Público: A apologia da censura
15 Novembro, 2011
«O comissário europeu responsável pelo mercado interno propôs aos governos que as agências de notação financeira possam ser impedidas de classificar temporariamente o risco dos países em situação vulnerável ou sob programa de ajuda externa. É uma boa proposta que há muito deveria ter sido adoptada. Teriam sido evitados muitos estragos na crise financeira.»
in Público, 15/11/20011, texto da responsabilidade da direcção editorial do jornal
43 comentários
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é possível colocar o link desta notícia? se a notícia é a da página 24 não se vê onde está essa citação da responsabilidade da direcção editorial do jornal, mas enfim.
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Estão a ficar adeptos das aspirações do PCP?
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texto na última página
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O que se lê no Público, é parecido mas não é aquela citação:
“A Comissão Europeia vai hoje propor aos governos da União Europeia (UE) que as agências de notação financeira possam ser impedidas temporariamente de classificar o risco da dívida dos países em situação particularmente vulnerável ou sob programa de ajuda externa, como é o caso de Portugal. Grécia e Irlanda”
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AH!
É no sobe e desce, que como se sabe, são manipulações.
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Gabriel Silva, Posted 15 Novembro, 2011 at 14:25
Obrigado.
A notícia é a da página 24 mas a direcção editorial de um jornal pode ter opinião, certo?
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«Os novos editoriais do PÚBLICO, são, portanto, textos de opinião do jornal como instituição. A mesma filosofia será aplicada à secção Sobe e Desce.»
http://www.publico.pt/Media/um-novo-comeco-1407731
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«mas a direcção editorial de um jornal pode ter opinião, certo?»
ninguém disse o contrário, apenas se realçou a apologia da censura.
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Uma destas só podia vir do Portela Menos 1 a lançar poeira para os olhos…
A opinião do Publico não é passível de ser criticável?
Que eu saiba quem quer censura é o Publico.
O Gabriel não pediu a ninguém para proibir o Jornal Publico . Quem pediu censura foi o Jornal Publico .
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Quanto ao resto além da Censura é o Salazarismo de tendência esquerdista típico do Jornal.
Nada de admirar num pasquim Unionista Soci@lista.
Se as agências de rating não tivessem dito nada as dívidas teriam ido ainda mais além.
Ou seja a crise apareceria mais tarde e ainda pior, como um cancro indetectado.
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Se há alguma crítica a fazer ás agências de rating – as 3 beneficiadas/compradas – pelos reguladores é não terem descido os ratings muito mais cedo quando os 60% de dívida publica começaram a ser violados.
Nada justifica hoje que a França continue com AAA. Nem sequer a Alemanha.
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Bom, sobre apologia da censura haveria muito a falar da imprensa.
na notícia da página 24 é referido que (…) o comissário francês tem a sua missão facilitada pela gaffe cometida na semana passada pela S&P , que, por erro, emitiu um comunicado anunciando a retirada à França da nota máxima AAA … o erro só durou pouco mais de uma hora e provocou de imediato a subida dos juros cobrados pela dívida francesa (…)
Mas todos sabemos que o que é bom alguns radicais é a desregulação total do mercado invisível…
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lucklucky…um pouco mais de “novas oportunidades”!
o Público limitou-se a dar opinião sobre uma intenção da Comissão; mas, repito, tudo o que seja opinião contrária ao mainstream do mercado é censura…
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Como era de esperar não responde pela sua absurda pergunta/insinuação ao Gabriel.
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A regulação do mercado é que tornou possível as agências não terem baixado os ratings quando deviam. Isto é a tempo de evitar o desastre. Os 50% de “haircut” na Grécia demonstra que as agências de rating não fizeram o seu trabalho descendo os ratings da Grécia muito mais cedo.
Se as agências de rating não fossem beneficiadas pelos Governos em troca de ratings bonitinhos nada disto teria acontecido.
Mas tal coisa é impossivel quando o sistema político é todo baseado na compra de votos pelo dinheiro da dívida.
A corrupção é tanta que as constantes subidas de impostos não chegam.
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“o Público limitou-se a dar opinião sobre uma intenção da Comissão; mas, repito, tudo o que seja opinião contrária ao mainstream do mercado é censura…”
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Você continua a manipular e a mentir. Quem pede censura é o Jornal Publico. O Jornal Publico pode escrever o que quiser, pode escrever cobras e lagartos das agências de rating e será criticado mas não censurado . Mesmo quando pede para censurar os outros.
Ninguém está pedir para proibir o que quer que seja excepto o Publico e pelos vistos Você.
