Prémios e IRS
A propósito deste comunicado de Paulo Nozolino, vale a pena lembrar alguns princípios gerais:
1. Em Portugal a regra é que os rendimentos são tributados;
2. Pode haver excepções (bolsas de estudo, prémios artísticos etc), mas essas excepções têm que se basear no interesse público;
3. A lei tem que ser geral. Não pode privilegiar determinados rendimentos apenas por serem atribuídos pelo Estado ou apenas porque são atribuídos a determinadas classes profissionais, ou apenas porque têm a designação de “prémio artístico”;
4. As excepções não podem ser a porta por onde os rendimentos do normal exercício da profissão escapam ao fisco;
5. A lei geral deve garantir a liberdade de criar prémios e de os atribuir a quem bem se entender;
6. A lei geral não deve favorecer a burocracia e a arbitrariedade.
Como é evidente a lei que Paulo Nozolino critica visa impedir os prémios artísticos sejam usados como uma porta para a fuga ao fisco. A lei estabelece um critério bastante simples: se não há concurso público, o prémio paga IRS. O que é uma forma bastante simplex de desincentivar prémios criados para remunerar pessoas específicas. Claro que existe um método complicadex alternativo, mais de acordo com a cultura portuguesa: o estado avalia os prémios e cria uma lista dos que merecem isenção fiscal. Se calhar é isto que querem. Mais arbitrariedade nas mãos do Estado.
se o prémio fosse de 1 milhão não havia problemas, deixava metade e até apresentava certidão de óbito de fosse necessária. o interessante é postar qualquer treta para a bovinidade ruminar e em caso de má digestão renniezar os estragos.
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O assunto está aqui profusamente argumentado na caixa de comentários:
http://lishbuna.blogspot.com/2010/07/just-for-record-artista-independente-e.html
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Abriu a silly season no Blasfas, ruminando assuntos.
Este post é um comentário a um post de há 3 dias “Vale a pena ler na íntegra…”.
E hoje vamos ter temperatura acima de 30º.
http://weather.weatherbug.com/Portugal/Porto-weather.html?stat=
Vai já uma grade de superbóques para o frigo.
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Tem razão João Miranda e, no caso, a lei ainda peca por deixar aberta a porta à fuga fiscal, sme necessidade de grande esforço, atenta a reduzida taxa de IRS (não foi obviamente o caso do prémio a Nozolino).
Aliás o simplismo da adesão à crítica de Nozolino revela uma súbita ingenuidade em relação aos artistas portugueses, com efeito lamentar o pagamento de 10% IRS sobre um prémio, quando o que permite esses prémios são taxas de IRS sobre o trabalho, algumas acima de 40%…
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“rendimentos do normal exercício da profissão”
Um prémio é uma valorização e gratificação extraordinárias, não é um pagamento pela prestação de serviços nem é considerado renda em lado nenhum a não ser pelo JoaoMiranda.
“A lei tem que ser geral”
Teria que ser mesmo geral, se não houvesse tantos lobbies dissimulados ou não a fazer campanha para que alguns sectores particulares estejam em situação de vantagem face a outros nas tributações (p.ex. produtos financeiros, esses sim, muito mais próximos daquilo a que se pode chamar renda)
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a vida não está fácil … os artistas tentam salvaguardar-se do saque fiscal
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««Um prémio é uma valorização e gratificação extraordinárias, não é um pagamento pela prestação de serviços nem é considerado renda em lado nenhum a não ser pelo JoaoMiranda.»»
Vou voltar a escrever a frase citada e que foi truncada:
“As excepções não podem ser a porta por onde os rendimentos do normal exercício da profissão escapam ao fisco;”
O DC discorda desta frase? Esta frase permite tirar alguma conclusão sobre se eu considero que um prémio é renda? Se sim, qual?
Como é evidente os prémios podem ser inventados para criar esquemas remuneratórios que escapam ao fisco.
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Perfeitamente de acordo.
De início também fui atrás da conversa, por causa do tal contrato que lhe pediram para assinar.
Mas o resto é fita de vedetismo. Chamar insulto ao pedido de apresentação de declaração do IRS era coisa que ninguém faria num país civilizado.
E a empatia com o Nozolino vai toda por causa da fuga ao fisco. Mais nada.
Ele não tem um único argumento que se apresente como uma “causa” ou algo maior que um capricho.
