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Custo de oportunidade do défice

14 Setembro, 2013

A intelligentsia portuguesa and a pedinchar um défice de 4,5% do PIB em vez de 4% do PIB. Estão em causa 800 milhões de euros de gastos a mais. Neste momentos os juros da dívida portuguesa estão a 7,3% no mercado secundário. Isto dá uma ideia do custo de oportunidade destes 800 milhões de euros. Investidos na compra de dívida pública rendem 7,3%. Alguém consegue imaginar uma aplicação melhor para este dinheiro?

34 comentários leave one →
  1. 14 Setembro, 2013 13:45

    Qualquer um percebe que os nossos credores não estão com vontade de perdoar dívidas a ninguém. Porque o fariam também? Por acaso é normal emprestar-se dinheiro e perdoar-se dívidas só porque o devedor está a passar mal? E os credores por algum acaso não têm que prestar contas a quem lhes empresta?

    E ainda por cima, quem tem que fazer o ajuste, os cidadãos na sua vida particular, ou o Estado? É que parece-me que os que não são Estado têm feito esse ajustamento, não por vontade própria, mas porque não há outra alternativa. Então, porque é que o Estado também não faz o seu ajustamento?

    Para sairmos deste sarilho em que nos metemos temos que gerar superavites, não podemos andar ainda a discutir se podemos pedir emprestado 800 milhões a mais ou a menos.

    No dia em que todos percebermos isto, já não peço à Ana Avoila, porque essa não tem mesmo capacidade ou possibilidade de lá chegar, mas aos restantes, então teremos a felicidade de ver a luz ao fim do túnel.

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  2. YHWH permalink
    14 Setembro, 2013 14:17

    Assim é que é: especular com dinheiro dos contribuintes contra o interesse do país desses mesmos contribuintes!…

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  3. YHWH permalink
    14 Setembro, 2013 14:19

    Já agora, depois do conselho e pressão do PSD para se pedir um resgate em 2011 por causa dos juros acima de 7%, que tal usar da mesma receita para pedir o 2º resgate em 2013?!…

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    • 14 Setembro, 2013 14:23

      Parece-me que especular é o que temos (o Estado) feito nos últimos anos: PPP’s, swaps.

      As eleições estão a chegar e ainda não temos fontes luminosas suficientes, ou pior, já decidimos não as fazer mais e agora estamos a evitar mandar gente embora.

      Por isso é que dá jeito mais um resgate, ou uma derrapagenzinha, ou o que quiserem, desde que dê para empurrar o problema com a barriga…

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  4. YHWH permalink
    14 Setembro, 2013 14:39

    «CONTRATOS PARA CUMPRIR E CONTRATOS PARA VIOLAR

    A questão que se segue pode ter um tratamento jurídico, mas não é esse tratamento que me interessa. Pode ter um tratamento de ciência política, mas não é esse tratamento académico que me interessa. O único tratamento que me interessa é um tratamento que se pode chamar “civilizacional”, cultural no sentido lato, político no sentido restrito, de escolha, visto que prefiro viver numa sociedade assente em contratos, confiança e boa-fé, do que numa selvajaria em que impera a lei do mais forte. Este é portanto um artigo muito conservador, contra o “revolucionarismo” desleixado e impensado do Governo e do poder actual, que semeia tempestades que deviam repugnar qualquer cidadão que prefere viver numa democracia onde impera a lei e o direito e onde não há “estados de excepção” unilateralmente proclamados pelo poder executivo contra o poder judicial.

    A questão tem a ver com a “confiança” e tem sido discutida à volta da decisão do Tribunal Constitucional. Chamam-lhe “o princípio da confiança”, e os juristas diriam que está implícita na noção latina de que pacta sunt servanda, os contratos são para cumprir, a que eu acrescentaria a noção de que essa é também uma base do funcionamento de uma sociedade democrática e de uma economia de mercado. A ideia de que os pactos devem ser cumpridos, ou seja que a lei os deve proteger, foi um dos grandes adquiridos na Holanda, que permitiu o aparecimento dessa grande invenção que foi a “companhia”, ou seja, o capitalismo moderno.

