Rendeiro, Pandora papers e Robin dos Bosques
Nos últimos dias falou-se muito do caso BPP e da fuga de João Rendeiro do país. Houve declarações indignadas sobre o assunto e uma quase revolta com a rebaldaria da Justiça em Portugal. O que parece que ninguém notou é que a soma de penas para Rendeiro resulta em mais de 19 anos. Ou seja, os crimes de colarinho branco são, aparentemente, mais graves do que atentados directos à vida e à integridade física das pessoas.
Algo na escala de valores do legislador não está bem ou, pelo menos, o sistema legal não traduz uma proporcionalidade aceitável das penas.
Entretanto, surgiram também nos jornais notícias sobre o novo escândalo do agora chamado de “Pandora Papers”. O que juntando ao caso Rendeiro resulta na salgalhada habitual que desemboca inevitavelmente na perseguição a todos os que procuram pagar menos impostos e obter o máximo rendimento dos seus investimentos financeiros.
Tirando casos de branqueamento de capitais ou crimes semelhantes, confesso-me muito pouco preocupado com paraísos fiscais, e no meu íntimo sinto até alguma inveja de quem consegue ultrapassar com êxito o Purgatório. Preocupa-me bastante mais o inferno fiscal em Portugal do que os Pandora Papers.
Isto porque se é normal as pessoas procurarem as melhores taxas para os seus depósitos, por que razão não hão de procurar também pagar o mínimo possível de impostos sobre juros de poupanças resultante de actividade sobre a qual até já pagaram impostos sobre rendimento?
A forma como o comentariado politicamente correcto ataca a utilização de offshores baseia-se na crendice de que “se todos pagassem impostos, todos pagariam menos impostos” como se alguma vez o Estado se contivesse na contenção de despesa pública… Ao contrário do que pensam esses ingénuos, a verdade é que se todos pagassem impostos, todos pagariam mais impostos.
João Rendeiro está a fugir à Justiça e à sua condenação efectiva. Mas quero recordar que os Portugueses que pagam impostos, esses, têm eles próprios um julgamento sumário e são condenados sem hipótese de recurso a uma brutal carga de impostos que mais não é do que subtracção por parte do Estado de propriedade privada alheia através de ameaça e coação.
Quando, apesar de a legislação o permitir, a sociedade tem pouca consideração pela propriedade privada fruto do trabalho dos indivíduos, ficam muito ténues os limites éticos que separam a actividade da Autoridade Tributária da prática de extorsão.
Como disse atrás, a lógica do poder é inexorável e o Estado cobrará sempre mais e mais impostos. Lembro que o Robin dos Bosques não roubava aos ricos para dar aos pobres. O que Robin dos Bosques fazia era tirar dos cobradores de impostos o dinheiro que estes tinham subtraído aos empreendedores e comerciantes.
Robin dos Bosques tornou-se herói porque se insurgia contra o Rei e o aparelho de Estado que extorquia aos cidadãos a sua propriedade privada.
O meu vídeo de quarta-feira passada, aqui:
Já faltava o choradinho deste lambe-cus pé-rapado, a justificar offshores, mama criminosa e fortunas obscenas com a carga fiscal tuga.
Como se o fisco não atacasse apenas a arraia-miúda, e as leis não fossem feitas pela classe pulhítica que é controlada pelos ricos e ultra-ricos, os mesmíssimos mamões que andam pelos offshores.
“Robin dos Bosques tornou-se herói porque se insurgia contra o Rei e o aparelho de Estado que extorquia aos cidadãos a sua propriedade privada.”
Onde chega a alucinação: em vez de tirar aos ricos que chulavam e roubavam uma população miserável, segundo este infeliz o Robin dos Bosques era uma espécie de rebelde direitalha anti-Estado. Se calhar até lhes punha o dinheiro nas Caraíbas, após cobrar um fee de ‘consultoria fiscal’.
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Não sei se sabe, mas as Caraíbas ainda não tinham sido descobertas.
O Robin Hood (ou os Robin Hood, já que parece ter sido um título de vários bandos de marginais) punha os seus proveitos na Ilha de Man.