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E, sim, a lei é geral e não é feita em função deste caso ou de outro.
O inverso é que seria mau.- Se o MC desse prémios livres de impostos e, ainda por cima, a quem nem os pagasse, queria ver o que diziam.
Era berreiro, que o Ministério andava a deitar fora os dinheiros públicos. Ou que eram “arranjinhos”.
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A minha “empatia com o Nozolino”, não é da fuga ao fisco.
É sim o facto de se dar com uma mão e se tirar com a outra.
Porque razão não se anuncia o valor do prémio, sem a fatia do IRS?
Por baixo do prémio podiam escrever em letras minúsculas:
A este valor já foi descontado o IRS e o transporte.
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Hum?
Tudo isto teria sido evitado se o Estado, que é quem dá o prémio, tivesse à partida esclarecido qual o procedimento para receber o prémio e que ele estava sujeito a imposto. O Paulo Nozolino não foi o primeiro caso de gente que fica surpreendida, e não será infelizmente o último. Em face da informação toda, que devia ser dada antes da cerimónia da atribuição do prémio, o contemplado pode decidir o que fazer.
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V. acha que o Estado lhe tira alguma coisa sempre que impõe desconto para IRS?
V. sente-se prejudicado pelos impostos de quem recebe dinheiros públicos?
Sentia-se melhor se os dinheiros públicos pudessem ser entregues como arranjinhos?
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Além disso há a questão da “nota de honorários” que queriam que assinasse, o que é um enquadramento fiscal completamente errado.
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Isto demonstra 3 questões em que se cai sempre:
1- Toma-se por acto heróico toda a recusa de um prémio (nem interessam os motivos- recusar dá maior publicidade que recebê-lo.
2- Todas as pessoas gostam de fugir ao fisco e à polícia na estrada e dizem sempre que é para chatear quem os chateia- o Estado e a polícia.
3- Os artistas gozam de uma aura romântica. Se não fosse artista tinham-lhe feito um manguito.
(aqui há uns anos, permitiu-se que os artistas pusessem a situação do IRS em dia, pagando em “géneros”- com obras plásticas.
Quem não era artista teve de pagar tudo em dinheiro e com juros de mora, se o não fez atempadamente).
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# 13
Essa é a única questão em que ele tem razão. Mais nenhuma.
E ficou por se saber se tem os impostos em dia.
Ele chamou a isto “uma armadilha”.
Como assim? armadilha porquê?
E um “presente envenenado”. Porquê? estava em falta e assim foi apanhado?
Dá ideia disso e da fama já não se livra. Ele aceitou o prémio na maior. Não bufou contra critérios alguns. E nem se lembrou do corte de apoio estatal aos artistas.
No dia seguinte repara que tem de descontar para o IRS e lembra-se de indignidades que se tinha esquecido na véspera.
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De qualquer forma, recusou 10 mil euros. Resta saber se teria recusado 100 mil.
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Zazie, o Paulo Nozolino não levantou a questão de ter ou não de pagar impostos, mas de o prémio ser anunciado por um determinado valor se se sabe que há uma taxa liberatória que incide sobre ele, e quanto aos procedimentos para o receber.
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E repito: a que propósito apareceria a “nota de honorários”?
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Até parece que o Ministério da Cultura anda a atribuir prémios para pôr em dia o IRS dos artistas!
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Mas, o que está errado nem é isso.
As recusas a prémios são sempre feitas em nome de coisas maiores que o umbigo.
Geralmente são feitas para chamar a atenção contra qualquer injustiça estatal. São sempre feitas em nome dos outros.
Ora esta foi feita em nome do umbigo dele.
A menos que ele agora consiga dizer o que o JM escreveu- que defende que os prémios que não vão a concurso possam incluir arranjinhos entre o Estado e alguns eleitos- de forma a estes ficarem livres de obrigações tributárias, das quais não estão livres os outros cidadãos.
Acontece que este prémio é do Estado .Não é de uma entidade privada.
Se não houvesse descontos para impostos, o prémio não existia. Portanto, só faria sentido, dizer-se que não deviam existir prémios com dinheiros públicos, no caso de ser contra a tributação.
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# 18
Essa é a parte burocrática secundária. Não é a questão de fundo.
