Consequências da desvalorização fiscal
Quais seriam as consequências de uma baixa da TSU por troca com um aumento no mesmo valor do IVA, de forma a manter a receita do Estado?
1. A carga fiscal global ficaria igual.
2. Empresas a produzir para o mercado interno seriam penalizadas porque o efeito do aumento do IVA seria superior ao da baixa da TSU.
3. Os preços ao consumidor aumentariam porque o efeito do IVA superaria o da redução da TSU.
4. As exportações ficariam mais baratas porque não são afectadas pelo aumento do IVA.
5. Bens importados encareceriam mais que os bens nacionais porque os bens importados não são afectados pela baixa da TSU.
6. Custo médio de um trabalhador para as empresas baixariam mas os salários de novos contratos iriam aumentar.
7. Os salários aumentariam no sector exportador mas teriam que baixar no sector não exportador.
8. Em geral a medida penalizaria o sector estatizado e favoreceria o sector exportador.
9. Poder de compra dos depósitos bancários baixaria devido ao ponto 3.
Em suma, a medida teria os mesmos efeitos que uma (pequena) desvalorização da moeda.
Se se implementasse a factura obrigatória onde quer o consumidor quer o vendedor tivesse uma coima por não ter a factura da transacção, a TSU ainda podia descer mais.
Os empresários da restauração estão descontentes com a descida na TSU. Um caso prático é este: o empregado recebe o salário mínimo e daí pagam os impostos (trabalhador e empresário). À parte, o trabalhador recebe mais 800 euros por baixo da mesa, logo, leva para casa 1250 euros. Será esta a razão para os empresários da restauração ameaçarem com despedimentos?!?! Porque a este imposto já eles fogem e ao IVA a penalização será maior?!?
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João Miranda :
6 e 7 contraditórios ?
“os salarios de novos contratos iriam aumentar ” . Porquê ?
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Quais seriam as consequências de uma baixa da TSU por troca com um aumento no mesmo valor do IVA, de forma a manter a receita do Estado?
1. A carga fiscal global ficaria igual.
Sim, desde que a baixa da TSU fosse trocada por um aumento cirurgicamente definido do IVA.
2. Empresas a produzir para o mercado interno seriam penalizadas porque o efeito do aumento do IVA seria superior ao da baixa da TSU.
Não, pois o efeito do aumento do IVA passaria a se fazer sentir também e ao mesmo nível para os bens e serviços concorrentes importados. A redução da TSU é só para as empresas a produzir para o mercado interno.
3. Os preços ao consumidor aumentariam porque o efeito do IVA superaria o da redução da TSU.
Não é linear. Se o efeito fiscal do aumento do IVA será igual ao da redução da TSU, o equilíbrio do deve e haver no consumidor também se poderá manter. Ficarão mais caros os bens e serviços importados e mais baratos os produzidos cá.
4. As exportações ficariam mais baratas porque não são afectadas pelo aumento do IVA.
Sim, porque a redução da TSU reduz os custos de produção.
5. Bens importados encareceriam mais que os bens nacionais porque os bens importados não são afectados pela baixa da TSU.
Sim.
6. Custo médio de um trabalhador para as empresas baixariam mas os salários de novos contratos iriam aumentar.
Porquê? E mesmo que sim, que relação com esta desvalorização fiscal? Estamos numa situação de alto nível de desemprego, não há razões para que, pelo menos nesta fase a contratação fique mais cara. Não por causa da redução da TSU…
7. Os salários aumentariam no sector exportador mas teriam que baixar no sector não exportador.
Porquê? E mesmo que sim, que relação com esta desvalorização fiscal? Será que estamos em situação de produtividade máxima e de sobre emprego? Não. Daí que, mesmo que esta desvalorização tenha as consequências desejadas (aumento de produção e de exportações), primeiro se esgotará o défice produtivo das empresas e empregados, depois abre-se a porta a novos contratados (a baixo custo face ao nível de desemprego) e então sim, só no final de tudo isso, se tivermos mesmo a crescer, poderão subir salários…
8. Em geral a medida penalizaria o sector estatizado e favoreceria o sector exportador.
Que favorece o sector exportador, sem dúvida. Ainda bem. Precisamos de reduzir défices como de pão para a boca. Que penaliza o sector estatizado? Porquê?
