O que faria Mário Soares?
As medidas anunciadas na sexta são apenas para substituir as medidas vetadas pelo constitucional. O dinheiro restante virá de outras fontes já previstas no programa da Troika (o que inclui aumentos de impostos previstos antes das eleições). E haverá derrapagem que não será grave se forem atingidos todos os cortes de despesa previstos e se o rabalanceamento da economia se aprofundar. Um dos bons resultados deste programa foi o equilíbrio da balança comercial atingido em apenas um ano.
O PS conseguiria fazer o mesmo? Sim, com nuances e se entrasse fresco no governo. Não seria aliás a primeira vez. Mário Soares, Mota Pinto e Hernâni Lopes fizeram um programa deste tipo em 1983-1985 com sucesso e bons resultados do ponto de vista de um liberal, com medidas bem mais sujas que as actuais (a desvalorização salarial nessa altura foi de 25%-30%, o que faz dos 5% da descida da TSU uma coisa de meninos). Os dividendos de um programa destes só são colhidos anos depois, e hoje eu estou convencido que Cavaco foi um oportunista que em grande parte se limitou a aproveitar o trabalho do governo de 83-85. Isto para dizer que há vários oportunistas na calha.
Creio que algumas das reformas que estão a ser feitas estão a ser subestimadas (é um erro seguir o que se está a passar pela comunicação social portuguesa, sendo aconselhável ler alguns relatórios que as entidades oficiais vão publicando) e que o governo tirará alguns dividendos delas já para o ano, o que facilitará o corte no défice. Entre cortes no número de funcionários por redução da taxa de substituição, cortes nas despesas de saúde, despedimentos de contratados, despedimentos nas empresas de transportes, phase-out de subsídio de desemprego e outras prestações sociais, corte na RTP, cortes em PPPs e fundações, cortes nos juro da dívida, o governo deverá conseguir cortar entre 1000 e 2000 milhões a mais em 2013.
Sobre a privatização da segurança social, se os menores de 40 anos passassem agora para um sistema privado a despesa subiria em 2013 e só desceria lá para 2038. Não me parece uma forma viável de reduzir o défice, excepto se o Estado fizer um default às pensões. Mas há tanta coisa a que fazer default que não precisamos da privatização da Segurança Social como desculpa. Podemos reformar o sistema de segurança social tornando-o mais transparente, sustentável e justo mas se o fizermos ele será mais caro em 2013. Infelizmente a oportunidade para fazer determinadas reformas perdeu-se ao longo dos últimos 10 anos. Aliás, e a propósito, algumas das propostas que vejo defendidas por liberais como o default à dívida e às PPP levar-nos-ia a ter dentro de poucos anos os poucos fundos de pensões privados existentes nacionalizados.
Há um ponto neste post que é o seguinte: há poucas formas de se ser liberal num governo em tempo de bancarrota, na verdade parece só haver uma muito impura, e em tempo de bancarrota tem que se ser de alguma forma liberal apressado e à força, de tal forma que até os socialistas podem fazer o papel. Não adianta ter muitas expectativas sobre qualquer governo. Os governos nunca conseguem ser muito mais liberais do que o país que governam e não cabe aos governos fazer o trabalho de divulgação de ideias que os liberais não conseguem fazer. Mas este governo está a cumprir um programa necessário há muito definido com resultados razoáveis contra 90% da opinião pública.


Finalmente …, Cavaco Silva foi quem introduziu Keynes a sério, aliás até se doutorou no tema dos aceleradores automáticos do “crescimento”, e como o dinheiro era dos outros, o tuga iniciou o caminho da riqueza. Juristas em Coimbra e em Lisboa propalavam direitos disto e daquilo…os “reaças” que rebatiam com a realidade eram tratados abaixo de cão…;
Previa-se o estouro em 2016/2017, … pois o tuguita como gosta de coreto e rebuçado havia em que votar no que leiloasse mais, mas a crise americana veio primeiro…
Antes metia-se mais cem paus de salário no pessoal, e era uma festa, quando a desvalorização era de 300, … mas agora não temos impressora…nem gostamos de trabalhar (os direitos estão primeiro)…
QUEM será o próximo PAPÁ ou MANÁ? (Salazar, Cavaco ou o Ouro do Brasil)
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Já agora: aquela coisa do Mário de pagar o 14º mês em Títulos do Tesouro, que foram pagos passados 5 anos, que equivalência têm nas medidas actuais?