A questão de fundo é transformar-se em herói quem acha que os dinheiros públicos existem para se dar a quem entender e ninguém precisar de prestar contas públicas de nada.
Ele disse que apresentar a declaração de IRS é um insulto. Isto, para mim é que diz tudo da mentalidade de quem assim pensa.
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Até parece que quem recebe ordenado e tem de descontar nos impostos, o recebe para isso.
Pela lógica taralhouca da coisa pisca.
Qualquer pessoa tem de descontar impostos. E apresentar provas de ter tudo em dia é obrigação para infinitas coisas.
Os artistas devem estar à parte?
Será isso?
Eu acho que sim. A lei do mecenato ajuda a criar o mito. E eles dão uma forcinha.
E, da outra vez, pagaram as dívidas em “géneros”. Alguém sabe como foram avaliados esses “géneros”?
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#21 Pois para mim a “parte burocrática” é que é a questão: o Estado anunciar que vai dar um montante que sabe que não vai dar, e omitir informação ao contemplado que, como se viu e já aconteceu noutros casas, não sabia como isto funcionava. A “nota de honorários” é também, a meu ver, um ponto muito grave.
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O exemplo do Bergman é o melhor.
O Estado sueco achou que devia prestar contas aos cidadãos suecos, à frente do nome que o realizador tinha e dos prémios internacionais que recebia.
E ele pirou-se da Suécia por causa da fuga ao fisco.
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V. está a fazer floreados.
O montante é público. São 20 mil a dividir por 2. Neste caso, sabe se o que já morreu também recebeu prémio monetário?
A treta do contrato nem está clara. Ele disse umas coisas no ar. Não esclareceu nada.
Do mesmo modo que não achou sequer necessário esclarecer se tem tudo pago ou se está em falta.
E este último aspecto é bera. Imagine-se que ele tem dívidas…
O que se diria?
Ele não se preocupou com esta probabilidade. E isto, quanto a mim, é que não faz sentido, em relação à defesa do bom-nome.
Ou faz?
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“22. Até parece que quem recebe ordenado e tem de descontar nos impostos, o recebe para isso.
Se o ordenado for recebido do estado, não parece haver razão para que ao valor do ordenado não tenha já sido abatido o imposto.
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Mas a papelada é simples.
Se alguém recebe dinheiro sujeito a tributação- quem pagou e quem recebe precisam de comprovativos legais.
Ninguém vai declarar impostos de dinheiro passado por baixo da mesa.
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“A treta do contrato nem está clara.”
É simples: o Estado pede para passar recibo verde, prestação de serviços…
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Coisa pisca- paga-se imposto sem papéis?
Os prémios do Estado não devem ser tributados, pelo facto de haver um júri que lá escolhe o premiado?
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#27 O Estado, sendo ele próprio a dar o prémio, precisa de “comprovativos legais” para saber que o dá?!
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Onde é que leu isso?
Não leu. Ele baralhou-se todo- Responda ao resto que é o que importa.
Concorda que os dinheiros públicos possam ser usados pelo Estado para beneficiar umas pessoas?
Apenas isto.
Defende que os prémios que não vão a concurso, possam estar livres de imposto e que até se possa premiar alguém que não tem os impostos em dia?
Se em vez do Nozolino fosse o Vale e Azevedo, o que diriam?
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Claro. O Estado não é um robot que vive em Belém.
São entidades concretas com burocracia específica.
Ou v. acha que a DGARtes é a mesma que trata do BPN (como também me disseram no facebook?)
Há gente que imagina o Estado como um fantasma que lá faz tudo sem se saber como.
Neste caso, nem existia DGartes ou Ministério da Cultura.
Esses também nem devem precisar de papelada, já que são Estado.
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Se calhar é mesmo assim. Esta pancada do liberalismo junta-se com a ciganice tradicional tuga e acham sempre que fugir ao fisco e à polícia é um grande manguito.
Só pode.
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#31: Eu passei por uma situação em tudo semelhante com a Agência de Inovação, há alguns anos. Queriam que passasse recibo verde. E anunciaram o prémio por um valor que não tinham a intenção de me entregar. E depois tive eu, que sou engenheiro electrotécnico, de redigir um “parecer” a contrariar o parecer do ROC deles, a explicar qual o enquadramento fiscal adequado. E as Finanças acabaram por me dar razão.
