Ele esqueceu-se de Santana Lopes
Há alguns meses, participei num jantar-debate em que o special guest star era um antigo professor meu, muito conhecido e respeitado na área da economia. A certa altura da sua intervenção, afirmou ele no seu habitual tom de voz tonitruante e com uma pitada de corrosivo humor:
Em Portugal, a maioria dos responsáveis políticos não sabe ou não quer fazer contas. Destacam-se aqui o BE, o PC e o Manuel Alegre. O Mário Soares também integra este grupo, mas quando as coisas apertaram, teve a clarividência de pedir ao Ernâni Lopes que as fizesse e que actuasse em consonância.
Este meu estimado ex-professor esqueceu-se de incluir no grupo o Santana Lopes, que accionaria a golden share mesmo que a Telefónica oferecesse 10 vezes mais.
Isso representaria 43% do PIB? Peanuts! O que é isso à beira dos interesses estratégicos do Estado, seja lá o que isso for?

Começou aqui: http://pedrosantanalopes.blogspot.com/2010/07/porque-sera.html
Em resposta à minha pergunta aqui: http://estadosocial.wordpress.com/2010/07/01/ainda-sobre-a-golden-share/
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No caso da OPA da Sonae o “interesse” também foi nacional, vê-se logo.
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Eu se fosse governo nacionalizava a PT e pagava aos accionistas o book value. Depois vendia a Vivo à TEF e amortizava a dívida pública.
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Esse Santana é mesmo o fim da macacada!
Parabéns a Lisboa, que teve a sensatez de o mandar passear quando quis ser presidente da Câmara! O que lá está também não presta, mas com ele a gente já sabe com o que conta.
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ora pensem lá um bocadinho! como é que o cavaco & coelho irão financiar as próximas campanhas eleitorais? uns postes abaixo o miranda dizia que já não havia somague, totta, galp e que o bcp não podia porque o berardo é um patinhas bués da chato.
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pois é… o Santana não tem cura, é um caso desesperado, mas fazendo bem as contas, que a Telefónica oferecesse 10 vezes mais ou 10 vezes menos, ía todo para os bolsos dos accionistas… e até engordaria o pib, mas, ilusão, a economia real – aquela que cria riqueza e trabalho – as finanças públicas, continuavam em dieta, é como naquelas estatísticas miríficas dos frangos, em que em média todos comem 1 mas, na realidade, 1 come 2 e o outro fica a olhar…
é a economia da treta…
o santana não tem cura, no seu nacionalismo anacrónico e os blasfemos no seu liberalismo não menos anacrónico e vesgo!…
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O Santana só foi exonerado pelo Sampaio porque não era gay…gostava de mulheres…
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“…a economia real – aquela que cria riqueza e trabalho – as finanças públicas…”
É pá, essa anedota é forte! É só rir!…
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Ai, na voz tonitruante do teu mestre, ó LR, os destacados é que não sabem fazer contas?
E ele sabe-as melhor, a ver pela pela costela desgraçada de liberal centrão (ultra-ladrão) que ele subscreve e sustenta?!
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“a maioria dos responsáveis políticos não sabe ou não quer fazer contas.”
Eu não diria a “maioria”, eu diria que são TODOS. Não há nenhum que escape.
A “maioria” deve-se aplicar ao Povo Português que não quer saber fazer contas do Estado para o qual votam responsáveis de 4 em 4 anos.
Por isso é que a culpa dos políticos não saberem fazer contas deve-se aos Povo Português. Os políticos podem-lhes vender o que quiserem.
Eles aceitam.
“ía todo para os bolsos dos accionistas…”
Óptimo. É assim que deve ser. Foram recompensados pelo seu risco. Onde o vão gastar dependerá muito se temos Governantes e Povo que sabem fazer contas ou não…
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O que Santana Lopes disse foi que accionaria a “golden share” mesmo que “Telefónica oferecesse 10 vezes mais”, não esse disparate que o LR lhe atribui de que accionaria a “gloden share”.
Santana Lopes sabe escrever.
Mas ler é “interpretar”. E há é quem não saiba, portanto, ler.
