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Não deixem de ler

26 Julho, 2011

O texto assinado por Maria do Carmo Vieira no PÚBLICO de hoje. Trata-se de uma uma reflexão fundamental sobre o ensino do Português: «(…)  em 2002 (e agora, em 2011), peritos e militantes da nova ideologia pedagógica, incluindo a Associação de Professores de Português (APP), acusaram a Literatura de prejudicar o estudo da língua e impedir o trabalho com a oralidade, defendendo, com intransigência, o desaparecimento da literatura dos programas e a exclusividade para textos utilitários e informativos.
A polémica surgida não permitiu a abolição da literatura dos programas, mas esse recuo forçado não impediu, no 1.º e no 2.º ciclo, a redução substancial da poesia, anulando a descoberta do carácter simbólico da palavra; a adaptação de textos literários, despojados de descrição e com vocabulário infantilizado e chão, no intuito de facilitar a leitura e a interpretação feita através de cruzes, de linhas de correspondência, etc. No 3.º ciclo, desleixou-se a epopeia camoniana, esquecendo-se a importância de conhecer a sua estrutura interna, o episódio do “Velho do Restelo” ou as muitas reflexões do poeta, tudo isto com a justificação de que o poema seria retomado no 12.º ano. O que se pergunta, e limito-me ao episódio citado, é como poderão os alunos compreender o poeta e a sua época desconhecendo que o “Velho do Restelo” representa o grande valor humanista do século XVI, o espírito crítico? Também o estudo de Camões lírico reduzir-se-ia à leitura de 2 ou 3 poemas, escolhidos de entre “os melhores”. No secundário, “limparam-se” autores, minimizando-se a contextualização histórico-cultural, praticamente entregue a um trabalho de Internet a fazer pelos alunos.
Em comum com os vários níveis de ensino, a inclusão avassaladora de textos utilitários e informativos, e o domínio da TLEBS para ajudar, segundo nos disseram, a reflectir sobre a língua. Acentue-se que a TLEBS, criticada por inúmeros linguistas e professores, foi apontada como “um disparate” (Prof. Morais Barbosa) e como “uma termitologia” (Prof. Álvaro Gomes), e, no entanto, continua em força do 1.º ciclo ao secundário, não favorecendo qualquer reflexão sobre a língua, antes gerando extrema confusão e desinteresse pela própria língua.Creio que esta introdução ajudará a compreender os resultados dos exames de Português e inclusive da prova de aferição do 1.º ciclo. Sobre esta última, cujos resultados foram minimamente razoáveis, sobressai da sua leitura uma extrema facilidade nas diferentes partes que a constituem, não faltando o absurdo e o ridículo. A meu ver, e saliento este facto porque ele se repete nos exames do 9.º e do 12.º ano, a grande extensão da prova pela sua diversidade, e sem um fio condutor que lhe confira unidade, é pedagogicamente criticável porque retira tempo ao aluno para uma leitura atenta dos textos, quantas vezes a exigir uma nova leitura para a sua completa compreensão. Com efeito, tudo se passa como se o aluno não necessitasse de pensar seriamente sobre as questões que lhe são colocadas, muito menos de aderir ao texto literário que lê, sentindo-o. No caso da prova de aferição, a facilidade é extrema e poucos os momentos em que os alunos têm de redigir um texto, não exigindo a “interpretação” qualquer esforço e sendo quase exclusivamente feita através de escolhas múltiplas. Não poderei deixar de dar um exemplo dessa situação, retirado do texto não-literário, no qual se representa geograficamente as ilhas dos Açores identificadas e contendo no seu interior numeração, que uma longa legenda explicita. Na ilha Terceira, assinala-se apenas a sua capital com o algarismo 2 que é descodificado na legenda: “Cidade de Angra do Heroísmo”. Pede-se, então, ao aluno que “Retire do texto o nome de uma cidade da Ilha Terceira”, não tendo aquele mais do que copiar a legenda. (…) Num branqueamento voluntário das razões que conduziram a esta situação calamitosa e fazendo uso dos fracos resultados destes exames, a APP vem de novo, tal como em 2002, culpar o “estudo dos autores”, classificando-o como uma perda de tempo, prejudicial ao “treino da língua”. Na verdade, só pode assim falar quem não gosta de ler, preferindo resumos, nem de escrever, e interrompeu o gesto de estudar que é intrínseco à profissão de professor.»