Eu não estou a defender a ausência de impostos. Estou só a dizer que tudo devia ser claro antes da cerimónia de atribuição, para que o contemplado saiba com o que conta e aceite as condições se quiser. E o mínimo que se pode exigir é que o Estado não peça recibo de honorários por uma prestação de serviços que não foi prestada. Você se ganhar o Euromilhões tem de passar recibo verde?…
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Para mim, ambos estão de má-fé.
O Estado por exigir, a posteriori, que o contemplado apresente um resumo da sua situação fiscal que, a meu ver, não tem relação nenhuma com o prémio. Querem saber se Nozolino deve ao fisco façam-no em sede própria e não utilizando uma ocasião na qual só deveria estar contemplado aquilo que ao prémio diz respeito. O Estado é perito neste tipo de chantagem fiscal: antes de dar qualquer coisa tem que esgravatar a vida do indivíduo a ver se encontra um motivo qualquer, mesmo que vagamente relacionado, para não ter de dar nada.
O Nozolino por parecer desconhecer que “depois do social” há sempre uma burocracia a ser formalizada, porque não existe nenhum prémio que seja entregue em cash, sem perguntas ou justificações (felizmente).
Enfim, o artista adequado ao país e vice-versa.
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#29.
Os prémios do Estado podem e devem ser tributados sem papéis. Apenas uma assinatura confirmando tê-lo recebido.
Se quiserem dar o prémio, não chateiem.
E anunciem o valor do prémio, como sendo aquilo que efectivamente se vai receber.
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Mas, já agora, faça-se a pergunta.
Ele recebeu o prémio. Foi informado e foi à cerimónia pública para o receber.
Contava levar um cheque e mais nada.
Chateou-se porque, afinal, não pudia apenas levar um cheque e mais nada.
Onde é que está aqui a indignação em nome de outros ou qual é a causa pela qual ele exige que o nome dele seja retirado do historial dos prémios?
Qual?
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errata: podia.
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Não é má fé. É da lei que se apresente declaração de impostos em dia quando se recebe mais de 5 mil euros.
E é exigida a muita gente sem ser por prémios.
Tem a sua lógica:
Se o Estado está a usar dinheiros públicos, faz todo o sentido que se certifique que os não está a dar a quem não contribuiu para a existência desses mesmos dinheiros.
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Eu tenho ideia que é velho hábito de vedetismo.
Os artistas têm estas manias umbiguistas e a fuga ao fisco é muito habitual no meio.
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Certo é que quem fez disto um acto heróico até defende que ele podia nem pagar impostos por uma questão de princípio e vêem esta treta como uma “atitude rebelde e de muita coragem”.
Ora isso é que eu não entendo. Onde é que está a coragem de se perder dinheiro que se recebeu por um prémio que até agradeceu.
Só lhe veio a rebeldia quando achou que tinha “caído numa armadilha”.
E não disse, em parte alguma, nem achou necessário fazê-lo- se, realmente, tem os impostos em dia.
Este detalhe é que me dá ideia que foi burrice. Ou alguém que não deve gosta de passar por devedor?
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#39.
Não sabia que era de lei.
No entanto continuo a achar que um Estado devedor e mau pagador não deveria poder exigir o cumprimento integral das obrigações que ele próprio se abstém de seguir.
E não devia aproveitar qualquer situação para fazer inquérito fiscal. Daqui a pouco estamos a ser multados por falta de cinto e há um chico-esperto que se lembra de consultar o fisco para saber se temos tudo em dia ou se deve agravar a coima, ou mesmo ficar com o carro enquanto não pagarmos o que devemos.
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Não acho que seja vedetismo, mas sim um sentimento de liberdade, sedimento de criatividade.
Burocratizar um artista é passar-lhe uma certidão de óbito.
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Quanto ao recibo também não percebi e ele também não explicou. Nem ele nem ninguém.
Há-de ter sido amadorismo a meias. Está bem de ver.
Mas que ele achou uma tragédia ter de tratar de papelada e descontar 10%, achou. E ofensa pública ou desconfiança pedirem declaração de IRS.
E isso é ridículo e tipicamente tuga. Os impostos são “coisas íntimas”- como as escapadelas domésticas.
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A discussão que se deu no Facebook por causa disto foi de chorar a rir.
Diziam literalmente isto- que é coisa da vida privada de cada um e uma ofensa perguntar-se.
