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Camilo e filhas

15 Maio, 2016

Alberto Gonçalves: A meio do Jornal das 8 da TVI, José Alberto Carvalho anuncia a “peça” (e que peça) seguinte: “Pai das deputadas Joana e Mariana Mortágua mantém a rebeldia e a insatisfação sem meias palavras. É Camilo, o revolucionário.(…) Quando comenta o assassínio de um dos oficiais do navio sequestrado, Camilo limpa as unhas e diz “É a vida.” E acrescenta: “Somos todos culpados, incluindo ele.” Um tribunal a sério discordaria. Depois, Camilo informa que “a violência não física é por vezes muito mais violenta do que aquela que faz sangrar”. O marinheiro abatido também discordaria, mas isso já são manias. Segundo o sr. Bandarra, o Santa Maria foi “uma espectacular operação”.

14 comentários leave one →
  1. 15 Maio, 2016 00:40

    Somos todos culpados. Os tchekistas também diziam isso. E um até dizia que todo o indivíduo tem direito a uma ordem de execução, mesmo os que passaram a vida a assiná-las. Os revolucionários dos nossos dias também estão muito bem instalados na vida, mas nada é garantido e não sabemos se daqui a amanhã a maré virará.

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  2. Boris permalink
    15 Maio, 2016 01:39

    “Somos todos culpados, incluindo ele” – a culpa do morto foi ter morrido!
    “Somos todos culpados, mas uns são mais culpados que outros”

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  3. ali kath permalink
    15 Maio, 2016 09:48

    pensei em Camilo de ‘a corja’

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  4. Juromenha permalink
    15 Maio, 2016 09:53

    Mas o tipo está vivo…

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  5. antónio permalink
    15 Maio, 2016 11:07

    Eis um exemplo daquilo que se chama “educação de adultos” por parte da comunicação social deste país. Esta comunicação social foi, é e perspectiva-se que continue a ser o maior entrave ao desenvolvimento de Portugal e das suas gentes que são vistas pelos seus pares Europeus como ociosas e serviçais.

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    • Fernando S permalink
      15 Maio, 2016 12:08

      O maior entrave é, efectivamente, uma parte importante das “elites” portuguesas.
      Quer, à partida, por defenderem interêsses instalados à sombra do Estado.
      Quer por terem uma presença e um controlo “gramsciniano” fortes no aparelho estatal.
      Quer por produzirem e reproduzirem uma ideologia dominante estatalista.
      E, finalmente, por serem, como “elites” que são, hábeis a instrumentalizar a ideologia aos interêsses.
      Ainda por cima, de forma disfarçada e enganadora (sempre em nome do “povo”).
      Um mal e uma habilidade que vêm de longe …

      E é verdade que a comunicação social está hoje largamente captada pela ideologia dominante objectivamente protectora daqueles interêsses.

      Por sinal, os portugueses a viver e a trabalhar no estrangeiro até são vistos como bons trabalhadores e honestos.
      O problema, que não tem a vêr com a qualidade das pessoas mas antes com o sistema, coloca-se em Portugal na medida em que muitas pessoas percebem que o estatuto conta mais do que o trabalho.
      É natural que, com o sistema vigente, o racional e o instinto das pessoas as levem a dispender mais energia na conquista e na defesa de um estatuto priveligiado no sector não transaccionável do que na quantidade e na qualidade do trabalho para produzir e vender bens e serviços transaccionáveis.
      Quém é que, tendo a possbilidade e a oportunidade, não faz ou não faria o mesmo ?…

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      • Manuel permalink
        15 Maio, 2016 14:11

        Há uma corrente de pensamento que diz o seguinte: ” as elites morreram atrás do rei em Alcácer Quibir “.

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      • Fernando S permalink
        15 Maio, 2016 15:28

        As “elites” não desaparecem, quando muito reciclam-se ou substituem-se …
        Quanto a Alcacer Quibir, já passou entretanto muita água por debaixo das pontes !…
        De qualquer modo, há “elites” e “elites” e “elites” … Longe de mim a ideia de meter toda a gente no mesmo saco !
        (NOTA : As aspas na palavra “elite” são propositadas.)

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  6. lucklucky permalink
    15 Maio, 2016 12:57

    A violência de Esquerda é boa lê-se nas palavras de José Alberto Carvalho. Se o Camilo tivesse sido alguém de direita o marinheiro assassinado seria um mártir. E o Camilo um canalha sem coração e sensibilidade.

    A reportagem empregaria palavras como violência, intolerância, extremismo…

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  7. Zé dos Bois permalink
    15 Maio, 2016 14:52

    A parte mais interessante da entrevista é, quando olhando para o hemiciclo, gagueja que não era bem para isto que tinha lutado. Infelizmente, não foi depois capaz de articular uma resposta coerente sobre a assembleia que gostaria de ter. Talvez porque, entretanto, também se filiou num partido burguês como o BE e as filhas agora também trabalham ali. E descrever o parlamento que tinha idealizado já não caia bem numa reportagem dos dias de hoje.

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    • Fernando S permalink
      15 Maio, 2016 15:43

      Duvido que tivesse idealizado um “Parlamento” …
      Quando muito uma “Assembleia Popular Revolucionária” constituida por camaradas que se distinguiram na luta !… 😉

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  8. Arlindo da Costa permalink
    15 Maio, 2016 20:09

    Este Sr. Alberto deve sofrer de ejaculação precoce.
    Coitado…

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