30 comentários leave one →
  1. Zé Fernandes's avatar
    Zé Fernandes permalink
    26 Julho, 2011 11:16

    E ainda se anda por aí a indagar do porquê de sermos um “país” menor, atrasado , ignorante e votado , irremediàvelmente, a um não muito distante desaparecimento…

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  2. Eduardo F.'s avatar
    26 Julho, 2011 11:29

    A situação descrita por Maria do Carmo Vieira deveria ser motivo bastante para se acabar com o Ministério da Educação. De vez.

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  3. Pine Tree's avatar
    Pine Tree permalink
    26 Julho, 2011 11:59

    Camaradas, calma!
    Isto da educação é essencialmente uma matéria de dize tu, direi eu. Qualquer tóina dá a sua opinião, do alto da sua ignorância, e diz “é a minha opinião e estou de acordo com ela”. No fim, ganha quem tiver a força política do seu lado e a força política vem do voto da multidão que nem sabe do que se está a falar. Só por adrego se acerta.
    A única maneira de sair do atoleiro descrito é introduzir a liberdade de ensinar e de aprender, o que que nos leva direitinho à privatização. As famílias que querem ver os filhos progredir escolhem a Literatura, as outras escolhem os trombalazanas. Não há educação contra a vontade e a consciência das famílias. Não há educação obrigatória.
    A privatização já aí está. Em Lisboa, pessoa que é gente tem os filhos no privado. Falta completar com a liberdade. E qualquer outra coisa é paleio para a praia.
    E por favor, não venham cantar o fado dos pobrezinhos cujos filhos queriam conviver com o Sá (de Miranda) e que não têm acesso à educação. Esses fados talvez valham nas alfurjas mas quando estamos a lidar com coisas sérias é precisa música mais sofisticada.

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  4. lucklucky's avatar
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    26 Julho, 2011 12:45

    Não há Liberdade na Educação. Na Educação existe Comunismo.

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  5. lucklucky's avatar
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    26 Julho, 2011 12:51

    Falta dizer que até agora este Ministro dá todos os sinais de querer continuar com o Comunismo.

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  6. José's avatar
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    26 Julho, 2011 13:29

    No fundo, na base de tudo isto está uma ideia feita: IGUALDADE. É uma ideia comunista, de base: a cada um segundo as suas necessidades e de cada um segundo as suas possibilidades é outra frase feita, fundamental do comunismo.
    Enquanto Portugal continuar a ser dominado por ideias esquerdistas e jacobinas ( como são todas aquelas que contestam instituições só por contestar e em nome de uma suposta igualdade mítica subsidiária daquela ideia esquerdista) estamos feitos como dizia o outro.
    A Helena Matos só fez meio caminho neste percurso: de vez em quando ainda alinha com os compagnons de route desta desgraça nacional.

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  7. José's avatar
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    26 Julho, 2011 13:31

    É preciso e é fundamental que se denuncie com as letras todas a ideologia comunista. Não contra os comunistas que são pessoas estimáveis e entre os quais tenho os melhores amigos. Mas contra as ideias básicas e radicais que eles transportam e que são erradas a meu ver.
    Eles que se encrespam sempre contra o fassismo têm que começar a ver que há pessoas que se encrespam de igual modo contra o comunismo não sendo fassistas.

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  8. José's avatar
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    26 Julho, 2011 13:34

    E isto não é paleio de direita ou coisa que se assemelhe. É conversa de senso comum que falta aquilatar como tal. Qualquer pessoa de bom senso raciocinará bem se conjugar todos estes elementos.

