Rui Ramos responde a artigo difamatório
Um caso de difamação
“Publicou o jornal PÚBLICO, nos números de 2 e 16 de Agosto, dois artigos de um seu colunista quinzenal a acusar-me de ter dito, na História de Portugal de que sou autor com Bernardo de Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro, que a ditadura de Salazar não era uma ditadura, mas um regime democrático e pluralista, e que a melhor solução política para o Portugal de hoje é uma ditadura fascista como a de Salazar (há obviamente uma contradição nestas duas acusações, que parece ter escapado ao autor delas).
Para “provar” tais calúnias, são-me atribuídos argumentos que nunca defendi e deturpado o sentido de frases e de pedaços de texto, grosseiramente mutilados e manipulados. Darei alguns exemplos. É dito ter eu afirmado que Salazar não era uma “personagem ditatorial”, no sentido em que não era um ditador e o seu regime não era uma ditadura. Nunca, como é óbvio, disse isso: o que eu digo, a p. 639, é que Henri Massis, ao visitar Salazar em 1938, notou que “nada tinha de uma personagem ditatorial” (a expressão não é minha, mas de Massis), no sentido em que projectava uma presença muito diferente do ditador típico da época, como Mussolini, o que não quer dizer que Salazar não fosse um ditador (como até Massis o considera, aliás). De resto, chamo por todo o lado ao Estado Novo uma “ditadura”. É dito que eu considero o Estado Novo um regime absolutamente idêntico à monarquia constitucional do século XIX. Nunca, como é óbvio, disse isso: o que eu digo, a p. 632, na linha de vários historiadores e juristas de diversos quadrantes ideológicos, é que o Presidente da República – só isso – faz lembrar, na constituição formal do Estado Novo (muito diferente da efectiva), o rei da monarquia constitucional, o que não é a mesma coisa que dizer que a ditadura salazarista é igual ao regime liberal do século XIX. É dito que eu considero o Estado Novo um regime que não se distingue das democracias ocidentais do pós-guerra, quando o que eu digo, a pp. 667-670, é que a Guerra Fria levou as democracias ocidentais a tolerar e a enquadrar ditaduras como a de Salazar, cujas semelhanças com a Itália fascista noto a p. 638 (cito-me: “Em 1940, o Estado Novo lembrava em muitos aspectos o Estado fascista italiano”). É dito que eu faço a história da ditadura de Salazar sem jamais mencionar a censura, a PIDE, a tortura, etc. – quando, a páginas 654 e 694, descrevo o funcionamento da censura; a pp. 650 e 695, os recursos e os métodos de actuação da PIDE; a p. 651, cito o número de presos políticos, o número de mortes no campo de concentração do Tarrafal e o uso generalizado de torturas como a “estátua”; a p. 695, atribuo o assassinato do general Delgado à PIDE; a p. 673, refiro o sistema de penas de prisão renovadas por decisão do Governo (“a confirmação de que o arbítrio pessoal dos governantes substituíra qualquer procedimento judicial”) e as exclusões políticas no emprego; a p. 652, cito uma carta impressionante de José Marinho, de 1937, que bem revela o peso opressivo da ditadura salazarista sobre o quotidiano. É dito ainda que escondo a violência colonial, quando a verdade é que afirmo que, sob a ditadura de Salazar, tal como sob regimes anteriores, as populações das colónias estavam “à mercê da administração” (p. 659), prosseguindo uma análise de pp. 563-565, em que enfatizo a dimensão violenta da colonização em África.
Podia continuar. Não me parece que valha a pena. O resto é deste mesmo quilate. Recorrendo a tais métodos, e com a desfaçatez com que são usados neste caso, seria possível “provar” que qualquer pessoa é “fascista”. Permito-me convidar os leitores do PÚBLICO, sejam quais forem as suas convicções, a ler os capítulos sobre o Estado Novo na História de Portugal, quer na edição de livraria da Esfera dos Livros, quer na edição que está a ser distribuída gratuitamente pelo semanário Expresso. Não é uma obra perfeita. Terá limitações e defeitos. Mas estou certo de que nenhum leitor de boa fé, por mais que discorde das minhas interpretações, poderá dizer que derivam de “ideias fascistas”.
