Feminismo
20 Fevereiro, 2008
Ana Margarida Craveiro mostra neste post como o feminismo é absurdo. Margarida começa por se queixar que não há igualdade salarial entre homens e mulheres. De seguida acaba por confessar que essa desigualdade é justificada factos económicos dado que as mulheres dedicam tempo à maternidade, o que, como é evidente, não interessa nada às empresas. Tendo começado por protestar contra a desigualdade salarial, Margarida acaba por pedir tratamento privilegiado para as questões da maternidade, tratamento esse que tenderia a favorecer muito mais as mulheres do que os homens.
127 comentários
leave one →
Na mouche.
Mas o contágio não tem fim – Rajoy, do PP espanhol, está a prometer uma redução de impostos para as mulheres ‘trabalhadoras’…
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Nuts. Deixemo-nos de tretas.
A produção de crianças, vai ficando paulatinamente a cargo do terceiro mundo e dos imigrantes daí originários.
Portanto e a longo prazo, tudo estará equilibrado.
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ao ouvir os comentários sobre o comício socrático na sic do costa e do lau pensei estar no mundo de Hyeronimus Bosch
-stultifera navis (Louvre) baseada em Brant; Das narrenschiff
-jardim das delícias (Prado)
nesta republiqueta nacional-socialista e de machismo de viagra a igualdade feminina reside nas calças que usa os 3 sexos
aurea mediocritas
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Este post evidencia bem o resultado de deixar tudo nas mãos do mercado: se as mulheres são menos produtivas por causa da maternidade, empreguem-se apenas homens e, caso se empreguem mulheres, que tenham um salário mais baixo. A consequência é a óbvia diminuição da natalidade, já que, como todos sabemos, as mulheres são “egoístas” e insistem em ter vida profissional em vez de estarem ao fogão, o seu lugar natural. Viva o liberalismo!
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A minha tia Manuela de Alcoforado é machista. Acha que a mulher deve chular o marido. Ele é que trabalha. Ela está em casa e vai às compras. Não quer filhos porque dão trabalho. Tem um gato, que pode deitar fora quando lhe apetecer.
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Inacreditável post. Que dirá a Helena Matos disto?
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a helena matos tem o dom de contrariar factos irrefutáveis? não é que não tente muitas vezes, mas nesta matéria não há volta a dar, o feminismo não tem ponta por onde se pegue
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O João Miranda esquece-se, ou quer-se esquecer, que a desigualdade salarial não se verifica em função de uma lógica de “ganhar menos por trabalhar menos horas”. A desigualdade salarial verifica-se quer a mulher tenha, ou não tenha filhos, pelo simples facto de ser mulher. È aí, como os senhores bem sabem, que reside a descriminação. É que pelo simples facto de serem mulheres (tenham ou não tenham filhos, trabalhem mais ou menos, sejam mais ou menos produtivas) que estas ganham menos do que os homens para desempenhar cargos iguais. Se o João Miranda não vê nada de estranho nisso e ainda acha que está muito bem parece-me que o problema é seu e não do post.
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Acho sempre graça quando cai a máscara a estes “liberais” e o que fica é apenas o mais básico trogloditismo….
É por isso (este post mais os comentários) que não só continua a fazer sentido ser feminista, como faz cada vez. Eu sou-o e sou homem. E mais: não o sou apenas para defender a posição das mulheres, mas também (e principalmente) porque me é completamente repugnante viver na sociedade que estes senhores (e senhoras) defendem. Não o sou por altruísmo.
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E, já agora, os apoios à maternidade a que a autora do post se referiu foram as creches. Que eu saiba, destinando-se as creches a guardar as criancinhas (que tanto são dos homens como das mulheres) não se percebe em que é que reivindicar creches se relaciona com “pedir tratamento privilegiado para questões de maternidade”.
É um privilégio para as mulheres criar creches para guardar as crianças??
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««O João Miranda esquece-se, ou quer-se esquecer, que a desigualdade salarial não se verifica em função de uma lógica de “ganhar menos por trabalhar menos horas”.»»
E desde quando é que as empresas pagam à hora? As empresas pagam por multiplos critérios, incluindo a disponibilidade. Acha que uma empresa tem algum interesse em pagar o mesmo a um funcionário que se pode ausentar por 4 meses ou que tem horas durante o dia em que não tem nenhuma probabilidade de estar disponível para o emprego?