“:O)))))
E entrou tudo em empatia por se verem retratados em quem foge ao fisco, por achar que é uma “bofetada” que se dá ao “Estado ladrão”.
vendo bem, também foi por esse motivo que o JMF fez o outro post a ir atrás da onda.
O JM é que deu para colocar a racionalidade acima da onda e disse isto.
Eu própria primeiro caí na esparrela. Por ter ficado pelo acessório- do tal contrato. Mas, deixei assentar a poeira e vi que, racionalmente, a questão é esta -como o JM aqui a formulou e como eu já tinha dito no outro post e no Cocanha.
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Eu acho é que estas questões não existem para agradar ou desagradar ao Estado mas por si mesmas e para a sociedade.
Portanto, não são os maus exemplos de cima que devem ser imitados e passarem a bons, pelo facto de ladrão que rouba a ladrão ter cem anos de perdão.
Penso é que está certo que um prémio público esteja sujeito a imposto. Ainda por cima quando nem existem regras para se saber quem o vai arrecadar.
O inverso, como disse o JM, era legitimar arranjinhos entre o Estado e as capelinhas.
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Quanto à imbecilidade da criatividade que a coisa pisca falou é de tal ordem que, se assim fosse, nem o Nozolino era um excelente fotógrafo.
E mais- se assim fosse, os concursos e bolsas a artistas é que eram uma forma de condicionar a criatividade.
Nunca vi ninguém queixar-se e existem artes que de outra forma não funcionavam por falta de verba- caso do cinema, por exemplo.
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Bem, esta-se a partir do princípio de que de um lado estão os bons (cumpridores) e do outro lado os safados (fisco-fugitivos)com uma fronteira muito nítida que deve passar pelo Guadiana.
Mas todos nós sabemos que na realidade as coisas não são bem assim…
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Mas, a coisa pisca é imbecil- ele não recebeu prémio por concurso. Recebeu pela obra.
E, a obra, não consta ter andado condicionada pelos galardões internacionais que já recebeu.
Pagar impostos é questão de cidadania. Quem não concorda, tem bom remédio- não usufrui nada que venha de dinheiros públicos.
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Ó Zazie, não me diga que Vc. é das Finanças e está a esforçar-se para o prémio de produtividade. Já contratualizou os objectivos para a auto-avaliação do SIADAP?
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# 48
Porquê? em termos de contas em relação a obrigações de cidadania não é exactamente isso?
É. Pode-se ser ladrão privado e ser cidadão impecável em relação às contribuições públicas.
Ninguém está a fazer disto um julgamento divino…
“:O?
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Vai bater punhetas a grilos que não estou para aturar mongos.
Estava-se aqui a debater ideias, faltava a porteira monga para vir com cenas imbecis e fulanizadas.
Palerma, se não tens nada a dizer vai para os posts do CAA.
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#47.
A questão dos filmes é a Produção que se ocupa disso.
Por outro lado, nada impede um artista de ter um gabinete com advogados, contabilistas e tutti quanti.
E depois vender arte ao quilo, com os impostos em dia.
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Vai dizer isso ao Nozolino porque o que ele fez foi o inverso. Transformou em questão de causa artística uma mera treta burocrática.
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#53.
O Damien Hirst é perito nisso. Arrisca-se a ficar na história como melhor marchand que artista.
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ehehhee
Pois é. Esse vende a granel juntamente com o manager e passa a perna ao galerista.
Ele fica na história como o melhor exemplo do simulacro do dinheiro.
Quando fez aquela venda em plena crise da bolsa e com os bancos a falirem, provou que até um tubarão em formol pode valer mais que um banco.
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De qualquer forma Zazie, concordo que se fez muito barulho por pouco menos que nada e que o Nozolino, fosse o prémio 100.000 € já não colocava tantos entraves ao preenchimento de meia dúzia de papéis.
Mas que me chateia que o Estado peça repetidamente justificações e que se escuse dá-las, chateia-me, porque significa que existe uma justiça para os pobres e fracos e uma justiça diferente para os ricos e poderosos e que uns têm de andar na linha enquanto outros se podem marimbar para as obrigações.
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Quanto aos filmes a coisa pisca não acerta numa. Quem se candidata a dinheiros, tendo de apresentar o guião, são os artistas. Não é a Produção.
