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O João Miranda tem razão

26 Março, 2014

isto é um indício claro de abuso da classificação de NEE para alunos que a única característica especial que têm é reprovarem nas provas de avaliação. – João Miranda

O Paulo Guinote, no seu estilo contundente e ligeiramente inflamado, publicou esta tabela que demonstra que uma grande parte dos alunos só são mesmo NEE no 4º e no 6º ano, quando dá jeito que passem para o ciclo seguinte. Já no 9º ano, nada a fazer, vão ficar por ali mesmo.

nee2

Em certos aspectos, não deixa de ser paradigmática a necessidade de fleuma.

Adenda: entretanto o Paulo comentou que eu não entendo que NEE têm exames diferenciados. Pois, é isso, entendo, entendo.

30 comentários leave one →
  1. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Março, 2014 14:57

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    Bom vmos lá ver coisa na 1ª acamada e seguintes, no que interessa, no essencial 20.000 professores contratados a recibo verde foram mandados “dormir para debaixo da ponte”. Ou regressaram para viver da reforma dos pais ou dos maridos. Nada de mal, é humano bem acima da politiquice. Deram aulas, mas a anterior Ministra e atual, arranjaram para aí umas ‘estrangeirinhas’ mas que se chegou ao absurdo: quem deu notas e classificou alunos hoje não é Professor, não pode concorrer. O absurdo absoluto. Ninguém os defendeu. Nem os Sindicatos para onde pagaram quotas os defenderam ou defendem. Nem a Senhora Maria de Lurdes do PS, nem o Senhor Crato do PSD nem A ou B dos restantes Partidos.
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    A tal coisa da ‘nomenklatura e do appartnik, a ‘coroa’ para não usar termos comunas, transversal da Extrema Direita à Esquerda, passando pelo PC, PS, PSD e CDS, embora minoritariamente, muito nuns menos outros, haja uns afiliados contra.
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    E para a continuidade, simplesmente é preciso mais dinheiro que o que conseguimos criar internamente não é em impostos, é em criação de Riqueza (Economia) porque os Impostos (todos) nascem nela. Quando esgotada a capacidade de pelos Impostos, pede-se mais ao estrangeiro mesmo que se destrua a ‘galinha dos ovos de ouro’, a Economia. Foi o que aconteceu, e acontece hoje.
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    Alguns comentadores não vão gostar. A fita métrica mede assim entre números, estatísticas, compêndios e sebentas doutoradas:
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    Tivemos a descolonização do 25 de Abril (os pais, as mães e a juventude odiava a guerra de Africa),
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    o escudos pós 25 de Abril é só somar a desvalorização do Escudo e a inflação (chegou a ser anualmente superior a 20% (e aqui não há erros políticos, deriva do monte de teimosia anterior que enfaixou milhões de Portugueses na rotura que não foi inesperada, rodava-se em Portugal ao contrário do Mundo),
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    agarremos na fita métrica, se regressássemos ao Escudo (a jogada final da nomenklatura/apartnik, para não ofender a Direita chamemos-lhe o meso com outro nome ‘a Coroa’ defenderem a nomeklatura/apartnik transversal das extrema direita à extrema esquerda, passando pelo PC, PS, PSD e CDS) qual seria a desvalorização da nova Moeda e a Inflação ?
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    Igual ou maior. Significa o quê ? O vácuo entre 25 de Abril de 1974 e 26 de Março de 2014. O chamemos-lhe ERRO para não ofender ou enervar a nomenklatura/apartnik que já vem dos tempos da Maria Caxuxa. O que nunca se resolveu em Portugal nem resolverá segundo dizem.
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    as sem Colónias e sem mais teta da União Europeia resta à nomeklatura/appartnik, afinal esta elite responsável pelo atraso competitivo de Portugal na Economia, Nem a China etc os salvam porque são mais outros ‘acidentes’ de percurso para Portugal que no lavar dos cestos está na mesma como dito anteriormente.
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    Prontos, mas se os Eleitores, os Decisores, os Politologos, esta parte das Elites em Poder, os Jornalistas continuarem pensar que o rumo é esse,
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    eu continuo por escola própria a ser um simples eleitor (todos devem ir votar nas próximas eleições) que já dei muito a Portugal sem receber de volta um tostão.
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    Agora que isto não vai a lado nenhum assim, lá isso é a minha opinião. E exatamente ao contrário, em defesa da Democracia e da Liberdade, do Liberalismo. E aqui as direções Partidárias em liderança é que sabem, se continuam a criar a nova Ditadura ou não. Se Ditadura serão elas a ser as primeiras a serem corridas sem dó nem piedade. O Povo, como sempre, continua. Ilusões e jogadas há muitas…..
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    E há por aí muita riqueza mineral e marinha, xisto para gás natural etc para os cobrarem os empréstimos, é preciso é embebedarem esta elite em Poder, a nomenklatura/appartnik ou ‘coroa’ para não ofender os que dizem anti-comunas mas são na mesma nomenklatura/appartnik, com mais e mais empréstimos, se a riqueza vai-lhes cair no papo. E a fatura final (ainda não é atual) não vai ser nem cara nem barata simplesmente porque esta elite em Poder não a vai conseguir pagar. O Povo continua, porque é a Nação, e as Nações não morrem apesar do funeral que as atuais elites em Poder continuam a pavimentar.
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    Se assim não for …… óptimo seria mas não será porque não seria.
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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      26 Março, 2014 15:01