    A tempestade originada pela decisão do Tribunal Constitucional equipara a “confiança” a um “direito adquirido”, uma expressão que ganhou hoje, na linguagem do poder, a forma de um qualquer vilipêndio. Segundo essa linguagem, repetida por muito pensamento débil na comunicação social, os “direitos adquiridos” não são mais do que privilégios inaceitáveis, que põem em causa a “equidade”. (Se parassem para pensar veriam que não há equidade nenhuma, e meditariam um pouco sobre por que razão se fala de equidade e não de igualdade. Mas essa questão da “equidade” fica para outra altura.) Claro que os “direitos adquiridos” são essencialmente do domínio do trabalho, dos direitos do trabalho e dos trabalhadores, activos e na reforma, e não se aplicam a outros “direitos” que esses são considerados intangíveis na sua essência. Por exemplo, os contratos com as PPP e os swaps, ou a relação credor-devedor, são tudo contratos que implicam a seu modo “direitos adquiridos”, mas que, pelos vistos, não podem ser postos em causa.

    O meu ponto neste artigo é que o Governo e os seus propagandistas, ao porem em causa os “direitos adquiridos” quando eles se referem a pensões, salários, direitos laborais e emprego, estão também a deslegitimar os outros contratos e a semear a “revolução”. Assim mesmo, a “revolução”, defendendo uma sociedade em que o Estado e, mais importante, a lei ou a ausência de lei em nome da “emergência financeira”, não assegura qualquer “princípio de confiança”, ou seja, os pactos feitos na sociedade, pelo Estado, pelas empresas, pelas famílias, pelos indivíduos.

    Esta lei da selva é, espantem-se ó defensores da ordem, outro nome para a “revolução”, a substituição do Estado de direito e da lei pela força, seja a da rua, seja a do poder sem controlo, seja a da imposição arbitrária assente em decisões conjunturais que passam por cima da “confiança” contratual que permite uma sociedade equilibrada, pacífica, com institucionalização dos conflitos, com mediação dos interesses, e com o funcionamento… de uma economia de mercado.

    Ao porem em causa o cumprimento dos contratos com os mais fracos, os que menos defesa têm, eliminando qualquer “princípio de confiança” ou “direito” livremente adquirido entre as partes, abrem o caminho para que se pergunte por que razão é que os contratos das PPP são “blindados” (ou seja são “direitos adquiridos”) e não podem ser pura e simplesmente expropriados, em nome da “emergência financeira”. Eu não estou a defender essa expropriação, mas apenas a dizer que se o Governo e a sua máquina de repetidores entende que pode confiscar salários, empregos, carreiras, horas de trabalho, e direitos legalmente adquiridos pelas partes, e aí não se preocupa com a “blindagem” (que foi o que o Tribunal Constitucional garantiu, mesmo que precariamente), torna igualmente legítimo que se defenda o confisco da propriedade e dos contratos, a começar por aqueles que unem credores e devedores, ou partes num swap ou numa PPP. Ou seja, um governo que assim actua para os mais fracos comporta-se do mesmo modo dos que querem “rasgar o memorando”.

    Ora, eu sou a favor de que se cumpra o memorando, realisticamente adaptado à mudança de circunstâncias, que se negoceiem e não se confisquem as PPP, mas que ao mesmo tempo se tenha a mesma atitude em relação aos outros contratos, procedendo também aí a verdadeiras negociações e não a diktats, e procurando soluções que possam manter a “confiança”, como seja, por exemplo, encontrar modos de transição, diferenciações entre os contratos do passado e do presente, avaliação de custos e situações.

    Ora é isto que o Governo desde o dia um do seu mandato nunca fez, por ignorância, incompetência, dolo e ideologia. Tomou um caminho único, defendeu-o como único, acrescentou problemas novos aos que já tinha, começou arrogante e acabou a andar para trás, para a frente, para o meio e para cima, tentando remediar o que tinha estragado. Sempre que contrariado quis vingar-se, garantindo que os que uma decisão constitucional protegia iriam pagar um preço ainda maior, se possível, ou servir de pretexto para punir todos. E desde sempre mostrou desprezo pela lei constitucional, porque isso lhe permitia soluções mais fáceis, mais imediatas, até porque os seus alvos eram os que menos poder tinham. O resultado foi romper o tecido social como ele nunca tinha sido rompido desde o 25 de Abril, semeando a discórdia e a divisão, sem qualquer resultado adquirido e sustentável.