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Para a cambada parasitária não há limite à extorsão, a auto-defesa fiscal é como quem lhes mexe no bolso.
Para os frustrados ou incapazes todo o sucesso é ofensa.
Para quem nunca poupa, a herança é aberração.
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Para os lambe-cus direitalhas não há limite à reverência pacóvia por chulos, mamões e criminosos que saqueiam a sociedade e escondem o saque em covis de piratas.
Para otários e ‘milionários temporariamente embaraçados’ toda a mama é sagrada.
Para quem enche a boca com esforço, mérito, trabalho e um ‘level playing field’, a herança comprova a sua hipocrisia.
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Os lambe-cus esquerdalhas o que querem é tirar dessa “minoria de chulos mamões e criminosos” para a concentrar em chulos mamões criminosos do partido, iluminados, distribuindo a miséria como prémio à maioria, mantidos como gado à espera que que lhe levem o fardo da forragem.
Aqui mesmo os exemplos são dados de facto. Ricardo Salgado (mamão criminoso) era DDT do regime socialista socratino que quase conseguiu transformar o país numa Venezuela. Joe Berardo, LFV Bava Granadeiro e tantos outros como o Costa são amigos de quem? Da esquerdalhopatia.
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Os lambe-cus esquerdalhas o que querem é tirar dessa “minoria de chulos mamões e criminosos” para a concentrar em chulos mamões criminosos do partido…
Concordo, chupaminha.
Por isso não sou esquerdalha. Nem militante de partidos. Nem lambe-cus. Cago de alto para o PCP, o Berloque, activismos como o ‘black lives matter’ e demais cangalhada woke.
V. é que julga que ser contra mamões implica ser deste ou daquele partido. Não implica. Defendo uma democracia semidirecta.
Ser contra a concentração de poder e riqueza, querer um mundo mais justo e equitativo, não faz de ninguém esquerdalha. É, ou devia ser, mero senso comum.
Outra coisa. Ninguém despreza mais o 44 e o Partido Sucateiro do que eu; mas até eu sei que a bancarrota de 2011 não foi só culpa dele. Olhe também para o capitalismo e os mamões a que v. lambe o cu.
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“Onde chega a alucinação: em vez de tirar aos ricos que chulavam e roubavam uma população miserável, segundo este infeliz o Robin dos Bosques era uma espécie de rebelde direitalha anti-Estado”
A ignorância, ou má fé, do xuxa em todo o seu esplendor.
O Robin dos Bosques nunca roubou aos ricos que “xulavam”.
O Robin dos Bosques tirava aos cobradores de impostos, leia-se, o seu amado Estado, e devolvia a quem os impostos tinham sido cobrados.
E, na altura, quem pagava impostos não eram os pobres, eram os proprietários, ou arrendatários de terras.
Por isso, sim, o Robin dos Bosques estaria muito mais perto de ser um rebelde direitalha anti-estado, que alguém que redistribui-se a riqueza.
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O Robin dos Bosques tirava aos cobradores de impostos, leia-se, o seu amado Estado…
E quem acha que era o Estado senão a nobreza e as classes altas, i.e. os ricos, Zé? As lendas dizem o que quisermos; neste caso a versão mais credível deve ser esta:
Robin Hood was depicted as a rebel who pitted himself against authority… the idea that he stole from the rich to give to the poor only becomes a character trait from the 16th century onward.
Uma minoria de mamões sempre explorou a população, mas dantes nem se questionava essa exploração. A lenda do Robin Hood tornou-se uma excepção à regra, um grito de revolta, e por isso se mantém popular até hoje.
Ou acha que Robin seria aclamado se roubasse aos pobres para dar aos ricos? Acha que todos são Zé Tontos?
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Só cá faltava a bestialidade do desatento, que com a argumentação exposta só dá mais razão ao alvo da ira.
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A ira da inveja, a sanha do saque.
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Alguém que pergunte aqui ao Telmo.
O que é verdadeiramente uma moeda ? E quem é a instituição soberana que lhe garante a ele o direito ao seu valor e propriedade ?
Em suma qual é a éfige impressa da moeda que o Telmo usa ?