      Eu era astronauta precário. Nunca me contrataram (e bem se sabe como a política ultraneoliberal do governo é ideologicamente contra a exploração espacial estatal). O que é certo é que eu fazia parte do rol de astronautas mandados para a rua por este governo de ladrões que só querem destruir o país e o futuro do nossos filhos através desta birra ideológica de não contratação de astronautas necessários e mais bem qualificados de sempre.

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      • JCA's avatar
        JCA permalink
        26 Março, 2014 15:14

        Não ponha conclusoes suas no que não está escrito. Se a a sua dialetica é entre sim e não, yin e yan, ladroes e não roubados, preto e branco,´é a sua camada de discussão, emoções. Creio que não é e neste blog segundo me parece comenta muita gente que está bem acima de abordagens suburbabna ou ‘quinta do mocho’ sem ofensa aos subusrbanos ou às quintas do mocho. Opte, aceite mesmo os Comunistas radicais ou de Extrema Direita, estatistas ditatoriais, é preciso confronto de ideias. No regime atual não é consensos, para isso bastava a União Nacional e a Ação Nacional Popular, a Mocidade Portuguesa etc. Tudo fez o seu tempo mas hoje é necrologia. Correto ?

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      • vitorcunha's avatar
        vitorcunha permalink*
        26 Março, 2014 15:18

        Radicalfobicofóbico. Aceitar tudo é não aceitar nada. 🙂

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  2. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Março, 2014 15:06