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E ainda havemos de ver o Jornal Publico pedir para censurar professores e todos aqueles que digam que algo está mal num país.
Tal como já acontece na Argentina:
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“BUENOS AIRES—Argentina’s government has fined more economists for challenging official inflation estimates in what lawyers call a violation of freedom of speech.
Consumer prices rose 10% in February from a year ago, according to the national statistics agency, Indec. But most economists say annual inflation is closer to 25%, irking government officials who deny inflation is a problem…”
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http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703518704576259281697697752.html
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Portela,
ou está a desconversar ou não entende mesmo.
«o Público limitou-se a dar opinião sobre uma intenção da Comissão; mas, repito, tudo o que seja opinião contrária ao mainstream do mercado é censura…»
o Público deu uma opinião, opinião essa que é objectivamente a defesa da censura. Eles acham que até há muito tempo não deviam ser permitido publicar notações financeiras nas condições indicadas.
Defender que não se permita publicar é censura, aqui, na china ou na libia.
já se quer tentar desviar a discussão sobre se eles tem o direito de ter essa opinião, está a perder o seu tempo: os que defendem a censura, (ou o comunismo e o nazismo, o racismo, o nacionalismo, o mariquismo, o roubo, etc), todos tem direito a expressar a sua opinião, mas nunca se livram da critica.
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“Proibir as Agências de avaliar os países resgatados é querer o melhor de dois mundos: continua a haver mercado para dívida soberana…mas sem avaliação da capacidade de pagamento!”
(http://avidaefeia.blogspot.com/2011/10/agencias-funerarias-de-rating-pt-iii.html)
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Posições contra a “opinião” das agências… são censura; actos contra o pluralismo político… são “critérios jornalísticos”.
Brilhante!
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lucklucky: «Nada justifica hoje que a França continue com AAA. Nem sequer a Alemanha.»
Parece que o principal inimigo do €uro está dentro de portas. E justifica a classificação dos EUA? Não estará a ser utilizado o mesmo critério de análise? E do Japão com 250%?
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Quando é que o Belmiro e o Paulo Azevedo ganham juízo e mandam fechar essa folha de couve social-fascista?
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Neste link
pode ler-se:
“5. Cada autor reserva-se o direito de não permitir comentários nas suas postas, ocasional ou permanentemente.”
O Blasfémias reserva ou não o direito de censura?
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Desde que me lembro (e compravámos – eu e/ou o meu pai – o jornal desde a primeira hora até há pouco tempo) o “sobe-desce” do Público sempre foi da responsabilidade da “loony left ” lá do sítio. Se não me engano, houve um tempo em que chegou a ser assinado, e um das assinaturas era sempre a da SJA (São José Almeida), a máxima representante das brigadas vermelhas no jornal . Mas o JMF poderá confirmar…
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é fazer como na antiga URSS e modificar as estatisticas de modo a por o rating AAA e o PIB a crescer 10% ao ano e prontos, pá, camarada estamos no bom caminho…..
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Arre, que é outro a fazer-se de desentendido. Isto hoje é só duques…
«pode ler-se:
“5. Cada autor reserva-se o direito de não permitir comentários nas suas postas, ocasional ou permanentemente.”
O Blasfémias reserva ou não o direito de censura?»
Como não sei desenhar explico devagarinho: se não se importam, na nossa casa mandamos nós….
Quem quiser aqui escrever e não for por nós autorizado porque o autor viola as regras estabelecidas (um direito nosso), em nenhum caso fica impedido de expressar a sua opinião ou argumento ou insulto, seja onde quiser, Não faltam locais para isso. Ninguém impede ninguém de publicar.
Já o que a direcção do jornal público enquanto «instituição» defende é que certas e determinadas empresas não possam publicar em lado nenhum.
Veêm a diferença?
Espero que coisa tão simples esteja percebida, pois até cansa o vosso esforço para virarem o bico ao prego.
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Segundo esta notícia os Bancos estão a chamar a polícia para pessoas que fecham as contas.
http://www.alternet.org/economy/153058/10_stories_of_people_moving_their_money,_despite_banks%27_efforts_to_stop_them
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Isto está cada vez mais interessante, dado que é possível viver sem os Bancos e é isso que as pessoas desconhecem.
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Qual é o problema da censura?
Ela existiu antes do 25-A e com bons resultados… Contudo, se o povo não pode falar, murmura. E o murmúrio do povo é como o caruncho a corroer o trono.
Neste caso, qual o problema em proibir a publicação dos ratings das agências? Nenhum e se deixa alguém feliz, então fogo à peça! É só fazer uma lei. Por mim, quero lá saber da censura; seja como for não tenho meios de exprimir a minha opinião, para além da paróquia.