Os artistas trabalham por encomenda. Até podem ter galeristas a cederem espaço antes das obras. Fazem obras para encomendas.
Sempre fizeram. O Vélazquez não é menor por só ter trabalhado por encomenda. E a capela Sistina não teria ganho nada se o artista não aceitasse encomendas papais.
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Se assim não fosse, acontecia-lhes como ao Yves Tanguy que, mal se viu com bolsa anual, sem precisar de nº de obras, baldou-se logo.
Esse é até um bom exemplo de como muitos artistas precisam de encomendas para lá lhes vir a dita inspiração.
E o Pollock tinha ficado por bêbado, se não tivesse a mulher a mandá-lo trabalhar e a Peggy a encomendar.
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# 57- É isso. Se fosse 100 mil até dava para pagar possíveis dívidas ao fisco.
Fazia um jeitão.
“:O)))))
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# 51. O ponto é que as pessoas hoje não têm confiança nenhuma na maioria do pessoal das Finanças (dita “administração tributária”). Eles hoje trabalham por objectivos nem sempre claros ou conhecidos.
Quanto ao resto (dever de cumprir as regras) de acordo.
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#59.
E o bendito balde.
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Quanto ao resto, de acordo. O Estado é o maior caloteiro e ladrão.
Mas estas tretas são para todos nós. Só os neotontos é que negam a existência de Bem Comum.
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# 63. Ainda não encontrei nenhum partido político que não fale do “Bem Comum” no seu programa.
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É possível- se precisar de andar de avião também não vai encontrar nenhum indivíduo capaz de o satisfazer com aeroportos e frotas de aviões.
E, o mesmo se não quiser viver à luz da vela. Pense em tudo o que podia existir sem o tal de “bem comum”.
E vai ver como regressa à pré-história (e mesmo assim… era marginal entre eles).
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Geralmente os que não falam em bem comum falam em máfias que fazem o mesmo.
Tirando isto, nem entre os neardentais.
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#58. Quanto aos filmes a coisa pisca não acerta numa. Quem se candidata a dinheiros, tendo de apresentar o guião, são os artistas. Não é a Produção.
É a Produção que trata da relação da obra cinematográfica com o fisco.
Que eventualmente se ocupará da regularização com o fisco dos ordenados pagos a artistas, técnicos, etc.
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Idiota- falou-se de viverem de bolsas do Estado. Se não houvesse financiamento público com os nossos impostos, não havia nada.
Só tretas de Fedorentos e coisas assim. Os artistas estão habituados a viverem do fruto dos impostos e, tanto mais, quanto mais pequeno é o mercado do país.
Não é o caso do Nozolino, razão pela qual lhe deu para o exagero na bazófia.
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Mas estão todos habituados à fuga ao fisco porque é um tipo de trabalho dificilmente controlável.
Basta vender em privado e ninguém sabe se houve transacção. Só quando há galeria pelo meio.
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Não se põe milhares de livros no mercado para puder haver lucro, sem ser legalmente. Do mesmo modo que ninguém paga clandestinamente para ver filmes em casa de realizadores.
Mas pagam-se fortunas por um quadro que “nunca existiu”. Desde que tenha assinatura e já haja nome, é o que mais se faz.
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A Arte é até a actividade por excelência para se falar disto. Desde o valor ao carácter aleatório e aos simulacros e fraudes, tem de tudo.
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Estranhei que toda a gente fosse atrás do ‘artista’ que pode ser muito fotógrafo mas não passa de um fotógrafo. Finalmente alguém diz o óbvio ao lobby do bairro alto habituado à mama artística. Puta que os pariu.
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#40. Zazie
Os artistas têm estas manias umbiguistas e a fuga ao fisco é muito habitual no meio.
Ai é? Para fazer uma afirmação tão geral e peremptória a Zazie deve saber da coisa.
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Mas estão todos habituados à fuga ao fisco porque é um tipo de trabalho dificilmente controlável.
A Zazie conhece, definitivamente, muito bem estes esquemas. Com um grau de pormenor que indicia a prática ou, pelo menos, uma grande proximidade da prática.
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#69. Zazie
Mas estão todos habituados à fuga ao fisco porque é um tipo de trabalho dificilmente controlável.
Comentário 69: a propósito de outros tipos de “trabalho” mais dificilmente controláveis. Não é verdade?
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Pois conheço.
