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De vez? Porquê?

20 Fevereiro, 2020

À segunda foi de vez, todos os projetos que despenalizam a eutanásia foram aprovados pela maioria dos deputados no Parlamento

Era o qe faltava ser “de vez”. Quando a eutanásia foi chumbada há dois anos também se achou que fora chumbada “de vez”? Vamos lá ver se nos entendemos: não há donos do “de vez”.

20 comentários leave one →
  1. 20 Fevereiro, 2020 20:36

    Era só que faltava, como assim ? “Só por cima do seu cadáver” ?

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    • 21 Fevereiro, 2020 15:11

      “Era só [o] que faltava” : as leis só poderem ser mudadas com os votos da esquerda e não com os da direita !!

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    • 21 Fevereiro, 2020 19:49

      Como foram “mudadas” e revogadas no tempo de governação do psd/cds a lei do aborto e do casamento gay, por exemplo ?

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      • 22 Fevereiro, 2020 00:39

        A lei da despenalização do aborto foi feita em 2007 por um governo do PS. Nunca foi « mudada e muito menos « revogada ». Em 2015, o governo PSD/CDS apenas adoptou uma medida no âmbito da gestão do SNS que introduziu taxas moderadoras para a realização de abortos. A aplicação ou não de taxas moderadoras tem em conta os rendimentos dos utentes e/ou a definição de certas doenças graves (como é o caso do cancro). Podem-se sempre discutir os critérios mas, como não há dinheiro nem recursos para isentar toda a gente e todos os actos médicos, é natural que um governo determine prioridades. Em 2016, o governo do PS aboliu de novo as taxas moderadoras para a realização de abortos (ou seja, a isenção independentemente dos rendimentos dos beneficiários).

        A lei do casamento gay, isto é, o acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, com exclusão da adopção, entrou em vigor em 2010 com um governo do PS. Esta lei não foi nem « mudada » nem « revogada » durante o governo PSD/CDS. Foi mudada em 2016, com um governo do PS, para permitir a adopção por casais homosexuais.

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      • 22 Fevereiro, 2020 01:22

        Pois eu sei, não precisava de todo esse trabalho a confirmar a pergunta retórica que lhe fiz. E ela mantém-se.
        Se “era só o que faltava”, quem é que lá está no parlamento que afinal vai fazer aquilo que durante o tempo anterior em que lá esteve enquanto governo, podendo o ter feito não o fez ?
        O que significa que o ” era só o que faltava” cai na categoria do estado de espirito de: “só por cima do meu cadáver”.

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      • 22 Fevereiro, 2020 02:49

        Dei-me ao “trabalho” porque o que o que o mg presupõe na dita pergunta (porquê “retórica” ?!…) que me faz no comentário anterior está errado : ao contrário do que disse, o governo PSD/CDS não “revogou” nem “mudou” as leis que referiu, introduzidas e, no caso da lei do casamento gay, mudada pelo governo PS.
        Se sabia então não devia ter dito o que disse…
        Quanto à pergunta que faz à Helena Matos, sobre o que significa “era só o que faltava” … Como já referi acima, percebe-se bem que a Helena Matos se refere à expressão “à segunda foi de vez”, como se a adopção de uma lei sobre a eutanásia não possa vir a ser no futuro alterada por uma maioria parlamentar diferente. É mesmo caso para dizer : “Era só o que faltava” ! Só falta mesmo decretar que as leis aprovadas pelas esquerdas não podem ser alteradas. Não vejo onde é que a Helena Matos sugere que isso só aconteceria “por cima do [seu] cadáver”. Mas é possivel que, como sugere o mg, possa haver quem diga que “só por cima do seu cadáver” é que uma regra fundamental da democracia politica, a da legitimidade da maioria para mudar leis existentes e fazer novas leis, deixaria de ser respeitada. Se vale para uns tem de valer para todos !

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      • 22 Fevereiro, 2020 14:52

        Bolas, que o autismo é forte no seu caso.
        Você andou a estudar figuras de estilo onde, em aulas de “português técnico” ?