Mas atenção aos murmúrios. A dificuldade estará em impedir os credores de ler os relatórios e os ratings da agências, talvez até “atrás de portas fechadas, à luz de velas acesas”… Isso é que já custa mais. Mas é tudo uma questão de vontade política. Digo mais, uma política de assassinato selectivo dos ratingers poderia resolver o problema. Ai não nos dás um AAA? Então amanhã tens um sniper à tua espera. Ou então com aqueles missais que os USA usam para limpar o sebo da gola aos maraus da Al-Qaeda.
Como vêm, não faltem problemas que soluções há muitas!
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Sem entrar nesta parte de censura versus nao censura e onde o GS entende que tal existe:
“Já o que a direcção do jornal público enquanto «instituição» defende é que certas e determinadas empresas não possam publicar em lado nenhum”. = “agências de notação financeira possam ser impedidas de classificar temporariamente o risco da dívida dos países em situação particularmente vulnerável ou sob programa de ajuda externa, como é o caso de Portugal. Grécia e Irlanda”
Aparte de esto, digo este é um mundo virtual , real ou factual? Será que foi isto que encontrou Alice Through the Looking-Glass?
Pois foi mesmo assim ou coisa parecida que eu pensei e recordei aquela saborossa e actual noticia de um més atrás
http://www.elmundo.es/elmundo/2011/10/07/economia/1318012543.html
Um sr. DIrector de um banco italiano a dizer ” que las agencias de rating ‘actúan en manada'”…
Será que estos sao os mesmos comportamentos indicativos e actuaçoes orientadores que movem ,orientao (ou desorientao) também o novissimo pensamento neo-capitalista-liberal neobovino?
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por falar em censura,temos um professor do qual não se conhece qualquer pensamento, obra, estudo, o que quer que seja sobre televisão, a não ser comentar na SIC economia e finanças, que se presta à triste figura de teorizar sobre que não sabe. Para ele o serviço público só deve existir para propaganda externa do Governo através do canal internacional. Talvez tenha saudades do programa da Emissora Nacional “A Voz do Ocidente” cujo slogan dizia assim: “Aqui, Voz do Ocidente, Rádio Moscovo não fala verdade”.
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“A voz do Ocidente”
“A verdade é só uma, rádio Moscovo não fala verdade!”
Temos aqui um belo exemplo de aplicação da censura. Pessoas que nunca ouviam a rádio Moscovo, ouviam este programa que as informava do que dizia a rádio Moscovo. E, como havia censura, não se acreditava em nada que fosse dito pelo governo e seus apaniguados.
Eu, por mim, censuras, todos os dias uma.
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Desculpe lá Gabriel,
julgava que o Blasfémias era uma «instituição»
e não a sua casa.
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Piscoiso : nao esquencer que os concluindos neoliberais sao o mesmo (ou deveriam ser)
casa=instituiçao= pais=Todos os paises.
Habitantes de Marte, ponham suas barbas em remolho porque pronto esta a chegar ai ou lá esta boa nova, este soniquete e rum-rum
Se os UESEI podem, nos também podemos fazer-o, jijiji. ..Claro que nao debe haver diferencias entre quem fod*** e quém resulta fod***.
E lá vamos indo com estas ajudinhas neo-pos-tras-depois de cem anos da-morte-do -Marx…
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Piscoiso
Posted 15 Novembro, 2011 at 16:59 | Permalink
Desculpe lá Gabriel,
julgava que o Blasfémias era uma «instituição»
e não a sua casa.
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Desta vez até eu defendo o Pisca-Pisca.
Isso quer dizer que na sua casa não admite o contraditório, só quem lhe convém?!?
Faz lembrar um Clube Democrático…só pra sócios!!!
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“É uma boa proposta que há muito deveria ter sido adoptada. Teriam sido evitados muitos estragos na crise financeira.»”
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ahahahaha!… Se assim tivesse sido Portugal já ia na construção da 3ª ponte sobre o Tejo, do novo aeroporto e do TGV!. Estariamos hoje como a Grécia. O que me parece é que essa medida vai suscitar mais desconfiança dos mercados e ainda será mais difícil pedir dinheiro emprestado. Quem irá investir no escuro?
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Nada a fazer. Hoje só me saem mesmo duques
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Desculpem-me, mas hoje estou muito tagarela.
