Obrigados a “Obrigadar”
As notícias que têm corrido sobre o ‘caso’ levantado por Paulo Portas na AR, a pretensa compra de acções da SLN pelo BPN e os comentários que se se seguiram, são reveladores da incompreensão e desconhecimento que políticos, jornalistas e alguns opinadores ufanamente ostentam sobre tudo aquilo que envolve a actividade das empresas.
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Veja-se esta prosa de Ana Gomes no Causa Nossa:
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“Temos de descobrir onde ficamos afinal! Eu esta manhã, no debate quinzenal, achei natural que o Primeiro Ministro não soubesse responder a Paulo Portas. Mas já não acho nada naturais as contradições da Administração do BPN/nosso, nacionalizado – esse cujo buraco todos vamos pagar. Esta questão é gravissima.
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Quais “obrigado” qual carapuça! Tudo cá para fora e já, incluindo os pareceres dos crâneos juridicos consultados pela Administração do BPN que a “obrigam” a sentir-se “obrigada” a “obrigadar” a accionistas da crapulosa SLN/Galilei.”
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Entenda-se: o Banco Português de Negócios não faliu. O governo não deixou. O BPN foi nacionalizado e portanto, todos os compromissos assumidos pelo banco antes da nacionalização se mantém válidos – sejam eles bons ou maus. A não ser que se prove má fé ou ilegalidades contatuais – o que é bastante improvável, nada mais há a fazer do que respeitar a letra dos contratos.
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O BPN tem valor negativo – ao que tudo indica, os activos do banco não são suficientes para cobrir os passivos, nem de perto nem de longe. Se o BPN tivesse falido, quem perderia eram os seus accionistas, credores (outros bancos e grandes depositantes) e o Fundo de Garantia de Depósitos. Com a opção tomada pelo governo, quem perde são os accionistas e, principalmente, os contribuintes.
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E mesmo assim, os antigos accionistas, podem recorrer para os tribunais e virem a conseguir indemnizações pela nacionalização. Existe sempre o argumento de que o que se passou desde a nacionalização não é da responsabilidade da gestão que elegeram e que o banco ainda teria algum valor.
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Veja-se o que se escrevia no DN, uns meses depois da nacionalização:
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“A Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a antiga dona do BPN, pretende receber do Estado, como indemnização decorrente da nacionalização do banco, 403,8 milhões de euros, como revelou recentemente o actual presidente da empresa, Fernando Lima”
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Fernando Lima Valadas Fernandes, o homem que quer que o estado indemnize a SLN, é membro da Comissão de Honra de Manuel Alegre.
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Ontem, o actual presidente do BPN deu explicações transparentes: um dos muitos maus empréstimos feitos pelo BPN não foi pago e uma das garantias contratuais era a dação em pagamento de acções da SLN, a uma valorização estipulada contratualmente. O Banco ‘compra’ as acções mas não entrega um euro – faz o write-off da dívida dos seus livros. É para isso que servem as garantias. Noutro sítio diz-se que um cliente tinha uma opção sobre acções da SLN. Aparentemente houve dois casos envolvendo a passagem de acções da SLN para o BPN. Se elas hoje valem alguma coisa ou não, é irrelevante. O BPN é que deve sofrer as consequências dos contratos que os seus responsáveis assinaram. O BPN é o mesmo BPN de antes, só mudou de dono e a mudança de dono não altera cláusulas em contratos.
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Haverá muitos outros casos em que a administração anterior fez promessas de aquisição de activos, garantiu rentabilidades a clientes e, na maior parte dos casos, concedeu empréstimos que agora se mostram incobráveis. A competência de gestão não seria um atributo integrante das anteriores administrações – caso contrário o banco não estaria com problemas.
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Ainda por cima a situação tem-se agravado, em parte pela crise económica mas também pela retirada maciça de depósitos dos últimos tempos – aquilo que se chama o buraco e que não é, na sua totalidade, uma perda definitiva. Existe apenas uma enorme necessidade de tesouraria para suprir a falta de liquidez causada pela corrida aos depósitos e pelo desencontro de maturidades entre activos e passivos. Como o custo de funding do banco se agravou, muito impulsionado pela baixa do rating da república e da própria CGD e também pelo desprestígio associado ao BPN, os depósitos que se vão embora são substituídos por fundos bem mais caros. E todos estes problemas, agora, são do dono. Nós, contribuintes. E a culpa é só de quem decidiu nacionalizar o banco.
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Todas estas indignações de Portas, Gomes e outros, valem bola. Deviam era ter-se indignado quando o governo passou os erros de uns para responsabilidade de todos.

Provavelmente Manuel Alegre ganhará à primeira volta.