Há sete anos que escrevo semanalmente na imprensa e participo regularmente em programas de televisão. Os leitores do PÚBLICO puderam ler-me durante três anos, todas as semanas, entre 2006 e 2009. As minhas orientações e pontos de vista não são segredo. Toda a gente que me leu ou ouviu sabe que não tenho qualquer simpatia por ditaduras, sejam de direita, de esquerda ou do centro. Em tudo o que disse e escrevi sobre a ditadura salazarista, em publicações académicas ou na grande imprensa, em aulas ou em palestras, nunca deixei a mais ligeira dúvida sobre a natureza opressora e asfixiante do regime. Não por facciosismo, mas porque o regime era mesmo assim. Podia citar aqui o primeiro estudo académico que publiquei sobre o salazarismo, em 1986, na revista Análise Social, n.º 90, pp. 109-135 (disponível online). Mais eis, por exemplo, excertos do que escrevi no Expresso, suplemento Actual, 24 de Julho de 2010, pp. 8-13:
“Quando comparamos a ditadura salazarista com as suas contemporâneas, quer na década de 1930, quer na década de 1960, a contabilidade repressiva é modesta. (…) Mas não nos devemos enganar. A ditadura de que Salazar esteve à frente desde 1932, quando assumiu a chefia do Governo, foi mesmo uma ditadura, com censura, tortura nas prisões, penas indefinidas e discriminações políticas. Pareceu “moderada”, porque, como explicou Manuel de Lucena, era meticulosamente “preventiva”. Todos em Portugal estavam à mercê do poder, sem real protecção jurídica. (…) Nunca houve dúvidas de que (a ditadura) podia ser implacável. Deixou morrer três dezenas de anarquistas e comunistas no campo do Tarrafal, em Cabo Verde, entre 1936 e 1945. Perseguiu e exilou o bispo do Porto, encobriu ou não investigou o assassinato do general Humberto Delgado por agentes da PIDE em 1965″…
Como é possível alguém que leu isto dizer que eu “nego” a ditadura? De facto, as acusações que me foram feitas são tão absurdas que não deveriam merecer resposta. Esta não é uma polémica historiográfica ou uma questão de opiniões. É um simples caso de difamação pessoal. Mas, publicadas num jornal como o PÚBLICO, tais calúnias e falsidades poderão ter deixado perplexos alguns leitores que ainda não conhecem o livro. Para esses, e só para eles, escrevi estas notas. Para os que leram o livro de boa fé, mesmo sem concordar, não creio que sejam necessárias.”
(resposta publicada no jornal Público a 21/08/2012)
Caro Rui Ramos julgo que nenhuma pessoa com dois dedos de testa deu qualquer creditibilidade ao nosso amigo Loff. Mas uma coisa é verdade, o nosso amigo Loff ficará na história, não por ser um difamador mas por ser um completo idiota.
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“Como é possível alguém que leu isto dizer que eu “nego” a ditadura?”
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afinal Rui Ramos tambem é um fraco historiador !! Salazar foi o regente de Portugal abençoado pelo grande Rei D. Miguel, o tradicionalista !!! Salazar elaborou um modelo económico, com a geração de ouro, de uma genialidade impar a nivel do planeta Terra !! pegou num país em ruinas…chamar Salazar um “ditador” é não ter respeito pela miséria em que Portugal atravessava quando o seu regime se apoderou das redeas do poder…só tal falta de respeito pelos feitos de Salazar e da geração de ouro que o acompanhou, explicam a tragédia económica em que Portugal se deixou enrredar e o roubo das 300 toneladas de ouro pela judearia internacional…afinal rui ramos e o loff, estão bem um para o outro…Salazar foi um regente de Portugal , qual ditador !!??? ditadura é a da Judearia !!! qualquer dia sabe-se mais da história dos judeus em Portugal do que da história dos próprios portugueses…até branquem o massacre cristãos portugueses às mãos dos jacobinos-semitas sob a liderança do canideo Napoleão Bonaparte !!
