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Interrogatórios que correm mal: uns indignam, outros omitem-se

16 Outubro, 2018

Jamal Khashoggi e Fernando Albán morreram durante interrogatórios efectuados por funcionários dos respectivos países, dentro de instalações custodiadas por esses mesmos países: um consulado no caso de Jamal Khashoggi e o edifício dos serviços de informação no caso de Fernando Albán .

A pressão internacional é essencial para que a verdade seja apurada. Mas enquanto que todos os dias temos notícias sobre o acontecido a Jamal Khashoggi o esquecimento cai sobre  Fernando Albán. E assim enquanto que Autoridades sauditas irão admitir que jornalista Jamal Khashoggi morreu num interrogatório que correu mal.  na Venezuela, como de costume, temos duas teses e responsabilidades para ninguém; Tese da oposição é que autópsia detetou água nos pulmões, mas que os resultados foram alterados a pedido do governo de Nicólas Maduro. Tese oficial é que opositor se suicidou nos serviços secretos.

 

6 comentários leave one →
  1. Daniel Ferreira permalink
    16 Outubro, 2018 12:40

    Já que a “””igualdade””” do género está na moda, bem que poderíamos enaltecer a recente medida implementada por esse país que é um atropelo a tudo o que são direitos humanos mas que por sinal é chefe da comissão dos direitos humanos nas Nações Unidas, onde obviamente o facto de terem dinheiro quase infinito para subornos nada teve a haver com esta nomeação.
    E que medida tão “””igualitária””” foi essa num país onde uma boneca chamda Sofia que abre e fecha a boca tem mais direitos que a metade feminina da população desse dito país?, pergunta o leitor:
    Terá sido que as mulheres já não podem ser casadas aos 9 anos?
    Terá sido que a palavra das mulheres já vale mais que metade da palavra dos homens?
    Terá sido que as mulheres já não são acusadas de adultério e apredejadas se forem violadas?
    Nada disso, caro leitor, a medida que veio tornar a sociedade mais justa para elas foi…(rufar de tambores)… As mulheres agora também já podem ser condenadas à decapitação!! Este privilégio deixou de ser exclusivamente masculino.

    3 vivas à Arábia Saudita, sempre na vanguarda!

    Pergunta para queijinho: Sabe o que aconteceu às mulheres da associação que à tempos apareceram todas pomposas numa “propagandazita” que dizia que elas já podiam tirar carta nesse dito país?

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  2. JP PREVOT permalink
    16 Outubro, 2018 14:51

    Jamal Khashoggi, um membro de uma família poderosa (seu tio era Adnan Khashoggi, o tristemente famoso negociante bilionário de armas) próximo da família Saud, há muito tempo ocupa importantes posições no reino.
    Ele mostrou posições que são resolutamente hostis à direcção tomada pelo país desde a cimeira de Riad em maio de 2017, e a partir do momento em que as rédeas do poder foram assumidas pelo príncipe herdeiro Mohamed bin Salman.
    Apresentar sempre Jamal Khashoggi como um dissidente, e como repórter do Washington Post é uma mentira.
    Jamal Khashoggi não era um dissidente, mas um islamista (muito) radical, e ele era um repórter do Washington Post apenas a tempo parcial, enquanto se envolvia em actividades mais duvidosas.
    Mohamed bin Salman provavelmente eliminou não um jornalista, mas um agente de desestabilização islâmico.

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  3. JPT permalink
    16 Outubro, 2018 16:11

    Aqui vai mais outra, para a Helena ficar toda contente: hoje a Argentina joga na Arábia Saudita (contra o Brasil). Não há crise. Em Junho passado, a Argentina ia jogar em Israel. Escândalo, horror, jogo cancelado. Dá vontade de perguntar aos esganiçados que protestaram tanto acerca do primeiro jogo, se preferiam viver em Telavive ou em Jeddah.

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    • Luis Lavoura permalink
      17 Outubro, 2018 10:13

      O exemplo de Jeddah não é o mais apropriado: Jeddah é a cidade mais aberta e tolerante (ou menos fechada e intolerante) da Arábia Saudita. Viver em Riade é muitíssimo pior que em Jeddah.

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  4. Arlindo da Costa permalink
    17 Outubro, 2018 01:39

    Querem comparar o regime católico da Venezuela com o regime terrorista MUÇULMANO da Arábia Saudita?

    Li bem?

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  5. Luis Lavoura permalink
    17 Outubro, 2018 10:11

    Há uma diferença grande, Khashoggi morreu no estrangeiro.
    Na Arábia Saudita múltiplos opositores ao regime são mortos pela polícia política. Mal se ouve falar deles, tal como de Albán. De Khashoggi só se ouviu falar porque ele trabalhava para um jornal americano e porque foi assassinado no estrangeiro.

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