A questão é a seguinte. Toda a gente que tem o monopólio da informação é pela liberdade de imprensa. O problema é que, às vezes, certas notícias inconvenientes escapam-se para onde não convém. Nesse caso, há que recorrer à censura a sério. Mas a questão é que censura existe sempre, muitas vezes sob a forma de blockout noticioso. Quando a imprensa quer os factos desaparecem. Portanto, criticar o Público é tempo perdido, nem a sua directora se sentirá posta em causa. O que se pode registar é que o pessoal anda tão à nora que já só com a polícia consegue lá ir.
Ao criticar o Público o Autor do post abriu a caixa de Pandora aos malandrecos do costume que estão todos gaiteiros com a oportunidade de jogar com as palavras. E aí perdeu o tempo e o feitio.
E tudo isto assenta num equívoco, só os marrecos não querem perceber. A mais importante informação financeira é confidencial e só interessa a uma elite restrita. Não se pode impedir os raters de classificar um país e de o comunicar aos credores por email ou sms ou por telefone de cordel ou por sinais de fumo ou por estafeta ou numa almoçarada. Assim, como no tempo do António não se podia impedir o prédio de gozar pelas costas com o vizinho que era legionário, apesar do poder que essa benemérita organização teve numa certa época, lá pelos anos 30.
Por isso, censura e polícia de ideias, para mim vêm de carrinho.
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E afinal por que razão está a UE a demorar tanto a criar a sua própria agência de notação? Não era também esta uma brilhante ideia? Será que desistiu e passou agora ao Plano b) ? Quantos mais planos terá em manga para tentar bater os mercados? Falam, falam, mas não fazem nada…
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Em resumo, as medidas da UE para combater a crise:
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1 – emprestar mais dinheiro e perdoar dívidas
2 – ir buscar mais dinheiro com um imposto sobre as transacções financeiras
3 – criar medidas proteccionistas – agência europeia de notação e eliminação de notações para os países vulneráveis
4- algumas medidinhas de austeridade. Convém não abusar que as pessoas queixam-se muito.
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parece que não temos todos a mesma noção sobre Opinião, Censura, Critérios editoriais, Regras da UE … e ainda bem
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Não são duques… A vigarice e newspeak necessária é crucial para Portelas e piscoisos continuarem a fazer o jogo. É táctica comunista.
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“lucklucky: «Nada justifica hoje que a França continue com AAA. Nem sequer a Alemanha.»
Parece que o principal inimigo do €uro está dentro de portas. E justifica a classificação dos EUA? Não estará a ser utilizado o mesmo critério de análise? E do Japão com 250%?”
Não justifica como disse noutros posts que fiz.
Mas note que os EUA já não têm AAA numa das agências. O Japão também não justifica, mas o Japão é um mercado mais fechado. A maior parte da dívida está nas mãos de japoneses.
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ADENDA:
Não acham curioso que quando as agências de rating falharam na crise do imobiliário todo o gato pingado jornalista e opinador professional fartou-se de falar dos erros das agências.
Agora que as agências falharam outra vez ao não descerem os ratings dos países mais cedo – só na Grécia o haircut é de 50% – nenhum jornalista ou opinador profissional fala e critica as agências de rating por não terem descido os ratings dos países mais cedo…
Assim se mostra a parcialidade esquerdista e estatista de uma classe profissional.
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Porquê?
Porque é uma Esquerda que está totalmente dependente da dívida e do mercado da dívida. Sem mercado da Dívida não há Esquerda porque ser Esquerda resume-se a comprar votos hoje com Dívida (os impostos e cortes futuros).
Foi um bom truque enquanto durou, pois indo ao mercado da dívida consegue-se enganar o mercado durante alguns anos e deixar a inflação baixa ao contrário das desvalorizações.
Se um País desvaloriza a moeda 10% isso nota-se logo. Se vai buscar 10% do PIB ao mercado da dívida ninguém nota muito se a dívida ainda for baixa.
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Censura? Cá, como vai poder ser dado que na primeira emenda se proibe terminantemente: Toma lá emenda proibidora:
http://es.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Hays
Censura. Tamos fod*** com esta a nossa primeira emenda que nao consigue por no seu galinheiro a estes revoltados do WeakIleaks.
Vamos ter que considera que o u BEM a) fazemos uma nova emenda para esta primeira emenda ou bem b) emendanos (ao nosso modo) a esses territoristas da libertade de expresao tao, tao neo- modernos…
http://www.fayerwayer.com/2010/09/estados-unidos-quiere-vigilar-las-conversaciones-por-internet/
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Então hoje não há postas sobre CENSURA? Hoje não vos saiu nenhum DUQUE?
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Portela é nome de Duque 🙂
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Luck, pá, estás enganado; eu sou mais tipo “totalmente dependente da dívida e do mercado da dívida”.
ps: quando mudares a K7 vai ser uma festa!
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