9. Poder de compra dos depósitos bancários baixaria devido ao ponto 3.
Como referi, o ponto 3 não é certo. A inflação não deverá se fazer sentir desde que o aumento do IVA (em valores absolutos, não nas taxas de variação) for igual à redução da TSU.
Em suma, a medida teria os mesmos efeitos que uma (pequena) desvalorização da moeda.
Sim. Devia ser mais profunda. Bem menos TSU mesmo que bem mais IVA. E diria mais: bem mais IVA e menos IRS e IRS. E mais ainda: só IVA. O resto, zero…
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“Em suma, a medida teria os mesmos efeitos que uma (pequena) desvalorização da moeda.”
E se é o que nos faltava, desvalorizar a moeda, ainda que pouco, alguém o deve ter dito ao Passos, bora, desvalorizar a moeda, puto, talvez algum peso-pesado, como o leites da caixa, para exemplo.
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Isto é actividade circense: movimentos de equilíbrio na corda bamba. Sem rede.
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http://notaslivres.blogspot.com/2011/08/desvalorizacao-fiscal.html
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“Como referi, o ponto 3 não é certo. A inflação não se deverá fazer sentir desde que o aumento do IVA (em valores absolutos, não nas taxas de variação) seja igual à redução da TSU.”
Oh homem, tenha juízo… você já era vivo quando o sócrates fez descer o IVA de 1%, realmente esta descida do iva reflectiu-se mesmo nos precos… não seja ingénuo, baixar a tsu não vai ter impacto nenhum nos precos. vai ter algum nos balancos das empresas e ponto.
Uma coisa que me faz alguma confusão é que baixar a tsu aumentando em contrapartida o iva é uma medida que prejudica fortemente as empresas muito produtivas em detrimento das empresas menos produtivas. É uma medida que altera de forma artificial a produtividade das empresas. O saldo vai ser positivo???? No fim, vamos ficar em média mais produtivos????
Outra coisa que me faz pensar duas vezes é o facto de Portugal ser um país exportador de turismo… E o turismo paga iva. E os custos associados ao turismo prendem-se não apenas com mão de obra, mas com uma enorme diversidade de factores, pelo que não sei se não será um dos sectores onde a descida da tsu se fará sentir menos.
Eu não sou economista, a descida na tsu não vai benefeciar todos por igual. Antes de a pôr em prática alguém tem de estudar este problema com rigor. Não se mexe no sistema fiscal à base do bitaite. All in all, parecem-me faltar estudos (assinados por gente independente e com credibilidade) que sustentem esta medida. Aguardemos…
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Que grande exercício de simplificação. Haverá que ler bem o estudo do Banco de Portugal e verificar que parte de permissas muito fortes não verificáveis na realidade (como é reconhecido no próprio estudo). A partir daqui as conclusões que tira são especulativas. Vamos arriscar aplicar a medida para ver o que dá, numa “lógica tiririca” (pior do que está não fica)?
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José:
Porque acha que baixar a TSU não terá efeitos nos preços? É um pressuposto seu… o meu é diferente.
A segurança social é financiada pela TSU (grosso modo) e beneficia todos sem excepção. Porque terá de ser paga pelos trabalhadores apenas? Ou, indirectamente, pelas empresas que os empregam?
Porque não pelo consumo onde estão todos os beneficiados sociais? Você até entenderá que consumirá mais o mais rico…
O Turismo paga IVA, mas é um sector de serviços. Pessoais. Os maiores custos serão respeitantes a ordenados. Daí ser um dos beneficiários mais evidentes da redução dos custos do trabalho via redução da TSU.
O facto de ser algo difuso o efeito desta medida, não é razão para não a tomarmos já.
Porque a direcção é a correcta. Só poderemos falhar por defeito. E para resolver isso há sempre um dia seguinte. Parados é que não. Já estamos, há muito tempo a andar para trás. Há que avançar na direcção definida que é a correcta. A que velocidade? Essa é a única dúvida.
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“O Turismo paga IVA, mas é um sector de serviços. Pessoais. Os maiores custos serão respeitantes a ordenados. Daí ser um dos beneficiários mais evidentes da redução dos custos do trabalho via redução da TSU.”
Mais uma vez não estou de acordo consigo. Os custos associados à restauração ou à hotelaria vão muito para além dos ordenados. Considere por exemplo, o custo associado ao investimento inicial (infraestruturas etc)… Além disso, os salários são em regra baixos. A APHORT foi por exemplo contrária ao último aumento do IVA. Enfim, isto é matéria de rigor e não de bitaite.
