Apoplexia de socialistas com socialista
Apesar do peso do estado na economia ser superior a 50%, um socialista destaca-se por querer ainda maior intervenção do Estado e por uma defesa intransigente de um estado social cada vez mais gordo e balofo.
Para financiar o seu lirismo, um socialista não se importa de endividar ainda mais o Estado e aumentar o déficit orçamental. Não hesitará em cobrar mais impostos, sobretudo aos mais abastados e às empresas. Em vez promover condições para o desenvolvimento, a obsessão socialista é com o modelo keynesiano doe pôr o Estado a gastar mais dinheiro e a redistribuir a riqueza criada por outros.
Um socialista dito moderno é muito crítico da globalização, dos modelos sociais anglo-saxónicos, e absolutamente contra o chamado neoliberalismo. Em vez de uma economia aberta, de livre-mercado e liberalizante, um socialista defende o proteccionismo, a intervenção estatal e a regulação central das actividades económicas. Daí que um socialista advogue um Estado musculado, taxas e barreiras às importações e alguns até a nacionalização de bancos.
Mas reconheça-se que a narrativa socialista é especialmente sedutora junto dos empregados por conta de outrem, dos operários e dos jovens. Alguns exemplos de medidas que apelam a esta sociologia do voto socialista são a proposta de aumento das pensões e de baixar a idade da reforma para os 60 anos, transportes públicos gratuitos e isenção de IRS para os jovens, a fixação de preços para combater os efeitos da inflação, a subida do salário mínimo para 1.000€, a criação de um imposto sobre o património financeiro, aumentar em 15% o salário dos professores, construir 100.000 habitações públicas por ano, investir mais 20 mil milhões de euros no sistema nacional de saúde, criar um ministério para a luta contra a fraude fiscal, apostar na reindustrialização do país ou a promessa de garantia de preços mínimos para os produtos dos agricultores nacionais.
Se a esta agenda económico se juntar a defesa da despenalização do aborto e da eutanásia e se o líder de um partido socialista for mulher e duplamente divorciada, preencherá os melhores cânones progressistas. Se, em criança, tiver sido sobrevivente a um atentado terrorista e, na sua adolescência, tiver ultrapassado o trauma do abandono da própria mãe, essa líder não poderá ser melhor escolha. Se essa socialista tiver condenado a invasão da Ucrânia pela Rússia e fôr apologista de porta aberta para acolher refugiados de guerra ucranianos, será ideal. Se esta mulher política tiver 53 anos e dedicar o seu carinho a seis gatos que tenha como animais domésticos, então trata-se mesmo de Marine Le Pen, a candidata que disputa a segunda volta das próximas eleições presidenciais em França.
Os insuportáveis wokes que em bom Português se diz «rematados choninhas» andam muito preocupados com o perigo que representa aquela que chamam candidata da extrema-direita. Em caso de vitória de Marine Le Pen sobre Macron, estou certo de que muitos destes totós acabarão por querer a expulsão da França da União Europeia.
Macron é um social-democrata elitista que despreza as mais elementares liberdades individuais e, por isso, se eu fosse Francês não lhe daria o voto. Mas, diverte-me a apoplexia que muitos sofrem com a possibilidade de vitória desta candidata socialista, a candidata do campo político da maior parte dos analistas e comentadores portugueses, não do meu.
Em vídeo, aqui:
Ninguém sabe ao certo o que é o socialismo. Há socialismo de esquerda, o socialismo de direita….
Quem conhece a realidade de Portugal dos últimos seis anos, com governo socialista pode verificar que nenhuma das promessas citadas foi cumprida.
E o governo emergiu de um partido socialista.
A Lepona promete porque sabe que não vai ser eleita e um dos fatores é a sua amizade com Putin.
Aconselho os analistas políticos a analizar os partidos através do efeito da sua governação e não a partir das suas promessas eleitorais.
Extrapolando para Portugal. Estão a ser construída a 20000 casas de habitação social por ano?
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«a obsessão socialista é com o modelo keynesiano…»
Recomenda-se a leitura de Keynes.
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Recomenda-se… é importante saber o que não resulta.
Pode evitar erros…
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“…Macron é um social-democrata elitista…”
Caro Senhor
Eu diria mesmo que Macron é …apenas Macron: não tem ideologia consistente, não tem uma causa, nem um caminho para lá lá chegar.
Macron de facto é o que se costuma chamar …UM POPULISTA! Mas como para além de o ser, ele respeita à letra o catecismo do políticamente correcto e Woke, Macron e o seu “pot-porri” ideológico, é um “político moderno” para além da ideologia tradicional.
Macron é mais descarado dos populistas, e, quando do ocaso da sua estrela, e após a destruição que ele fez dos equilíbrios políticos tradicionais e das suas disputas ideológicas, a França irá pagar bem caro a sua passagem pelo poder.
Melhores cumprimentos
Vasco Silveira
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Claro está que o aumento de despesa do estado faz crescer a economia.
O Estados Unidos saíram assim da depressão. O rei Sol construiu Versalhes e a França fez-se a maior economia da Europa.
A unhas de fome da Thatcher geriu a Inglaterra como quem gere uma família e enterrou definitivamente o império.
Para desenvolver a economia nada como distribuir dinheiro. Assim fazem os estadistas.
No caso do estadista socialista Costa. Ao distribuir dinheiro movimenta a economia.
Grande parte volta para o estado através da excelente armadilha fiscal montada.
Quem foge ao IVA e ao IMI é apanhado pelo IA,IMI,IMT,IUC etc.para além de um esquema de taxas montadas de forma ardilosa.
O único mal é que o dinheiro não está a chegar às classes de menores rendimentos. Mais de oitenta por cento dos contribuintes.
Como as massas não têm rendimentos também não têm filhos.
O estado corre o risco de ruir por falta de contribuintes.
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“O Estados Unidos saíram assim da depressão.”
Sugiro a leitura do livro de Murray Rothbard “The great depression” sobre as consequências do assistencialismo de Hoover.
“O rei Sol construiu Versalhes e a França fez-se a maior economia da Europa.”
Será? Bom, o facto é que o Luís XV teve de continuar a construção que, com mais alguns outros disparates da corte, levou os cofres do estado à ruína, o que obrigou o desgraçado do XVI a ter de convocar os Estados Gerais em 1789 (já não reuniam desde 1614…), sob intimação do seu ministro Necker, para sacar uns impostos à burguesia. O desenlace disto é de todos conhecido…
Quanto a Thatcher, bom, qualquer história económica elementar do UK explica que tirou o país da falência em que socialistas e sindicatos o tinham deixado.
Por fim, não lhe parece um paradoxo que, com uma tão brilhante arquitetura fiscal redistributiva, não esteja o dinheiro “a chegar às classes de menores rendimentos”, e que não tendo estes dinheiro para terem filhos o estado corra “o risco de ruir por falta de contribuintes”?
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O “socialista moderno” consegue ainda borrar mais a pintura que o “socialista antiquado” e nem precisa de ir muito longe…. basta visitar o socialista do “dezoito” (XVIII) que com um “maioria de trouxas” alcançou com toda a facilidade a “bancarrota”.
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A riqueza dos Donos do actual Sistema Monetário provém da Dívida que existe no sistema. Quanto maior o volume de Dívida maior a Riqueza dos Donos.
Por isso qualquer salafrário que aumente a dívida da Plantação de escravos modernos que dirige temporariamente está apenas a fazer um bom serviço e é bem visto pelos Donos.
Na realidade a quantidade de dívida tuga é insignificante… Resta aproveitarmos enquanto dá!
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