    Eu ouço o rumor das objecções. Que não são a mesma coisa, que se trata de coisas de natureza diferente, propriedade e salários, emprego e contratos, que os tribunais decidiriam contra o Estado, levando a indemnizações muito maiores do que os ganhos, de que secariam as fontes de financiamento externo, etc., etc. Tudo verdade, mas tudo também verdade para o direito de não ser despedido sem justa causa, ou de não ver a sua reforma cortada retroactivamente.

    É por isso que os nossos semeadores de cizânia e de “revolução”, da força, de uma sociedade dúplice em relação aos contratos que cumpre ou não cumpre, deviam ponderar nas palavras que originaram o pequeno escândalo, habitual nas redes sociais, vindas de um jovem deputado comunista que ainda não aprendeu a “linguagem de madeira” dos comunistas actuais: “A corja que despreza a Constituição que se ponha a pau. É que se o meu direito à saúde, educação, pensão, trabalho, habitação, não vale nada, então também os seus direitos à propriedade privada, ao lucro, à integridade física e moral deixam de valer! E nós somos mais que eles”.

    O homem foi tratado de “besta”, “hitleriano”, “aspirante a ditador”, “parecido com os fascistas”, tudo isto ipsis verbis. Mas o que incomodou na frase foi que ela contém implicitamente uma enorme verdade: é que o “vale tudo” só para alguns é infeccioso para os outros. Ou seja, por que razão é que tenho que aceitar que o Governo me pode confiscar o meu salário e despedir sem direitos, por livre arbítrio de um chefe de uma repartição, ou diminuir drasticamente a minha pensão, agora que já não existo para o “mercado de trabalho” e sou completamente dependente, ou condenar-me ao eufemismo do “desemprego de longa duração”, ou seja tirar-me muito mais do que 60% ou 70% da minha “propriedade”, que não são acções, nem terras, nem casas, nem depósitos bancários, e quem tem tudo isso não pode ver a sua propriedade confiscada num valor semelhante ao que eu perco? E aí, ironia das ironias, teríamos o Tribunal Constitucional, com os aplausos do outro lado, a defender a propriedade e a condenar o confisco, como deve fazer.

    É por isso que estes meninos estão a brincar com o fogo e depois gritam que se queimaram.» (in Abrupto)

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    • 14 Setembro, 2013 14:52

      A única forma de ter resolvido as PPP teria sido a sua expropriação. Elas são por demais lesivas, e ao mesmo tempo, por demais bem protegidas juridicamente. Estranho, não? Um contrato lesivo, portanto incompetentemente negociado, mas bem protegido juridicamente. Mas para resolver isto, havia que ter dinheiro para pagar as indemnizações. E dinheiro, naqueles montantes pelo menos, atrevo-me a dizer que não há.

      Os direitos adquiridos dos funcionários, particularmente dos “públicos”, salvo erro, são estes de que falamos, também são para respeitar. Mas como expropriá-los, se não são do interesse público? Por acaso, também são bom exemplo de uma negociação que terá ocorrido fora do interesse público, lá está, algum sindicalista foi competente e a outra parte, governo e parlamento, que o assinaram em nosso nome, não.

      O problema é que pelos vistos, não há dinheiro que pague a expropriação desse direito adquirido. O TC diz que não é possível. Podia ter imposto uma indemnização mais justa, mas a sua interpretação é clara: o direito está lá e não pode ser contrariado em fase de “justas expectativas”. Mas incrivelmente, deixa que se baixem salários, cortem pensões e se mande gente para a mobilidade com uma fração do seu direito adquirido.

      Sabem o que valem os direitos adquiridos? Deixem o dinheiro acabar e vão ver. PPP e funcionalismo incluídos.

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    • 14 Setembro, 2013 14:59

      O maior rasgador de contratos, foi vale e Azevedo.
      Mas esse tá preso.

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      • Trinta e três permalink
        14 Setembro, 2013 19:10

        A situação não é assim tão diferente. Vale e Azevedo sabia que não ia respeitar o contrato ainda antes de o assinar. Os que negociaram a intervenção da troika, ou eram incompetentes, ou… também sabiam.

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  5. neotonto permalink
    14 Setembro, 2013 14:40

    . Investidos na compra de dívida pública rendem 7,3%.


