Votar ou não na IL
Politicamente sou um liberal. Já em termos pessoais é irrelevante se sou ou não conservador, desde que o liberalismo, como eu o entendo, seja sobretudo um “vive e deixa viver”, uma apologia da tolerância. Em suma, defendo a liberdade de fazer e dizer asneiras, defendo a evolução espontânea das tradições e das instituições, as quais devem ser defendidas e não manipuladas de cima para baixo, sobretudo em nome de uma falsa neutralidade libertadora. Irrita-me, por isso, um certo tipo de liberalismo de inspiração utilitária, supostamente científico, que defende esta doutrina por ser a que traz mais benefícios à sociedade. Não é essa a minha linha de pensamento; sou liberal porque me arrogo no direito natural de fazer o que entendo, mesmo que isso possa estar errado. Em sociedade, as formas fundamentais para coordenar espontaneamente esses direitos naturais são o mercado e os direitos de propriedade. É preciso protegê-los.
Posto isto, quem “não deixa viver”? Como é evidente, a maior ameaça ao “vive e deixa viver” é o monstro estatal, são as novas e velhas ideologias de cariz totalitário que o estado protagoniza frequentemente, funcionando como uma espécie de mestre de uma tirania da maioria.
Há uns anos, em Portugal surgiu um partido intitulado liberal que aparentemente se situa na minha linha de posicionamento filosófico: a Iniciativa Liberal.
Atalhando: no dia 30 de janeiro ou votarei IL ou não porei os pés na escolinha na qual costumo votar. Parto do princípio de que vou eleger deputados e não futuros ministros, pelo que é muito importante saber quem serão as pessoas elegíveis no distrito do Porto.
Carlos Guimarães Pinto, pessoa que estimo bastante, é sem dúvida um bom cabeça de lista. Mesmo não concordando com tudo o que ele diz ou escreve, é um valor seguro para o campo liberal. No entanto, apesar do palco que teve estes anos, pouco o ouvi sobre este ataque ignóbil à liberdade que tem sido a gestão da palermia. Terá, com certeza, oportunidade de corrigir este quase silêncio durante a campanha. Se o fizer, em modos que eu considere aceitáveis, terá o meu voto, se se cumprirem as condições seguintes:
– Que o partido se assuma como fortemente opositor da tendência totalitária em curso, em especial na sua vertente sanitária.
-Que eu não tenha reservas éticas sobre nenhum membro da lista da IL no Porto, em lugar elegível.
Só tenho pena de não ter tempo para coligir os diferentes Comités Centrais (CGP, Alberto Gonçalves e o Tiago Dores) onde a “gestão” da pandemia foi abordada.
É um comentário injusto, nesse sentido. Ademais, a necessidade de pureza que o Alexandre exige às listas e aos candidatos pode (e na realidade fá-lo) tornar o apoio a qualquer organização política impossível. Os partidos são feitos de pessoas que não têm todas opiniões uniformes sobre todos os temas. Entendo as linhas vermelhas, mas as exigências de pedigree dos candidatos pode impossibilitar o seu ‘patrocínio’ a este mas a qualquer projeto com um mínimo de dimensão.
Saudações liberais.
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está enganado. as condições são fáceis de ser cumpridas.
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Eu não voto IL porque os jacobinos xuxas metem os liberais na cova de um dente.
Concordo com a liberdade mas tenho que fazer alguma coisa contra os xuxas aldrabões.
Por isso voto Chega que também defende o liberalismo, mas não pode dar corda aos xuxas que são falsos à nação.
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Nesta Europa, dos velhos e confortáveis, a mais leve aproximação aos chalupas do “negacionismo” – mesmo baseada no mais elementar bom senso e mediante o exercício da dúvida metódica ou da exposição do ridículo e contraditório de várias das “medidas” – é lepra eleitoral. Todos os políticos europeus o compreenderam (até os suecos!) e ninguém quer ter o destino de Salvini (que passou de PM virtual a zero à esquerda, por causa da sua oposição às “medidas”), e sejam de direita ou esquerda, querem é parecer “no controlo da situação”, ilusão que só se cria com “medidas” sobre “medidas” (ou, no caso português, ainda com camuflado e 1’93 de altura). Ora, o meu desejo é que a IL tenha votos e eleja deputados, para fazer a sua voz, pelo que fez muitíssimo bem em deixar esse assunto de lado (já o voto do Dr. Cotrim, ao lado dos chalupas do PAN, a favor de criar parques para as câmaras municipais darem curso de formação aos cães vadios, isso sim, preocupa-me).