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    (publicado em 2008, há 6anos)
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    -APROVAÇÃO PELA AR e EVENTUAL INCLUSÃO POSTERIOR NA CONSTITUIÇÃO (embora não necessária):
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    1) RACIO máximo PIB/Carga Fiscal.
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    2) RACIO máximo PIB/Despesas do Estado (*)
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    (*) Provocadora da Reforma séria da estrutura de Governança, da Burocracia Publica e do Orçamento Geral do Estado. Eventualmente permitir caso a caso a ultrapassagem destes racios mediante aprovação por maiorias de 2/3 ou ¾ de votos na Assembleia da Republica.
    .
    .-BANCA EM PORTUGAL e GARANTIA DOS DINHEIRO DOS DEPOSITANTES:
    .
    3) SEPARAÇÂO ABSOLUTA da Banca Comercial de quaisquer actividades especulativas nomeadamente Sociedades de Investimentos Financeiros ou Hedge Funds, para protecção absoluta das Poupanças e Dinheiro dos Depositantes para regresso da confiança nos Bancos.
    .
    4) TAXA PARA GARANTIAS BANCÁRIAS calculada sobre todos os negócios e receitas da Banca robustecendo financeiramente o Fundo de Garantias Bancárias para devolver a qualquer momento os Depósitos dos Cidadãos, Empresas e Entidades Publicas que confiaram no Banco que ficou inviabilizado, faliu ou fechou.
    .
    .
    -IMPOSTOS E FISCALIDADE:
    .
    5) ABOLIÇÃO de todos os Impostos substituindo-os por um único: INU – Imposto Nacional Único colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (**)
    .
    (**) Pagamento dos Ordenados Brutos aos Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    6) AMNISTIA Fiscal para estancar o estado de falência do Tecido Económico Nacional e a insolvência dos Cidadãos, já praticado antes e depois do 25 de Abril.
    .
    .
    -SEGURANÇA SOCIAL:
    .
    7) ABOLIÇÃO dos Descontos mensais de Empregadores e Empregados substituindo-os pelo IUSS – Imposto Único de Segurança Social colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (***)
    .
    (***) Pagamento dos Ordenado Brutos a todos os Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    8) Instauração da PENSAO NACIONAL UNICA, igual a 2 ou 3 vezes o SMN-Salario Mínimo Nacional, universal e igual para todos os Reformados Portugueses (****)
    .
    9) Criação do Fundo Nacional de REFORÇO DA PENSÃO NACIONAL UNICA, gerido pelo Estado, para quem queira depositar mensalmente um valor incerto a qualquer momento para assegurar um reforço publico do valor mensal da Pensão Nacional Única atingida a idade de reforma até ao falecimento (****)
    .
    (****) Na transição do velho para o novo Sistema, passariam para o Fundo de Reforço da Pensão Única, os valores já descontados por Empregados e Empregadores correspondentes à diferença entre o valor da Pensão Única e a Pensão em vigor no momento da Inscrição na Segurança Social
    .
    .
    -MEDIDAS ADICIONAIS PARA REFORÇO DA SUSTENTAÇÂO DOS DIREITOS CIVILIZACIONAIS IRREVERSIVEIS DOS PORTUGUESES na Civilização Europeia avançada no Mundo:
    .
    a) BAIXAR A IDADE DE REFORMA PARA cerca de 55 ANOS para desempastelar POSTOS DE TRABALHO PARA OS JOVENS, NOVOS LICENCEADOSe DESEMPREGADOS: admissão obrigatória de jovens ou desempregados até ao limite do ordenado que o reformado auferia.
    .
    b) Libertar os Encarregados de Educação, CHEQUE-EDUCAÇÃO de valor fixo e único como instrumento de racionalização da Despesa Publica para o Estado: cada um endossa-o depois à Escola com vagas que LIVREMENTE escolha para os filhos seja publica, privada ou cooperativa, naturalmente blindando legislativamente para evitar o abuso da privatização da Escola.
    .
    c) SAÚDE, reactivação de todos os Postos de Saúde e Equipamentos abandonados, recrutamento médicos estrangeiros com novo contrato de trabalho diferente dos actuais, receituário obrigatório por principio activo, e se necessário eventual reactivação dos Laboratórios Farmacêuticos do Estado (exº antigos Laboratorios Militares), acabar com modelos de ‘capitalismo selvagem’ que ocasionalmente existam na carreira profissional publica da saúde ou compras hospitalares. . naturalmente blindando legislativamente para evitar o abuso da privatização da Saúde.

    (talvez ainda hoje tenha tempo, para aprofundar o que se passou desde 2008 até hoje em cada um estes temas. E vai ser interessante)
    .

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  3. Luís Marques's avatar
    Luís Marques permalink
    26 Março, 2014 16:08

    Não dá para censurar os comentários demasiado longos?

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      26 Março, 2014 16:13

      Dá. Faria sentido a partir de quantos caracteres? 5000? (Pergunta séria).

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      • Luís Marques's avatar
        Luís Marques permalink
        26 Março, 2014 16:27

        Em caracteres não sei, arriscaria 25 linhas como o papel antigo. E é resposta séria, o blog é seu mas pôr aqui testamentos parece-me contra o espírito da coisa.