E aposto que o MC ainda mais e daí o cuidado a dobrar.
“:O)))))
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# 72
É isso mesmo, Hajapachorra. É o complexo com a vedeta.
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#57. Romão
De qualquer forma Zazie, concordo que se fez muito barulho por pouco menos que nada e que o Nozolino, fosse o prémio 100.000 € já não colocava tantos entraves ao preenchimento de meia dúzia de papéis.
Pois é, Romão… Para os “Romões” deste mundo é tudo uma questão de dinheiro. A corrupção também…
É claro que os “Romões” não percebem que se possa recusar um prémio por uma questão de honestidade, de princípio moral, ou outra qualquer. Não percebem, nem perceberão jamais, porque cada um mede o seu semelhante por si próprio – as acções, as intenções, a honestidade, etc.
Mas que nojo de gente!
Bem fez o Herberto Helder, que nunca se prestou a esta porcaria: nunca acceitou nenhum dos prémios atribuídos.
O Romão do “é tudo uma questão de dinheiro” sabe quem é Herberto Helder?
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Qual honestidade?
Força aí a explicar onde está a questão de honestidade na birra dele.
Vá, explique-se.
E que treta tem isto a ver com recusas de Herberto Helder.
Ele aceitou ou não aceitou o prémio?
Foi ou não foi à cerimónia?
Quando é que se lembrou da recusa? Qual foi o grande motivo de honra a ser seguido por outros?
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#78.
Ou não sabes quem é o teu pai e andas à procura de quem te dê uns açoites porque não tens guita para a psicanálise ou tens um síndrome de justiceiro que se apoia numa tresleitura selectiva de causas que não têm puto a ver contigo.
Qualquer que seja o caso, és desinteressante e preferia falar de poesia com o chihuhua.
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Nojo de gente é v. que deve ter complexos.
Se fosse prémio para a bola queria ver se não bufavam.
Ou então explique onde está a honra em se defender que prémios que não vão a concurso não devam ser tributados.
É a única questão que move a recusa por parte do Nozolino.
Ele já se batia por isto antes do prémio ou só se lembrou da “causa” quando disse que foi uma armadilha por causa do fisco?
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#81.
Isto é pessoal das causas distantes. Eram capazes de gastar fortunas a salvar nepaleses desde que não tenham que lidar com o vizinho do lado.
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É sempre assim. No facebook apareceram artistas a granel todos muito enxofrados.
Pior. Isto já corre em fwd pelo meio, tal é o mau hábito e as barbas de molho.
Fogem ao fisco, pois. Toda a gente sabe. Bastava ir ao cinema para se saber que os artistas fogem ao fisco.
Há até casos em que trocam de Ferrari sempre que fazem uma boa venda por baixo da mesa.
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Eu dei o exemplo daquele perdão fiscal em que os artistas puderam pagar com “obras”.
Mais ninguém teve essa possibilidade. E a ver se não eram à molhada os que tinham tudo em falta.
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a publicidade e discussões sado-nozo geradas valem de longe os dez mil, iva incluído.
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Pode crer. É betice.
No facebook uma destas betas perdigotas que também se julga artista até perguntava se acaso um Nobel precisa de descontar no IRS
“:O)))))
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O ferreira agora disse uma grande verdade. Estas recusas são sempre publicidade e valem milhões.
Dez mil euros é uma soma barata para se investir em publicidade.
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Ou não sabes quem é o teu pai e andas à procura de quem te dê uns açoites
É isso!
O meu e-mail está no meu blogue. Fico à espera que me contactes para combinarmos um sítio onde possas tentar dar-me os tais açoites.
E tu não és desinteressante, és pouco inteligente: só um tipo pouco inteligente é que se arma em fanfarrão numa caixa de comentários, sem fazer a mínima ideia de com quem está a falar.
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Ou não sabes quem é o teu pai e andas à procura de quem te dê uns açoites
É isso!
O meu e-mail está no meu blogue. Fico à espera que me contactes para combinarmos um sítio onde possas tentar dar-me os tais açoites.
E tu não és desinteressante, és pouco inteligente: só um tipo pouco inteligente é que se arma em fanfarrão numa caixa de comentários, sem fazer a mínima ideia de com quem está a falar.
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O Orwell é que sabia de que matéria é feita a gente da ética do café.
