Coisas Simples!*
10 Julho, 2010
Khalil Gibran foi um poeta, pintor e ensaísta de origem libanesa cuja obra reflecte um certo misticismo oriental. Segundo Gibran, “a simplicidade é o último degrau da sabedoria”. Eu ousaria acrescentar: será, também, um dos primeiros sinais da verdade.
A nossa vida política revela um desconhecimento recorrente de Gibran. É, com efeito, marcada por demasiadas complexidades (perplexidades?!). Centremo-nos, agora e a título de ilustração, em duas delas: … (texto integral aqui)
* Grande Porto, in “Opinião“, ed. 9.07.10
38 comentários
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É o que se chama usar uma citação ao contrário.
Se as coisas simples são as mais verdadeiras, então, criarem-se regiões artificiais num país que existe há perto de 900 anos sem elas, é complicar sem necessidade.
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Quer que lhe ilustre de forma clara o exemplo que meteu a martelo?
Simplicidade é tornar as coisas claras- Portugal é um país pequeno e uno- não precisa de complicações, imitando os que as têm e criando regiões ad hoc.
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“A nossa vida política revela um desconhecimento recorrente de Gibran. É, com efeito, marcada por demasiadas complexidades (perplexidades?!).” do trexo seleccionado por PMF
esta facilidade como se usam os textos literários ou poéticos, que nada têm a ver com a relidade portuguesa, para justificar o que os nossos intelectuais de pacotilha, que nem leram os autores que citam, para justificar coisas em que eles não conhecem e que pretendem ter uma opinião isenta…
sabe, PMF, leia primeiro a obra de Khalil Gibran e observe, com olhos de ver, a realidade que o rodeia, só depois tem o direito a ter uma opinião, mas só depois de fazer o esforço de desacreditar em ideologias!…
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E – KO,
pode achar um disparate, mas, na realidade, direito a ter uma opinião, isso tenho (goste ou não dela)! Como tenho direito de – apesar de, com certeza, continuar a achar um disparate – achar que “desacreditar” em ideologia é, já de si, uma ideologia!
Zazie,
o seu argumento (da pequenez territorial) é um não argumento! Estamos a falar de modelos de gestão/organização do Estado e de mais eficiência na gestão (democrática) da res publica…
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“Como tenho direito de – apesar de, com certeza, continuar a achar um disparate – achar que “desacreditar” em ideologia é, já de si, uma ideologia!” PMF
isso, quanto a si, parece-me uma pescadinha de rabo na boca… ou argumentos de boca na botija!…
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eheheh
Tão simpático, o PMF respondeu-me.
Beijinhos
E vade retro com a regionalização.
Da outra vez até tentei votar duas vezes contra no referendo mas fui apanhada.
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Palavra. Sou totalmente contra tudo o que não tenha passado nem tradição e se imponha a régua e esquadro por força da lei.
Chama-se a isso ser-se contra o jacobinismo.
Pense nisso, PMF- a regionalização é puro jacobinismo. Nós tivemos municipalismo, que é coisa absolutamente diferente. Mas não temos regiões e, se ainda somos um país foi graças a isso.
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E eu sei que v.s falam assim por causa da velha mania do Porto ser uma naçõn.
“:OP
Querem lá v.s regionalismo para alguma coisa. Cantigas- querem é mais dinheiro e poder para a cidade de Porto.
O resto é conversa.
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Esta coisa da regionalização funcionaria tão bem como as autarquias e as juntas a tirar os amigos medíocres do desemprego. Ainda há dias entraram uns quantos numas autarquias que bem conheço. Os moçoilos estavam desempregados, mas o cartão do partido ajudou, e muito. E assim livraram-se de ir servir à mesa, que era o lugar de tais nulidades. Agora andam engravatados.
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Esta gente da regionalização nem conhece o país. Se eu lhes perguntar quais são os dialectos de Portugal, o que é a Terra Quente, a Terra Fria, o alentejo beirão, a Beira Transmontana, e por aí fora, cai logo a arrogância da sua pseudo-intelectualidade. Saberão lá eles o que é o Portugal Atlântico, o Portugal Mediterrânico… e como isso paradoxalmente cria diferença e unidade. Repito: unidade.
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Claro que serve apenas para tacho e para se criarem autênticos monstros de imbecilidade com localidades divididas.
Pode haver descentralização mas nunca se poderá criar o que historicamente não existe.
Temos um país uno, onde toda a gente fala a mesma língua e tem as mesmíssimas origens. Nunca parte alguma do nosso território esteve anexada a outro ou foi independente.
Só nos países onde tal acontece existem regiões naturais.
E chatices a triplicar. Que o diga Espanha e mais os independentismos ou que o diga a Bélgica que nem para pesquisas policiais consegue fazer nada por não ser um país mas uma manta de retalhos de regiões que se odeiam e que até falam línguas diferentes.
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Exacto- diferença que cria unidade.