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Aliás Salazar quando é chamado para tarefas governativas o País estava sob a Ditadura Militar (era assim que se designava oficialmente). O que sucede depois é a dinâmica de todos conhecida a Ditadura Militar passa a Ditadura Nacional, depois a Estado Novo e acba com Marcelo Caetano em Estado Social. Este ‘comboio histórico’ é como o salazarismo gostava de afirmar: uno e indivisível. Conserva, com alterações de circunstância, a ‘marca’ inicial…
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Para mim, o Loff é uma pessoa desonesta. E está tudo dito.
Portanto, o Loff, não é um historiador, não, é um historiador desonesto. Podíamos dizer que é um historiador sectário, mas a verdade é que é um historiador desonesto. Enfim, coisa feia.
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O JMF arranjou uma nova dama?
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ditadura soviética tem sido esta merda que saiu do 25.iv
bem pior que a anterior que nunca apoiei
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que excitação!
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Um Ditador muito temível Salazar com 30 mortos numa época que morreram milhões.
Então para os lados comunistas foi um ver se te avias.
Salazar foi um ditador brando que sabia dos perigos da época e geriu conforme achou que teria que agir
Economicamente foi de uma mestria suprema.
Já agora para não ficarmos na história da memória curta para comparações com o atual vamos mais atrás… Quantos mouros matou mesmo Afonso Dom Henriques? Na sua época chamava-se guerreiro…
A história é uma sucessão de costumes, cada época tinha o seu costume e agora estamos na era da corrupção e das dívidas.
vivendi-pt.blogspot.com
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Não percebi porque abandonou o itálico em África.
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O Portela Menos 1 nem pia.
Andava para aí aos saltos a chamar fascista ao Rui Ramos, que o Rui Ramos escrevia artigos fascistas etc.
Nunca leu o livro.
E agora nem mia.
R.
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Rogério , Posted 21 Agosto, 2012 at 23:14 … continuas a fazer figura de idiota.
eu classifiquei RR como revisionista – se é que sabes o que isso é – e mantenho.
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Vai dar ao mesmo ó caramelo.
E há comentários teus no mesmo sentido.
R.
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és burro e gostas, dass.
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Quem é independente de espírito e tem espírito crítico não precisava deste desmentido do Rui Ramos.
É uma visão revisionista da História? Eu diria que sim. Mais objectiva e imparcial do que é costume. Mais de acordo com os factos.
A versão Loff está conforme com a linha do jornal O Público.Um jornal que já não se lê e que também já nem se folheia, como dizia Vasco Pulido Valente do Expresso.
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penso que rr deu muita impotância ao loff. Realmente vivendi ,agora estamos na era da corrupção e do calote .
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A versão Loff está conforme com a linha do jornal O Público.Um jornal que já não se lê e que também já nem se folheia, como dizia Vasco Pulido Valente do Expresso.
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Serpente de verao ou cobra com intereses jornalisticos de por medio?. De certas publicacoes com ex…mas venha lá a justiça para quem levantou antes esta levre que nao era tanta levre e mais bem resultou ser um fracucho coelho.
Um ponto lhe seja dado (e a honra) a Antonio Rego Chaves que foi quem puso o punto nas ies em todo este assunto quando nao havía interesses jornalisticos e de vendas de jornais em competencia de por medio…Ele ossou e abussou….
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http://es.scribd.com/doc/25841690/Rui-Ramos-%C2%ABOutra-Opiniao%C2%BB
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“O Público” continua a ser dos poucos jornais (em papel) que vou lendo.
E faço-o desde o nº 1, apenas com um intervalo durante a direção de jmf1957, após a invasão do Iraque.
E acho que o jornal só teria a ganhar, substituindo a página semanal de jmf1957 por uma de Rui Ramos.