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“Porque não pelo consumo onde estão todos os beneficiados sociais? Você até entenderá que consumirá mais o mais rico…”
Deixe-me recordar-lhe que o princípio da progressividade dos impostos está inscrito na constituição: as taxas devem ser progressivas nos rendimentos dos indivíduos que as pagam. Progressividade não é proporcionalidade. O iva é o imposto mais injusto de todos. Os mais frágeis não podem consumir abaixo de um certo montante imprescindível à vida e os multimilionários também não gastam proporicionalmente àquilo que têm. O que eu estou a dizer é que não há proporcionalidade entre os rendimentos de cada um e o consumo de cada um (os mais pobres gastam mais e os mais ricos gastam menos). Não havendo proporcionalidade entre os rendimentos e o consumo, também não haverá entre os rendimentos e o montante pago em impostos. Não havendo proporcionalidade, muito menos haverá reprodutividade. Repito, o iva é o imposto mais injusto de todos. É um imposto cego.
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“O facto de ser algo difuso o efeito desta medida, não é razão para não a tomarmos já.”
A estabilidade do sistema fiscal é um factor de competitividade da economia. A volatilidade é, ao contrário, um factor dissuasor de investimento estrangeiro e prejudicial à nossa economia. Qualquer mexida neste domínio deve ser reflectida e fortemente fundamentada. Correndo o risco de me repetir: a política é a arte da escolha, mas da escolha informada e não da escolha baseada em bitaites.
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Mexer na TSU na actual situação, ainda por cima com o aumento do IVA, é um COLOSSAL disparate!
Para isto, mais vale dispensar-mos o governo e deixar a troica governar (roubar) directamente.
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A medida teria o efeito de subsidiarmos as compras dos estrangeiros.
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A maioria das empresas portuguesas vendem a outros portugueses. Não vendem ao estrangeiro.
Esta é mais uma medida acabar com o Mercado Livre em Portugal.
Para acabar com empresas portuguesas.
Não deixar nascer novas.
É o que qualquer estatista quer.
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Nós precisamos de fazer o Mercado Livre funcionar cá dentro.
Só assim é que aprendemos e nos educamos todos a competir lá fora.
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Com excepção da Dr.Helena e do Dr.JMF – que são esquerdistas, basta apreciar a sua maneira de escrever – e do Ilustre CAA – um «bon vivant» encostado ao estado social – louvo o proselitismo dalguns autores do Blasfémias.
Fazem-me lembrar um padre católico que quer abrir uma igreja na Arábia Saudita.
Bem se esforçam em divulgar a cartilha «liberal».
Acontece que aqui em Portugal não há politicos liberais nem ninguém que lhes ouve.
No final de contas todos os nossos pulhíticos «liberais» – vejamos os casos do Nogueira Milk, do Santana Flopes, do professoreco Duque ou do inginheiro Muedas – querem é ser funcionários públicos, terem um tachinho no «estado social» e mais tarde uma boa reforma paga pelos palonços dos contribuintes.
Por isso mesmo louvo públicamente os autores Dr. João Miranda, Dr. Rui A., LR e Gabriel Silva, mas a verdade é que a sua pregação nesta terrinha de Deus assemelha-se aos sermões do Padre António Vieira…
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Essa é a teoria do “Emirato Produtor de Petróleo” que a Elite Tuga tanto gosta para se manter no poder eternamente:
Um dúzia de empresas funcionam como Petróleo e exportam e assim pagando as contas do País onde não há competição alguma, mas capelinhas, corporações e sindicatos que devidem o espólio que essas empresas criaram para que o Portugal fique sempre na mesma tal como um Emirato.
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A minha receita para quem quer exportar é outra.
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Trabalhar para poder aumentar o preço do que exportam. Em vez de espremer o limão para oferecer o produto básico mais barato do mercado. Tornar o produto num pacote produto-serviço diferenciado que pode ser vendido a um preço superior porque acrescenta valor à vida dos clientes.
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A economia é tratada ao nível do forum tsf uns bitaites dos provincianos no poder e dos teóricos da academia
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O custo associado ao investimento inicial (infraestruturas etc) no Turismo já terá sido pago. Não sofre com este aumento do IVA. Até a construção civil necessária aos hotéis (manutenção) e restaurantes serão serviços. Potencialmente mais baratos se a TSU baixar.