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Verdade…….chama-se gestão do medo. Combater o medo instalado, injetado na população com tudo o que é poder político e CS a assessorar pode levar ao suicídio politico.
Neste momento um pouco de lucidez pode levar o seu autor ao enforcamento
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Parece um bom argumento mas não é: o partido “defensor da liberdade” deixa a liberdade levar uma carga de pancada como nunca se viu para ganhar mais deputados para com eles defender a liberdade. O nonsense deste raciocínio é digno dos Monty Python e mostra bem o apreço que esses “liberais” têm pela liberdade.
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Estou basicamente de acordo com o que o Alexandre escreveu, muito particularmente e com destaque para:
“Politicamente sou um liberal. Já em termos pessoais é irrelevante se sou ou não conservador, desde que o liberalismo, como eu o entendo, seja sobretudo um “vive e deixa viver”, uma apologia da tolerância. Em suma, defendo a liberdade de fazer e dizer asneiras, defendo a evolução espontânea das tradições e das instituições, as quais devem ser defendidas e não manipuladas de cima para baixo…”
É isto. Não é só isto, mas é fundamentalmente isto.
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no dia 30 de janeiro ou votarei IL ou não porei os pés na escolinha na qual costumo votar
O que é que ganha em não votar, em relação a votar IL?
Mesmo que a IL não se assuma como suficientemente forte opositora da “tendência totalitária em curso”, é melhor votar nela do que não votar em ninguém. A IL opõe-se a essa tendência, mesmo que não o faça de forma tão energética como o Alexandre gostaria.
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“vive e deixa viver” não de distancia muito do “vive e deixa morrer”, meme posta a circular por um tal James Bond.
De resto “este ataque ignóbil à liberdade” significa sem margem para dúvidas que o autor do post advoga que a atuação do governo, face à pandemia, devia ter sido no sentido de mandar ampliar os cemitérios em vez de ampliar os serviços do SNS.
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Já que nunca ampliou os serviços do SNS antes pelo contrario, os foi progressivamente destruindo com grandes orçamentos propagandisticos e reais cativações de facto, ainda mais do que no tempo da falência (troika) pelos seus famigerados coleguinhas de partido, bem que podia ter feito umas terraplanagens no sentido do alargamento das áreas de enterro, mas nem isso. No entanto de certeza que fez as contas a quantos pensionistas deixou de pagar abençoando em surdina a pandemia.
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Ora qui temos o Oavlag a favor do aumento de incidência de cancro e outras doenças.
Aumento de cemiterios e contra vontade.
Para o Oavlag o lema é “não deixa viver e deixa morrer”
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Caro Chipanzé, em março 2020, fui operado a um cancro no pulmão, num hospital do SNS, 4 anos antes fui operado a um cancro na garganta, noutro hospital, em julho de 2020 fiz quimioterapia, noutro hospital, e em setembro do mesmo ano recusei uma operação a um cancro na tiroide, no segundo hospital. Sei bem o que são e como funcionam os hospitais do SNS. Conheço de cor e salteado a maioria dos serviços da maioria dos hospitais da grande Lisboa.
Entretanto, uma pessoa que me era muito chegada morreu com cancro num hospital privado, em 2020, depois de ter sido sistematicamente atendida pelos médicos em consultas pelo telefone, em 2019. Só lhes deram morfina e diziam para esperar que a pandemia abrandasse para marcar tratamentos.
Por isso sei bem distinguir, a verdade da mentira, sobre o SNS. E conheço bem o sistema “vale tudo” que tem sido usado para derrubar este governo… neste caso e em outros mais que numerosos.
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Caro cagalhão . Galvao…..o seu exemplo serve de quê? Por cada operado ficaram milhares por operar. Milhoes de consultas por fazer. Milhoes de exames complementares de diagnostico sobretudo na oncologia por fazer.
Deie de cagar pela boca e assuma a sua macaquice em vez de chamar macaco aos outros
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Talvez uma boa opção para Oavlag fosse deixar de fumar… é que, cancro da garganta e cancro do pulmão, isso é assinatura claríssima do fumo de tabaco.
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O cagalhao de macacos “conhece bem” o SNS por dentro. Foi pena não ter dito isso antes pois eu tenho uma amiga cujo diagnóstico foi atrasado quase um ano e que agora lhe dizem metastases.
Se soubesse dessa ligeireza com que circula nos corredores do seu SNS teria lhe indicado para salvar a mulher.
Eu conheço também gajos fedorentos como vc que de tudo se servem para defenderem a sua dama politica.
E por isso não acredito nem em metade do que diz. A outra metade é mentira.
