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Quem se lixa é sempre o mexilhão

30 Abril, 2014
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deoapresentacaolusa14745018_664x373Num país onde quase um em cada quatro eleitores tem mais de 65 anos, o que é que acontece quando se fala de reformar o sistema de pensões em ano de eleições?

Não acontece nada. Mesmo o que tinha acontecido antes é revertido.

Num país com cada vez menos eleitores jovens e cada vez menor participação eleitoral dos jovens, o que é que acontece quando, para não mudar o sistema de pensões, se aumentam taxas e impostos?

Não acontece nada. A dor, dizem, é “repartida” e, acrescentam, o fardo assim pesa pouco.

É neste ponto que estamos. Ainda não tive tempo de ler o famoso DEO mas já ouvi a conferência de imprensa de Maria Luís Albuquerque e, sobretudo, Pedro Mota Soares. A síntese é simples de fazer: aliviam-se os reformados (e também os funcionários públicos), sacrificam-se os contribuintes, em especial os que estão empregados e descontam para a TSU.

Há sempre uns que se lixam e há sempre outros que vão às televisões queixar-se – os que por lá andam a carpir mágoas há dois anos e agora ainda são capazes de continuar a queixar-se. É esta a triste moral desta história.

15 comentários leave one →
  1. Churchill's avatar
    Churchill permalink
    30 Abril, 2014 18:23

    É uma opinião, a do jmf!

    O ultimo parágrafo merece aplauso, há realmente sempre uns que se lixam. Nos últimos anos (desde a Dra. Ferreira Leite nas Finanças) foram especialmente os funcionários públicos e os pensionistas.
    Pode dar as cambalhotas que quiser, mas a realidade não acompanha essa agilidade toda.

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    • sem norte's avatar
      sem norte permalink
      30 Abril, 2014 23:28

      É verdade camarada, os milhares de milhões de funcionários públicos que ficaram desempregados, alguns até emigraram para sustentar os nobres que trabalham no pivado.

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    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      1 Maio, 2014 01:06

      Churchill, parabéns.
      Pelo menos você não é reformado. Tem emprego, cumpre e está sempre de serviço… no Blasfémias. E é sempre o primeiro. Um “sempre alerta”.
      Deve ser o funcionário modelo do “Observatório Patriótico dos Comentadores Democráticos”.
      E tem razão: os mais lixados têm sido os funcionários públicos. Ao contrário dos outros que escolhem o caminho mais fácil, que é trabalhar por conta de outrem. Ou mais fácil ainda, que é trabalhar por conta própria. Ou mesmo o que é fácil, fácil: ser o “outrem”
      Se todos fossemos funcionários públicos acabavam-se com as discriminações. Todos pagávamos impostos ao Estado para que o Estado nos pagasse. Assim, para ganharmos mais, bastava pagar mais impostos.
      Só não percebo como a direita liberal não entende estas coisas…

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  2. Castrol's avatar
    Castrol permalink
    30 Abril, 2014 18:23

    Já diz o ditado: quem não chora não mama…

    Entretanto a reforma do Estado continua na gaveta!

    XULOS!!!

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  3. Jorge's avatar
    Jorge permalink
    30 Abril, 2014 18:30

    Se houvesses dúvidas, mais uma prova que não se reforma nada em Portugal. Mais do mesmo. OK. Daqui a 3/4 anos teremos nova troika. Continuem a votar e a dar o aval a esta politica. O parceiro que se segue é o PS. Vem ai o paraíso na terra.

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  4. Monti's avatar
    Monti permalink
    30 Abril, 2014 19:07

    Entretanto num país longínquo e sustentável, prepara-se uma solução para a economia semelhante à das ADM no Iraque, agora se possível, ma Ucrânia.

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  5. eirinhas's avatar
    eirinhas permalink
    30 Abril, 2014 19:08

    Sem comentários,uma vez que se trata de um jovem na flor da idade,muito,mas muito longe da bafejada reforma!
    Descanse,que algumas migalhas vão ficar.Se não ficar nada,fica,pelo menos,metade do cobertor.Não conhece a estória?

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  6. Pancho Roble's avatar
    30 Abril, 2014 19:37

    Como eu gosto deles…
    Chegam de mansinho, antes de um feriado, ou antes de um grande acontecimento desportivo. Sempre passa mais despercebido e amortece a pancada, ok.

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  7. gastão's avatar
    gastão permalink
    30 Abril, 2014 19:45

    Então já não gosta deles? Queria mais “sangue, suor e lágrimas” não é?

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  8. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    30 Abril, 2014 19:51

    Ai agora desancam no falecido António Borges. O fervor já não é o que era, que o diga Pinto da Costa.

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  9. Z's avatar
    30 Abril, 2014 20:19

    Sim, até porque os reformados e, especialmente, os funcionários públicos não são contribuintes….

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    • sem norte's avatar
      sem norte permalink
      30 Abril, 2014 23:30

      Camarada, os melhores países do mundo para viver e mais desenvolvidos, são os países que só têm reformados e funcionários públicos.
      Os que têm privado são os mais pobres.

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  10. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    30 Abril, 2014 21:58

    Se houver una manifestação a favor da NÃO saída da troika contém comigo.

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  11. J. Madeira's avatar
    J. Madeira permalink
    30 Abril, 2014 23:09

    O jmf sempre foi muito distraído, nem deu pela
    inventona criada no jornal que dirigia!
    Não há qualquer problema com a sustentabilidade
    das pensões dos reformados da S.Social, basta o
    Estado repor os largos milhões que, desde 1968
    foi retirando dos fundos criados pelos trabalhado-
    res sob os mais diversos pretextos!
    Com a CGA as coisas são diferentes pois, o Esta-
    do tem cortado nas dotações correspondentes ao
    funcionalismo público e, tem aumentado os encar-
    gos com a captação de vários fundos de pensões!
    Por tudo isto, mais a falta de coragem para cumprir
    o memorando na redução de Câmaras só a agluti-
    nação de Freguesias é curto e, a incapacidade da
    partidocracia instalada em fazer uma verdadeira
    reforma do Estado contemplando as vertentes
    Polítca, com redução para 150 deputados, mudar
    o regíme para Presidencialista, para quê um P.R.
    para corta-fitas? Quando se podia ter uma estru-
    tura governamental muito mais ligeira e eficaz na
    base de : Presidente, Ministro da presidência e
    22/24 Secretários de Estado esta a pirâmide, lo-
    go seguida de Diretores Gerais!
    A isto, chama-se adequar o Estado a sua capaci-
    dade produtiva ou melhor dizendo à sua economia!
    Sem uma mudança neste sentido, nunca as contas
    públicas serão controladas e, o “pântano” continurá!!!

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