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  9. José's avatar
    José permalink
    26 Julho, 2011 13:43

    Em 1978 na Guiana um tal Jim Jones, fundador de uma seita religiosa, conseguiu convencer as dezenas de seguidores a beberem uma cicuta que os transportaria ao paraíso.
    Era um fundamentalista religioso, maluco como o norueguês. Ninguém se lembrou de alarmar o mundo para o fanatismo religioso destes malucos.

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  10. José's avatar
    José permalink
    26 Julho, 2011 13:45

    No entanto, o célebre Severiano Teixeira copiador de teses de doutoramente lembrou-se de escreve hoje no Público que isto foi o 11 de Setembro às avessas.

    Às avessas deve andar o bestunto dessa luminária.

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  11. Teofilo M.'s avatar
    26 Julho, 2011 14:07

    Dar de vez em quando aqui uma saltada é melhor do que ver um dos antigos programas do Herman José, quer pelos ‘posts’, quer pela grande maioria dos comentários.
    A APP entende que a literatura prejudica o estudo da língua! Mas é claro que sim. Então a língua tem alguma coisa a ver com literatura gente iletrada, a lígua deve ser estudada na área de ciências, pois faz parte dos sentidos (paladar) e é um músculo, por isso não se justifica a Literatura no seu estudo.
    Para aprender português devíamos recorrer ao desenho artístico, disciplina primeira para desenvolver a escrita, e à oralidade.
    Assim, os alunos que tivessem professores de Viseu passariam a utilizar xim ou chim xenhor(a) quando tivessem de responder afirmativamente a alguma questão, os que tivessem professores do Porto chamariam aos filhos das cadelas de cons, os que os tivessem de Vila Real andariam de combôio e chapêu se fossem até às praias da linha de Cascais, os formandos por alfacinhas passariam a atravessar o riu para ir à outra banda brincar à séria, os que estudassem com açorianos seriam sempre fêlhos des mêsmes pais, do mesmo modo que os que de Alacains recebessem mestre todes viessem a ser bons alunes.
    Fico-me por aqui, pois o Alexandre Herculano ainda me aparece e diz-me que “… a jerarchia constituindo uma especie de familias militares, de clans e tribus artificiaes, cujos membros estavam ligados por mutuos direitos e deveres…, a culpada de tudo isto.
    Todos nós, uns mais e outros menos, temos a nossa quota-parte de culpa, ou não será assim?

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  12. mir's avatar
    mir permalink
    26 Julho, 2011 14:24

    «No fundo, na base de tudo isto está uma ideia feita: IGUALDADE. É uma ideia comunista, […]» (José
    Posted 26 Julho, 2011 at 13:29 )
    Caro José: quereria dizer provavelmente «igualitarismo» e não igualdade (esta última não exclui as diferenças particulares ou intrínsecas entre pares da mesma espécie e é bem diferente da primeira indicada, que remete para a ideologia)

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  13. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Julho, 2011 14:46