Já recebeu os seus nos CTT públicos?
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“Um dos bons resultados deste programa foi o equilíbrio da balança comercial atingido em apenas um ano.”
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falta om “porMaior”, uma coisa sem importância, assim a modos que um ano de austeridade, quebra brutal de consumo e consequente baixa de importações; assim até A-C seria Nobel!
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Vai ser divertido o momento do confronto entre o senhor Miranda e a realidade! 🙂
E a internet não esquece…
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Excelente.
Na realidade, vivemos em tempo de guerra (aflição financeira), sendo muito difícil, realisticamente ( o que nos falta, muitas vezes, é realismo) ter margem para limpar as armas… pelo menos, em tempo oportuno!
Muito bom, de resto e igualmente, o contraponto do Insurgente, nomeadamente, esta questão explicitada pelo AAA:
http://oinsurgente.blogspot.pt/2006/08/segurana-social-o-mito-dos-custos-de.html
Pese embora, a dificuldade de “encaixar” a linha indicada no espartilho rígido e ortodoxo orçamental assumido/imposto atualmente.
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Retenho:
“(…) Há um ponto neste post que é o seguinte: há poucas formas de se ser liberal num governo em tempo de bancarrota, na verdade parece só haver uma muito impura, e em tempo de bancarrota tem que se ser de alguma forma liberal apressado e à força, de tal forma que até os socialistas podem fazer o papel. Não adianta ter muitas expectativas sobre qualquer governo. Os governos nunca conseguem ser muito mais liberais do que o país que governam e não cabe aos governos fazer o trabalho de divulgação de ideias que os liberais não conseguem fazer”.
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“As medidas anunciadas na sexta são apenas para substituir as medidas vetadas pelo constitucional.”
Falsidade descarada. As medidas anunciadas mantêm os dois cortes aos vencimentos dos funcionários públicos, acrescendo o equivalente ao corte de um subsídio ao sector privado. Em que medida é que uma medida que arrecada mais receita, compensa as medidas vetadas pelo TC? Note-se que até o PM não teve lata para o sustentar, quando explicou que o aumento da TSU permite reduzir a contribuição das empresas, o que não só não tem nada a ver com a decisão, mas a contraria duplamente, mantendo a desproporção de tratamento de funcionários públicos e aliviando os sacrifícios das empresas. E ainda sobre cerca de 500 milhões de euros para tapar o buraco orçamental gerado pela incompetência e cegueira do governo.
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O problema principal destes neotontos é que para eles o tempo a as situaçoes que aquele vai produzindo sao imutables (Como Deus) , sao sempre as mesmas…
Qual Mario Soares, Joao?
O FMI dos tempos do Mario Soares é O MESMO que tivo que passar pelas vicissitudes do Consenso de Washington aparte doutras quedas de todos archi e super-conhecidas?
O fim da Historia?
hihihihi
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“Vai ser divertido o momento do confronto entre o senhor Miranda e a realidade! 🙂
E a internet não esquece…”
Essa é umas grandes forças do Blasfémias. A internet não esquece. Estão aí 7 anos de posts e uma realidade actual para o confirmar.
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A pretensão de que as novas medidas anunciadas por PPC são uma consequência do acórdão do TC são a mais descarada mistificação política. Interessaria – para compreender ‘isso’ – fazer um desenho em que constassem as medidas que seriam necessárias para cumprir os deficites orçamentais em 2012 e 2013, caso a decisão do TC não tivesse existido.
