que alucinações atormentam este homem?
Mário Centeno vai aos EUA tentar convencer investidores americanos a investirem o seu dinheiro em Portugal. Para tentar esse milagre, Centeno argumentará com a «estabilidade política e fiscal» portuguesa e com «reformas que tornem Portugal um país atrativo para o investimento». Uma conversa, à partida, simpática, mas completamente desligada da realidade dos factos, o que qualquer investidor minimamente cauteloso imediatamente perceberá.
Em primeiro lugar, para um capitalista norte-americano, um país que tenha um partido comunista e outro de extrema-esquerda a apoiarem um governo socialista é um péssimo começo de conversa. Mas mesmo que Centeno os consiga convencer de que os comunistas portugueses já não comem criancinhas ao pequeno-almoço e que não se aplica aqui o velho ditado «diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és», sobra o fundamental: de que reformas amigas do investimento fala Mário Centeno? Da redução da carga de trabalho semanal do sector público para as 35 horas, com ameaça de extensão para o privado? Da rescisão unilateral, por parte do governo, de contratos com empresas privadas de educação? Da mesma ameaça para os contratos celebrados com empresas privadas de saúde? Do aumento do IRC em 5%? Do anunciado aumento do IMI, isto é, do imposto sobre a propriedade imobiliária? Dos ataques aos «vistos gold»? Do permanente discurso governamental estatista contra a propriedade privada, que o Partido Comunista e o Bloco incentivam perante a complacência do PS oficial? Das ameaças de aumento dos impostos sobre as actividades turísticas? De que fala, afinal, este nosso pobre ministro das finanças? Em que país julga ele viver? E a que governo está convencido que pertence? Que alucinações, afinal, o atormentam?
Haverá um momento em que o governo do PS+PEV+PCP+BE terá de começar a governar, gostaria que fosse antes do novo resgate, mas já tenho dúvidas. Por outro lado, a oposição não tem coragem de apresentar um programa alternativo, o qual, seria prudente contar com, pelo menos, dois cenários: 1 – Novo resgate, 2 – Cataclismo, na sequência da saída da Grâ-Bretanha da UE. Novo resgate, porquê? A situação da banca é insustentável, devido ao volume do mal parado e às taxas de zero ou negativas, o negócio deixou de ser rentável e, em breve, quem tem fundos de pensões vai por arrasto, pouparão uma vida e quando chegarem à reforma terão lá: acções, obrigações de empresas falidas e dívida pública classificada como lixo. Penso que os jovens vão ter uma triste sorte, agora, andam de mala de “cartão” e na velhice viverão das “sopas do Sidónio”.
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Não são alucinações. Eu também gostava de ir passear aos EUA. Se me pagarem as viagens e os per diems eu vou já amanhã e não vão ser 2 ou 3 reuniõezecas da treta que me vão estragar a viagem…
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«para um capitalista norte-americano, um país que tenha um partido comunista e outro de extrema-esquerda a apoiarem um governo socialista é um péssimo começo de conversa» talvez… Mas os EUA têm um presidente que normalizou as relações com Cuba, essa «democracia» que exporta terrorismo, comunismo, e serve de gigantesca plataforma do narcotráfico, e não consta que os tais capitalistas norte americanos se tenham incomodado com a iniciativa do Obama – à excepção do Trump…
😉
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O melhor Ministro das Finanças do bordel europeu.
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E viram-no a tibutear sobre os Funcionários Públicos que vão continuar a fazer muito mais de que 35 horas?
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