««A desigualdade salarial verifica-se quer a mulher tenha, ou não tenha filhos, pelo simples facto de ser mulher.»»
Óbvio. Os empregadores tratam as mulheres todas por igual pelo simples facto de que não têm forma de saber qual das mulheres é que vai ter filhos nos próximos tempos ou qual é que se vai ter que ausentar para tratar dos filhos ou dos pais ou de outra pessoa qualquer na família. É uma abordagem probabilistica perfeitamente racional.
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««Que eu saiba, destinando-se as creches a guardar as criancinhas (que tanto são dos homens como das mulheres) não se percebe em que é que reivindicar creches se relaciona com “pedir tratamento privilegiado para questões de maternidade”.»»
Em que mundo é que vive? Acha mesmo que as creches têm efeitos iguais na vida de homens e mulheres? é óbvio que as creches não são neutras. É a própria Margarida a reconhecer isso quando defende apoios à maternidade para equalizar as posições de homens e mulheres. Isso só tem sentido se esses apoios beneficiarem muito mais as mulheres que os homens.
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Ou seja, a lógica subjacente à crítica do post é esta:
Se em várias unidades fabris se constatar que as pessoas com excesso de peso trabalham menos (por serem menos ágeis nas suas deslocações, por exemplo) – está justificado que todos os gordos recebam menos do que os magros. Mesmo que na prática se mexam mais depressa.
A última vez que vi, este tipo de lógica chamava-se discriminação.
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“fazer sentido ser feminista, como faz cada vez. Eu sou-o e sou homem.”
faz sentido ser benfiquista, como faz cada vez mais. Eu sou-o e sou sportinguista.
buaahahahahhaah, homem, mate-se
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“A última vez que vi, este tipo de lógica chamava-se discriminação.”
nao se indigne, a vida é mesmo assim, também é racional discriminar-se quem é burro, deficiente, leproso, fumador..bem-vinda ao planeta terra!
coitadas das feias, não são escolhidas para os anúncios da PT…snif, que mundo tão “injusto”, tão discriminat’orio
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“Acha que uma empresa tem algum interesse em pagar o mesmo a um funcionário que se pode ausentar por 4 meses ou que tem horas durante o dia em que não tem nenhuma probabilidade de estar disponível para o emprego?”
Não se desse o caso de essa ser uma lógica hipócrita, arbitrária e, portanto, discriminatória (e é!) os homens casados receberiam menos que os solteiros porque têm uma evidente menor disponibilidade para se ausentarem 4 meses.
Além de que, como sabe, as diferenças salariais não se verificam nos empregos que implicam deslocações permanentes até porque para esses as mulheres raramente são contratadas.
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“Em que mundo é que vive? Acha mesmo que as creches têm efeitos iguais na vida de homens e mulheres? é óbvio que as creches não são neutras.”
Vivo num mundo em que os homens estão convencidos que os filhos são um problema das mulheres. O que não quer dizer que estejam certos e que as creches sejam um benefício concedido às mulheres. Evidentemente, são um benefício concedido às famílias. Até porque, segundo me parece, as mulheres não têm por hábito gastar o salário todo em sapatos. Logo, o dinheiro que estas não recebem reflecte-se nos dois elementos do casal.
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««Vivo num mundo em que os homens estão convencidos que os filhos são um problema das mulheres.»»
E? O que pretende fazer a propósito disso? Meter um chip na cabeça dos homens que os force a mudar de opinião? O que aconteceu à liberdade? Os homens devem ter a liberdade de pensar que os filhos são um problema das mulheres. Não é isso que as feministas querem? Liberdade para todos?
««Logo, o dinheiro que estas não recebem reflecte-se nos dois elementos do casal.»»
Qual casal? Isso existia no pré-feminismo. Agora o que existem são indivíduos. Para além de que grande parte das crianças são filhos de pais separados.
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“os homens casados receberiam menos que os solteiros porque têm uma evidente menor disponibilidade para se ausentarem 4 meses.”
na prática recebem, como é óbvio, os empregos que requerem deslocações periódicas a asia, dubais, brasil, etc são menos atractivos para os casados
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Ah, e esqueci-me, no mundo pós-feminista as mães separadas continuam a ficar com a guarda efectiva dos filhos. Logo, para o efeito da discussão, existem cada vez menos casais, as mulheres têm ainda mais trabalho em caso (logo não são tidas pelas empresas como fiáveis) e são elas que mais precisam das creches.