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«Os portugueses já se habituaram às lições de patriotismo da Presidência da República. Devem talvez começar a preparar-se para o momento em que algum comissário de Bruxelas dê ordens para serem patriotas e escreverem ‘Os Lusíadas’ outra vez. De preferência, com um prefácio anti-americano.» (…) «O anti-europeísmo parolo viveu sempre de pesadas indigestões de patriotismo, gemendo pela soberania nacional e pelos coitadinhos da pesca e das hortas.» .
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Bom talvez aquí o Rui Ramos só fiz confusao entre algum comissario de Bruxelas por uma dama de gelo em pé de guerra com a sua “strenge, strenge”, austeridade, austeridade e o tal Rui Ramos houvera acertado em cheio.
Eram lá outros tempos…Quem ia pensar que de uma Angela iam sair estas tretas e arguzias tao endemoniadas.
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(…) Classificando o dia 25 de Abril de 1974 como «carnaval esquerdista doLargo do Carmo», dizendo que «Salazar, ao contrário do general Francoem Espanha, fez sempre eleições» ou não disfarçando o seu entusiasmo perante a contra-revolução de Julho e Agosto de 1975, o autor renuncia àssuas funções de historiador tanto quanto possível isento e adopta o tom do propagandista. Está no seu pleno direito, desde que não venda gato por lebre e se assuma como aquilo que de facto se revela – um panfletista (…)
http://es.scribd.com/doc/25841690/Rui-Ramos-%C2%ABOutra-Opiniao%C2%BB
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http://es.scribd.com/doc/25841690/Rui-Ramos-%C2%ABOutra-Opiniao%C2%BB:
Pouco importará se Rui Ramos «gosta» mais dos miguelistas ou dosliberais, dos monárquicos ou dos republicanos, dos salazaristas ou dosantifascistas. A verdade é que nos brinda com «pérolas» como estas: «A‘democracia’ [as aspas são do autor] contra a qual Salazar fez doutrina nadécada de 1930 não significava um estado de direito e representativo, comohoje, mas o domínio exclusivista e sectário da esquerda republicana.» (…)«Salazar chegou ao governo depois de cem anos de hegemonia política dasesquerdas, primeiro em versão liberal e depois republicana.» (…) «Em1945, na hora da derrota do fascismo, as esquerdas exigiram eleições emPortugal. Salazar fez eleições. Nem ele nem as oposições estavam de boafé.» Todas estas arbitrariedades falam por si e dispensam quaisquer comentários de ordem «científica»: situam-se à margem da História.
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Portela Menos Um,
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A‘democracia’ [as aspas são do autor] contra a qual Salazar fez doutrina na década de 1930 não significava um estado de direito e representativo, comohoje, mas o domínio exclusivista e sectário da esquerda republicana.
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Imaginando que a frase não tenha sido tirada fora de contexto, isto é , não seja a citação de alguém pelo Rui Ramos e apresentada como sendo do Rui Ramos, não deixa de ser absolutamente verdadeira.
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Lembro-me de ter lido um artigo de jornal de 1941 (durante a minha pesquisa para um escrito sobre a II Guerra) em que o autor (um sicofântico do regime, daqueles que quase dispensam censura prévia) LAUDAVA a democracia liberal dos Estados Unidos, e a enchia de virtudes e de benignidades; contrapondo no entanto a democracia corporativa que, dizia ele, e não me cite aqui como sendo minhas palavras, se adequava mais às características lusitanas.
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Nunca li nada (e li bastantes jornais de entre 38 e 46) que visasse negativamente a democracia conforme era praticada na Inglaterra ou nos Estados Unidos e li muita coisa em contrário. Simplesmente visavam as autodenominadas democracias (talvez as aspas) comunistas e socialistas— com eleições, sem eleições ou com eleições fraudulentas—, as quais eram o tal domínio exclusivista e sectário da então esquerda republicana e maçónica, ou da esquerda republicana e comunista.
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O que foi escrito foi evidentemente passado no crivo da censura, o que mostra a anuência, se não a adesão, do regime salazarento. Logo, Rui Ramos terá tido razão.