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      • 22 Fevereiro, 2020 15:57

        O mg esgotou os argumentos e passou ao ataque pessoal …

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      • 22 Fevereiro, 2020 17:06

        O meus argumentos esgotaram logo no primeiro e na clarificação pelo segundo comentário. Tudo resto é apenas pedantismo autistico da sua parte que nem sequer consegue entender o que escrevi. Não é possivel “argumentar” mais com alguém que continua a bater no parafuso autista, de que eu literalmente afirmei de que o psd/cds revogaram ou mudaram as leis que mencionei .

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    • 22 Fevereiro, 2020 20:32

      O mg continua e insiste no ataque pessoal …
      Eu não vou descer ao seu nivel de falta de respeito e de agressividade verbal gratuita …
      Se eu não percebi ou percebi mal o que o mg escreveu, algo de perfeitamente possivel e banal num forum de discussão, talvez tivesse sido mais correcto e eficaz da sua parte ter procurado explicar-se melhor em vez de ter começado logo a fazer considerações menos abonatórias e simpáticas sobre as minhas qualidades intelectuais (« autista », « estudos », « pedantismo autistico », « parafuso autista », etc).
      Pela parte que me toca, vou antes tentar agora «conseguir entender o que [o mg] escreveu».
      Se percebo agora melhor, o mg diz que nunca afirmou literalmente que “a lei do aborto e do casamento gay [foram] ““mudadas” e revogadas no tempo de governação do psd/cds”.
      Efectivamente, eu percebi a pergunta « rétórica » que me dirigiu como querendo dizer exactamente isso, isto é, que, ao contrário do que eu dizia no meu comentário anterior que o mg comentava («as leis só poderem ser mudadas com os votos da esquerda e não com os da direita») , concordando eu com o que sugeria a Helena Matos no seu post ao questionar o termo « de vez », do ponto de vista do mg nada impedia o Psd/Cds de no futuro « revogar » e « mudar » a lei, neste caso da eutanásia, tal «[] como foram “mudadas” e revogadas no tempo de governação do psd/cds a lei do aborto e do casamento gay, por exemplo » (transcrição da sua frase completa sem o ponto de interrogação « rétórico »).
      Se não era este o sentido da sua frase, então, efectivamente, eu não percebi na altura o que quiz dizer.
      E continuei a não perceber com o seu comentário seguinte (os dois comentários seus que se seguiram a este não acrescentaram nem explicações nem argumentos adicionais).
      O mg parece duvidar que uma maioria Psd/Cds possa no futuro vir a mudar a lei da eutanásia agora aprovada no Parlamento já que, no passado, podendo fazê-lo com as leis do aborto e do casamento gay, não o fez. Sinceramente, não faço a minima ideia. Mas, o facto de não o terem feito no passado relativamente a outras leis não significa que não possam vir a fazê-lo no futuro relativamente à lei da eutanásia (nem tão pouco significa que o venham forçosamente a fazer). O « era só o que faltava » da Helena Matos tem a vêr com o modo como a noticia foi apresentada pelo jornal « Observador », isto é, como sendo « de vez », como se fosse à partida excluida a possibilidade de uma outra maioria poder voltar atrás e mudar a lei.
      O mg parece interpretar o « era só o que faltava » da Helena Matos como querendo dizer que « só por cima do seu [Helena Matos] cadáver » é que no futuro esta lei não seria mudada havendo uma maioria no Parlamento com a intenção e a vontade de a mudar. Como já referi anteriormente, mesmo sem saber qual poderia ser exactamente o modo como a Helena Matos se oporia a quem quizesse impedir uma alteração da lei existente, não me parece que a frase da Helena Matos possa ser interpretada neste sentido, radicalmente militante e heroico. Mas, só ela é que o pode dizer !…
      Portanto, se o mg quizer explicar-se melhor sobre o que quiz dizer exactamente com os seus comentários em forma de perguntas « rétóricas », eu tenho todo o interêsse em procurar perceber e poderei então comentar (ou não) com uma ideia mais exacta do que até agora sobre qual é a sua posição.
      Mas, obviamente, se não o quizer fazer também está no seu pleno direito e a nossa conversa sobre este assunto fica por aqui.