Na verdade, para além da polémica nascida sobre a enviesada forma encontrada pelo Governo de ‘torpedear’ o acórdão – cujas consequências não estão consolidadas – haveria sempre necessidade de novas medidas. Falta, portanto, encontrar o ‘móbil do crime’ que não andará longe do ‘desajustamento do ajustamento’ preconizado (troika) e acriticamente (irrealisticamente) adoptado (Governo). Porque, na realidade, se tormarmos como certo que a ‘emergência financeira’ não acabou, existe a necessidade de ter em atenção de que a ‘emergência sócio-económica’ reactivou-se e intensificou-se (estando à beira do descontrolo) podendo, numa eventual ‘explosão’, ‘arrastar’ (arrasar) tudo e todos. E será esta circunstância, ou esta catástrofe, a evitar… ‘custe o que custar’.
Nos últimos desenvolvimentos políticos, que anunciam uma quebra da coesão dos partidos subscritores do Memorando de Entendimento (e a fractura não existe só do lado do PS), deverão ser encontradas as ‘respostas’. E sejamos claros e objectivos: as soluções apresentadas por PPC, sexta-feira ao cair da tarde, não foram suficientemente trabalhadas e pareceram serôdias. Esta é mais uma situação (precalço) a gerar consequências.
Resumindo, depois da silly season só passos em falso, num caminho pouco seguro. E, finalmente, não existem portas de emergência…
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A recusa em olhar-se ao espelho e aceitar, de uma vez por todas, que é o Estado (através do eleitorado) o principal responsável pelo estado a que “isto” chegou – enfim, a obstinação no erro, seria cómica se não fosse trágica.
Senão vejamos, cronologicamente. No início era o PREC, a primavera alentejana. Depois vieram os banidos, os exilados, os que fugiram às catanas e a tribo toda que saltava para cima das mesas nas RGA’s de faculdade.
Nota ambiental: estou a ouvir a Antena 1 neste momento, que volvidos 38 anos de serviço público, e salvaguardando os flashes noticiosos e a Antena Aberta com António Jorge, emite quase exclusivamente música dos anos 70 e outros revivalismos conotáveis com a ideologia então vigente.
Em 1983 já não havia dinheiro, tendo tido que assistir-se ao regresso do FMI. Se em ’77 fora normal que tivesse vindo, no meio da confusão e dos bramidos emanados pelos diversos clãs de espoliados, já desta vez conviria pensar no que poderá ter causado tão súbita revisitação. O primeiro-ministro era Mário Soares (o mesmo que ainda vive em tempo de antena) e apregoava, então, medidas do mesmo teor que agora apoda com a facilidade retrovisionária de “canibalesco”.
A partir de 87 é a vez de Cavaco estropiar o erário público. Sacrificam-se os sectores produtivos mais estratégicos, como as pescas ou a agricultura, a soldo de uns tostões fáceis e cujo rasto fica perdido na bruma até hoje.
Depois disto, no lugar dos estroinas, só houve cobardes, jotinhas e ladrões. Mas o eleitorado ficou curiosamente na mesma, isto é, foram sendo eleitos, progressivamente, os piores tipos de gente.
Hoje clamam contra o grande capital, os tubarões, o Primeiro que está, e a cassete do costume com algumas variações aqui e acolá.
O espelho continua sem uso.
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pornografia fotográfica no Correio da Manhã:
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“estou convencido que Cavaco foi um oportunista que em grande parte se limitou a aproveitar o trabalho do governo de 83-85.”
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O sr deve ser o único indivíduo com simpatia centro direita que faz tal afirmação a qual louvo. A esmagadora maioria, diz que tudo de bom que o consulado de Cavaco teve se deve única e exclusivamente ás suas politicas.
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“…cortes nas despesas de saúde, despedimentos de contratados, despedimentos nas empresas de transportes, phase-out de subsídio de desemprego e outras prestações sociais…”
Certamente será preconceito meu, mas isto quer dizer que o número de desempregados (e de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza) terá que aumentar para podermos ser “todos” mais felizes?