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Não me vai dizer que a Rússia Leninista e Estalinista era uma democracia, pois não? Pois eles, os estalinistas, diziam que sim, que eram uma democracia, debalde tanta repressão. E etimologicamente, por pretensamente não haver uma classe dominante por nascimento (sabemos que a verdade… ah! verdade!) seriam uma república democrática. Assim como a hereditária Coreia do Norte ou Síria ou Angola ou Cuba ou a Venezuela ou o Portugal de Salazar o são formalmente.
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E, Portela Menos Um, as eleições ocorreram em 18 de Novembro de 1945. O MUD, Movimento de Unidade Democrática, perante a impossibilidade de acções de campanha, e de não de ferimento de acção para o adiamento das eleições pelo Supremo Tribinal Adminstrativi, apresenta a desistência no dia 11 de Novembro, recomendando a abstenção.
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Imagino que não saiba disto. Salazar declarou então não fazemos eleições por ser moda … e as eleições são absolutamente livres, tão livres como na livre Inglaterra. (as eleições eram livres, mas o acesso à campanha não. São eleições à Vladimir Putin). Esta era a posição do Salazar, e a generalidade dos jornais confere isso.
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A única voz no Regime mais anti-britânica era a do António Ferro, o qual disse: continuo a considerar perigosa em Portugal aquela democracia que toma a forma de parlamentarismo partidário, demagógico, tumultuário, com batuque de carteiras e discursos de nove horas. O meu horror a essa espécie de democracia não mudou. Mas se à palavra se pretende dar um significado social de regime para bem do povo, temos o direito de reivindicar para nós, com mais direito que outros, a designação de democratas. Era, atenção!, uma voz solitária, com muito pouca repercussão no meio jornalístico, mesmo nos mais afectos ao regime.
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Como aposto que o Portela nunca leu jornais de 38 a 46, como eu, e opina por reverberação, não saberá que foram feitas eleições, que estas foram apenas fraudulentas no acesso à campanha (o regime não estava de boa fé) e que a oposição pretendeu adiar sine die as eleições nos tribunais enquanto criticava a sua não realização fora de portas (também não estava de boa fé). Ambos pretenderam fazer fraudes eleitorais; mas estou convencido de que, mesmo se o MUD tivesse acesso igual à campanha, teria sido arrasado nas eleições. A maioria dos portugueses agradecia ainda a Salazar ter sido poupada aos horrores da II Guerra, que acabara havia alguns meses. Fossem elas realizadas em 1955 ou 1965, outra história teria talvez cantado
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Para que não me malcite, digo-lhe que as únicas eleições mais ou menos livres do regime (fraudulentas no acesso à campanha e alguma fraude eleitoral menor nas urnas) foram as de 45. Em 1946, um decreto lei, de cujo número não me lembro de memória retirava na prática o direito de voto e de candidatura aos oposicionistas, analfabetos e a quem não fosse contribuinte líquido (contribuísse com certo valor para o Estado). As eleições de 49 (presidenciais) já tiveram a base de votantes grandemente cerceada, assim como as seguintes.
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Lembro-lhe que Sá Carneiro foi eleito para o parlamento na dase renovadora da União Nacional em eleições parlamentares gerais.
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Sempre houve eleições no Estado Novo após a II Guerra. Que tipo de eleições, essa é uma outra história, e todos sabemos que putinices foram empregadas nesses dias.
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E, Portela Menos Um, as eleições ocorreram em 18 de Novembro de 1945. O MUD, Movimento de Unidade Democrática, perante a impossibilidade de acções de campanha, e de não de ferimento de acção para o adiamento das eleições pelo Supremo Tribinal Adminstrativi, apresenta a desistência no dia 11 de Novembro, recomendando a abstenção.