    Por acima nao e como no casino que vc sabe do risco. Aqui vai sobre seguro.Quando explodir o inversor leva as mesas, os baralhos …e at’e os mocos/as que os atenderam obsequiossamente.Glub!

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  6. Albuquerque permalink
    14 Setembro, 2013 14:49

    Não tenhamos ilusões: eles vão perdoar parte da dívida? Ai vão de certeza! Podem até nem gostar muito da ideia. Podem até nem ter os lucros fabulosos que esperavam ter. Podem até dizer que não voltam cá (duvido). Mas que vão perdoar, vão! E será mau para nós? Possivelmente, mas será pior…?

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  7. JCA permalink
    14 Setembro, 2013 15:07

    .
    No topo da pirâmide que até emite dinheiro sem papel moeda, tipografia ou balanço de guarda livros,
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    o mecanismo FEIRAS das nossas aldeias, chama-se ‘internacional-academico-cientificamente’ MERCADOS; nome mais fino e elegante que o FEIRA usado por aqueles rudes e ignorantes cavadores de sol a sol…
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    o LEILÃO de garagem do enrascado, sem tostão, chama-se ‘internacional-academico-cientificamente’ BOLSAS; nome mais fino e elegante que o LEILÃO usado por aqueles rudes e ignorantes cidadãozecos lá duma esquina qualquer duma azinhaga algures atras do sol posto.
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    E é esta máquina ‘extraordináriamente complexa’ que uns sonhadores quaisquer se esganiçam todos em excel’s, teorias, formulas ‘matemáticas’, adivinhações etc em ‘ciências’ de Economia e Finanças e assim vão ganhando o pão ….. mas acertarem tá quieto ZERO, resolverem nem atrás do sol posto. Depois desenrascam-se para se safarem, contam uns ‘imprevistos’, uns ‘desvios’, uns se não tivesse acontecido aquilo matemática tinha mesmo adivinhado, mandam mais uns historietas pelos megafones que embasbacados lhes disponibilizam para embasbacarem mais embasbacados a que chamam (e até acreditam ser) a maioria. Só que a paleta mostra algo muito diferente com cores que eles não vêm por questões de daltonismo inteletual.
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    hollywood style baratucho e rasca, um bom escandalo é um êxito, acreditam que basta provocar que se fale muito deles. Verdade verdadinha em termos de Tempo esse ‘êxito’ dura e sustenta um milionesimo de segundo. O tal milionesimo de fama de politicos e artistas de vão de escada.
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    É tão só isto sem desprimor para quaisquer que andem a queimar as pestanas para descobrir e inventar numeros e lógicas que nunca estiveram, nem estão, em lado nenhum há milénios. Se não eram eles os Bilionários, simplesmente porque sabiam, sabem tudo, dominavam tudo. Ora nunca conseguiram passar ou de Empregados ou de Funcionários Publicos ou de ‘Politicos’ à léguas sequer de iniciados de Estadistas.
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    Sem desprimor para nenhum nem para ninguéem. Afinal é a Vida e todos precisam de pôr o comer na mesa de manhã, ao meio e no final do dia.
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    Mas pode-se melhorar, e muito, a bem de todos. Não é por alí que se chega a ‘calcutá’.
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  8. Carlos Ferraz permalink
    14 Setembro, 2013 15:27

    A sugestão do João Miranda é pedir emprestado (dívida nova) 800 milhões para comprar 800 milhões de dívida antiga no mercado secundário? E ainda pergunta se alguém consegue imaginar melhor aplicação do dinheiro???
    Eu acho “de” que sim … 🙂

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  9. JCA permalink
    14 Setembro, 2013 15:43