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“E? O que pretende fazer a propósito disso? Meter um chip na cabeça dos homens que os force a mudar de opinião? O que aconteceu à liberdade? Os homens devem ter a liberdade de pensar que os filhos são um problema das mulheres. Não é isso que as feministas querem? Liberdade para todos?”
O João Miranda ao considerar que as creches são um privilégio atribuído às mulheres considera implicitamente que os filhos são um assunto exclusivo da mulheres. Eu não quero pôr chip nenhum na cabeça de ninguém mas não posso deixar de dizer que este tipo de considerações são primárias e irracionais.
Em relação ao facto de as feministas quererem a liberdade para todos, nada sei sobre isso. O que posso dizer é que as mulheres (não sei se feministas ou não) não estão particularmente preocupadas com a liberdade para todos. O que querem, e com toda a legitimidade, é não ser descriminadas pelo simples facto de ser mulher. Isso, evidentemente, implica não receber menos pelo facto de ser mulher e ter o mesmo acesso, em igualdade de circunstâncias, a cargos de chefia.
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“Ah, e esqueci-me, no mundo pós-feminista as mães separadas continuam a ficar com a guarda efectiva dos filhos.”
Não se esqueça que nesse mundo “pos-feminista”, como lhe chama, mesmo que as mulheres fiquem com os filhos os pais participam nas despesas com a educação da criança. E quando as creches públicas não resolvem o problema, a criancinha vai para um colégio privado comparticipado pelo pai. Já percebe agora porque é que – independentemente de com quem vive a criança – as creches não são um privilégio para as mulheres?
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“Os homens devem ter a liberdade de pensar que os filhos são um problema das mulheres. Não é isso que as feministas querem? Liberdade para todos?”
Podem ter a liberdade de pensar isso, mas não podem ter a “liberdade” de exigir isso. E é isso que acontece no nosso sistema legal, em que invariavelmente os filhos são entregues às mães pelos tribunais em caso de divórcio. Ou por outro lado: o problema é que a Lei cristalizou esse preconceito para o pós-divórcio, mas não para antes deste. Porque não convém.
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««Podem ter a liberdade de pensar isso, mas não podem ter a “liberdade” de exigir isso.»»
Se as mulheres estão muito mais interessadas nos filhos que os homens, não estou a ver que engenharia social é que pode impedir os homens de na prática deixarem o problema dos filhos para as mulheres.
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“Se as mulheres estão muito mais interessadas nos filhos que os homens, não estou a ver que engenharia social é que pode impedir os homens de na prática deixarem o problema dos filhos para as mulheres.”
“As mulheres” e “os homens” não existe. É incrível como vocês criticam tanto Marx por ele ver todo o mundo em classes, enquanto vocês são tão individualistas, e quando toca estes temas já vêem tudo em grupos e interesses comuns de classes. Há homens individuais que gostariam que a lei reflectisse a realidade deles, que é preocuparem-se tanto ou mais que as mulheres individuais.
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O João Miranda ainda não teve tempo de pensar que o homem individual, querendo ou não querendo saber dos filhos tem que pagar (pelo menos em parte)as despesas com a educação deste. Logo, as creches – que lhe poupam dinheiro – são também um privilégio seu e não das mulheres.
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Ó JM, o que é que está a dizer? Que a situação está bem como está porque é economicamente consistente com o funcionamento do mercado?
É que, se é assim, se calhar as V. mulheres deviam apegar-se a outro aspecto essencial ao funcionamento do mercado – a concorrência – e procurar outros homens com disposição de ficar em casa com as criancinhas depois de nascerem e irem-nas buscar à escola todos os dias, etc. Assim, com certeza, que o mero receio da maternidade das V. respectivas possa contundir com horários profissionais não bulirá com os salários delas e, afinal, o V. salário é que seria proporcionalmente reduzido, não é?
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«Este post evidencia bem o resultado de deixar tudo nas mãos do mercado: se as mulheres são menos produtivas por causa da maternidade, empreguem-se apenas homens e, caso se empreguem mulheres, que tenham um salário mais baixo.»