O problema dos liberais é serem internacionalistas. Detestam nacionalismos e ficam sempre excitados com todas as oportunidades para dividirem um país.
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Mas, neste caso dos Blasfemos, nem vale a pena levar a sério.
Chamam regionalização ao bairrismo
“:O))))))
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Mas eu também gosto muito do Porto. Tenho costela portuense e a cidade é linda.
E ainda gosto mais de Guimarães.
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A bem dizer, tenho algo em comum com a gente do Norte- detesto os mouros- algarvios, em particular, e alentejanos.
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Os algarvios não são portugueses, mas pronto, também fica sempre bem um exotismo nacional.
É como os tipos da ilha de Man para os ingleses.
“:OP
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Sou do Porto e sou contra a regionalização. É verdade que há injustiças em relação ao Norte, mas a regionalização à portuguesa não iria resolver nada, teríamos um líder a mendigar a Lisboa.
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#17
os algarvios, na sua origem, têm muito que se lhe diga. Como os alentejanos. Para sul do Tejo, ninguém queria povoar. E as famílias que detinham os terrenos, viviam em Lisboa, e não queriam misturas com algarvios nos casamentos. Fisicamente, até são diferentes.
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Raul Brandão no Guia de Portugal descreve-os, e quem conhece bem as famílias «puras» do Algarve, denota as diferenças. Quem os quiser ver, passeia uma tarde pelos bairros de pescadores de Olhão ou da Fuzeta.
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Tem razão. Esse texto do Raul Brandão é bem curioso.
Eu estava um tanto a brincar porque o Algarve turístico foi a destruição daquilo. Mas não me importava nada de ter uma casinha em Alte.
E é mentira. Sempre fui bem recebida por eles. Os únicos problemas que tive, com recusa absoluta de me abrirem igreja para fotografar (e tinha todas as autorizações oficiais possíveis- isso de nada vale) foi no Alentejo.
Mas não creio que conseguisse viver no Sul.
E é claro que se for a comparar com as transmontanos, nem dá sequer. Não há comparação possível- aí sinto-me em casa.
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os transmontanos.
Os ilhéus ainda são mais complicados mas também não se pode comparar os bacanos da Terceira com os micaelenses.
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Já madeirenses é um a um e à sorte.
“:O)))
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Porque será que ainda têm tanto a mania de criar pombos correio?
A sério. Nunca me informei mas tem piada essa mania dos pombais e de tanto pombo correio.
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Uma das coisas que aprecio no Algarve é a arquitectura popular. É das mais peculiares e belas do país. Infelizmente, destruída a alta velocidade nos últimos vinte anos. Basta pensarmos no que sucedeu em Olhão, a antiga vila cubista, com as suas ruelas pejadas de palacetes e casas com dupla açoteia, ruas essas tão estreitas onde por vezes só cabia uma pessoa. Pois bem, a dita vila cubista foi transformada num aglomerado de mamarrachos do mais inestético e parolo que há. Hoje em dia, Olhão é uma espécie de Amadora do Sul.
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A regionalização acontecerá se os habitantes de um dado local quiserem tomar o poder de decidir e de reservar recursos seus sobre coisas que hoje o não podem fazer. Primeiro precisam de ter vontade e depois unirem-se para o fazer.
Infelimente a maioria quer uma “regionalização” onde o dinheiro virá de fora para perpétuar caciques locais, com apoiantes julgarem que terão algum sucesso a ficarem com uma parte da presa. Diga-se que este problema já acontece em menor grau com as Câmaras Municipais.
A questão é dinheiro e impostos.
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Zazie, os pombos correio dão mote à existência de inúmeras associações columbófilas que recebem edifícios emprestados pelas autarquias, bem como aquelas ajudas de milhares de euros oferecidas pelo poder local às associações ditas «culturais» e «desportivas», que de cultural e desportivo não têm nada, e que servem apenas para sustentar artistas pimba de bailarico e para organizar churrascos à pala dos contribuintes.
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ALÀ E GRANDE E MASTURBA-SE com pele de porco AO VER IST0…
Irão condena à morte mãe de dois filhos por adultério
por LUMENA RAPOSOOntem
Irão condena à morte mãe de dois filhos por adultério
Três juízes, por “convicção”, decidem que Sakineh Ashtiani será executada por lapidação.
“Tudo o que peço é uma carta. Quero uma carta para a minha querida mãe. Por favor, escrevam a carta de perdão porque ela é inocente, 100% inocente.” Este é o mais recente apelo lançado por Sajjad Ghadarzade, de 22 anos, aos responsáveis iranianos em defesa de Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher que a “convicção” de três juizes condenou à morte por lapidação. Uma decisão que voltou a colocar o Irão no banco dos réus da comunidade internacional.
A lapidação, ou seja a morte por apedrejamento, foi classificada por John Kerry como “uma punição bárbara”. Para este democrata, presidente da Comissão de Relações Externas do Senado dos EUA, o Governo do Irão “deve abolir tal método como uma forma de punição legítima”. Howard Berman, presidente da Comissão de Relações Externas da Câmara dos Representantes dos EUA, considerou a decisão “desumana”.