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    (cont 15.07H),
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    resumindo, os decisores no TOPO da pirâmide, o acima de tudo, são o ACASO, a INTUIÇÃO e a DESCONSTRUÇÃO. As ciências ditas exatas bebidas nos anfiteatros das universidades e nos beija-pés entre iguais ilustres colegas são pequenas informações com alguma utilidade mas muito longe de RESOLVEREM BEM, terem SUCESSO.
    .
    Para mi, e quanto ao assunto ora posto na mesa, que errado e sem solução que não sejam mais novos erros, interessa-me muito mais onde se está a jogar o jogo a sério; por exemplo enquanto se discute que novos erros conseguirão inventar para resolver os erros anteriores:
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    Poland to get gas from ‘fracking’ in Europe
    http://rt.com/business/poland-shale-gas-fracking-europe-154/
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    Interactive: Mapping the Shale Gas Boom
    http://www.smithsonianmag.com/ideas-innovations/Interactive_Mapping_the_Shale_Gas_Boom.html
    .
    Mas é claro que não desprezo os anfiteatros das universidades nem os beija-pés entre iguais ilustres colegas que são pequenas informações com alguma utilidade mas muito longe de RESOLVEREM BEM, terem SUCESSO,
    .
    por tal alimento essa inteletualidade teórica com alguns novos dados ‘mãe de todas a ciências e por cima delas’, entre outros, para alimentar a chama e os umbigos, lançar a confusão na certeza absoluta das ciências exatas, vendida como infalivel e definitivamente certa, novo sol na terra, extensiveis a sociologias e filosofias das dita Razão,
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    Descartes and Western Civilization Individualism
    http://batr.org/solitary/090913.html
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    Is mathematics an effective way to describe the world?
    http://deskarati.com/2013/09/04/is-mathematics-an-effective-way-to-describe-the-world/
    .
    Ask a Mathematician / Ask a Physicist
    http://www.askamathematician.com/2013/08/q-are-there-examples-of-quantum-mechanics-that-can-be-seen-in-every-day-life-or-do-they-only-show-up-in-the-lab/
    .
    Incendeie-se a discussão entre os académicos e teóricos que andam por aí muito mornos e acomodados.
    .

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  10. YHWH permalink
    14 Setembro, 2013 15:46

    O bom senso de João Ferreira do Amaral e da sua lúcida proposta de saída controlada do Euro continua a repugnar a muito bem-falante desta praça.

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  11. Fincapé permalink
    14 Setembro, 2013 16:03

    “Investidos na compra de dívida pública rendem 7,3%”.
    É um bom ganho para quem investir da dívida pública. Se calhar era a este benefício que Gaspar se referia quando andava todo prazenteiro pela ida aos mercados.
    Ah! Já nem me lembrava. Mas por aqui também houve muitos fogueteiros. 😉

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  12. JCA permalink
    14 Setembro, 2013 16:03

    .
    Por exemplo, noutro tema real que importa de facto tal qual o fracking e mais uns tantos mais, é só para lembrar :))
    .
    .
    ” JCA hiperligação permanente
    31 Agosto, 2013 00:27
    .
    Não há duvidas que foi usado gás que matou uns dois mil como com tanques, aviação, bombas etc um Estado matou já tantos milhares do seu Povo que protestou e reclamou. Os meios para matar não interessam, o essencial foi com quem mataram principalmente os inocentes.
    .
    Julgo que a nivel da ONU se deveria já estar a pensar na desmilitarização da Siria, mandar para a sucata misseis e outros que tais. Com um ultimatum, ou entregam tudo isso voluntariamente para a sucata em prazo certo ou então a desmilitarização seria feita por forças militares internacionais da ONU.”
    .
    in
    dos parlamentos

    dos parlamentos


    .
    É só cruzar datas num calendário qualquer e abrir a pestana. Pois é …. :))
    .

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  13. JCA permalink
    14 Setembro, 2013 17:08

    .
    .
    Sobre o postulado ‘proposta de saída controlada do Euro’ ainda é só um principio divulgado mas insuficientemente demonstrado sobre o que realmente pretende provocar ou provocaria, certo que introduziria o mecanismo de ajustamento ‘inflação’ menos penoso
    .
    e muito menos destruidor que o modelo Troika cuja logica única é defesa e sustentação do Euro que por si só obriga a não inflação. Ou seja defende Moeda secundarizando Pessoas, Empregos e Bens dos Cidadãos em grandes zonas europeias.
    .
    por exemplo o supra postulado “saída controlada do Euro’ tanto pode ser o’novo’ instrumento para continuar a adiar a reforma e modernização de Portugal continuando o que sugere estar a acontecer com a ginástica à volta da implementação das medidas da Troika para no fim tudo ficar na mesma, acreitam,
    .
    como pode ser por ora um instrumento negocial poderoso junto da União Europeia PARA JOGAR PARA CIMA DA MESA SEM HESITAÇÕES TAL QUAL FAZEM CONNOSCO sabendo-se cada cada membro da zona Euro é por si só um pilar da propria sustentabilidade e exito mundial, e se cai um ou dois pilares …. obviamente ….
    .
    como poderia surgir como um meio camuflado de criar uma moeda exclusiva de Portugal complementar do Euro semelhante aos antigos coloniais Escudos Angolanos, Moçambicanos
    .
    etc, etc
    .
    Há outras involventes além das muito resumidas acima,
    .
    mas também algumas inseguranças e dúvidas se o Euro como moeda Portuguesa nos resolve a nossa realidade na forma de Moda como ele Euro é atualmente gerido e comandado a nivel europeu.
    .
    Apenas para brainstorming.
    .