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      • JCA's avatar
        JCA permalink
        29 Março, 2014 04:16

        .
        Completamednte de acordo, embora o contrário também esteja certo. Tudo depende do grau de profundidade da discussão pretendida. Matéria incontroversa, os direitos de propriedade e privacidade sagrados numa sociedade onde impere de facto a Liberdade
        .
        Mas enquanto não há ‘sinal vermelho’ da ‘geometria’ que pretendam os donos do blog … .. (que felicito por este trabalho publico ingrato em que ocupam os tempos livres pessoais que outros preferem, sem ofensa, gastar doutras maneiras mais ociosas)

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  4. jfssmendes's avatar
    26 Março, 2014 16:25

    Isto das estatísticas tem muito que se lhe diga…
    2012/2013 foi o primeiro ano em que a escolaridade obrigatória passou a ser de 12 anos, logo o primeiro ano em que os alunos matriculados no 9º ano teriam de obrigatoriamente permanecer na escola até ao 12º ano. Creio que isto se aplica também aos alunos com necessidades educativas especiais, mas não retroactivamente (ou seja, sendo o diploma de Agosto de 2012, um aluno que tivesse concluído o 9º ano no ano lectivo anterior não seria obrigado a permanecer na escola, digo eu). A quebra é mais acentuada que a quebra que se verifica na passagem do 9º para o 10º ano na totalidade da população estudantil, mas este gráfico apenas se reporta às escolas regulares. Não sei se haverá um que englobe as outras.
    Há também a questão do diagnóstico de necessidades educativas especiais e de elas serem permanentes ou não. Por exemplo, a dislexia só é, normalmente, diagnosticada a partir do segundo ano do ensino da escrita.
    Há também a questão da retenção de alunos com NEE por não acompanharem o ciclo de ensino de forma satisfatória, o que poderá aumentar o número de alunos na transição entre cada ciclo.
    Coloca-se também a hipótese de, num dado ano, nascerem mais crianças com problemas de desenvolvimento que sejam enquadradas em NEE.

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      26 Março, 2014 16:26

      Foi sorte, nasceram mais nos anos que coincidiram com o 4º e o 6º.

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      • jfssmendes's avatar
        jfssmendes permalink
        26 Março, 2014 16:35

        De tudo o que escrevi, a única coisa que reteve foi isso?
        Do 5º para o 6º ano há uma diferença de 715 alunos, que é residual num universo destes e facilmente explicável pela idade de diagnóstico de uma NEE e pela retenção de alunos com NEE entre cada ciclo.
        Entre o 3º e 4º ano ainda estamos em terreno muito fértil para diagnóstico de NEE. Aliás, o número continua a crescer no 5º ano. Estranho seria se estas NEE desaparecessem no início de cada ciclo novo.
        Não digo que não haja gente que abusa do sistema (em todos os sectores há), mas a sua argumentação e este quadro não provam nada do que têm dito aqui no blog.

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      • vitorcunha's avatar
        vitorcunha permalink*
        26 Março, 2014 16:40

        Nem as respostas provam o contrário.

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  5. jfssmendes's avatar
    jfssmendes permalink
    26 Março, 2014 16:54

    Então vamos por partes, dissecando o post:
    ” Já no 9º ano, nada a fazer, vão ficar por ali mesmo.”
    Pois…2012/2013 foi o primeiro ano em que a escolaridade obrigatória passou a ser de 12 anos, logo o primeiro ano em que os alunos matriculados no 9º ano teriam de obrigatoriamente permanecer na escola até ao 12º ano. Creio que isto se aplica também aos alunos com necessidades educativas especiais, mas não retroactivamente (ou seja, sendo o diploma de Agosto de 2012, um aluno que tivesse concluído o 9º ano no ano lectivo anterior não seria obrigado a permanecer na escola, digo eu).A quebra é mais acentuada que a que se verifica na passagem do 9º para o 10º ano na totalidade da população estudantil, mas este gráfico apenas se reporta às escolas regulares.

    “…que demonstra que uma grande parte dos alunos só são mesmo NEE no 4º e no 6º ano, quando dá jeito que passem para o ciclo seguinte”
    Isto é, felizmente, mentira (ou pelo menos uma forma ideologicamente enviezada de ver estatísticas só para cumprir um objectivo programático) e explica-se com alguma facilidade: o diagnóstico de necessidades educativas especiais e o serem permanentes (por exemplo, a dislexia só é, normalmente, diagnosticada a partir do segundo ano do ensino da escrita) implica que durante o ensino básico estejamos em terreno fértil para diagnosticar NEE.
    Também se pode contar com a retenção de alunos com NEE por não acompanharem o ciclo de ensino de forma satisfatória, o que poderá aumentar o número de alunos na transição entre cada ciclo.
    Do 5º para o 6º ano há uma diferença de 715 alunos (cerca de 1% do total de alunos com NEE), que é residual num universo destes e facilmente explicável pela idade de diagnóstico de uma NEE e pela retenção de alunos com NEE entre cada ciclo.