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«Eles não sabem nem sonham…»
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Costa (#11),
Obrigado pelo pertinente reparo a um evidente disparate de quem não sabe teclar. Está corrigido.
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Quanto vale ter os rebentos e a restante parentela ao abrigo do desemprego que grassa na maralha. Interesse nacional, dizem eles. E ainda há quem diga que não sabem fazer contas!
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Estratégia empresarial versus estratégia futebolística.
Accionistas versus massa associativa.
Estes tipos gostam de dizer porras quando deviam estar calados.
O problema é a selecção nacional ter sido posta no seu lugar.
Se não, ainda estavam todos a criticar o Queirós e o Ronaldo.
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OS DOIDOS E OS TONTOS SEMPRE TIVERAM UMA FORTE ATRACÇÃO MUTÚA.QUANTO MAIS UM ENDOIDECE MAIS O OUTRO ENTONTECE.AINDA VÃO AMBOS ACABAR A PEDIR ESMOLA À PORTA DO BES.ENQUANTO ESTIVEREM À ESPERA VERÃO PASSAR-LHES À FRENTE DE MÃO ESTENDIDA UM MARTELO FALANTE ACABADO DE CHEGAR DE WINBLEDON.
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A piada toda é que Santana Lopes até tem razão!
No fundo o que a empresa espanhola pretende é que a portuguesa lhe “dê” aquilo que não conseguiram…pois a PT chegou lá primeiro!! Azar dos espanhois!
É o mesmo aquando das descobertas: Portugal chegou 1º ao Brasil, e logo aí garantiu uma posição estratégica no Novo Mundo. Chegaram então os espanhóis, ofereciam tuta e meia e os portugueses tinham logo que se por de cócoras.
Era só o que faltava.
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Com tanta conversa a meter estranhos ao negócio e tudo, gostaria que alguém – o LR, por exemplo – me explicasse muito bem e tim tim por tim tim qual é o problema de usar a golden share para vetar a venda da PT, ou melhor, o negócio com a Telefónica.
De um forma simples, por favor.
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Anónimo (#18),
A golden share:
1 – É um instrumento que dá força discricionária ao seu detentor;
2 – É geralmente detida por quem menos conhece do negócio (o Estado)
3 – Só é usado quando o Estado está em minoria e pretende impôr a sua vontade contra o interesse da maioria dos accionistas;
4 – No caso concreto da PT é muito discutível que o Estado a pudesse usar. Não estava em causa a venda de PT, mas apenas uma participação de 30% na brasileira Vivo, que o Conselho de Administração da PT tinha competência para decidir. O CA entendeu por bem levar o assunto à Assembleia Geral mas ao que parece, nos estatutos da própria PT não está consagrada a utilização da golden share quando se trata de decidir a compra ou venda de activos pela empresa. A ser assim, estamos perante um claro abuso de poder.
5 – A confirmar-se o dito abuso de poder ele será lido pelo exterior como uma debilidade das instituições e do estado de direito. O resultado prático disso será afugentar de Portugal os investidores estrangeiros.
Diga-se que num país super endividado como o nosso e à beira da insolvência, é fundamental criar uma envolvente favorável ao investimento estrangeiro. Se se tratar de investimento directo, ele tem um efeito decisivo na nossa balança de capitais, pois trata-se de fundos de longo prazo que entram no país com carácter de perenidade e destinam-se geralmente ao investimento em projectos virados para a exportação.
Ou seja, está tudo errado na decisão de Sócrates, tomada sem nenhum conhecimento das realidades económicas e destinada apenas a satisfazer a sua vaidade pesporrenta.
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No meio disto tudo ninguem percebeu ainda que este uso da Golden Share foi APENAS o Socrates e pagar favor da TVI ao Bava?
Sinceramente…tantos comentadores e analistas de bancada e ninguem ve o obvio…
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19.LR disse
7 Julho, 2010 às 9:16 am
Anónimo (#18),
A sua resposta vem esclarecer inteiramente, creio, todo este tema da “golden share”.
Não é exactamente para mim, mas pareceu-ma haver por aqui demasiadas confusões.
Agradeço-lhe do mesmo modo.
tácito
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