O extremo-centro
A frequência do extremo-centro institucionaliza-se com o MEL.
Além de nascer bolorento e com companhias a quem eu nunca compraria um carro em segunda mão, este think-tank que trocou de nome várias vezes desde que Daniel Proença de Carvalho impulsionou as suas actividades, veio recentemente choramingar para o Facebook que a comunicação social é mazinha e os associou à Direita.
Logo vieram pedir desculpa pela ousadia de não dizerem ámen a António Costa e esclarecer, pela pena do seu presidente, que o MEL se pode rever “num governo PS sozinho ou apoiado por forças europeias e progressistas“.
Em reacção ao anúncio de que Francisco Assis deixaria de estar presente na convenção desta agremiação, num lambebotismo meloso e através da mesma rede social, quiseram deixar claro aos olhos de todos os cortesãos que lamentam a decisão deste eurodeputado e o quanto admiram a sua coragem. Acrescentam que Assis e o MEL lutam por “valores comuns da Europa e da Liberdade“, o que atendendo às posições públicas do militante socialista deduzo sejam o Federalismo e maior integração na União Europeia.
Que o MEL não é de Direita, já eu tinha percebido de início, mas os jornalistas parece que não…
Os membros da corte deslumbram-se com a mobilização de “personalidades” e revelam necessidade de ser reconhecidos como relevantes. Julgam-se ungidos por um sentido de “interesse nacional” e sentem no seu íntimo ter “uma ideia para o país”.
Com tamanha amálgama de gente que se vai mostrar na esperança de ser visto na tal convenção, os seus organizadores não percebem que o esterco político que por lá misturam não substitui o cheiro a bolor por um odor mais agradável. Será difícil que gente nova fique imune ao fedor.
O mel guarda-se em potes e muitos esperam a sua vez de se servir do pote.

*

Se o MEL tem lá no meio o Proença de Carvalho, então posso garantir que não é de Direita nem de Esquerda nem do Centro – é daquilo que lhe der mais jeito.
GostarLiked by 2 people
Não sei qual a piada maior: se alguém afirmar que existe “direita” ou se alguém supor que ALGUMA TV é controlada por ela
GostarLiked by 3 people
Exactamente,aliás o facto de todos(ou quase todos) os ditos “liberais” de todas as cores que aparecem na tv e jornais e rádio a diminuir o dito liberalismo(menos nos costumes sociais,pois ai são todos grandes liberais)) ao colarem-se ao “progressismo”(o próprio chefe do psd actual fez questão de o afirmar assim que tomou posse)diz bem sobre a ideologia reinante(sempre com o aval do bilderberg e afins).
GostarGostar
Quem lida com Mel, sempre lambe os dedos!
GostarGostar
Se tem Proença de Carvalho é pouco recomendável. É o sistema no seu pior.
GostarLiked by 2 people
Em Portugal nunca existirá direita. Agora convencionou-se apelidar de extrema direita, tudo o que não seja do agrado dos políticos actuais e “jornaleiros”, afectos ao politicamente correcto da dinastia reinante.
GostarLiked by 1 person
Tem razão, mas não é propriamente de agora; já dura há décadas (até o PSD já foi chamado de extrema direita no tempo do PPC!!)
GostarGostar
O PSD do PPC tornou-se o partido mais á direita de Portugal.
Logo era a nossa extrema-direita.
Neste momento, com a Cristas aldrabona das vinte estações de metro não sei como está a pontuação.
GostarGostar
Claro pá.
Até vocês são produto da imaginação dos “esquerdistas”.
GostarGostar
O dito extremo-centro(por cá e por outras paragens)faz lembrar,e muito,a realidade politica italiana nos anos 80/90(quem não tem memória disso que faça uma busca na net que vai entender porque hoje há “populistas”(os maus populistas se acreditarmos nos populistas que nos “divertem” todos os dias) a governar a Itália e não só.
GostarGostar
O mel não é de direita por ser a favor da UE ?
Mas a UE é comunista ?
GostarGostar
Perder tempo a falar de merd@…metam o mel na peid@!
GostarGostar
“Que o MEL não é de Direita, já eu tinha percebido de início, mas os jornalistas parece que não…”
Os jornalistas precisam de inventar a Direita para conseguirem dizer que o regime ainda é uma democracia e a eles próprios intitularem-se democratas sempre a ver-se ao espelho.
Em Portugal se não és socialista és infiel.
GostarLiked by 1 person
Por exemplo a Passo Coelho chamaram-lhe neoliberal, quando aumentou impostos, criou novos impostos e aumentou o poder do Estado com ainda mais leis.
GostarGostar
Um neoliberal não necessariamente contra o estado a não ser na retórica.
Na verdade é a favor de usar o estado para beneficio das grandes empresas.
Aumentar os impostos para os trabalhadores e pequenos empresários é perfeitamente aceitável para essa doutrina – para as grandes empresas é que não.
Daí o Passos ter DIMINUIDO os impostos sobre o capital e as grandes empresas enquanto os aumentava a toda a gente.
A ideia é por toda a sociedade a engordar os grandes empresários seja d que maneira for.
GostarGostar