    Ou seja, não há nada que diga no post que não possa ser refutado enquadrando a escolaridade e o que são as NEE, e continua a dizer que nenhuma das respostas prova o contrário do que tem afirmado?

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  6. Paulo Guinote's avatar
    26 Março, 2014 17:29

    Contraditar quem não entende coisas muito simples é um esforço inglório.
    Antes dar aulas a turmas PCA e alunos NEE sem preconceitos, que é o que eu faço, ao contrário dos cunhas que saíram da escola e nunca lámais voltaram.

    Os alunos com NEE têm mais de um trajecto possível, conforme a relativa “gravidade” das suas dificuldades.

    É capaz de ser complicado o conceito de “exame adaptado” (ou teste) mas eu jáo fazia há 25 anos quando tive a primeira aluna com glaucoma.
    Ou a disléxicos a sério.
    Ou a crianças e jovens com sérios défices cognitivos.
    Eu sei que isto é complicado para quem não conhece o drama destes alunos e goza com a situação deles e dos professores que os ajudam.
    Antes fossem gozar com a tataravó.

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      26 Março, 2014 18:24

      Se o Paulo não perdesse tanto tempo a qualificar os outros como imbecis, não daria tantos guinotes na compreensão do que eles dizem.

      Isto é assim: os números que publicou demonstram que há menos NEE no secundário que no básico; isto acontece porque 1) as situações são tão graves que fazem com que os miúdos abandonem a escola antes de poderem chegar ao secundário, independentemente da obrigatoriedade (as pessoas não estudam porque é obrigatório), indiciando alguma ineficácia na tentativa de fazer com que sigam estudos; 2) NEE são um sucesso e conseguem recuperar muitos miúdos que conseguem continuar necessitando até de menos apoio.

      Quando coloca os números discriminados por anos lectivos, verifica-se um número maior no 4º e 6º ano, o que indicia uma de duas coisas: 1) não foram identificados a tempo como NEE; 2) foram identificados como NEE alunos que obtiveram maus resultados nesse fim de ciclo.

      Não lhe posso pedir para ter sentido de humor, posso é dizer-lhe que sem olhar para as coisas de forma crítica mas descomplexada, isola-se na sua visão interior do que acha que os outros pensam.

      “Imbecis” e “burros” à parte, gosto de o ler e concordo consigo em várias coisas. Uma das que não concordo é a presunção de que nunca passei pelo sistema, coisa que fiz, e, se quer que lhe diga, demonstrando a barbaridade que é permitirem que um licenciado aceda à carreira sem qualquer formação pedagógica. Saí pelo próprio pé – não é para mim, é um trabalho que exige mais das pessoas do que o que estou disposto a dar pela remuneração auferida.

      O que não compreendo é porque se esforça tanto para transmitir essa imagem irascível quando, o que se espera de um professor com vontade de discutir assuntos, é a serenidade que a experiência e sabedoria acumulada dão.

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      • Florêncio Nightingale's avatar
        Florêncio Nightingale permalink
        26 Março, 2014 19:41

        Conclusão: os professores portugueses ganham mal, segundo a bitola do caro Vítor Cunha («é um trabalho que exige mais das pessoas do que o que estou disposto a dar pela remuneração auferida.»).

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      • vitorcunha's avatar
        vitorcunha permalink*
        26 Março, 2014 19:44

        Não, não, não foi isso que eu disse. Eu explico:

        O que eu recebia era menos do que o que eu podia receber a fazer outra coisa para a qual a componente salarial também incluía não aturar indisciplina inclusiva.

        O seu caso pode variar.

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      • Florêncio Nightingale's avatar
        Florêncio Nightingale permalink
        26 Março, 2014 19:44

        Passar pelo sistema, suponho eu, não é estar lá um par de horas. Creio que será necessário um pouco mais do que isso.

        É como dizia o meu avô António: «Deixa-os poisar! Deixa-os poisar!».

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      • vitorcunha's avatar
        vitorcunha permalink*
        26 Março, 2014 19:45

        A mania de supor coisas sem evidências tende a originar asneiras.

