Da moral
19 Fevereiro, 2020
A vida torna-se mais “leve” para quem não hesita em mutualizar as suas responsabilidades e a sua moral para uma entidade abstracta como o Estado.
Quanto mais se “externaliza” a compaixão, menor a consciência moral das pessoas e, portanto, menor a liberdade individual.
É assim com o estado social. O Estado compra a liberdade do indivíduo e garante a futura servidão deste perante o poder. A própria Igreja já se perdeu nesta nova forma de estar.
É assim, mais gritantemente com a eutanásia. Nos dilemas morais e decisões de vida ou morte não deve haver lugar ao Estado.
Ninguém disse que não havia um preço a pagar pela Liberdade…

11 comentários
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O Estado Social Europeu de “Bruxelas” é o “Fausto” do século XXI
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tem toda a razão , por isso não vou engolir medicamentos nenhuns , à excepção de analgésicos ou ervas da natureza , para receber a dose de sofrimento que Deus tem para mim… e não a dose e a duração de sofrimento que os homens me querem dar com a terapêutica de última geração. . quero subir de nível no tempo certo.
cada vez gosto mais dos amish.
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Suspeito que se a eutanásia-a-pedido-do-eutanisiado fosse legal e alguém estivesse a propor a sua proibição, andariam a ser publicados posts exatamente com esta conversa.
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“Nos dilemas morais e decisões de vida ou morte não deve haver lugar ao Estado.”
Mas a partir do momento em que existe Estado, isso não se torna quase impossível? Isto é, a partir do momento em que existe um Estado, ele ou proíbe a eutanasia-a-pedido-do-eutanisiado, ou não proíbe (e ambas as opções podem ser consideradas “intervenção do Estado”); parece-me muito difícil o Estado deixar de se meter nisso.
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O tipo ali na imagem está com cara de quem está a pedir para ser eutanasiado.
Deviam fazer-lhe o favor. Morria de uma vez por todas.
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miguel madeira
um Estado […] ou proíbe a eutanasia-a-pedido-do-eutanisiado, ou não proíbe (e ambas as opções podem ser consideradas “intervenção do Estado”)
Exatamente, muito bem dito.
Quando há Estado, seja o que fôr que o Estado faça, ele está a intervir. Se faz alguma coisa, intervem, e se não faz, intervem também – porque poderia fazer mas decide não fazer. Se o Estado proíbe, intervem, e se não proíbe, intervem também – porque poderia ter proibido e não proibiu.
Essa coisa de pedir ao Estado que não intervenha, é disparatado. O Estado, a partir do momento em que existe, está sempre a intervir – mesmo quando não faz nada.
O que interessa, não é pedir ao Estado que não intervenha. O que é preciso é pedir ao Estado que intervenha por forma a resolver os problemas das pessoas e maximizar a sua liberdade.
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“O Estado, a partir do momento em que existe, está sempre a intervir – mesmo quando não faz nada.”
Pois se isso é assim, eu prefiro que a intervenção do Estado seja não fazer nada. Ao menos deixava a minha carteira sossegada.
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Eu podia não responder, mas, segundo a sua lógica, ao não responder, estaria a responder não respondendo, por isso preferi responder.
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Quem entrega a decisão sobre a sua morte ao Estado não é livre, porque quem vai decidir se a pessoa vive ou morre é o Estado e não a pessoa. A pessoa é livre se, querendo morrer, se suicidar.
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O estado desde que é estado, sempre decidiu quem vive e quem morre. Aliás essa é a definição em ultima análise do que é o estado.
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A pessoa é livre se, querendo morrer, se suicidar.
E a pessoa é livre se não querendo morrer, que realize a si mesma a cirurgia ao coração…
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