É a quimera da mulher dependente, cheia de dúvidas quanto ao seu valor, porque é muito devolta à família e isso não é compatível com uma divisão de tarefas equitativa.
Digamos que, quando é para os ter, são “os nossos” filhos; quando é para assumir os inconvenientes das responsabilidades da parentalidade, são mais “os filhos delas” que deles.
Isto tudo, obviamente, generalizando. Há exemplos contrários a louvar.
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«A minha tia Manuela de Alcoforado»
Ó Piscoiso,
Não me diga que o P. Arroja ainda é seu tio por afinidade!!!
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««Há homens individuais que gostariam que a lei reflectisse a realidade deles, que é preocuparem-se tanto ou mais que as mulheres individuais.»»
Até pode haver. Mas o que interessa para esta discussão é o comportamento da maioria dos homens e da maioria das mulheres. São esses comportamentos que as empresas usam para tomar decisões. Nenhuma empresa pode basear as suas decisões em informação que desconhece. Logo toma-as usando esteriotipos que têm a garantia de funcionar na maior parte das vezes. Se as empresas pudessem saber quais os homens e quais as mulheres que se querem dedicar aos filhos não haveria discriminação salarial.
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«É por isso (este post mais os comentários) que não só continua a fazer sentido ser feminista, como faz cada vez.»
Aqui, por acaso, discordo. Tendo a ver as feministas de hoje em dia como mulheres ressabiadas e mal resolvidas. O feminismo, tal como surgiu, como movimento cívica, desvirtuou-se.
Eu não sou feminista porra nenhuma. Eu sou Mulher! É quanto me basta. E apenas posso prometer que, como dizem os outros, “I won’t take it lying down”.
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Eu, que até conheço blogosfericamente a menina Ana Margarida, tive de ir ler o post original. E fiz muito bem. Que a conclusão que o Exmo. João Miranda retira parece-me ilegítima. Não é isso que está implícito no post da Margarida. E, em todo o caso, enferma de uma falácia, já que parte de uma premissa errada: a de que os filhos são das mulheres. Nós é que os parimos, é que temos as dores das contracções, é que ficamos com as cicatrizes das cesarianas, é que os amamentamos. Mas, pasme-se, as crianças são filhas do casal. E ambos têm a responsabilidade do cuidado.
Posto isto, algumas observações:
1) Está a confundir-se número de horas trabalhadas com produtividade. Nos países desenvolvidos da Europa, trabalham-se menos horas mas mais produtivamente. É por isso que eles têm salários reais mais altos. Relativamente às mulheres, o que se alega é que passam menos horas no local de trabalho por conta das “obrigações” domésticas. Que tal estudarem quem é mais produtivo em média?!
2) A máscara de racionalidade económica por detrás da discriminação cai facilmente. Basta reduzi-la ao absurdo. Se fosse essa a causa, as mulheres sem filhos não deveriam sofrer qualquer penalização. E os homens com filhos deveriam sê-lo. Bem como quem tivesse colestrol alto, hipertensão, asma, reumatismo, etc.
3) Assim, pagarem menos às mulheres não resulta do seu papel de mães. Mas contribui para continue a recair sobre elas todas as responsabilidades da criação/educação dos filhos: é que – e aí sim, seguindo o argumento económico -, quando alguém no casal tiver de sacrificar a carreira profissional, que seja a mulher, porque é aquela menos valorizada pelo mercado.
A Economia é uma coisa muito bonita. E a honestidade intelectual também.
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««Ó JM, o que é que está a dizer? Que a situação está bem como está porque é economicamente consistente com o funcionamento do mercado?»»
O que eu estou a dizer é que existem factos biológicos e sociais que tornam o igualitarismo uma quimera. As mulheres não podem ter tudo. Não podem ter ao mesmo tempo igualdade de salário e benefícios específicos. Os benefícios especificos agravam a desigualdade de salário. Ah, e não podem ultrapassar o facto elementar de que biologicamente são mulheres e que isso tem consequências.
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«E desde quando é que as empresas pagam à hora? As empresas pagam por multiplos critérios, incluindo a disponibilidade. Acha que uma empresa tem algum interesse em pagar o mesmo a um funcionário que se pode ausentar por 4 meses ou que tem horas durante o dia em que não tem nenhuma probabilidade de estar disponível para o emprego?»
