Coisas óbvias
4 Julho, 2012
O curriculum académico de um político ou qualquer outra figura pública não é critério para o avaliar nem como pessoa, nem para saber se é ou não competente para exercer o cargo que ocupa. Grandes figuras políticas europeias – como Jacques Delors – não possuíam qualquer licenciatura. Na banca portuguesa o presidente de um dos principais bancos privados e o vice-presidente doutro grande banco também não completaram a sua licenciatura.
Escrevi isto em Março de 2007, no dia em que o Público revelou o caso da licenciatura de José Sócrates. Será que o nosso actual ministro da comunicação social não lia jornais nessa altura?
34 comentários
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pois, a malta que defende os autodidatas é a mesma que depois de 74 tirou cursos administrativamente. JMF, como maoísta coevo, bem sabe do que fala.
nessa altura a malta tirava cursos administrativamente e depois tinha tacho assegurado. agora vai para a jsd ganhar «curriculum profissional» e depois compra um qualquer curso numa universidade ad hoc!
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o processo de bolonha revolucionou a coisa: os cursos passaram em regra de 5 para 3 anos;
o processo Relvas, é ainda mais avant-garde: em apenas um ano lectivo se tira um curso superior,bastando ter feito uma cadeira vinte e dois anos antes!
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Caro ex colega do Liceu Camões, mas vivemos num país de “doutores”
fato e gravata ou dr. no livro de cheques (agora mais no cartão de credito) e está feito.
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É muita falta de vergonha na cara para quem transformou um jornal interessante num blog pessoal!
Acha que é mesmo sobre o currículo do indivíduo que as pessoas estão a fazer perguntas ou é sobre a forma como ele lá chegou?
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Associaçao de ideas ou de pessoas ainda que esteiam nas antipodas. esto pode dar em obseseçao de ideas que enfermam as mentes-cronificadas.
Poderiamos falar do caso de um tal Relvas sem mencionar nem aludir para nada o do -estudante- filósofo?
Nem comparar…Dizem que as comparaçoes as veces resulam odiossas.
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E a fin de contas “estes-que-estao-agora-a-tomando-conta do pote” nao presumiam de ser o que parecia a geraçao novissima e (espontánea ) que ia limpiar , quebrar com os maus hábitos do passado e por a clase política ali onde antes nunca estivo nem um podia imaginar?.
Onde antes nunca estivo…hehehe. Estas frases que pode ser todo e nada porque nao ai um contrato empresarial especial firmado contra o dito e os feitos…peanuts. Todo palavras ocas…
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o que o jmf1957 disse é que” não havia necessidade”
mas agora a provar-se falcatrua vai ter que pagar por isso.
DEMITA-SE SR. RELVAS JÁ CHEGA
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JMF: seja de direita ou esquerda com gente desta não vamos lá . Este senhor tem de ir dar uma volta e mais lhe digo, se o Passos coelho dá cobertura a porcarias como no tempo do sócrates é melhor o PR ,por fim, assumir-se ,e fazer algo . Onde estão os cortes na rtp e a privatização. Continuam aqueles vencimentos aviltantes de gajos que se limital ler ecrans e gajas que pouco sabem além de mostrar as pernas . Olhe ,se me permite, sei que esteve naquela comissão com o dr João Duque e gostei do relatório ,o sr passos se tiver tintins , tire o relvas e ponha-o lá . Espero que também não tenha rabos de palha como o sr Relvas.
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“O curriculum académico de um político ou qualquer outra figura pública não é critério para o avaliar…” não é equivalente a
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um dos problemas é que ppcoelho é 1º ministro só no papel.
nº1 é o angelo correia nº2 é o relvas nº3 é o gaspar
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Então diga lá vossa reverência como é que se avalia uma pessoa para o desempenho de um cargo político.
A minha tia Amnésia roga-lhe esse favor.
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Já alguém disse isto antes, mas o que está em causa é a forma como se consegue obter um diploma. Não tirar um curso, porque isso parece que não foi conseguido, mas obter um diploma.
E vou lembrando que Sócrates, que eu sempre critiquei, tinha um curso de engenharia completo de 4 anos no ISEC (Coimbra). Mas porque era bacharelato (uma estupidez) ele lá foi fazendo cadeiras noutras instituições, designadamente no ISEL. Quer dizer, mesmo retirando as supostas aldrabices, o homem tem 5 ou 6 anos de estudo efetivo.
Nada que se compare com Relvas que parece que tem apenas um. E ainda não se sabe porque é que não fez os outros dois.