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“…há poucas formas de se ser liberal num governo em tempo de bancarrota, na verdade parece só haver uma muito impura, e em tempo de bancarrota tem que se ser de alguma forma liberal apressado e à força, de tal forma que até os socialistas podem fazer o papel. ”
Conclusão, em tempos de bancarrota, até os liberais podem ser socialistas apressados.
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Portela Menos 1
Posted 10 Setembro, 2012 at 08:51 | Permalink
pornografia fotográfica no Correio da Manhã:
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Tristezas não pagam dívidas . . .
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David Soeiro, permita-me, andava desatento ou não lia “O Independente” no início da década de 90…
Já agora, o PP vai votar contra os novos impostos, certo? O CDS abstem-se ou vota com o bolor social-demo/socialista-demo…
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Portela menos 1,
O pessoal do PSD deve estar já farto de nas campanhas do PSD se ouvir apenas o Marco Paulo e o Tony Carreira.
O Paulo de Carvalho escreveu o hino do PSD, mas foi sempre chegado à esquerda. Até usava “Paulo de C.”
Agora que os cantores de esquerda mais velhotes se começam a esquecer do que foram e do que diziam (até com Bob Dylan acontece), pode ser que consigam colocar cassetes do Paulo de Carvalho nos carros de campanha. Pelo menos, eliminariam algum mau gosto e talvez evitassem a fuga de quem exige mais um bocadinho.
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“…há poucas formas de se ser liberal num governo em tempo de bancarrota, na verdade parece só haver uma muito impura, e em tempo de bancarrota tem que se ser de alguma forma liberal apressado e à força, de tal forma que até os socialistas podem fazer o papel. ”
Conclusão, em tempos de bancarrota, até os liberais podem ser socialistas apressados.
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Umas pquenas notas anhadidas para o comentario do Piscoiso.
Recordam corpos? Recordam? . Como nao podem recordar se só falavamos de continuo sobre o falhanço do capitalismo, para cá, e também da parte do capitalismo dalá (e também de Alá)…Se somentes foi 4 anitos atrás…
A TETA DO CAPITALISMO
Sem a teta do capitalismo, como é que o Obama vai pagar o seus programas sociais?
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O FIM DO CAPITALISMO E DO ESTADO SOCIAL
Setembro, 2008
Com o fim do capitalismo ultra-neo-liberal, como é que os socialistas vão pagar o estado social?
PLANO DE SALVAÇAO NACIONAL
O Parlamento português rejeita um plano de salvação nacional proposto pelo Ministro das Finanças, pelo Primeiro Ministro e pelo Governador do Banco de Portugal.
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PERGUNTA CHATA AO MINISTRO DE FINANÇAS
Setembro, 2008
E o fim de semana, foi bom?
EMPIRISMO INGENUO IV
Setembro, 2008 –
O empirismo ingénuo baseia-se no pressuposto de que podemos adquirir conhecimentos directamente através da experiência, isto é, que podemos conhecer a realidade sem qualquer teoria prévia, analisando apenas o que a realidade nos diz. Se adoptarmos esta perspectiva, a experiência de uma crise económica permite-nos adquirir conhecimento directamente. E que conhecimento é esse? Aparentemente
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Empirismo ingénuo III
Setembro, 2008
Se X aconteceu antes da crise, então X causou a crise. A crise serve para contrabandear qualquer ideia. Pelos vistos, Rui Tavares pretende usar a crise para tornar respeitável o preconceito contra as elevadas remunerações dos gestores. Como é evidente, nestas condições qualquer discussão séria sobre a remuneração dos gestores está morta à partida
CRISE FINANCIERA
Setembro, 2008
Alcochete e TGV
DE SISTEMAS COMPLEXOS
Setembro, 2008
Os sistemas financeiros são sistemas complexos. Os sistemas complexos não têm uma descrição simplificada. Para os descrever é necessário enumerar todas as propriedades dos seus elementos e respectivas relações. Não é possível determinar a priori o que é que um sistema complexo vai fazer por simples inspecção das propriedades dos seus elementos. A regulação de […]
CRISE
Setembro, 2008
A crise em Portugal nada tem a ver com a crise financeira internacional. Mas é uma boa desculpa. Curiosamente, é um boa desculpa para governo e oposição. Desistiram todos.