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Telmo, “O que é verdadeiramente uma moeda? E quem é a instituição soberana que lhe garante a ele o direito ao seu valor e propriedade? Em suma qual é a éfige impressa da moeda que o Telmo usa?”
De nada.
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Moeda , é apenas um meio de troca . E a única fiavel é o ouro . O resto , dolar ,euro , etc são para além dum meio de troca também um meio de saqueamento das populações , especialmente as classes medias . Estes ultimos dez anos , demonstram-no cabalmente , com banqueiros centrais a fabricar moeda do nada com o qual politicos e banqueiros compram activos sem ter que trabalhar, concorrendo com todos os outros que só obtêm dinheiro trabalhando.
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Muito agradecido Francisco. Já agora se não se importa, por falar em Robin dos bosques, pergunte também ao Telmo se ele conhece uma aplicação com o mesmo nome em Inglês, e sobre o que aconteceu com essa aplicação e uma companhia da gamestop e a plebe redditiana ?
Um caso paradigmático e esclarecedor do que acontece quando supostamente é dada à plebe a possibilidade de jogarem no “livre mercado”, mas a plebe quando agindo nos mesmos paramêtros e nos mesmos esquemas financeiros que a malta “liberal” dos hedge funds. Rápidamente resulta numa reacção histérica da malta do “livre mercado”, levando-os logo a ir correr fazer lobby ao Estado, para restringir as ações da concorrência plebe que os estavam a levar à bancarrota.
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E ironicamente o primeiro a restringir as ações da plebe ao acesso do “livre mercado” foi o liberal ceo da aplicação robinwood.
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Não me novo nesses meios. Sou homem que vive numa aldeia, perto de floresta, mas nem é em Sherwood nem conheço nenhum Robin.
O roubào que eu conheço vive na cidade, em Lisboa, em São Bento. Conhecendo eu Lisboa por ter lá vivido três anos, até Junho passado, apenas tenho a lamentar que o terramoto de 1755 tenha sido tão fraco.
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Quem não sabia fica a saber: a D. Helena Matos censura os comentários.
Também o Vitor Cunha o faz. Ou bloqueia todos, quando está amuadinho, ou remove os de que não gosta. Só ficam elogios e comentários anódinos.
Então mas… censura não é coisa de esquerdalha? Pois é. Está à vista.
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É lamentavel , mas é verdade esses dois praticam censura . Cada vez que o fazem é um prego no caixão deste blog .
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Ao cuidado da D. Helena, o que ela não deixa passar:
Como de costume, a D. Helena branqueia mamões e offshores.
“Basta ter dinheiro e procurar pagar menos impostos”… quem leia até pensa que merecem uma medalha – e muitos recebem-na, pois têm a classe pulhítica no bolso. Bavas, Mexias, Salgados, oligarcas russos, todos lá andam.
Tal como lá andam as Shakiras e Beyoncés, os Iglesias, Guardiolas, Messis e Ronaldos, que, não contentes com a sua remuneração obscena por mero entretenimento, ainda têm a incrível lata de fugir aos impostos.
E, claro, também lá andam os ditadores, traficantes, corruptos, mafiosos, todos os médios a grandes criminosos. 99.99% dos offshores são crimes e trafulhices. Para a D. Helena tudo bem. Decência? Isso é para comunas.
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Abençoados sejam aqueles que conseguem ludibriar a gula do Estado, seja do desgoverno seja dos penduras funcionários públicos e outros invejosos, e poupam (qual poupança qual quê) uns dinheiros que se obedecessem iriam encher o cu a gulosos.
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Nem mais. Todos os invejosos estão Atentos ao dinheiro dos outros. As viúvas de Estaline.
Gente que não consegue reparar a soleira da porta de casa, quer consertar o mundo.
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https://www.conexaopolitica.com.br/mundo/odebrecht-pagou-us-90-milhoes-a-ministro-de-nicolas-maduro-via-offshore/
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Ruth Rocha
Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias
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Esta gente que bufa contra as offshores é a mesma que esteve caladinha quando o Cristiano Ronaldo ocultava rendimentos numa a ponto de se safar de 20 milhões de impostos?
E que só os pagou para não ir para a cadeia?
Se são então vão à merda.
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Bem lembrado, chupaminha.