Como disse o candidato, Sua Excelência, o Sr. Professor, o Ungido, é preciso resolver isto o mais depressa possível e antes que vão desenterrar mais cadáveres e podridão do BPN!
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Bradam aos céus a inconsciência e a leviandade com que essa varina trata das mais diversas questões.
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Aliás, o pretérito Arlindo está ao mesmo nível, coitado.
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Uma reunião de todos os membros de cada comissão de honra no mesmo local terminaria certamente em tragédia.
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Arlindo,
Alegre – 63%
Cavaco – 28 %
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“nada mais há a fazer do que respeitar a letra dos contratos”
Você tá parvo ou faz-se?
Quer dizer a grande maioria dos portugueses vê-se espoliado no seu salário, numa medida de contornos anticonstitucionais e nos “contratos” que ladrões acordaram com especuladores não se pode mexer.
Devem tar todos parvos, para pensarem que se pode roubar assim impunemente!
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CL,
Que alívio, se alguns desaparecessem…
(Espertos, são os Coelhos, Varas, antigos e actuais ministros e secretários de estado, autarcas…).
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MJRB:
Como disse o candidato Coelho da Madeira, só o Dias Loureiro, o protegido do homem «sério» que é Cavaco, algures nos trópicos, é que poderá tirar Portugal do atoleiro, em face dos seus altos conhecimentos dos «mercados financeiros» e não só…
Oh MRJB, vai lá fora ver se está a chover!…..
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Colapso Financeiro em Portugal:
http://www.spiegel.de/wirtschaft/soziales/0,1518,738457,00.html
Cavaco tinha razão.
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Arlindo,
“Quem anda à chuva molha-se”, se sem ‘chapéu’.
Alegre, que vc. afirma vencer na primeira volta, “é que poderá tirar Portugal do atoleiro, em face dos seus altos conhecimentos dos ‘mercados financeiros’ e não só…”
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Já um comentador disse aqui que é incrível a ignorância de jornalistas e mesmo especialistas na matéria, que às vezes confudem “mil milhões” com “milhões”, e nem reparam! Assim como estes comentadores que não percebem nada como funciona as compras de acções em sociedades fechadas e vão dizendo coisas que lhes dá jeito, sabendo que estão só a atirar o barro contra a parede.
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Arlindo!!!
És tu Pinto de Sousa?
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MRJB:
Vota Cavaco, pior do que está n’a fica!
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Não tenho nenhuma possibilidade de aceder ao Causa Nossa porque não se encontra nos meus “Favorites”. Que azar!…
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Arlindo,
votar em Alegre equivale a votar em Sócrates.
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MRJB:
Sócrates aposta tudo em Cavaco!
Vai uma apostinha?
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Nunca aposto, em nada.
Sócrates quer pura e simplesmente eliminar os soaristas e os alegristas(poucos) no interior do PS. Sabe que uns e outros não têm qualquer expressão, força, no partido.
Mas…se O SEU ACTUAL ACANDIDATO, vencesse as presidenciais, teria em Belém um conpagnon de route perfeito: macio, vulnerável, ao dispôr. E pavão.
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É isso, é. Na Costa está um alegre ar lindo. O sol brilha para todos nós.
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Nem mais! O grande erro foi a decisão altamente incompetente dos socialistas em não deixarem o mercado resolver o caso BPN . Se estava falido deviam tê-lo deixado falir e ter deixado funcionar os mecanismos de garantia de depositos previstos na lei bem como a Justiça no caso dos esquemas fraudulentos.
Quanto a Cavaco não se livra pelo menos de ter amigos pouco recomendáveis e aparentemente pareceu não se incomodar com isso .Não quer isto dizer que os seus adversarios politicos mnesse aspecto, sejam melhores .Venha o diabo e escolha . Jamais alinharei na escolha do mal menor que conduziu este país á bancarrota em que nos encontramos.
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Nada a fazer pelo contribuinte, que o há-de pagar todo pela mão dos padrinhos do poder, que votaram o Orçamento e a defesa dessa súcia de nepotes da SLN/BPN, com a bênção do Cavaco.
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Pois. Quem prevê a hipótese de que o Pateta Alegre ganhe as eleições é por estar convencido que os portugueses são todos desertores… Apesar de ser um povo a atravessar uma crise espantosa de ignorância e estupidez – por culpa dos políticos, dos socretinos, dos socialistas e também de toda essa cambada de jornalistas e comentadores, enfim, o lixo dos jornais, rádio e televisão – não creio que esteja assim tão mal que apoie um desertor que merece a pena de morte por ter feito correr sangue entre quem devia considerer camarada. Esse filho da puta é um dejecto.
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