SOLUCOES E PROBLEMAS
Setembro, 2008
É notável a capacidade da opinião pública para identificar ameaças realistas. Por exemplo, o peak oil, a gripe das aves, o petróleo a 200 dólares, o aumento do preço dos cereais e o aquecimento global. São igualmente notáveis as soluções que os políticos inventam para estes problemas: o carro eléctrico, o recenseamento de galinhas, a
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Mas o melhor veu da serie (com prosa doutro autor):
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UMA PALAVRA AOS LIBERAIS POR VEZES DESCRENTES DO LIBERALISMO (de outra autoria)
setembro, 2008
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Se isto não fosse levar à desintegração europeia, uma pessoa ainda se ria desta gente… Assim, resigna-se a lamentar estar vivo nesta década de partidários do suícidio colectivo.
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MSoares sofre de pesadelos graves…
queria ficar na História como um líder pelo menos mediano.
e vai ficar muiiito mal na fotografia…
coisa q não tem nada a ver com as asneiradas que os seus lambe botas escrevem e dizem nos media.
e é fácil perceber isso.
o seu ódio recente aos USA (temperado com o ódio “apenas” a W.Bush) é para fazer esquecer as paredes com os grafittis
MSoares o amigo USA q os comunas encheram nos anos 80…
o ódio ao FMI .e à austeridade.
é para fazer esquecer a austeridade q se viu obrigado a implantar em 1977/78 e 1983/85
e por ter andado de mão estendida a pedir dinheiro ao FMI……
elementar…….e fácil de comprovar
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só desvalorizou 2% em março e 12% a moeda um mês depois ou dois
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Nao sei porque ninguem entrou no trapo vermelho de uma possivel comparaçao com a situaçao actual deixado no post pelo Joao Miranda ao respeito de:
“O PS conseguiria fazer o mesmo? Sim, com nuances e se entrasse fresco no governo. Não seria aliás a primeira vez. Mário Soares, Mota Pinto e Hernâni Lopes fizeram um programa deste tipo em 1983-1985 com sucesso e bons resultados do ponto de vista de um liberal, com medidas bem mais sujas que as actuais (a desvalorização salarial nessa altura foi de 25%-30%, o que faz dos 5% da descida da TSU uma coisa de meninos). Os dividendos de um programa destes só são colhidos anos depois, e hoje eu estou convencido que Cavaco foi um oportunista que em grande parte se limitou a aproveitar o trabalho do governo de 83-85. Isto para dizer que há vários oportunistas na calha”
sospeito que ninguém de deu a trabalhito de ir para ver em que sao paralelas ou comparaveis as duas situaçoes- Assim pois vamos aportar mais dados para confirmar ou (des-firmar) a afirmaçao tao fantásticamente voluntariossa do Joao:
Seguro que em 1983 a situaçao era a mesma? E que valem as mesmas soluçoes para os mesmos problemas. Aquí algo anda a falhar nesta taboa comparativa dos problemas…
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Os pedidos do FMI
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O ex-governador do Banco de Portugal, José da Silva Lopes, enumerou os pedidos do FMI: «Obrigou-nos a fazer a desvalorização da moeda, obrigou-nos a subir as taxas de juro, obrigou-nos a limitar o crescimento do crédito ao sector produtivo».
