Um sistema perverso
O artigo 175º da Constituição (Competência interna da Assembleia da República), reza assim na sua alínea b):
Eleger por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções o seu Presidente e os demais membros da Mesa, sendo os quatro Vice-Presidentes eleitos sob proposta dos quatro maiores grupos parlamentares
Se o regime não fosse partidocrático e tivesse uns laivos de verdadeiro parlamentarismo e de separação de poderes, a eleição do Presidente do Parlamento seria da estrita e exclusiva competência dos seus membros, como aliás consta do articulado acima transcrito.
Qualquer deputado, numa iniciativa puramente individual, poderia apresentar a sua candidatura, desde que angariasse o mínimo de assinaturas proponentes. Seria então inimaginável que um líder partidário, candidato a 3ª figura do Estado (poder executivo), anunciasse em campanha o nome do “seu” candidato a 2ª figura do Estado, o Presidente do Parlamento e representante maior do poder deliberativo. Seria igualmente inimaginável que, em caso de impasse e de desistência de um hipotético candidato único – hipótese assaz improvável de ocorrer num cenário de total liberdade de candidaturas – não se abrisse de imediato novo processo interno. Pelo contrário, haveria que aguardar 24 horas até que o directório do único(?) partido proponente, constituído normalmente por figurões e figurinhas maioritariamente alheias ao órgão de poder em causa e eleitas por escassas centenas de votos em congresso partidário, reunisse e deliberasse qual o novo candidato a apresentar e a ser votado pelos submissos deputados, por sinal eleitos por milhares de votos.
A liberdade de candidaturas – prevista na Constituição – confere ao Presidente eleito uma legitimidade própria e uma indiscutível independência. O processo vigente por candidaturas “impostas” de fora elegem um Presidente fraco, com uma legitimidade emprestada e provisória, a partir de votos maioritariamente angariados por outrém e não conquistados pelo vencedor.
O desprestígio do Parlamento também passa por aqui.

Tremendo erro estratégico (e político) de PPCoelho. Uma dupla derrota. Desprestigiante para todos os envolvidos (PSD incluído), para quem fôr eleito (se não tiver carisma e personalidade forte para incutir e manter respeitabilidade), e para a já debilitada imagem pública da ARepública.
Para bem do país e da vida dos portugueses, oxalá tivesse sido o primeiro e último erro de PPCoelho… Mas antevejo, não só por este episódio, fricções várias e gravosas.
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tudo explicado aqui..também isso…
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EU VOU SUBIR…
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Miguel Relvas na SIC: “Seria um grande presidente da Assembleia(…) Muitos dos que não votaram nele(FNobre) vão mais tarde mostrar-se arrependidos”. Logo, segundo Relvas, quem não votou em FNobre, não sabem o que perderam, e quem (do PSD) fôr eleito, será uma espécie de “atirado” para o lugar: “sente-se aí e faça o melhor que puder, que o FN é que era bom”…
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Justa e perfeitamente visto como não se podia mais.
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hummmm… faltava o detalhe que eu não sabia. O Nobre é maçónico.
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Então está bem… (ou mal e esperemos que não haja mais infiltrados)
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Maçónico e tersiversante…
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Foi a máfia maçónica. Eu já tinha desconfiado e no próprio dia das eleições não votei PSD por causa disso.
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Claro que só podia votar no próprio dia das eleições.
ahahahahahaha
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Queria dizer que mudei de ideias no próprio dia. Foi o Francisco Colaço que ajudou. Ele sabe que a máfia maçónica está por lá infiltrada mas defende-a.
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Como dizia o outro: está-se a discutir pintelhos.
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Em entrando a maçonaria não são pintelhos. Se fosse só coisa do maluquinho, sim. Mas entrou a máfia. E há-de ter entrado com mais gente.
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E vai uma aposta que o outro “independente” também usa avental?
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O Nobre é maçon. Depois de saber isso, não fiquei com pena nenhuma da sua não eleição.
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Eu não sabia mas é óbvio que tinha de ser por isso.
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E o CAA anda a fazer dieta para caber dentro do avental.
