Ondas de exaltação
4 Fevereiro, 2012
400 mil idosos vivem sozinhos: Há uma esquizofrenia nestas notícias: a classificação de idoso remonta a um tempo em que a esperança média de vida era baixa. Hoje aos 65 anos os trabalhadores do sector privado trabalham. E os do sector público só não o fazem ainda por causa da tal equidade que lhes dá um regime laboral muito especial. Aos 65 anos estranho será que não se viva só ou na companhia doutra pessoa igualmente idosa. Depois da idade pediátrica se ter alargado à vida adulta assistimos agora à construção de uma imagem daqueles que têm mais de 65 anos como uma imensa e indistinta massa de dependentes.
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9 comentários
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BLASFÉMIAS 
Cara Helena, Portugal está a ficar um país estranho.
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Veja bem. Até aos 45 anos, ainda se é jovem. (Por exemplo, apoios aos tais jovens agricultores.)
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Depois, aos 55 anos, já se está na terceira idade. (Ver a quantidade de gente reformada nessa idade e até mais novos.)
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Resumindo, em Portugal só se é adulto durante… 10 anos. ehehehehehh
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Acha que essa dependência vai ser gradualmente menor?
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Tem de se fazer um estudo sobre a aceitação da adopção de idosos por casais homossexuais e incentivar promoções do género: Adopte uma criança e leve o avô grátis.
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POIS VIVE-SE MAIS MAS COMO? ACAMADOS INDIGENTES ETC..É QUE MINHA CARA SE ANTIGAMENTE HAVIA A REDE FAMLIAR ESSA HOJE KAPUT..É A VIDA TRABALHO MUITO TRABALHO NÃO E EXISTE TEMPO PARA CUIDAR DOS NÃO PRODUTIVOS ESSE SÃO LIXO PAR UMA SOCIEDADE QUE SÓ VÊ O QUE SE PRODUZ E ESQUECE RAPIDAMENTE QUEM PRODUZIU..OBRIGADO TANSO AGORA FAZ UM FAVOR AO ESTADO E MORRE PÁ…DÁ LUGAR À JUVENTUDE..AOS QUARENTÕES…
“‘A minha glória é esta: Criar desumanidade! Não acompanhar ninguém.”
JOSÉ RÉGIO
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Há na verdade um plano do Governo para fazer uma razia nos velhos.
Quantos menos velhos, menos pensões.
Não foi o Cavaco que disse que o problema dos funcionátrios públicos só ficava resolvido com a sua morte?
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Pois é a presidente da Assembleia da República reformou-se com pouco mais do que os quarenta anos, sem descontos para o montante avultado que recebe; para não falar do sr. Mira Amaral e da sua reforma escandalosa; para além dos altos dirigentes da banca que têm agora a sua reforma asegurada pelo Estado sem terem descontado o tempo que é exigido aos outros; e ainda as reformas do Banco de Portugal e do Parlamento, etc. Convém esclarecer que a reforma antecipada de um funcionário público sofre um corte, nem que tenha estado a trabalhar quarenta anos (sendo estes casos os que começaram a trabalhar em crianças). A questão que não se fala é a das reformas milionárias que dão cabo do sistema, são somas que estas pessoas não descontaram, dai terem de usurpar as reformas de quem descontou toda a vida. A mim não me incomoda as reformas dadas às pessoas que, ficando numa situação de desmprego e sem condições básicas de sobrevivência, são consideradas velhas para trabalhar não conseguindo nenhum emprego, ou os deficientes, é uma questão de justiça social. O que nos deve incomodar são as vozes dos que se serviram e servem da sua posição no poder para mexer no dinheiro dos descontos de quem cumpre os anos todos. Eu sei que a banca e as seguradoras estão ávidas por deitar a mão no sector das reformas para se continuarem a manter, o que não dizem é que a experiência privada das reformas em países como os Estados Unidos deixou pessoas sem um centavo, mesmo tendo descontado toda a vida. Descobriram que o seu dinheiro foi utilizado em negócios pouco esclarecedores, para não chamar outra coisa, obrigando pessoas com setenta anos a terem de arranjar qualquer forma de trabalho para poder comer. Porque é que nunca se diz tudo?
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Cara HELENA!
Em qualquer caso, aos 70 anos assistência médica só pagando ….
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é outra das consequências da bolha da construção…uma casa para cada tuga. esta gente quer sempre sol na eira e chuva no nabal , não dá.
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Há algumas dezenas de associaçoes, bombeirais, protecçoes civis, policias municipais, assistentes sociais, etc, que em vez de coçar a micose e fazerem alguns trabalhitos pontuais, podiam fazer assistencia de forma mais continua. sempre justificavam os donativos do estado. referenciar pontos, fazer uma ronda ao quarteirao a contar as orelhas (nota: é preciso dividir por dois para dar certo) dos velhotes solitários, não leva mais tempo que estar na tasca a petiscar pasteis de bacalhau, e era uma boa ajuda.
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