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A decisão certa.

11 Julho, 2013
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A demissão do anterior ministro das Finanças abriu uma caixa de Pandora, a qual ainda não se encontra fechada presentemente. O choque que sobreveio envolveu diversas pessoas, tendo levado a uma proposta de acordo através do qual dois partidos com expressão eleitoral marcadamente diferente seriam, na essência, colocados a par.
A proposta, fortemente desequilibrada como era, poderia desencadear, no caso de ser implementada, sérios problemas no final do próximo mês de Setembro. Nas eleições autárquicas, não apenas poderão os dois partidos ter, no seu conjunto, uma votação baixa, como poderá ocorrer que o partido menor venha a ter um resultado em total falta de consonância com o papel governamental previsto na proposta atrás mencionada.
Assim sendo, a decisão certa teria que passar pela não aceitação da referida proposta, uma vez que as convulsões políticas, a partir do final de Setembro, poderiam tornar-se incontroláveis. A ordem é preferível ao caos – ainda que a manutenção da ordem implique mudanças.
A decisão do Presidente da República não só foi, na sua essência, a decisão certa, como abre portas que os diversos intervenientes no jogo político poderão querer ou não transpor – a principal palavra cabendo aos dois principais partidos políticos do país. Um novo governo, porventura com um novo primeiro-ministro, ou novas eleições, são dois cenários a ter em conta, cada um com vantagens e inconvenientes.
Entretanto, poderá estar esgotado o tempo político de alguns atores com papéis proeminentes no passado recente.
José Pedro Lopes Nunes

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