O caso Zimmerman
O clima é de revolta nos Estados Unidos após George Zimmerman ter sido absolvido pela Justiça pela morte de Trayvon Martin. O caso ganhou visibilidade nacional, ou mesmo internacional, em boa parte graças ao pronunciamento de Obama, que afirmou que se tivesse um filho homem, ele se pareceria com Trayvon. Mas há muita, muita coisa errada nisso tudo, mostrando como a cartada racial faz, como primeira vítima, a busca pela verdade.
Primeiro, o contexto da coisa, de forma bem resumida. Para quem quiser mais detalhes, Ben Shapiro trata do assunto no capítulo sobre racismo em seu excelente livro Bullies. O bairro é violento, e uma onda de crimes e atos de vandalismo varre o local. Moradores criam grupos de proteção e vigilância. Zimmerman faz a ronda noturna, e observa um sujeito com atitude suspeita, olhando para algumas casas sozinho.
Leia mais aqui.
“…observa um sujeito com atitude suspeita, olhando para algumas casas sozinho.!
A olhómetro, achou que podia ser um criminoso e deu-lhe um tiro.
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sempre é melhor conhecer a verdade no presente do que descobri-la no futuro …
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E não pergunta como é que um civil, a quem a polícia para não seguir o “suspeito”, acaba junto dele? E não pergunta se Zimmerman estava identificado como vigilante? E a história anterior de violência do Zimmerman? E a arma escondida? Como sabia Trayvon que Zimmerman não era um assaltante ou um agressor?
Ser polícia é trabalho de polícia, com treino e com respeito de leis e normas profissionais. Colocar um civil violento, com uma arma escondida, a aproximar-se de outro civil é procurar problemas.
Ver este caso do ponto de vista da raça é realmente uma forma de esconder a verdade.
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http://www.urbandictionary.com/define.php?term=hoodlum
Zimmerman – sete(7) nomeações
Obama – quatro(4) nomeações
Trayvon Martin – duas(2)nomeações
http://en.wikipedia.org/wiki/Shooting_of_Trayvon_Martin
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E tudo isso vem por um puto malenendu que impedia empregar aos agressivos cherokees e sioux nad grandes plantacoes de algodao da Escarlata O’hara e melhor fazelo com baratucha mao de obra mulata africana…
Peanuts.
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Impagável, a atitude do clown da Casa Branca…Qual interferência no Judicial, qual quê !
E o(des)comprometido silêncio dos idiotas úteis do costume – desta vez a “Reuters” é como se não existisse e o despedimento do tipo da NBC, ” Miami based” , nunca existiu…
Total, e irreversìvelmente, justificada a paráfrase ” Era uma vez a América”…
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os oj simpsons lá do sítio estão indignados com a decisão do tribunal…pois, pois
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” o contexto da coisa, de forma bem resumida” e aldrabada, ora vejamos:
-«um sujeito com atitude suspeita»
O que era a atitude suspeita? De acordo com Zimmerman era estar sozinho à chuva, a andar lentamente e “não ser do bairro”. Na verdade, o rapaz estava no bairro onde o seu pai morava. Quanto ao facto de chover ou “andar lentamente”, eles só constituem uma atitude “suspeita” na mente de um indivíduo racista para quem o que quer que um indivíduo com aquela cor da pele faça é suspeito.
«com sérios machucados na cabeça»
Não de acordo com o médico, que classificou os danos sofridos por Zimmerman como, passo a citar, «very insisgnificant».
http://www.latimes.com/news/nation/nationnow/la-na-nn-george-zimmerman-medical-examiner-20130702,0,1358679.story
«Em segundo lugar, o morto foi retratado como um pobre estudante, vítima do preconceito. Mas ele não era bem isso. É verdade que estava desarmado, que não era um assaltante em vias de cometer um crime, ao que tudo indica. Mas tinha um histórico nada exemplar. Era um hoodlum, como os americanos dizem, ou um “vadio”. »
Isto é simplesmente falso.
Consta que o miúdo fumou marijuana. Coisa que todos os presidentes dos EUA nos últimos 22 anos também fizeram, e que não justifica, de forma alguma, chamar “vadio” a alguém. De resto, tratava-se de um miúdo normal, com um pai naquele bairro.
Se formos falar de antecedentes, Zimmerman já tinha antecedentes criminais, em particular questões de violência com as autoridades. Esse sim, era um indivíduo suspeito, que decidiu perseguir um inocente, mesmo contra o conselho expresso que lhe foi dado.
Quer tenha sido justo ou não o veredicto, a história contada neste post está muito mal contada, por querer negar a evidência do preconceito racial que ainda existe. Estudos mostram que exactamente o mesmo currículo associado a um nome tipicamente afro-americano tem uma uma probabilidade muito menor de estar associado a um convite para uma entrevista (foram enviados centenas de currículos falsos que apenas diferiam nos nomes, e os currículos com nomes afro-americanos tiveram menos de metade dos convites). Na verdade, ao aceitar a validade da descrição de Zimmerman de que o comportamento do rapaz era suspeito, o autor do texto trai os seus próprios preconceitos raciais. E isso é triste.
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como disse no blog do Constantino (mas ele ainda não publicou), Zimmerman não sera racionalmente hispânico porque não existe, no formulário dos censos norte-americano, nenhuma raça chamada “hispânico” (as raças definidas são “branco”, “negro”, “americano nativo”, “asiático” e “insular do Pacifico”). “Hispânico” é definido como uma etnia (tal como “escocês”), podendo um “hispânico”, em principio ser de qualquer raça.
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“não sera racionalmente hispânico” leia-se “não era racialmente hispânico”
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Legítima defesa? Vá ver a lei e poupe-se dizer asneiras.
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