“:O))))))))
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Enquanto durar esta legislatura, três megaempresas contestatárias do governo de Sócrates (não digo quais, constatar-se-á com o tempo…) vão usufruir da eleição de PPCoelho. Depois, há outras, mais pequenas igualmente “na calha”… Ou seja, não há candidaturas (inclusivé de deputados !) inteiramente inocentes ou não-influenciáveis. Com, ou sem maçonaria, com ou sem a Opus Dei.
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Deixe-se de paneleirices. Ninguém o obrigou a fazer o papel de anti-escardalho. Agora deu-lhe a azia.
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A máfia maçónica, sim, é o problema. O Paulo Macedo o mais que tem de fazer é ficar quieto com a Médis ou enfiá-la no cu. Tirando isto, é trica larica de desocupados.
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Amanhã vai ser eleito um plebeu.
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Isto tudo vão ser pentelhices com a bancarrota e saída do euro…
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Naaaaaahh…, possivelmente para a não-eleição de FNobre contribuíu a “mãozinha” de um judeu que amanhã vai tomar posse…
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É só azia. Ele é maçon. Quer negar? votasse PCP que já não se armava em parvo. Não se deve contrariar a natureza.
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O não a Nobre é uma primeira de muitas “rasteiras” que o CDS-PP vai pregar ao PSD…lembremos as primeiras palavras do DrºPaulo Portas “contenção e moderação”…bem,estamos a começar bem lá vamos recorrer ao “velhinhos” do parlamento Guilherme Silva e/ou Mota Amaral.
Saudações portuguesas
Viva Portugal
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A partir de amanhã desejo só mais isto: que o PM, os ministros e secretários de estado –todos eles, apesar de pontuais divergências e dúvidas– tenham muito talento e conhecimentos suficientes para os cargos. Para reerguerem este país estrangulado pelos “socialistas” & lobbys.
E humanismo, para que os portugueses desprotegidos não sofram tanto.
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Nesta nova maioria há uma luta intestina entre a Maçonaria e a Opus Dei; entre judeus e cristãos; entre sociedades de advogados e sociedades de consultores e economistas,et.
Até o lobi angolano está muito activo, através da actual geração luso-africana que se senta no Conselho de Ministros.
Esta luta para controlar o Governo de Portugal promete!…………..
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Depois de saber que Nobre é do Belenenses
já não me admira.
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Depois da derrota de Nobre e PP Coelho, em que estará P Portas a pensar?
A democracia é assim tem destas coisas, que o dia PP Coelho.
Resta-lhe as palavras de M Relvas na SIC, são um verdadeiro consolo…
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O desejo de ver uma tenebrosa derrota para Passos Coelho na eleição falhada de Fernando Nobre, chega a parecer doentia. Agarram-se a um fait-divers para já começarem a vaticinar brechas na coligação, e um futuro pouco risonho para um governo que só hoje tomou posse.
Logo, lá para o fim da tarde, este assunto fico encerrado com a eleição da nova presidente do Parlamento. Ponto final paragrafo.
Chegou a ser engraçado ver ontem à noite alguns comentaristas que passaram seis anos a enaltecer os feitos de Socrates, com a baba a escorrer-lhe pelos cantos da boca, a repisarem esta “derrota historica” que foi a não eleição do Nobre. Coitados, não aprenderam nada em 5 de junho.
Estou no geral de acordo com o teor do post. Mas gostaria de recordar ao seu ilustre autor, que ontem Passos Coelho estava no Parlamento na sua condição de deputado eleito, e foi nessa condição que fez a propôs o nome de Fernando Nobre ao seu grupo parlamentar, que o aceitou.
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Já não se aguenta mais a cretinice do cheché MJRB: deve ter comido trampa ao pequeno-amoço, coitado. Quando é que o cremam?
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Caro A. C. da Silveira,
“Estou no geral de acordo com o teor do post. Mas gostaria de recordar ao seu ilustre autor, que ontem Passos Coelho estava no Parlamento na sua condição de deputado eleito, e foi nessa condição que fez a propôs o nome de Fernando Nobre ao seu grupo parlamentar, que o aceitou.”
So what? Simples formalidade. A decisão, que significa instruir o voto de toda a “submissa deputação”, foi muito anterior.
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da-se,
v., que não consegue colocar aqui um comentário sensato e entendível, vire a bússula para o seu papá e mamã.
Seu merdoso, o que eu escrevi às 23:12 peca am quê ? Já não se pode discordar e ser sincero ?
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