18:53

    A gaja ficou nervozinha por eu lhe ter recordado o raspanete da mãezinha.

    Põe-te a pau que eu faço-lhe queixas e ela corta-te na mesada.

    “:O))))))

    Gostar

  94. 4 Junho, 2010 19:08

    estes idiotas dos liberais neoconeiros querem ainda reduzir o fraco poder de compra de metade dos tugas… é evidente que por cá nem alimentação suficiente para todos se produz e produtos topo de gama para quem os pode comprar vêm todos da estranja… então baixem-se os salários e o pouco que se produz ainda vão ter de o vender ao desbarato ao Chaves e ao Lula, porque esses 50% de tugas já só podem comprar quinquilharia made in China!… tanto espremem, tanto espremem, que no fim nem a alta prosperidade os salvará!… ilusões, estúpidas!!!…

    Gostar

  95. 4 Junho, 2010 20:12

    #89

    É como todos os números. Tem significado. E tem a importância que cada um lhe quiser dar. Mas qual é a solução para invertir a curva do GDP? É que a outra acho que está muito bem.

    Gostar

  96. 4 Junho, 2010 20:56

    #98

    E não lhe ocorre que, no nosso caso, a curva “ascendente” contribua para explicar a “descendente”?

    Gostar

  97. 4 Junho, 2010 21:42

    #99

    E acha que crescimento do PIB e diminuição dos salários é o nosso sonho?

    Gostar

  98. André permalink
    4 Junho, 2010 21:49

    #79 lucklucky

    Precisamente porque são espertos.
    Os inteligentes têm sucesso, seja como empreendedores, empresários ou colaboradores. Que também os há, felizmente.

    Gostar

  99. 4 Junho, 2010 22:49

    Ok. Não se mexem nos salários mensais até €500 e nos outros: -5% nos de 750, -10% nos de 1000, -15% nos de 2000, -20% nos de 4000, -25% nos de 8000 e -30% nos acima de 16000

    Gostar

  100. 4 Junho, 2010 23:52

    Já perguntei qual é o efeito que a redução do consumo da classe média vai ter na economia, se lhes reduzirem os salários, e ninguém respondeu.

    Gostar

  101. 5 Junho, 2010 00:06

    Tudo muito bem, mas começar por SUSPENDER o pagamento de reformas milionárias a pessoas que não tem ainda os 65 anos nem os tais 40 anos de serviço. Como era aquele que trabalhou dois anos na CGD e já está a receber a reforma por inteiro correspondente ao topo da carreira, sem sequer ter lá chegado?
    Sem começar por limpar estes roubos e injustiças, nem vale a pena falar de “correcções salariais” ou outros disparates.
    Acordem, a era global da informação chegou, já toda a gente sabe o que se passa, e não vão engolir outra vez a escravidão que lhes querem impingir.

    Gostar

  102. 5 Junho, 2010 09:25

    # 101

    Desastre económico!

    PUM!

    Gostar

  103. 5 Junho, 2010 10:14

    Agradeço a resposta. Portanto, não parece que seja a solução.

    Gostar

Trackbacks

  1. Médico ou coveiro? | Tonibler (R)

Indigne-se aqui.