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É claro que o sr Fernandes revelou o caso da licenciatura de Sócates. Não revelou foi o caso do enriquecimento do seu patrão.
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Nunca pensei que viria a concordar com o “aremandus”… Já o “fincapé”, Jesus!… O soquinhas é um “nerd” estudioso, nós sabemos… De facto, esta conversa de que não são necessários cursos superiores para se ser bom profissional ou bom governante é uma falácia. Vão buscar excepções e falsidades para comprovar. Claro que tirar cursos superiores não é para todas as cabecinhas nem para todas as cabeçorras… Muito menos antes do ano 2000. Só os minimamente disciplinados e motivados o conseguem. Isto não quer dizer nada?
Portanto, se o Relvas é como o bandalho socas, rua com ele! Já chega de analfabetos…
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mas ter no curriculo falsificações impota , non ? é quem rouba um tostão rouba um milhão e aqui estamos , na bancarrota.
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Eleutério,
Parece-me que Sócrates não era muito estudioso. Apenas o suficiente para concluir o curso com 12 ou 13.
O que eu disse não tinha nada a ver com isso. Também não sei se Relvas foi estudioso ou não no único ano que fez no ensino superior.
Mas lá que fez só um, parece ser verdade.
Mas então diga lá em que é que discorda de mim! Ou é só para chatear? 😉
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Pegar no touro
Em Portugal ninguém quer pegar no touro pelos cornos. O sistema está todo encravado. E pior, há uns anos a maioria das pessoas eram demasiado ingenuas para entender e refletir sobre os assuntos sórdidos da democracia, mas com o passar do tempo e com a catadupa de histórias e tramas, de ingenuas passaram automaticamente a conformadas, com a bença e a graça da estrutura de poder em Portugal…
Agora uma democracia que não consegue analisar direito o perfil dos seus próprios governantes não é uma democracia. Quando o cidadão ouve dizer que vive numa democracia, ele imagina que algumas tramas sórdidas que os políticos se envolvem são naturalmente corrigidas no momento de eleições, o que não é verdade.
Tem pessoas que têm horror em acreditar que a situação está anormal, têm de acreditar que se encontra tudo em normalidade. Mas as anormalidades são criadas acima das anormalidades e assim a máquina não para mais…
http://vivendi-pt.blogspot.com
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O que se está a discutir, não é um curriculum mas um carácter.
E nós, o povo, temos direito a saber do carácter de quem nos governa.
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Resquícios salazarentos !… “Sr. Dr”, “sr.engº”…
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Segundo leio aqui no Público, o estudioso Relvas começou a sua carreira universitária na Universidade Livre, obtendo a honrosa classificação de 10 no 1º ano da cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional, nos idos de 1984.
No ano seguinte quis voar mais alto e transferiu-se para o curso de História, mas não concluiu nenhuma cadeira.
Dois meses depois, com a bagagem adquirida… entra na Assembleia da República como deputado.
A partir daí foi tudo mais fácil.
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O Piscoiso perguntou: “Então diga lá vossa reverência como é que se avalia uma pessoa para o desempenho de um cargo político”.
Sem saber a que reverência se estava a dirigir, repondo eu, que sou leigo: deve avaliar-se pelos frutos, ou seja, pelo trabalho realizado, e nunca apenas pelo que o candidato sabe. Pode ser um sábio, pode saber muito de muita coisa, mas se não apresentar trabalho feito, que dê um mínimo de garantia de que vai exercer o cargo com competência, não deve ser escolhido.
E, claro, também tem que ter uma folha limpa.
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Pois claro que não é preciso nenhum licenciatura para o exercício competente de cargos públicos e do executivo. Ninguém duvida. Precisamente, o que é condenável é querer ostentar à força, a martelo, uma licenciatura, para estabelecimento de currículo. Fica a ideia, então, de que ela é necessária, já que começamos a fartar-nos de aldrabices deste género. O cidadão comum estuda e forma-se segundo padrões certificados; alguns políticos, não, passando ou contornando-os. Claro, reitero-o, que a licenciatura não serve para avaliar qualquer aptidão pessoal e política, quando os políticos não fazem uso dela (e como poderiam, se não a fizeram) e em geral já estão firmados na praça. Mas não há aqui algo de irregular, reprovável, criminoso, no sentido em que, ao adulterar-se os procedimentos exigíveis, há pelo menos duas partes que falsearam ou falsificaram? É isto, julgo, que é eticamente reprovável. Quem se importa, afinal – senão eles – que os políticos tenham ou não licenciatura para o exercício político, quando eles talvez só pensem nisso para a pós-política? Portanto, se escreveu isso em 2007, que propósito serve agora? Não só não esclarecia nada em 2007 – senão o óbvio -, como agora se limita a fazer uma entrada sem sentido, ao lado da questão ética e legal da licenciatura. Que alguns políticos queiram ser pateticamente aldrabões (com a conivência dos seus pares) – e é este o único crivo moral por onde passa a questão -, que sejam. Entre um político competente sem licenciatura e um político competente (duvida-se sempre da competência quando há desonestidade) com uma licenciatura forjada, tirada à pressão, escolho sempre o primeiro. Finalmente, a política não vive somente de qualificações formais e reais, mas de um certo jeito estribado na formação forte e sólida e conduta.