O bronco mamão Ronaldo devia estar penhorado até às cuecas. E cada cêntimo que mame, na bola ou no marketing, deve ser taxado a 100% a partir de um limite razoável.
A carneirada da bola é das piores. Come toda a trampa.
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És como um soco, Bastos!
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E tu estiveste desatento nessa altura porque te convinha e não querias enfrentar a turba. Eu podia chamar-lhe muitas coisas a essa atitude.
Já agora lembro-te também que o primo do Sócrates (aquele gajo que faliu o país socialisticamente…lembras-te?) com o ordenado minimo declarado no IRS é titular de uma “empresa” offshore com 600 milhões.
Lembrar também que foram os socialistas que fizeram a lei de repatriamento reduzindo o imposto a uns míseros 5% para poderem constituir “fundos imobiliários” isentos de imposto em Portugal e que o “amigo Santos Silva” logo trouxe 20 milhões.
Quem anda a chupar na dos outros és tu.
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Jg, importa-se de explicar ao chupaminha que sou o Bastos e só uso este nick aqui, neste farol de liberdade e ‘free speech’ direitalha chamado Blasfémias, porque fui censurado?
Já agora, pode informá-lo que jamais tolerei o bronco mamão Ronaldo ou a máfia da bola? Que deve estar a confundir-me com carneiros e fãs de mamões como os que aqui andam?
E que eu já malhava no 44 quando o PSD ainda cheirava o cu ao ‘Menino de Ouro do PS’? E que todos os carneiros do Blas juntos não têm metade do meu asco pelo Partido Sucateiro? E que este é tão ‘socialista’ quanto o chupaminha é sagaz?
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Neste caso a ignorância de interpretação correta do que é publicado (escrito) também é causa das bocas dos menos atentos.
Cito:
“ Talvez essa “interpretação” se deva a uma flagrante deficiência de interpretação do que se lê e esta é, convenientemente explorada pelos mídia avençados do sistema. Tudo começa nos primeiros anos do ensino básico onde transitam de ano sem saber ler, entre outras matérias tais como aritmética (matemática). Isso acontece porquê? Porque inventaram a teoria do “ninguém pode ficar para trás (chumbar)” porque isso é discriminação…
Mas não é só cá como é muito bem descrito aqui:
https://www.foxnews.com/opinion/dropping-f-grades-soft-bigotry-low-expectations-lindsey-burke
Vejam o último vídeo do artigo. Muito esclarecedor.”
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https://cambridge.bandcamp.com/track/fox-news-is-a-piece-of-shit-acoustic
Veja também. Muito esclarecedor.
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Os invejosos não gostam de paraísos fiscais.
Já eu preferia que não houvesse Infernos fiscais.
Já pensaram que se os impostos que os Estados cobram forem da mesma ordem de grandeza que os bancos, gestores de fortunas,e outra cambada cobram pelos seus serviços, ninguém se dava ao trabalho de pagara a essa gente para movimentar o dinheiro?
Para quê pagar 1% de comissão a um banco para evitar um imposto de 1%?
Agora se for pagar 1% de comissão para evitar um imposto de 5%, já fico atento.
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Brilhante, Zé: é só deixar os mamões mamar ainda mais!
Fala em 1%, mas algum offshore há-de cobrar 0.1%… e 0.1% de muitos milhões ainda é muita massa. A solução: acabar com os impostos. Assim sim, deixa de haver porque fugir.
Fantástico, Zé. Já pensou em candidatar-se ao nobel? Haverá nobel de maior corrida para o fundo, ou de aplicação de vaselina para enrabamento económico-fiscal?
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Em Portugal, terra de invejosos pelintras com tendências esquerdoides, tudo o que for tiro ao rico rende bastante. É depois o país nunca sairá da cepa torta.
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Então agora a malta, nomeadamente gente que tinha como sabedora como a Helena, anda aqui a defender ricos pelintras!?
São tão ricos que precisam de ser pelintras na hora de pagar impostos para se manterem ricos?
Então são ricos de contrafação…pelintras na altura de garantir que os estados onde se inserem conseguem manter o wellfare dos concidadãos.
Tenho asco a ricos pelintras!
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