Na segurança da esplanada, afiançam fidelidades eternas e incorruptibilidades a toda a prova.
Passam pela sala 101, alguns nem isso e a ética escorre pelo regaço onde correu o mijo e o medo.
Os apóstolos das causas distantes são sempre incorruptíveis e moralmente superiores. Não fosse essa a matriz do comunismo.
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#89.
Eu não dou esfregas de graça.
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«sem fazer a mínima ideia de com quem está a falar.»
Realmente. A sorte dele é não saber que tu és o super prof que enfrentou heroicamente uma data de gajas por se recusar a assinar uma acta.
“:O)))))))
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Mas confessaste que tiveste medo.
“:O)))))
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#91.
Eu não dou esfregas de graça.
Se mudares de ideias, daqui a pouco estarei por aqui:
![](https://i0.wp.com/websurf.blogs.sapo.pt/arquivo/Guincho.jpg)
Podemos resolver a coisa à pranchada – no sentido literal da palavra, sem qualquer 2º sentido da minha parte.
Fui, que não se aprende nada com gente ressabiada.
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Com essa à pranchada é que passavas a “homem da genti” na sala de profs
“:O))))))
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Pagava para ver uma data de bloggers a irem para o Guincho assistir ao duelo entre o Zé de Portugal e o Romão, por causa de um prémio de fotografia.
“:O)))))))
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Na volta falta o chavão da praxe- é tudo por inveja.
“:O))))))
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pozolini vs rometa, duelos da cantuária, bilheteira a cargo dã madrinha zoraida.
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#92. Zazie
É tudo o que sabe Zazie?
É que eu sei também umas coisitas sobre si…
Hoje tenho que ir, mas podiamos desde já combinar uma outra altura para partilharmos aqui uma informações mútuas com o pessoal “das caixas”.
Vale?
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#94.
Não gosto de praias, muito menos passelereles de desmiolados pelo wax.
2º escreve-se 2.º
pranchada quer dizer foder (sem qualquer segundo ou terceiro sentido da minha parte)
Precisas mesmo de um analista. Espero que o encontres e que lhe possas pagar.
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Sabes umas coisas sobre mim?
Que giro. É que eu nunca te contei nada e o que sei de ti foi escrito publicamente.
Mas não tenho pachorra para aturar profs. Se não são isso, tornam-se.
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agora que a cena prometia estalada o gajo deu numa de bazolini.
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E não vale, não que eu não aturo porteiras. Tu não sabes nada de acerca da zazie que não tenha sido escrito por mim.
Porque eu nada sei de ti, para lá do nick.
Entendes? É bom que entendas que porteiras trato-as a pontapé.
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Estes gajo ficam frouxos por aturarem aquele mulherio de sala de profs.
E, se digo isto, foi porque ele o contou aqui- Que um dia conseguiu enfrentar uma manada delas, para se recusar a assinar a acta.
Mas jurou que teve muito medo. E até fiz post no gozo com esta brincadeira. Mais nada. Se o gajo é mulher, azar- devia usar outro nick- tipo a mariazinha tuga.
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pranchada
s. f.Pancada com a prancha de uma espada ou terçado.
oh rometa! deves ser uma noite do caraças para os gajos do inem.
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#105.
És literal até a pensar ferreira, tinha-te por mais mas pelos vistos a tua única perícia é a arte do copiar e colar que aperfeiçoas todos os dias.
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ganda onda, essa da pranchada cerebral. a versão tantrica da coisa deve ser flat, mas permite mais figuras.
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Esta Zazie é mesmo pior que sarna, da-se!!!
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Isto custa-me um bocado a dizer mas o João Miranda sintetizou muito bem, Só acrescentaria que não me parece nada normal, neste clima de aflitiva austeridade, distribuir prémios de dez mil euros.
Também a Zazie, talvez pela leitura dos comentários no post anterior sobre o tema, viu a luz.
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#75,
“a propósito de outros tipos de “trabalho” mais dificilmente controláveis em Portugal” estava a sugerir a ‘trabalho’ do género este parece ?
.
Liliane Bettencourt sets France agog over links between money and power
Liliane Bettencourt, heiress to the L’Oréal fortune and France’s richest woman, is at the centre of a web of revelations about money, power and influence in the French Republic.
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/france/7856366/Liliane-Bettencourt-sets-France-agog-over-links-between-money-and-power.html
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