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Oi, Colaço oi, comentarista com infulas de juiz e fiscal perguntador e ao mesmo tempo acussador…
Podía me recordar em 1945 quantas eleçoes nesse momento tinha ganhado em USA o partido dos burros frente o partido dos elefantes?. Mesmo agora nao recordo bem si…
Vai lá uma ajudinha por se nao recordava correcto:
http://es.wikipedia.org/wiki/Elecciones_presidenciales_en_Estados_Unidos
,
Quando lia este paragrafo seu pensava: que quem nace neotonto ja nao pode ser mas nem burro nem elefante…Si acaso uma especie de bicho fantástico e fantasioso com parte de um e parte de outro que poderiamos nomear ” um burrofante…”
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FColaço,
o melhor será ir à fonte- http://es.scribd.com/doc/25841690/Rui-Ramos-%C2%ABOutra-Opiniao%C2%BB – explanar as suas dúvidas e dar aso aos seus mestrados e doutoramentos sobre “eleições e imprensa nos anos 40”. Aproveite e não se esqueça de incluir uns feeds, links e Trackback´s sobre Coreia do Norte, Síria, Angola, Cuba, Venezuela ou o Portugal de Salazar …Outras dúvidas pode sempre contacta directamente a Soeiro Pereira Gomes.
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E eu gostei desta, aom fim
http://www.savethemales.ca/
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Portela Menoa Um,
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Apenas esclareci o que tinha citado de segunda mão. Peço-lhe que desminta com factos (não pode) ou então aceite que alguns algures saberão mais do que o Portela em um determinado assunto. Vai acontecer consigo, comigo e mesmo com o José Manuel fernandes (não sendo este o caso porém).
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O Portela passa directamente ao insulto quando se sente acossado. Isso, meu caro, é indigno de si! Ou de qualquer ser humano. Se desejar não ser parte da humanidade consciente então será perfeitamente compreensível, mas mesmo não o conhecendo, acho que anda como um humano e escreve como um humano.
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Neotonto,
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Como disse ao Portela, contribua ou faça a dignidade de ler e estar calado.
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Francisco Colaço, Posted 22 Agosto, 2012 at 11:32
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do que é que não gostou? Insulto? Insulto é o seu auto-elogio sistemático.
Eu citei um link, o FC por outro lado , como é habito, não se cansa de incluir Coreia do Norte, Síria, Angola, Cuba, Venezuela ou o Portugal de Salazar em textos sem qualquer relação. Não sou representante, nem diplomático nem ideológico, senão de mim próprio. Já outros por aqui fazem o trabalho de sapa do poder actual, contrabandeando ideologia.
RRamos tem todo o direito de “revisitar” a História. Outros especialistas têm o direito de o contraditar. Simples.
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Meu caro, sempre incluí os exemplos desses países execrandos, de ditaduras ditas de esquerda e de direita, quando começam a glosar as falsas glórias dos socialismos cubanos ou as inexistentes teorias libertárias de sinistras bestialidades (recuso chamar personalidades a certos lobos em pele de cordeiro). Nunca as incluí gratuitamente.
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Mas se não consegue contrapor ao que disse, faça o favor de não andar a falar em «mestrados e doutoramentos», menorizando as minhas contribuições. Noto que não se sabe o que o Portela pensa em relação a qualquer assunto. Nunca expressa uma opinião cabal, e limita-se a dizer mal de quem defende uma opção liberal. Essa atitude é digna apenas de pensamentos menores.
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Apenas a educação, alguma bonomia e um optimismo antropológico me impedem de pensar que essa ausência de opinião e de soluções se baseia na completa impossibilidade de as construir e de as exprimir. Portela, contribua, contraponha, faça-o em educação e permita-se acreditar que há pessoas que sabem mais do que o Portela sobre determinados assuntos e que, alas!, tiveram oportunidade de ir às fontes directas e capacidade de leitura e de análise. Numa palavra, e não leve isto senão como um desafio para ouvir o melhor de si, o que faria de sobremaneira feliz, deixe de ser toino!
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Estão a dar importância demais ao Portela. Ele não merece tanta atenção. Ele pouco passa além de um papagaio. Isto para não ser malcriado…
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Tiro, obrigado, também, pelo contributo; é uma chatice nao estarmos todos de acordo e termos diferentes formas de expressar opiniões.
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E que tal chamar de DITAMOLE o que à força alguns insistem chamar de “ditadura”?
