Manuais gratuitos, que o ar é de todos, e o c******
Os manuais escolares dividem-se em dois grupos: o manual propriamente dito e os cadernos de actividades, estes últimos podendo incluir coisas tão variadas como um CD-ROM (só para Windows) ou, nos casos mais extremos, um cacto, um cavalo, uma locomotiva a vapor ou uma estátua em tamanho real de uma namorada de Sócrates (objectos hipotéticos, enquadrados no plano pedagógico nacional, decidido por uma pessoa tão brilhante que até mora em Lisboa). Obrigatório, obrigatório, só mesmo o manual. O resto é “facultativo”, no mesmo sentido que um rim é facultativo, sendo perfeitamente possível viver apenas com um, se assim desejar, que a liberdade é muito bonita. Porém, se “decidir” que “deseja” comprar os cadernos de “actividades”, isto para “ajudar” o petiz a encarar as “dificuldades” de “aprendizagens” que “adquirirá” ao longo do “ano” lectivo, desembolsará tanto como desembolsa para o “manual” propriamente dito (nos casos em que as editoras são simpáticas).
Uma coisa que foi simpática para as editoras foi o “acordo” ortográfico. Sim, aquela trampa demonstrativa da inépcia de uma certa academia balofa de artolas inúteis que serviu apenas para obrigar a máquina keynesiana que escava e tapa buracos a republicar tudo e mais alguma coisa, não fosse um C perdido prejudicar gravemente a psique do petiz que nunca deverá ser confrontado com tal aberração ortográfica sob pena de exclusão social permanente e irreversível por associação subconsciente ao fássismo de Salazar. Outra coisa que será simpática para as editoras será a revogação da aberração sem regras, senso, lógica ou fundamento que é o dito aborto ortográfico (agora sem aspas).
Agora, que os manuais para os petizes ranhosos serão gratuitos – viva António Costa, o grande! -, haverá oportunidade para triplicar o custo dos cadernos de actividades e objetos apensos. Manual grátis, caderno de actividades encadernado a couro e decorado a ouro pela módica quantia de 98,89€, que é para aprenderes cedinho o que acontece quando socialistas se esforçam para distorcer o mercado. Se fosse um livreiro sabia bem o que fazer nestes meses: além de planear mais uns anexos (sei lá, um pôster do Carlos Cruz, um avental para meninos e uma tenaz de ferreiro para meninas, por exemplo), estaria a protestar contra o acordo ortográfico a ver se se revia a coisa a tempo de reeditar tudo mais uma vez.
o gratuito para o utilizador rico ou pobre é pago pelos contribuintes
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Não é bom? É espectacular. Vai dinamizar brutalmente a publicação de inutilidades! Pode ser um novo cluster estratégico.
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pensei que tinha escrito clister
porca miseria
quel bordel!
‘porrada neles ‘
‘força na verga’
dizia-se no meu tempo de Coimbra (> 1952)
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Cesarismo do melhor .
Pão e circo.
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Se não me engano no próximo natal temos cabazes de natal para cada familia , mais o cartão desconto , e umas “novas oportunidades” para dar diplomas ás pazadas , e tutti quanti
ó grande lider … viva evita
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Indefectível que sou, dos seus escritos, tenho a dizer-lhe que este verbete é excepcional pelo seu todo, mas com o seu pináculo no 2º parágrafo… Caramba que eu não escreveria melhor! (Já viu a petulância?).
Calorosos parabéns, e que a energia lhe não feneça, pois que o que resta de Portugal precisa de si.
Cumpts
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Não há em lado nenhum que diga que os manuais escolares são obrigatorios, porque não o são.
A questão dos manuais gratuitos é que primeiro é absurdo, não vai funcionar.. alias, coitados dos miudos que daqui a 4 anos vão apanhar com um manual da primeira classe que já passou por 3 miudos de 6 anos (lol), o que vai acontecer é que uns putos vão ter os manuais todos riscados e sem algumas paginas, e outros vão ter os pais que apostam na educação dos filhos e vão na mesma comprar os manuais. Segundo é o caminho para um dia os manuais serem feitos, escritos e distribuidos pelo estados, e contarem as melhores “estórias” do socialismo..
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Joãozinho: “Papá, não sei se os livros são obrigatórios, mas sei que sou o único menino que não os tem”.
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resumindo e concluindo, não são obrigatorios.
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Não, é verdade, são facultativos. É como as calças, cuecas e sapatos. Tudo facultativo.
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Em Cuba, os manuais são gratuitos.
Coitados dos cubanos.
Os artistas são piores que os nossos.
Os desportistas são piores que os nossos.
Os médicos são piores que os nossos.
Em suma, os cubanos tomam mais ansiolíticos que os tugas.
Depressa, uma subscrição para travar a medida do governo.
Já e em força!
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E, no entanto, este bandido do Costa nem paga o bilhete de ida ao João de Brito.
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é por isso que tentam fugir de lá … o azar serem uma ilha
sabe o que numa democracia se chama demagogia , ou populismo ?
acha porventura que este tipo de medidas são apenas altruístas per si ?
apenas isso ?
acha mesmo ?
não lhes percebe uma intenção ?
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Sendo assim presume-se que o João de Brito afinal não se importará de receber também o salário médio Cubano (entre 22 e 28 dólares)…
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Mais as senhas de racionamento alimentar…
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em breve os livros em formato digital ofertados pelo governo evitarão esse problema …
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Basta comprarem o Magalhães…
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O Magalhães está sólido: teve o teste informático.
Foi o Hugo Chávez: atirou-o ao chão . . .
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“um avental para meninos e uma tenaz de ferreiro para meninas” –
Atenção à igualdade de género!
Melhor será dizer “um avental com formato de tenaz de ferreiro ou de ferreira para todos e para todas e para tod@s”
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Os países do Norte têm a política de manuais escolares grátis. Devem ser países comunistas, acho eu.
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Aposto que também têm SCUTs.
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