    .
    PineTree não é bem privatização. Nem os Privados tem a varinha do condão da qualidade com nem os Cooperativos ou Publicos a têm.
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    É ‘cheque-educação’ assegurando a universalidade do Direito CIVILIZACIONAL da Educação. O sistema simples: ao encarregado de Educação é atribuido um ‘cheque-educação’ mensal. Ele escolhe a Escola que quiser para o seu estudante. Publica, Privada, Cooperativa, Religiosa, Ateista etc, perto de casa ou longede casa. Como quiser, LIVREMENTE.
    .
    Matricula o puto, endossa o direito desse seu ‘Cheque-Educação’ mensal a essa Escola. Ela no fim mês recebe-ºo do estado e governa-se com esta receita. paga salarios, obras, equipamentos etc. Concorrem UMAS com as OUTRAS.
    .
    Naturalmente as Publicas beneficiam de ‘padrinho’ numa primeira fase transitória:
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    se a receita dos ‘Cheques-Mensais’ não chega para as Despesas da Escola os Impostos colectivos de todos os Cidadãos vão cobrir o PREJUIZO. Mas com SIMULTANEAMENTE haver INSPECÇÕES PARA APURAR RIGOROSAMENTE porque é que que essa Escola está a falhar financeiramente: tem um modelo de disciplina de que os Encarregados de Educação fogem ? Os Professores ensinam mal ? O material humano a ensinar tem caratcteristicas especiais que impedem a Escola de funcionar bem ? O meio geografico em que estão inseridas não produz um numero de estudantes suficientes para sustentar a Escola só com ‘Cheques-Educação” e a Regionalização per si não tem meios para corrigir automaticamente esse tipo de assimetrais ? etc etc
    .
    O resto são discussões de teóricos e tretas de acomodados que ainda têm a felicidade de conseguirem viver MUITO BEM sem nunca terem sabido o que é COMPETIÇÃO e ‘MERCADO’ cá fora. Uns ungidos não sabe bem por quem nem a titulo de quê. Talvez os Sindicatos possam esclarecer isto. Até admito estar estrondosamente errado, coisa que eles não admitem como ponto de partida para RESOLVER o que DE FACTO NÃO ESTÁ BEM como toda a gente sabe. Desde Familias, Encarregados de Educação, Docentes, Discentes, Alunos. Ideologos, gente das Fés etc. Ninguém se entende.
    .
    O papel do Politico é ter como certeza absoluta que para resolver isto aparece muita ‘moeda falsa’ intelectual e venha o meu no fim do mês. Não deixar fazer jogo sujo nem a ele pertencer. Reunidas estas condições a EDUCAÇÃO dá um grande salto qualitativo em Portugal. QUasi imediato, como quse tudo em Portugal desde que estejam na Politica gente que saiba carregar nos botões certos em vez de tretas&filosofias. Temos de andar para a frente, essas coisas da UE, FMI,Mercados etc não são sequer os ESSENCIAIS de Portugal. São mais uma espécie se ‘parasitas (no bom sentido da palavra) que a INCOMPETENCIA, LAXISMO e FALTA DE VISÃO AUTORIZARAM QUE SE INSTALASSE NO ‘CORPO’ DE PORTUGAL.
    .
    Sequer há tempo para perder em ‘ajustes de contas’ que podem ser admitidos imprescindiveis mas exatamente neste Tempo são acessórios. Há coisas mais importantes para resolver. Temo é que nem as saibam resolver.
    .

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  14. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Julho, 2011 15:08

    .
    E neste xadrez ainda entram por exemplo lobbies colaterais politicamente corretos a bem ‘da Justiça. Igualdade e tal e tal por aí fora’, por exemplo:
    .
    a amplitude salarial dos cidadãos de 2ª (professores que andam há 5, 10, 15 e 20 anos a ‘reciobo verde’ sem garantia de colocação e despachados para ‘alcagoitas de baixo no cu do mundo’ ao seja o que Deus quiser ou ao deus dará) aviados com 1000 euritos por mês para asegurarem a sustentabilidade dos cidadãos de 1ª da corte imperial a sacarem 3 e 4 vezes mais com tudo bem asseguradinho e venha o meu que nasci diferente.
    .
    ou a dos extremos que se tocam, sindicalistas e anti-sindicalistas com uma coisa em comum: pode-se discutir tudo, carreiras, programas, beneficios laborais etc etc mas na ‘ditadura’ do exclusivo do Ensino Publico não se toca. Afinal amama-lo apesar de inimigos. Os Encarregados de Educação e os Alunos que se lixem: são obrigados a papar o que nós ‘elite bem instalada na corte Luis XVI’ queremos, paguem, aguentem-se e não bufem. Se não funciona, não interessa, o ‘nosso’ já cá canta.
    .
    Ora isto não é Direita nem Esquerda. Vocês que lêem sabem bem o que é.
    .

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  15. tina's avatar
    tina permalink
    26 Julho, 2011 15:26

    O problema do ensino da Língua Portuguesa é que hoje em dia as crianças nem sequer sabem escrever quanto mais interpretar poesia. Na reunião do Conselho Pedagógico, eu perguntei por que razão as professoras não obrigam os alunos a fazerem mais redacções e uma professora confessou que dava muito trabalho corrigi-las. Alguém já viu o baixo nível de redacção, os erros, a falta de pontuação, o simples horror que é uma composição de crianças de 11 anos de uma escola menos boa? Agora imaginem o que seria obrigar esses alunos a assimilar o curriculum proposto por Maria Do Carmo Vieira. Há que resolver primeiro os problemas básicos.