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      • Florêncio Nightingale's avatar
        Florêncio Nightingale permalink
        26 Março, 2014 19:46

        Exatamente! É isso mesmo!

        P.S. Já agora, esforce-se por redigir em português.

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      • vitorcunha's avatar
        vitorcunha permalink*
        26 Março, 2014 19:47

        P.S. Já agora, esforce-se por redigir em português.

        Você comentou hoje pela primeira vez aqui. Este é o seu terceiro comentário. Provavelmente foi o último.

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  7. ramiro marques's avatar
    26 Março, 2014 20:10

    Caro Vítor, posso dar-lhe uma sugestão? Não perca tempo com comunas! Dedique o seu tempo a dar-nos bons textos, carregados de ironia e bom humor. Os comunas funcionam em matilha com o obletivo de o desviar da escrita de bons textos e de o fazer perder a calma e a bonomia tão cara aos liberais.

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      26 Março, 2014 20:13

      Claro que pode, Ramiro. É uma boa sugestão.

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      • Fincapé's avatar
        Fincapé permalink
        27 Março, 2014 22:22

        “… o que se espera de um professor com vontade de discutir assuntos, é a serenidade que a experiência e sabedoria acumulada dão.”
        Gostei da resposta que deu a Ramiro Marques.
        Gostei também da sua ideia transcrita acima. Espero que não se importe que a recomende a Ramiro Marques. 😉

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  8. A. R's avatar
    A. R permalink
    26 Março, 2014 21:45

    Não vejo a razão para o governo dar emprego a todos os professores e não dar a todos os pedreiros que sofreram com a crise do imobiliário. A menos que a democracia tenha primadonas e a igualdade seja coisa aplicável apenas a classes que sustentam os apêndices sindicalistas do PCP que não dão aulas há 20 anos ou mais. Alargou-se a escolaridade do 9º, para o 10º, do 10º para 11º, do 11º para o 12º e ainda se reciclaram com as novas oportunidades e já não dá mais. Crianças não nascem mas querem manter o mesmo número de professores que ainda por cima atormentam pais e professores nos momentos críticos com greve ideológicas.

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  9. Z's avatar
    26 Março, 2014 22:06

    (…)não é para mim, é um trabalho que exige mais das pessoas do que o que estou disposto a dar pela remuneração auferida.

    Este teve direito a printscreen, não vá apagar o comentário, o post ou até mesmo o próprio blog, como outros que por aqui comentam…

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      26 Março, 2014 22:09

      Imprima também este:

      Não, não, não foi isso que eu disse. Eu explico:
      O que eu recebia era menos do que o que eu podia receber a fazer outra coisa para a qual a componente salarial também incluía não aturar indisciplina inclusiva.
      O seu caso pode variar.

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  10. Fafe's avatar
    Fafe permalink
    26 Março, 2014 23:35

    He-he-he!

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  11. JCA's avatar
    JCA permalink
    29 Março, 2014 04:35

    .
    Sobre o tema. A tal coisa do ‘8’ ou ’80’, extremismo tão elite portuguesa. No ‘8’ aqui del rey que os resultados dos alunos a Português e Matemática eram um desastre completo. De acordo não eram bons.
    .
    Sem pretender entrar na discussão obvia se as notas dos alunos não serão afinal as classificações da produção de quem os ensina, admitindo que há de facto uma percentagem de alunos que ou por não serem talhados para estudar ou que são gandulos,
    .
    apenas abordo o ’80’ para resolver o ‘8’:numa prova de Português do atual 6º ano (antigo 2º ano do Liceu):
    .
    numa prova de Português o texto para interpretar não é mais nem menos que o ‘copy and past’ dum Decreto de Lei com Caputulos, artigos etc, a que acresciam até perguntas para fazer ‘retratos psicologicos’
    .
    Estranho. Trata-se de aulas de inciação ao Direito para crianças de 11 anos ? Uma aula de inciação à Psicologia para miudos de 11 anos ?
    .
    Deixo o que nunca imaginaria pudesse acontecer para ensinar Português na fase dos 11 anos. Admito estar errado, daí este quase SOS.
    .
    (nota para não ultrapassar as 25 linhas ou as 5.000 palavras não faço copy and past do dito Decreto Lei para melhor descrever a situação atónita)
    .

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