O aumento do IVA e de qualquer imposto será sempre contestado. De base, correctamente contestado (o Estado deveria ser mais barato). Simplesmente o Estado foi caro, endividou-se e agora haverá que pagar…
Enfim, isto é matéria de rigor e não de bitaite.
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Não há nenhum princípio da progressividades dos impostos. Apenas há progressividade no imposto pessoal. Não no imposto sobre o consumo.
Os multimilionários não gastam proporicionalmente àquilo que têm. Estes, como não gastam, investem e criam emprego. Ou aplicam, colocando esses valores nas mãos de quem o faz.
O IVA é o imposto mais acertado nos dias de hoje. Não sobrecarrega as exportações aumentando a produtividade dos produtos nacionais no exterior. Os outros impostos (e a TSU) são exportados com os produtos. Aumentando os seus preços e criando impossibilidades de os vender. Mas não só. Também os produtos externos ganham no mercado nacional. Pois chegam sem esses encargos, substituindo os produtos nacionais no mercado interno.
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“O facto de ser algo difuso o efeito desta medida, não é razão para não a tomarmos já.”
A estabilidade do sistema fiscal é um factor de competitividade da economia. O problema é que o sistema fiscal não está estável e sendo como é, é anti-economia. A mudança urge e não há lugar a conservadorismos no tempo actual.
A política é a arte da escolha, mas da escolha informada e não da escolha baseada em bitaites.
Neste caso o conhecimento de partida é que o que temos hoje não serve. Levou-nos até aos problemas de hoje e só podemos ir para pior se nada se fizer. O bitaite sobre a TSU é a dúvida na quantificação do impacto sobre a economia. O único risco é que a redução que se faça seja por menos…
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Gonçalo,
metemos um pneu mais largo e gastamos mais, mas curvamos com maior segurança.
sinto, tenho a certeza que advinhanços, já tivemos que chegue.
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Conjecturas, apenas conjecturas de boas vontades alinhadas. Já todos sabemos para onde vai o dinheiro da diferença percentual da TSU e o que resulta do aumento do IVA. Não há fisco que chegue. As probabilidades de fiscalização de uma empresa é de uma vez em cada 20 e tal anos e quem pode vai a Espanha deixar o resto. Macário incluído.
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Subir em dois pontos o IVA vai incentivar ainda mais que os portugueses a deslocarem-se a Espanha para realizar as suas compras. Claro que não estou a falar dos Lisboetas que estão relativamente afastados de Espanha. Agora se considerarmos todo o Norte de Portugal, o Algarve e todo o Interior perceberemos que estes portugueses voltarão a costume antigo de se abastecerem em Vigo, Salamanca, Badajoz, etc. Só que agora não é ilegal ir comprar os seus bens de primeira necessida do lado de lá da fronteira.
Ainda para mais se estivermos a falar de compras de electrodomésticos, de vestuário, ou de prendas de Nata é obvio que tal vai (ou já está) a acontecer.
Outra situação, que já é real, é os portugueses irem passar férias a Espanha que é mais barato do que cá.
Para Empresa também é preferível passarem para o lado de lado da fronteira e já agora facturarem sem IVA aos seus Clientes empresariais. Resolvem logo o problema de estarem a pagar 23% de IVA antes de recebrem dos seus Clientes. Se forem à Galiza perceberão que existem já empresas a realizarem issso. Nada de novo pois até existem multinacionais a fazerem o mesmo. Mais uma vez são tudo operação legais.
É por estas e por outras que apostar em políticos inexperientes, em que a única carreira foi executada desde sempre nas JOTAS, apoaidos por professores universitários que nunca viveram no mundo real dá no que dá.
Se tiverem dúvidas vejam a evolução da receita do IVA ao longo dos últimos anos.
Já agora, a maior parte da Restauração protesta, mas até agradece porque não passa factura e por isso não vai pagar o referido IVA.
Sobre a TSU, nem vale a pena falar porque a descida prevista não representa nada e não tem significado para qualquer empresa.
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depois de uma analise ao codico fiscal, admira/me ainda nao cobrarem taxas pelo oxigenio k o povo gasta
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…isto é, a isenção do IMI…
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