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  14. JCA permalink
    14 Setembro, 2013 17:11

    gralha, obviamente ‘envolventes’, não ‘involventes’.

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  15. Churchill permalink
    14 Setembro, 2013 17:24

    Eu se fosse credor e tivesse um ministro abichanado a dar entrevistas sobre o que me vai pedir ficava já de pé atrás, e quando o recebesse era tratado abaixo de cão com carraças.
    .
    O Passos Coelho ao deixar a Ministra das Finanças abaixo do outro tirou-lhe a possibilidade de ser credível no exterior, por muito convincente que seja.
    .
    Não sei se vamos ter saudades do Gaspar, mas do poder que ele tinha vamos ter certamente.

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  16. neotonto permalink
    14 Setembro, 2013 17:58

    Não sei se vamos ter saudades do Gaspar, mas do poder que ele tinha vamos ter certamente.


    Nunca comparaveis (as saudades) que ELE de se mesmo vai ter..:)

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    • Churchill permalink
      14 Setembro, 2013 20:23

      Até o Tozé Seguro já pede que o governo fale a uma voz.
      Como os relogios parados, de vez em quando acerta em alguma coisa.

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  17. André permalink
    14 Setembro, 2013 18:56

    Mas o governo não tinha controlado o défice? Quando eu notei num comentário aqui no blog que o défice do primeiro trimestre estava extremamente elevado ele respondeu-me que o que contava era o défice do fim do ano, que estaria controlado. Ora, o fim do ano aproxima-se e só estão a tentar negociar um limite mais alto para o défice. Até eu que não sou economista já dizia em abril ou maio que o limite não ia ser cumprido e parece que o governo só se apercebeu disto agora. Mas João, o défice foi mesmo controlado pelo governo, não foi? Ou este post que publicou agora significa que está a engolir um sapo ao seu elogio da gestão das contas públicas do executivo? É que se não é, parece…

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    • JoaoMiranda permalink*
      14 Setembro, 2013 19:40

      André,

      O post é sobre o défice de 2014.

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      • André permalink
        14 Setembro, 2013 19:51

        Ah, então é preciso renegociar o de 2014 porque em 2013 vai correr tudo bem mas em 2014 vai inexplicavelmente correr mal. Faz sentido o que está a dizer, que este ano vai estar tudo bem mas que para o ano vai estar mal…

        PS: Já viu os números do desemprego de agosto? Lá se foi a recuperação económica (apareceu à pouco tempo na SIC)…

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      • JoaoMiranda permalink*
        14 Setembro, 2013 20:23

        André,

        Não é preciso renegociar o 2014. Basta cortar na despesa.

        O défice de 2013 está sob controlo.

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      • silver permalink
        14 Setembro, 2013 22:29

        Controlado? Não.O défice de 2013 é que j+a foi renegociado duas vezes 🙂 a meta é que é outra portanto…

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      • Fincapé permalink
        14 Setembro, 2013 22:32

        Gostei desta, Silver. Teve de vir você aqui explicar que o governo vai a correr com a meta do défice na mão à frente do próprio do défice. 🙂

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      • André permalink
        15 Setembro, 2013 09:50

        Não querendo ser direto, como o Silver, a meta do défice de 2013 está controlada de que forma? Bem me parecia…

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  18. Expatriado permalink
    14 Setembro, 2013 20:29

    Esta medida marciana ajudava a baixar a divida.
    .
    Mais um ossito para a marcianada se entreter….
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    http://www.publico.pt/mundo/jornal/cuba-despede-500-mil-funcionarios-publicos-20197436

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  19. JCA permalink
    14 Setembro, 2013 21:58

    .