Pérolas!
Seja sério. Uma mulher cumpre o mesmo horário que qualquer homem na sua empresa; produz tanto quanto qualquer homem; não te filhos E ganha menos.
A mulher é responsabilizada, desde logo, pelo RISCO de engravidar e vir a exercer a maternidade (sendo que são sobretudo os homens que ouvimos falar da necessidade das mulheres terem mais filhos). O que é certo é que, se as mulheres não tiverem filhos, por ex.: 1) Os homens ficam impedidos de exercer a paternidade; 2) As empresas, a médio/longo prazo terão, em tese, maior dificuldade de ter trabalhadores; 3) a segurança Social, vai para o maneta, etc..
E, depois, os Senhores vêm para aqui e portam-se como se este fosse um problema “das mulheres”. My ass! Sabe-vos bem curtir os vossos filhos, não sabe?
Ao JM, não pergunto se a discriminação é compreensivel numa perspectiva economico-empresarial, pergunto é se é justa.
E o quer é que se sobrepõe para si, justiça ou imaculado funcionamento do mercado?
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«É uma abordagem probabilistica perfeitamente racional.»
Tenho uma tese: O JM não existe é um cyborg altamente elaborado, mas a que ainda não “implantar” conceitos menos maquinais, tais como: humanidade, sentimento, etc.
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“O que eu estou a dizer é que existem factos biológicos e sociais que tornam o igualitarismo uma quimera.”
O único facto biológico e social que torna a igualdade de direitos entre homens e mulheres uma quimera é o cérebro de algumas pessoas. Talvez por isso mesmo, essa quimera de que o João Miranda fala se tenha transformado numa realidade nos países da europa mais avançados, onde essas questões já não se colocam. de que benefícios específicos é que o JM está a falar? As creches não são um benefício específico das mulheres. Está a falar do quê, afinal? da licença de parto? reduz-se tudo à licença de parto?
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««a de que os filhos são das mulheres. »»
Totalmente irrelevante. O que interessa é que são as mulheres que voluntariamente assumem, muito mais do que os homens, o cuidado dos filhos. E quando não as deixam assumir ficam descontentes. Esse é que é o problema do feminismo. Por muito que as feministas defendam um mundo neutro, na prática elas agem de forma diferente dos homens. E os homens também não colaboram porque agem de forma diferente das mulheres. Por muita engenharia social que queiram utilizar, as preferências típicas de homens e mulheres são diferentes por razões profundas. E não por razões superficiais.
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«Em que mundo é que vive? Acha mesmo que as creches têm efeitos iguais na vida de homens e mulheres? é óbvio que as creches não são neutras. É a própria Margarida a reconhecer isso quando defende apoios à maternidade para equalizar as posições de homens e mulheres. Isso só tem sentido se esses apoios beneficiarem muito mais as mulheres que os homens.»
Estou a rezar a Deus e a todos os santinhos para a mulher/namorada do JM estar a ler isto.
Ai JM, dê-lhe um meu mail que estou cheia de vontade de trocar umas ideias com ela… tudo coisas que o JM ia gostar, naturalmente… e, aposto, só estranahria a princípio… depois entranha-se, parece.
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“Ah, e não podem ultrapassar o facto elementar de que biologicamente são mulheres e que isso tem consequências.”
Não sei o que é que isso quer dizer porque não percebo no que é que o facto elementar de ser biologicamente mulher tem implícito a consequência de ganhar menos que um homem trabalhando o mesmo.
Talvez seja mesmo necessário ir buscar o pedro arroja para explicar essa parte.
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««O único facto biológico e social que torna a igualdade de direitos entre homens e mulheres uma quimera é o cérebro de algumas pessoas.»»
Exactamente. Logo, a única forma de tornar a quimera possível é a lobotomia. Não tem um argumento melhor? É óbvio que os céebros das pessoas são diferentes.
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«Vivo num mundo em que os homens estão convencidos que os filhos são um problema das mulheres.»
E? O que pretende fazer a propósito disso? Meter um chip na cabeça dos homens que os force a mudar de opinião? O que aconteceu à liberdade? Os homens devem ter a liberdade de pensar que os filhos são um problema das mulheres. Não é isso que as feministas querem? Liberdade para todos?»