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  16. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    26 Julho, 2011 16:12

    Pelos comentários, existe mais Breiviks em Portugal do que seria proposto. Só a Moody’s e alguns comentadores podem fazer e dizer asneiras consecutivas. O ME até pode ser desmantelado, mas, tal como os outros ministérios, é necessário é optarem por políticas adequadas. No fundo, na maioria das áreas, andam todos a copiar o que se faz no pio do estrangeiro. Ainda há dias, num inquérito feito a universitários espanhóis eles demonstraram não saber que cidade é capital de Portugal, nem sequer quantas províncias tem a Espanha. Obviamente, mudar de política não é a emsma coisa que encerrar o Estado. Isso queriam alguns. Se não houvesse tribunais, poderiam fazer as negociatas à sua vontade; se não houvesse ensino, ou se ele estivesse entregue ao capital, haveria gente mais domesticada, etc.
    A Tina é um bom exemplo da maledicência e do pedantismo portuga. Eu não sei o que é corrigir 150 “redacções”. Mas ela ainda saberá menos, pelos vistos. Imagino que quem tiver 150 alunos (ainda por cima filhos de pais portugueses, pelo que se vê em todo o lado) já lhe chegará ter de os aturar, e o tempo para os ensinar há-de ser muito pouco. Se multiplicarmos o número de redacções e de testes, duvido de que enquanto os dias forem de 24 horas isso seja possíveil. Para muitos, os fins-de-semana já acabaram. Falta realmente acrescentar tempo aos dias. Digo eu, que nunca gostei de atirar pedras a quem trabalha e dar beijinhos a quem faz o mal.

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  17. C. Medina Ribeiro's avatar
    26 Julho, 2011 17:20

    A propósito de ensino-da-treta, e do mito de que «na Finlândia não há exames nem retenções», vale a pena ler o artigo que Guilherme Valente publicou no «Público» e no blogue onde colabora – ver [AQUI].

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  18. tina's avatar
    tina permalink
    26 Julho, 2011 17:36

    “Se multiplicarmos o número de redacções e de testes, duvido de que enquanto os dias forem de 24 horas isso seja possíveil.”

    Mas eu tive que fazer muitas redacções na primária e estava em turmas de 30 alunos. Agora, os meus filhos raramente fizeram redacções na primária e estavam em aulas de 20 alunos. Depois, no 5º e 6º ano, as únicas composições que fizeram foram nos testes. NUNCA, mas NUNCA houve TPC de redacções, excepto sobre o que tinham feito nas férias.

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  19. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    26 Julho, 2011 18:28

    Pois, Tina. Não sabia que se referia ao 1.º ciclo e que havia turmas de 20 alunos. Sei é que há turmas de muito mais alunos e professores com quase 150 alunos. Como sei que a maior parte dos professores já passa os fins-de-semana a trabalhar.
    Eu também fazia redacções e outro tipo de trabalhos quando estudava e considero-os importantes. Mas agora o sistema acha que os alunos não devem ser maçados com coisas menores, como aprender. É olhar para as provas de Matemática do 12.º ano e ver o formulário que lhes é dado! Nem da área de um triângulo têm de saber a fórmula. Suponho que é um mal europeu. Por cá, como é costume, ainda se reforçam as coisas erradas.

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  20. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    26 Julho, 2011 19:40

    Acabe-se com tudo de vez e em definitivo..o fim começa a 2 de Agosto…
    http://zebedeudor.blogspot.com/2011/07/ultimo-post-antes-das-feriasar-livre-de.html

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  21. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    26 Julho, 2011 19:42

    O que vale é ainda a poesia o sublime da mesma…e quanto a isso não existe matemática que a supere…

    Último post antes das férias….DOODLEBUG – short film by Christopher Nolan ..ou nós em Setembro….