    Talvez nesta avaliação da Troika ainda não se cumpra o haircut de mais de 50%. Afinal inda há algum dinheiro/riqueza para raparem ao fundo da panela para pagar juros e dividas.
    .
    Apesar do discurso “sucesso, exito, juramos que estamos a cumprir, pagaremos tudo até ao ultimo centimo etc”, o haircut já está traçado. Tão certo como o destino. Atualize-se a coisa com uns pequenos ‘toques’ para não estragar a procissão oratória e as fantasias da festa em curso:
    .
    ,
    -Restructuring of Portuguese sovereign debt similar to the one completed by Greece, which involved haircuts of over 50%,
    .
    “A restructuring of Portuguese sovereign debt similar to the one completed by Greece, which involved haircuts of over 50%, could wreak havoc on Spain’s banking system. Yet delaying restructuring, as Greece is showing, may simply drag down Portugal—whose debt-to-GDP ratio is expected to approach 125% next year—faster and further, worsening creditor losses.
    .
    Without an SMP to mutualize Spanish bank exposure to Portugal, the way it mutualized French bank exposure to Greece, delaying a Portuguese restructuring will also do nothing to help Spain weather the shock. The euro area has already lent Spain €41.3 billion to recapitalize its banks, but finding a politically palatable way to convert that debt into mutualized eurozone equity may be a necessary cost of sustaining the European single currency.”
    .
    http://blogs.cfr.org/geographics/2013/08/06/bankexposure/
    ,
    .
    -A Surprising Way to Play a Europe Rally
    .

    “The area’s fiscal situation isn’t in dire straights as it has been. According to BCA Research, structural deficits peaked four years ago. As a result, during the 2009 to 2012 period, the biggest fiscal drags as a percent of potential GDP were concentrated in Europe, namely in Greece, PORTUGAL, Spain and Ireland, four of the five members of the group formerly known as the PIIGS. Fiscal drag happens when a government’s net fiscal position doesn’t cover the desired net savings of the private economy”
    ,

    “Looking ahead at the 2012 to 2015 period, the largest fiscal drags are expected to be in other areas of the world. Based on data from the European Central Bank, “the government credit impulse is improving, which should help to lift the euro area economy out of its ‘endless recession,’” says BCA.”
    .
    “So as countries including Germany, France and Italy recover, we have solid reasons to believe their eastern counterparts will enjoy a boost as well.”
    .
    “Take the CE3, which are the Czech Republic, Hungary and Poland. These countries are integral to the supply chain in Europe and dependent on domestic demand as well as its export growth.”
    .
    .” The report makes a case for the Czech Republic, Hungary and Poland as the countries have “cheap markets, cheap currencies, which are commodity importers and are not overheating,”
    .
    http://www.usfunds.com/investor-resources/frank-talk/a-surprising-way-to-play-a-europe-rally/?
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    ,
    -Portugal CDS spread widens again
    .
    New signs suggest the euro crisis is flaring up again
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    “In return for a 78 billion euros rescue package in 2011, the creditors — the International Monetary Fund, European Central Bank and other euro countries — demanded spending cuts to reduce debt. They also required measures to modernize the economy. Disbursement of bailout funds depends on PORTUGAL’S COPMPLIANCE.
    .
    Of course these compliance targets have been loosened considerably since the original agreement.
    .
    But even if the nation is able to meet its targets, there is no way it can return to the private markets in the near future in order to fund its government. And that’s assuming the political infighting doesn’t preclude them from running into trouble with troika in the near future”
    .

    http://soberlook.com/2013/09/portugal-cds-spread-widens-again.html
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  20. politologo permalink
    15 Setembro, 2013 10:38