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O Tiro ao Alvo não faz nenhuma avaliação prévia. Primeiro, coloca um tipo sem qualquer perfil. Depois vê se ele tem qualidades ou não.
Assim, se tiver um tipo com um curso, com provas dadas e bom aproveitamento, escolhe o outro, aquele que não tem qualquer currículo, porque tem esperanças que a coisa corra bem.
É por isso que a mediocridade se passeia impante pelo topo pelo topo da nação!
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O Piscoiso perguntou: “Então diga lá vossa reverência como é que se avalia uma pessoa para o desempenho de um cargo político”.
Resposta : É capaz para o cargo se for amigo ou então não é capaz !
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O Piscoiso perguntou: “Então diga lá vossa reverência como é que se avalia uma pessoa para o desempenho de um cargo político”.
ausculta-se se a besta obedece ao dono-o capital
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Fincapé,
Nunca lhe disseram que não sabre ler? Então digo-lho eu: vá ler novamente a minha resposta, porque o que escrevi é exactamente o contrário do que entendeu…
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Tiro ao Alvo,
Leio malzito, leio. Isto de estar a juntar as letras uma a uma, quando se chega ao fim já não se sabe o que está no início.
“…deve avaliar-se pelos frutos, ou seja, pelo trabalho realizado, e nunca apenas pelo que o candidato sabe.”
Se não quis dizer o que eu disse, devo-lhe desculpas. Mas então quando alguém pretende um qualquer lugar, emprego ou cargo, como é que pode ser avaliado só pelos frutos que ainda não teve?
E a pergunta do Piscoiso a que Tiro ao Alvo estava a responder era:
“Então diga lá vossa reverência como é que se avalia uma pessoa para o desempenho de um cargo político.” É uma avaliação a fazer antes ou seja do currículo e não dos frutos.
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Não é uma medida de competência, totalmente de acordo. Mas mentir sobre a sua habilitação é, de forma igualmente óbvia, uma medida da moral e do caracter do indivíduo. Jacques Delors não mentiu sobre a sua formação. É também um símbolo de pequenez, de uma visão paroquiana… A hora do Relvas já passou. Tem que ir ter com o Sr Sócrates a Paris, que vivam felizes para sempre com os seus canudos respectivos.
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O amigo Fincapé pergunta:
“Como é que pode ser avaliado só pelos frutos que ainda não teve?”
E eu respondo: se ainda não deu frutos não pode ser avaliado. Ponto.
Concluindo: ninguém deve ir para o governo (ou para qualquer outro cargo de elevada responsabilidade), sem provas dadas. Ponto final.
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Tiro (falhado) ao Alvo:
O Relvas merece estar no governo porque deu provas de saber reduzir 3 anos a um.
Imagine que fazia o mesmo com a Dívida Pública.
O ovo de Colombo.
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Coisas obvias: um aldrabão é aldrabão.
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Em país nenhum,os ´prof,dr.,eng.’,exigem ser tratados com seus´’doutos’ títulos,a não ser em Portugal.
Interessante seria,talvez,ver as médias de entrada do superior.
Complexos talvez.
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… não é critério para o avaliar nem como pessoa – diz ele
então um tosco, sem moral, descarado para besta, pode fazer o que bem queira, como o queira, mentir, chantagear, burlar o País, a velhinha e, sobranceiro, rir-se ainda da maralha, que usted há-de jurar que o gajo é sério, honrado, de caráter, de par com o 1º ministro, é isso ?
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É evidente que quem se apresenta como licenciado — um “doutor” – não o sendo, está a mentir e a querer tirar proveitos pessoais e sociais dessa mentira.
Nem chega a estar em causa a possível competência porque se trata de alguén em quem não se pode confiar porque é um adrabão e, em consequência, desonesto.
O sr. Relves é indigno e, para todos os efeitos, incapaz de assumir cargos de responsabilidade seja na governação seja noutra função qualquer.
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