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  22. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    26 Julho, 2011 19:42

    BOAS FÉRIAS A TODOS…ISTO SE AS HOUVER E SE HOUVER RETORNO DAS MESMAS…FUI.

    BOAS FÉRIAS VOLTO -TALVEZ -EM SETEMBRO….Rodrigo Leão – Herberto Helder / Minha cabeça estremece ….

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  23. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
  24. joão's avatar
    joão permalink
    26 Julho, 2011 22:37

    Só o cheque-ensino é que pode resolver isto.

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  25. Leme's avatar
    Leme permalink
    27 Julho, 2011 00:29

    Qual é o papel da helenafmatos aqui?

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  26. anonimo's avatar
    anonimo permalink
    27 Julho, 2011 05:00

    A Maria do Carmo tem toda a razão. Quando os professores trabalhavam com os alunos no 1º ciclo de escritores portugueses (o que se faz neste momento é inconcebível), as crianças adquiriam o prazer da leitura e da escrita desde muito cedo. Falo por experiência. Por conhecimento.

    Quando oiço falar na divisão privado/público nestas questões fico abismada. Os professores são os mesmos, os currículos são os mesmos, as orientações são as mesmas e a sociedade é a mesma. Com a diferença dos melhores alunos frequentarem o ensino público, aliás, por tradição cultural , ser mais exigente e “elitista” (pense-se nos Liceus, actuais escolas secundárias). O problema é que o sistema teve de absorver todos os alunos (muito bem) e não investiu o suficiente para o salto de qualidade que agora, ultrapassada a quantidade, a universalidade, requeria. Portugal continua a ter um dos mais baixos investimentos no Ensino. É uma aposta errada, mas sempre o foi. Quando outros países e povos apostaram e apostam na educação e investigação (nunca cedem na sua soberania e independência, Portugal faz exactamente o contrário.

    Nada de nos queixarmos, somos ignorantes e pretendemos continuar a ser.
    Não me revejo nesta mentalidade.

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  27. Pine Tree's avatar
    Pine Tree permalink
    27 Julho, 2011 12:08

    “PineTree não é bem privatização. Nem os Privados tem a varinha do condão da qualidade com nem os Cooperativos ou Publicos a têm.”
    Se têm varinha ou não, não sei. O importante será poder escolher, como escolhem as famílias da classe média (e menos média) de Lisboa. Tive que visitar o Colégio Moderno por razões que não vêm ao caso. Não tem nada a ver com a porcalhotagem que vai pelas melhores escolas públicas. É só um testemunho sem pretensões sábias.
    Temos que reconhecer que nem todas as famílias se equivalem e que muitas delas não valorizam a instrução dos filhos, nem um bocadinho.
    Quanto ao cheque ensino… Atrás do cheque vêm logo regulamentos e exigências absurdas. É da tabela, quem dá o pão dá a educação…
    As famílias não compram casa e carros? É caso para dizer: bebam menos e pensem nos filhos.
    Isto há de tudo. Conheço uma família da classe média instruída, mãe professora de uma universidade, que tirou os filhos do ensino privado para poder comprar a casinha do seus sonhos… E também uma cabeleireira de bairro com um filho no Moderno.
    Efectivamente, há de tudo. Por isso, é que se houver guerra sou o primeiro c’avalo.

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  28. O SÁTIRO's avatar
    27 Julho, 2011 16:39

    O sector “pedagógico” do Ministério sempre foi uma aberração depois do 25 de Abril.

    cada vez pior.

    Esses labregos intelectuais deviam ser responsbilizados pelo mal que fizeram á literatura portuguesa, aos alunos e à lingua portuguesa em geral.

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  29. CAL's avatar
    CAL permalink
    27 Julho, 2011 21:54

    Governos populistas precisam de estatísticas para enganar o povo e, também, entidades estrangeiras que deram verbas a fundo perdidas (perdidas mesmo), para melhorar o nível na educação. Falta cadeia para tanto desmando.

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  30. Leme's avatar
    Leme permalink
    28 Julho, 2011 02:34

    Ainda está no ar o pivete dos socialistas – e parece que a maralha gosta…

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