A saudade e o arrependimento por impedir que baixasse as calças
O tipo de humor progressista é maravilhoso. Podemos achar questionável que uma estação pública opte por contratar pessoas que acham engraçado chamar “vaca”, “puta” ou “bicha bêbada” a alguém, porém, não faz sentido achar que um burgesso que se ria com isto é desprovido de razão ao considerar que há algo engraçado no meio deste bucolismo azeiteiro.
Eu tinha um tio – que já faleceu – que era conhecido por baixar as calças nos casamentos da família. Como vivia fora do país, optei por não o convidar para o meu, há 15 anos, algo que o ofendeu profundamente. Pesando os prós e os contras de o convidar, particularmente naquela idade dos vinte-e-qualquer-coisa, achei mais importante que ninguém baixasse as calças no meu casamento do que os sentimentos de um homem que não escolheu ser meu tio. Posteriormente arrependi-me, mas era tarde demais para repetir a festa. Falhei como sobrinho, rejeitando um tio – num momento propício à felicidade que só vinho à descrição permite – em prol da sanidade mental dos restantes convidados, pouco habituados a tios excêntricos que baixam as calças em casamentos.
O João Quadros não tem piada, é um bronco que acaba por fazer rir da mesma forma que o trambolhão de um cego na paragem de autocarro faz: pelo nervosismo de quem assiste. Como em tudo na vida, devemos tentar perceber os sentimentos dos outros. E se fosse eu, que a tentar ser engraçado só conseguisse ser como o João Quadros? E se fosse eu, que por cegueira, caísse na paragem do autocarro? Por isso, por achar que o meu tio merecia ter ido ao meu casamento, fico satisfeito por contratarem o João para a Antena 3. Baixe as calças, João, em memória do meu tio. Um homem disposto a baixar as calças num casamento é um homem que merece mais um copinho. Ao menos, a boda é paga por todos os contribuintes, sorte que o meu tio – que Deus o tenha – não teve.
O João Quadros segue o exemplo do Risota Mor cá do rectângulo: baixa as calças a tudo, com afecto.
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Não é o único que ganha a vida a dizer grosserias.
Olhem o galamba, ou o zorrinho, ou o césar…. mais 3 exemplos de sabujos bem instalados na vida.
Não fique com pena.
Eu também, não
Quando esta corja assoma na TV mudo logo de canal
E até hoje ainda não me arrependi
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Só vislumbra esses três que por “acaso” são rosinhas? A sério?
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A Blasfémia é a melhor defesa contra o estado geral de bovinidade
está um pouco difícil de perceber porque …
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Study Casts Potential Doubt on Zika as Culprit
http://www.lifeissues.org/2016/09/zika-culprit/
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ok … já entendi ( fui ver o link )
um esbirro da situação
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Mas o “engraçadinho” é o João Quadros ou o Bruno Nogueira?
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da peça parece ser o nogueira
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O meu herói agora é o Duterte.
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Caro Vitor. O João Quadros não é mais nem menos que todos os palhaços que pululam nas televisões, seja nas estatais, seja nas privadas. A moda agora é tentar fazer rir os desgraçados dos “portugas”, nem que para isso se caia no ridículo. De manhã à tarde e à noite, todos os programas têem o seu palhaço de serviço.
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Pode baixar as calças, mas desde já lhe digo que não estou interessado….
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Já dizia o outro: as uvas estão verdes…
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Conheci a obra lírica de João Quadros através do Jornal de Negócios, onde o dito mantinha uma coluna semanal de propaganda anti-PSD e pró-BE. Era a coluna de opinião mais censurada do JN. Ou ele ou a tribo de mongolóides que o idolatram denunciavam imediatamente qualquer comentário menos idólatra ao Mestre, e era prontamente eliminado.
Não sabia que era comediante, e nunca adivinharia pelo que li – azedume, rancor, inveja e insultos. Para usar expressões queridas ao dito, sempre pensei que era mais um a investir no futuro, lambendo o cú a quem achava que lhe poderia dar tacho. Acertou. Alguém fica com o cú lavadinnho e ele continua com a língua cheia de merda.
Se é cómico, é mais um sintoma da nossa pobreza. Não temos um Stewart, um Colbert, um Oliver, um O’Brien, temos um Quadros.
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