    No POUPAR está o GANHO … (grãozinho a …)
    OCULOS HABENT ET NON VIDEBUNT
    Cortem 50% orçamento da Assembleia da Republica :43 milhões de euros; 50% Na Presidência da Republica : 7 milhões.Nas subvenções vitalícias dos políticos : 8 milhões.30% dos vencimentos e nas mordomias dos políticos e ex-politicos & Cª… : 2 milhões
    Cortem 50% das subvenções estatais aos partidos políticos e pouparão 40 milhões . Cortem com rigor os apoios às Fundações e bem assim os seus benefícios fiscais e irão poupar 500 milhões de euros . Reduzam em media, 1,5 Vereador por cada Câmara e irão poupar 13 milhões .
    Renegociar a serio as famosas Parcerias Publico Privadas e as Rendas Energéticas e pouparão 1.500 milhões de euros
    Economia paralela : recuperar 10 mil milhões
    Recuperação de créditos do BPN : 9 mil milhões(mas primeiro alterem a CRP) . Vendam 200 das 238 viaturas de luxo : 5 milhões . 1 automóvel por cada Câmara : 3 milhões . Fusão CP+Refer+etc. 7 milhões em despesas de Administradores
    RESULTADO FINAL : 20 mil milhões de euros !!!
    Para quê tocar nas REFORMAS ???
    A Europa está como está em virtude das sucessivas elites incompetentes que nela têm acedido ao poder .
    Mas nalguns países , alem de mentirosos , são aldrabões e ladrões com total impunidade . Mas o Povo adora
    porque permanentemente os elege …
    A Divida Publica cujo verdadeiro valor é desconhecido (!) mas pelo valor conhecido é desde já impagável .
    E com deficits permanentes … Em 2013 existe o compromisso de 4% do PIB . Quem quer a renegociação para 4,5% ? Corresponde a mais 800 milhões de euros na despesa !…. Mas isto corresponde a mais 800 milhões de empréstimos . As taxas de juro já ultrapassam os 7% !… Negociar para 4,5% ? Depois não ficamos pior ? Com deficit de 5% ou 6% ?Mas quem tem interesse na renegociação ? A Banca . Querem melhor investimento ? A 7% !!!… O surrealismo à tona de agua Os especuladores financeiros , sendo os causadores da crise , são agora os principais beneficiários desta crise .
    Quo vadis Portugal ?

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  21. Fmp permalink
    15 Setembro, 2013 17:59

    Teoricamente nao podia estar mais correcto, mas na pratica (e infelizmente) os 7% nao sao o verdadeiro custo da divida publica, uma vez q portugal nao vai ( e por este andar nao ira tao cedo) financiar se no metcado a dez anos

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  22. JCA permalink
    15 Setembro, 2013 21:50

    .
    Gaspar é sério, cumpriu o que a sua profissão exige no cas, o ‘homem do fraque’. Nunca foi um politico. Convidaram-no para desemenhar a sua profissão com rigor e ele fê-lo. Tão honesto que quando sentiu que o seu Profissional estava a desbundar para a Politica, seriamente demitiu-se, os alemães choraram. Quem o convidou é que era ou é o politico. Quem foi quem foi … ninguém, outro milagre de fatima tuga. Não sou seu admirador porque a minha abordagem é sempre pela POLICA,
    .
    Passemos como ‘gato sobre brasas’ sobre o que a piolheira chama e eu codificamente resumo ‘entendidos’. Par bom entendedor meia palavra basta e para mi mais Deneuve menos Catherine não me diz nada nem a favor nem contra,
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    mas esta 2F chega a Troika, admiro o esforço quiça mesmo q boa fé dos anfitriões que estão tão fora e tao maç informados que esta avaliação é mais outra a ‘comer passarinhos’. Se me devessem dinheiro ayé lhes diria são uns génios desde que o que me devessem pingasse para o meu bolso.
    .
    Afimal o que qualquer simples mortal faz s ele aparecerem pela frente moles ou anginhos. E eu pessoalmente nada tuga o que disse é tão basico que at+e me admiro como tantos altas competencias se amofinaram,
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    é que há tanto em Politica, e secundariamente em Economia e Finnçss Publias e Privadas, além do que eu por aqui escrevi que obviamente que ….
    .

    é tá facil resolver mas não me apetece nem tenho paciência para aturar «encomendas’ embora saiba bem que seixarão, como estão a deixar, um cortejo de miséroa e destruiçao, apenas por ignorancia e fantasias que as teorias são realidades, desconsiderando aqui o fantasista a ver com gósmas pessoais e outras ‘percersidades mastirbatórias’ ligadas com o umbigo deles proprios.
    .
    Expresso mas não sinto revoltas, safem-se. Não é por mi que não terão liberdade.
    .

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