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Dizia o jornal da SONAE em Janeiro deste ano:
“Hospitais fizeram menos 121 mil cirurgias e 1,2 milhões de consultas…”
No discurso socialista, a bota nunca bate com a perdigota.
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Hospitais fizeram menos 121 mil cirurgias
Mas não pense que foram somente os do SNS.
Os hospitais privados também fecharam durante a epidemia, e também deixaram milhares de doentes à nora (entre os quais eu, que ia ficando cego por não encontrar serviço de oftalmologia num hospital privado que estivesse aberto).
Conheço uma pessoa que ainda agora está à espera de uma segunda operação – depois de já ter estado meses à espera da primeira – num hospital privado.
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Em nenhum momento afirmei o contrário.
Sou favorável ao SNS. Muitos médicos operam no público e no privado. A qualidade dos atos médicos é igual. As diferenças são de outra ordem.
O que mata qualquer serviço público em Portugal, é a roubalheira, a politicagem e o sindicalismo arcaico. A gestão passa sempre por essa gente e a eficiência vai-se.
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Hospitais fizeram menos 121 mil cirugias e menos 1.2 milhoes de consultas.
As que fizeram foram todas para o bosta do Galvão
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Como é que o deputado da IL votou aquando da lei da censura?
Estamos conversados…
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Só consegue eleger deputados em Lisboa ou Porto. Nos outros locais tanto vale votar no IL ou no bloco. Não conta para nada.
Mas como o pessoal da direita está numa de voto útil! A probabilidade do CRIL ficar sem representação no grande circo republicano é elevada.
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Eu que não ligo à política, já votei todo o espectro, tenho saudades do único no qual não votei mas acho que são todos uns ulhas adorava votar IL mas concordo com o autor sobre a miserável prestação no caso em concreto. Pode ser estratégia mas a nível de subtileza sempre estive mais perto de um Trump que de um Eric Satie. O que é para dizer é para ser dito, sob pena de não chegar a ser por já ser tarde demais.
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Atalhando:
Nunca os liberais dizem clara e frontalmente que são contra a ideologia da igualdade!
E isso é que é essencial ao liberalismo – a liberdade de ser diferente.
E isso é que os deve levar a dizer claramente que são anti-socialistas.
E para além da igualdade perante a lei e da solidariedade que definem uma sociedade civilizada são pela DIFERENÇA e por tanto também pela propriedade.
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Bom ponto.
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É isso escravos boçais… continuem a votar em salafrários e corruptos. Também para nada mais servem hoje em dia!
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O autor (abrilista) continua de olhos vendados e é ilusionista!
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Essa ESCUMALHA salafrária e corrupta que se disfarça atrás da palavra “liberal” é apenas mais do mesmo:
Claramente já se vê a m er da liberal é igual à que está ainda com as patas no POTE!
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PS, PSD, IL é tudo disputa de cargos. O resto é palha para quem a quiser comer.
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Basta ver que o líder da IL defende quotas raciais – e não só ele – votou a favor da lei da censura para se perceber que ali o Liberalismo é mais hipster branding.
Visitar o Reddit da IL também é muito instrutivo. Até pelo comportamento do administrador por lá.
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O único que em cada intervenção na AR põe a malta de esquerda à beira de um ataque com as bandarilhas que lhes espeta no lombo é o Ventura. É certo que o Chega não chega a ser um partido, ainda está muito verdinho e cheio de dores de crescimento, como é natural num partido novo. Mas nas próximas eleições eu vou premiar a combatividade e a coragem com que o Ventura enfrenta a esquerda. E chamarem o Chega de extrema direita é uma honra face à extrema esquerda que governa o país há anos
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É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que uma ideia inteligente aparecer na cabeça de um liberal. “Vive e deixa viver”, que profundo, nunca me tinha ocorrido, nunca tinha ocorrido a ninguém, nunca houve nenhum filósofo (eg, Aristótles) a explicar a estupidez da ideia. E por isso os adeptos do “vive e deixa viver” começam logo por votar a favor da eutanásia e os gajos obrigados a matar são esventrados pelo facto dos liberais não conseguirem enxergar um palmo à frente dos olhos, não verem as dezenas de pessoas obrigadas a colaborar na eutanásia (segurança que indica a porta onde se dirigir, administrativa que regista dados e desejo, a administração que coloca no orçamento a compra de droga, a empregada da limpeza, a enfermeira, o médico, o estudante de medicina obrigado a aprender as técnicas, etc.) Onde está o vive e deixa viver para esses? Como diz esse grande Estadista com pose de Estadista e discurso de Estadista Carlos G Pinto, “eu quero é que esses se f**** todos”. Esta frase resume tudo o que é a IL: o que a IL quer é que todos se f****.
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