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Silva Lopes traça o cenário do mercado de trabalho naquele período: «Tínhamos uma exportação muito baseada em salários baixos e exportávamos para países ricos. Houve uma quebra do poder de compra dos trabalhadores e as empresas exportadoras ficaram com mais margem para poder exportar». Assim, apesar da «queda dos salários reais», «melhorou o mercado de trabalho, porque os trabalhadores, em vez de irem tanto para o desemprego, acabaram por ter empregos e o emprego cresceu bastante».
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Certo é que era o descontentamento que imperava nas ruas. Os trabalhadores protestavam contra o corte do subsídio de Natal, contra os cortes salariais e contra os despedimentos. A conjuntura era negra, já que o desemprego atingiu os 11%.
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http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/fmi-portugal-crise-recessao-divida-agencia-financeira/1205907-1730.html
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José Sousa 2011-04-20 14:58
Soluções de 83 não são Aplicaveis Hoje
Não tenho dúvida, que as soluções encontradas em 1983 devem ter resultado, contudo nenhuma das enumeradas no artigo podem ser replicadas, uma vez que fazem parte da política monetária, e que agora é controlada pelo BCE, desta forma resta-nos o politica orçamental, que é bem mais difícil de executar. Vamos aguardar, e ter esperança que os nossos políticos, estejam à altura e façam um bom trabalho, a negociar, e sobretudo a governar. 2011-04-20 14:58
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A questão das reformas resolvia-se de uma forma muito simples:
Na altura da reforma cada um recebia aquilo que descontou, acrescido de um juro (semelhante a um depósito a prazo com acumulação de capital), isto para o público e o privado, sem tretas nem 1 ano a valer 2, nem nada. Muito simplesmente, quem mais descontou, mais recebia. Para os actuais reformados, faziam-se as contas da mesma maneira, descontando aquilo que já receberam até agora. Assim as coisas eram transparentes. Actualmente, na televisão,todos se queixam das reformas de 280 €. O que essas pessoas não dizem é que, normalmente, isso corresponde a carreiras contributivas de ZERO. Para os muito pobres, velhos, etc… etc… o Estado ou os privados generosos fariam o favor de “entrar”. Conheço muito boa gente que, durante toda a vida não meteu um tusto na Segurança Social, têm grandes contas, grandes vivendas, muitos andares de rendimento (normalmente não em seu nome) e, perante o país, fazem o papel de desgraçadinhos. Pobres, pobres são os que trabalharam uma vida inteira, por vezes com mais de 50 anos de descontos, sempre a contribuir, e agora têm de reforma pouco mais que aqueles que nunca descontaram.
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Caro João Miranda, um dia ainda vai perceber que aquilo que o Sr é hoje se deve a Mário Soares e a muitos outros, que ao contrário dos cobardes, nunca ficaram escondidos nas tocas, lutaram por um país melhor.
Todos erramos, mas devemos no mínimo ser honestos naquilo que escrevemos. A diferença é só esta, o Sr escreve mencionando Mário Soares, caso contrário ninguém lhe dava importância.
Deve reconhecer que MS foi e é um politico, um bom politico, aliás ao lado de muitos outros, como que sem serem da sua ala politica o reconhecem como tal.
Acabo dizendo que MS não precisa da minha protecção, eu é que me sinto obrigado a reconhecer o seu mérito enquanto politico.
VIVA PORTUGAL, VIVA A DEMOCRACIA
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Mario Soares foi e será sempre um traidor da pátria ,cuspiu na bandeira de Portugal ,falou mal das suas origens ,e fugiu para França.
Foi um grande traficante da armas da 3 j ,que trocava por diamantes ,fez negócios com comunistas ,como
JORGE SAMBINA PRESIDENTE DA OPERAÇÃO GALO.OU TERRORISTA .
ele foi responsável pela desgraça de Portugal quando foi 1º ministro,como presidente levou Portugal á miséria.
desviou milhões das colónias,ele e seus bois que governarem Portugal na altura.
A ideia de Mário é levar Portugal para países de origem comunista ,porque le é um cmunista desfarçado de socialista.
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