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Rolo Duarte tenta com enorme esforço, emergir da grande e elementar asneira onde se enterrou.
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Nuno,
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O termo utilizado em 66 foi ditabranda, mas asseguro-lhe de que a dita foi tudo menos branda para aqueles que contestavam o regime. O Humberto Delgado, por exemplo, morreu com excesso de chumbo. Entre 48 e 63 pessoas morreram no Tarrafal (o Rui Ramos fala em 30, e esse é o número mais baixo que ouvi) e talvez metade desse número nas prisões da PIDE.
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Não fale em ditabranda, pois houve quem tenha recebido no couro a dita bem dura.
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O problema dr.Rui Ramos é ser um verdadeiro historiador que,como diz,não gosta tambem de ditaduras de esquerda.
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Eu estou à beira de fazer 65 anos, interesso-me por política desde a adolescência, e sempre me considerei uma pessoa bem informada.
Reparo, agora, que os meus conhecimentos padecem de uma falha grave, que desconhecia: é que não faço a mínima ideia quem seja Loff – de quem, agora, tanto se fala…
Que vergonha!
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Do muito que aqui se escreve, uma coisa não tenho dúvidas e não esqueço. No tempo do chamado ditador, daquele que livrou Portugal da banca rota e da II guerra mundial, havia uma classe que ele detestava, a classe dos palradores que pouco lucro davam a Portugal e que hoje, milhões de euros surrupiam aos contribuintes portugueses. Eles estão lá e de lá não querem sair. Eles meteram Portugal e os portugueses num buraco, enmganados que todos nós, fomos durante 30 anos. E para terminar digo: em 2006, uma brigada da PSP, com mandado de busca invadiu-me a casa porque escrevera – alguém neste país será responsabilizado por não pôr a vizinhança na ordem. Em 2010, sou condenado em Tribunal por me ter despedido de um local de Trabalho e de ter deixado um rasto, através de email, dizendo não pactuar com dirigentes incompetentes – 150 dias de multa/10 €/dia e indemnização de 1000€ a um pseudoofendido incompetente, a juntar ao ano de inatividade profissional aplicado pelo diretor-geral da instituição, serviço público.
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Com efeito, eu estou a comprar a edição gratuita do livro no Expresso por diversos motivos. O primeiro, o facto de conhecer o trabalho do autro Rui Ramos devido a uma pesquisa sobre o fim da monarquia em Portugal. O segundo motivo, é ter apreciado o trabalho do autor e querer conhecer uma História de Portugal dirigida por ele e não por José Mattoso. O terceiro motivo, quero seguir História Contêmporanea quando terminar o ensino secundário e achei que seria interessante ler mais sobre os diversos estudos feitos pelos vários historiadores.
Regressando ao tema principal, tenho de dizer que fiquei chocado e apreensivo. A minha família está a comprar o jornal apenas por causa do livro (não que haja quaisquer problemas, uma vez que em casa todos lemos jornais, ainda que não aquele semanário em especial) e ainda não tinha comprado o volume referente ao inicio do Estado Novo aquando o surgimento das crónicas.
Alertado da situação, o meu primeiro ato quando comprei aquele jornal foi ir verificar as disposições políticas do autor relativamente ao inicio da ditadura, o que me levou a ver que tudo se tratou de um erro induzido que não abala a minha confiança em relação à obra.
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Basta ler os comentários que por aqui se fazem, para se perceber o frete que RR fez aos saudosistas do 24 de Abril. Tenho acompanhado o debate: salvo os guardiões da Direita, toda a gente é unânime em acusar RR, pelo menos de falta de objectividade.
Ideias e “estórias” à parte, vivi 20 anos sob a pata do regime de má memória; por isso, quando vejo alguém tentar branquear a fome, as humilhações e os maus tratos que passei, os meus amigos mortos ou estropiados na guerra colonial, só me ocorre ir-lhe às fuças. Assim mesmo, sem outro meio para exprimir a minha raiva contra essa gentalha.
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A propósito:
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/46/privilegiados_contra_desesperados
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