Em Londres, várias vozes – inclusive de artistas como Colin Firth e Emma Thompson – insurgiram-se contra a “sentença dos três juizes”. “A lapidação é uma punição medieval que não tem lugar no mundo moderno”, disse Alistair Burt, responsável no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
“Profundamente preocupada” com as notícias de execuções iminentes no Irão, entre elas a de Sakineh, foi como se afirmou a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.
Outros países fizeram também ouvir a sua voz junto das autoridades iranianas. O embaixador do Irão em Oslo foi, a propósito, convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês para explicar a situação. Isto enquanto organizações de defesa dos direitos humanos, como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, desenvolvem intensos esforços junto das autoridades iranianas para que poupem a vida a Sakineh. O seu filho mais vellho corre o risco de ser preso por ter enviado uma carta às organizações de defesa dos direitos humanos a rejeitar as acusações de adultério e a denunciar o mutismo das autoridades iranianas face aos seus pedidos de clemência. A angústia e o desespero de Sajad e da sua irmã Farideh, de 17 anos, derivam da eventual perda da mãe e da forma brutal como a ‘justiça’ decidiu que seria executada.
Integrada oficialmente no código penal iraniano com a Revolução Islâmica de 1979, a lapidação é sempre feita em público e na presença da família da vítima que, no caso da mulher, é enterrada até ao peito e apedrejada até à morte por 20 homens. As pedras utilizadas não podem ser muito grandes, para que não a matem de imediato, nem muito pequenas.
Sajad esgotou todos os meios, bateu a todas as portas para salvar a mãe, até que alguém lhe disse: “Agora só [o guia supremo] aytollah Khamenei ou o chefe do sistema judicial iraniano, Sadegh Larijani poderão evitar a execução”. O jovem escreveu aos dois responsáveis. E ao mundo: “A minha mãe e eu estamos a pedir a todas as pessoas do mundo que nos ajudem e estamos muito gratos pelo que foi feito até agora.”
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# 27
É? não sabia. Mas vi essa tradição em aldeias do interior onde não há apoio para nada.
Eles tinham pombais nos jardins. Coisas minúsculas. Mas uma autêntica mania.
Achei piada e não sei de onde vem esta tradição que se perdeu noutros lados.
Aquilo deve ser um antro de doenças mas lá que tem piada, tem.
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Quanto à arquitectura tem razão. E eu também gostava muitíssimo de Olhão.
Aliás, o Algarve era lindo e custa a crer como se conseguiu espatifar tanto.
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Mas Alte, Paderne, Moncarapacho e até Estômbar, ainda são terrinhas bonitas.
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Essa tradição dos pombais existe na Terra Quente, nos vales do Águeda, do Côa ou do Sabor. Ainda hoje se encontram os pombais perdidos entre os montes, já abandonados. Noutras regiões do país desconheço. Tenho apenas conhecimento dos casos das columbófilas associativas que vivem à custa do Estado. Tal como muitas associações de caçadores e de pescadores.
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Boliqueime é uma terrinha bonita.
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Dá pena passar os Pirinéus, e encontrar vilas e cidades cujos centros mantêm a sua identidade arquitectónica, e regressar de novo à periferia, e constatar que povoações que já foram belas estão destruídas por décadas de barbárie. E a praga continua. Consta que parte da muralha de Elvas será demolida em breve, isto só para dar um exemplo. Mas deixo aqui outro:
http://aeiou.expresso.pt/muralha-islamica-sera-afectada-para-viabilizar-moradia-em-cacela=f110043
Isto está tudo podre. O Estado nem cuida já do património, criticava-se Salazar por ter demolido a Alta de Coimbra ou destruído os azulejos da Sé Velha de Coimbra, mas a Terceira República está a um nível ainda pior.
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É, está tudo péssimo.
Antigamente é que era bom.
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PMF em 10 Julho, 2010
«…Eu ousaria acrescentar: será, também, um dos primeiros sinais da verdade.»
Com certeza: você não ousa, você manda, dita!
«… recordar uma coisa simples e verdadeira: sem se respeitarem as decisões judiciais, não há Estado de Direito!»
Sem dúvida, mesmo que essas decisões sejam oriundas de quem não tem que cá meter o bedelho.
Agachadinhos é que é bom, não é?
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AS TAIS * REPÚBLICAS ISLÂMICAS * DÃO NISTO : PODER JUDICIAL SUSTENTADO POR LEIS MESIEVAIS COMO O APEDREJAMENTO ATÉ À MORTE DAS ACUSADAS DE INFEDILIDADE CONJUGAL . . .
E TODA A ESQUERDALHADA É DECLARADAMENTE PRÓ-ISLAMITA . . .
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DIGO : MEDIEVAIS
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Calem-se com esse chavão do “medievais”. Já chateia tanta ignorância.
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