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  2. Cacim Bado permalink
    20 Fevereiro, 2020 21:41

    EUTANÁZIA
    Carta aberta a Sua Excelência o Presidente da Republica:
    Sr. Presidente, assisti com alguma atenção ao debate e votação na Assembleia da Republica e fiquei com a sensação que foram praticadas algumas irregularidades ou incongruências na sua forma ou conteúdo.
    1-Não entendi como é que um presidente da mesa de uma qualquer assembleia, por acréscimo de rigor na casa da democracia, em que o titular do cargo deve primar exemplarmente por uma postura de rigorosa neutralidade e independência.
    2-como foi possível declarar o seu sentido do voto à vista, quando a votação nem sequer ia a meio.
    3-O critério da chamada por ordem alfabética devia nesse caso ter sido suspenso e revelar a sua opção em último lugar .
    4-Fico na duvida se uma matéria tão polémica e de tanta sensibilidade para o país no seu todo, não deveria ter sido considerada um reforma de fundo e requerer por isso a exigência de 2/3 dos deputados para poder ser considerada a competente aprovação.
    5-No caso de não se verificar esse desfecho poderia vir a colocar-se com toda a propriedade a efetivação de um concludente referendo.
    Muito obrigado.
    Respeitosamente,

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  3. Procópio permalink
    20 Fevereiro, 2020 22:29

    Ao longo do tempo tudo muda até as leis.

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  4. Chopin permalink
    21 Fevereiro, 2020 00:42

    De vez, porquê???

    Parou agora e muito bem. Tiraram uns pauzinhos de fósforo, foi à sorte.
    Funcionou muito bem no caso do aborto e no sorteio do juiz para julgar o escritor José Sócrates.
    As coisas não se podem prolongar ao infinito. A despesa que isso daria aos cofres públicos. Sejamos realistas, o país é pobre. O Salazar roubou todo o ouro, as divisas e os Fundos europeus.

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  5. Duarte de Aviz permalink
    21 Fevereiro, 2020 03:36

    O voto miserável do Rio justifica, a partir de agora, todo o tipo de manobras (legais) para o remover do palanque.
    Não há tempo a perder.
    O Rio tem que ir para o olho da rua.

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    • FreakOnALeash permalink
      21 Fevereiro, 2020 09:15

      Ainda acredita no PSD!?
      Eu já deixei de considerar a “direita” portuguesa tradicional como merecedora do meu voto desde que apunhalaram PPC, sendo Rio um dos maiores esfaqueadores de entre os barões.

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      • Duarte de Aviz permalink
        21 Fevereiro, 2020 17:18

        Infelizmente não há alternativa viável e Pt não pode esperar mais 8 anos deste pântano. Se se correr com o Rio rapidamente é possivel construir um projeto maioritário até às próximas eleições. Consegue imaginar o país governado pelo Rio, Medina e aquele adolescente de São João da Madeira com o Marcelo ou o Kosta em Belém?
        Não é tão impossível como os pode parecer.

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      • lucklucky permalink
        21 Fevereiro, 2020 18:27

        Você acredita que o PPC sim ás quotas sexuais e quaisquer outras que convenham no momento iria portar-se de maneira diferente?

        Ainda não percebeu que o ataque da esquerda PPC foi só porque o socialismo de PPC não estava a ir tanto para quem a Esquerda queria?

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  6. Beirão - RC permalink
    21 Fevereiro, 2020 09:37

    Para a esquerda parasita e aldrabona sempre que se lhe mete na cabeça que tem de ser como ela quer, contra tudo e contra todos, não desiste, insiste e torna a insistir, aldrabando, manipulando, dissimulando, até levar a água ao seu moinho. Depois, fanfarrona, esfregando as mãos grita aos sete ventos: já cá canta, desta foi de vez.
    Pobre povo que se deixa levar por uma classe política desavergonhada e mentirosa.

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  7. lucklucky permalink
    21 Fevereiro, 2020 18:09

    Jornalismo Marxista

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  8. Vasco Silveira permalink
    21 Fevereiro, 2020 21:37

    Cara Helena Matos

    Cássia Heller cantava maravilhosamente (Por Enquanto).
    …”Se lembra quando a gente
    Chegou um dia a acreditar
    que tudo era pra sempre
    Sem saber que o pra sempre sempre acaba.

    Só que ela falava do amor, da emoção.
    Nunca imaginámos que os nossos representantes tivessem a volubilidade de um (a) apaixonado(a).Só que estes nunca serão cantados; apenas desprezados

    Cumprimentos

    Vasco Silveira

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