Como provar que uma obra pública não derrapa
Tipicamente, na fase do marketing político e empresarial, o promotor (um político à cata de votos ou um boy a justificar despesa) estima um valor baixo para os custos da obra. Numa segunda estimativa, já com a obra aprovada é feito um orçamento mais realista. Eventualmente faz-se uma terceira estimativa mais tarde quando a obra esbarra nas complexidades específicas (o terreno não era como se pensava, a legislação gera sobrecustos, os acabamentos e os equipamentos afinal não tinham sido contabilizados). Então como é que um espertalhão pode provar que a derrapagem não foi assim tão grande ou que no limite não houve derrapagem nenhuma? Fácil. é ignorar a primeira estimativa (a do marketing político) e talvez até a segunda, e usar a segunda ou a terceira. O ideal mesmo era que não se fizessem estimativas e que os políticos pudessem lançar obras sem nunca fazer um orçamento prévio.
Mas também não é preciso exagerar: http://www.arrastao.org/2486333.html
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O exemplo vem da Sopa de Pedra:
A sopa é feita com água temperada de sal e uma boa pedra, de preferência redonda.
Coisa barata.
A meio da cozedura, verifica-se que talvez fique melhor com um chouriço e põe-se o chouriço.
E porque não uma couve também?
Quem paga… isso agora não interessa nada.
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Pelos vistos,
quando deixar de ser ashim,
deixamos de ser portugueses.
Ámen.
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para que uma obra não derrape, basta haver muito rigor, profissionalismo em abundância, bom senso e sobretudo, que seja aplicado o princípio da negociação e adjudicação pelo método Forfait – Expressão francesa significando a convenção ou acordo pelo qual uma das partes do contrato se obriga a fazer ou a fornecer alguma coisa por um preço certo, perdendo ou ganhando com a estipulação.
Tão simples quanto isto, e que se aplica nas empreitadas particulares.
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O problema das derrapagens é o da bola de neve. Se eu abrir uma excepção para ti, terei de abrir excepções para todos…
Todavia, este Governo (como aliás os anteriores) lida mal com as regras. É atraído pelas excepções como, p. exº., já se verificou na TAP e na CGD. Contudo, uma espécie muito particular de derrapagens está para aparecer à luz do dia: as parcerias público-privadas (PPP’s). Isto é que vai ser “colossal”!
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A coisa é tão fácil de resolver que me deixa atónito haver tanta estupidez junta!
Sendo certo que eu em Portugal não meto o bedelho… Livra!
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