OK. Se não for um cyborg, anda a dar na droga. É a minha segunda hipótese.
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«Logo, o dinheiro que estas não recebem reflecte-se nos dois elementos do casal.»»
Qual casal? Isso existia no pré-feminismo. Agora o que existem são indivíduos. Para além de que grande parte das crianças são filhos de pais separados.»
As mulheres, essas destruidoras de lares! Querem ser autónomas e independentes, não percebem que para haver casal até é possível que (apenas) um dos implicados mantenha a sua identidade – mas será, obvia e necessariamente, o homem!
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««A mulher é responsabilizada, desde logo, pelo RISCO de engravidar e vir a exercer a maternidade (sendo que são sobretudo os homens que ouvimos falar da necessidade das mulheres terem mais filhos).»»
Só um gestor totalmente irresponsável é que não tem em conta o risco de engravidar dos seus funcionários.
Só um gestor muito incompetente é que se preocupa nas suas decisões com o designio nacional da natalidade.
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“Logo, a única forma de tornar a quimera possível é a lobotomia. Não tem um argumento melhor? É óbvio que os céebros das pessoas são diferentes”
Devem ter feito uma lobotomia à malta da europa desenvolvida. Foi a lobotomia chamada civilização cultural que anda a fazer falta aos portugueses.
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««As mulheres, essas destruidoras de lares! Querem ser autónomas e independentes, não percebem que para haver casal até é possível que (apenas) um dos implicados mantenha a sua identidade – mas será, obvia e necessariamente, o homem!»»
Não percebi. Ou bem que as mulheres usam como argumento “o casal” ou bem que usam como argumento a liberdade. As duas coisas são impossíveis de compatibilizar nesta discussão. Se as mulheres são ou não destruidoras de lares é uma questão lateral irrelevante para o que está a ser discutido. O que é relevante é o facto de, numa sociedade com elevados índices de divórcio, as mulheres ficam ainda com mais responsabilidades pelos filhos e são ainda menos fiáveis no emprego. Não há almoços grátis neste domínio.
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«Ah, e esqueci-me, no mundo pós-feminista as mães separadas continuam a ficar com a guarda efectiva dos filhos. Logo, para o efeito da discussão, existem cada vez menos casais, as mulheres têm ainda mais trabalho em caso (logo não são tidas pelas empresas como fiáveis) e são elas que mais precisam das creches.»
Está a ver? A estupidez do seu discurso vira-se contra si. Reze para nunca ter de discutir em Tribunal o poder paternal dos seus filhos (se os tiver ou vir a ter).
Porque os juízes também estão imbuídos dessa cultura de “mãe é que cuida”, vocês ficam a ver os vossos filhos em fins-se-semana intercalados e, às vezes, pelo canudo.
O problema é que há homens que, dentro das suas liberdades, querem ter a liberdade de serem pais. E este seu discurso tacanho, simplório e simplista é que obstaculiza a que estes pais possam ser isso mesmo.
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««Devem ter feito uma lobotomia à malta da europa desenvolvida. Foi a lobotomia chamada civilização cultural que anda a fazer falta aos portugueses.»»
Mas afinal como é que pretende mudar o cérebro dos homens? Por decreto?
É impressão minha ou a lololinhazinha já deixou de apresentar argumentos racionais?
Percebeu o problema que eu levantei? Volto a repetir: qual é a sua solução para mudar o que pensam as pessoas que não concordam consigo? Pretende coagi-las? Pretende sujeitá-las a opções que elas não desejam? Como é que pretende convencer os homens a comportarem-se todos, em massa, no homem utópico?
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Segundo o João Miranda a competência dos gestores mede-se pelo grau de discriminação das mulheres.
Poderia dizer-lhe que qualquer gestor competente sabe que o rendimento é mais importante que o número de horas que se passa no local de trabalho, mas suponho que isso nao interesse para nada.
Já agora gostava de saber se esse seu modelo de gestor competente tem em conta alguns factorzinhos tais como:
Os homens saírem sistematicamente do emprego a tempo de assitir aos jogos de futebol; passarem horas na internet à caça de pornografia quando deveriam estar a trabalhar; terem mais acidentes graves de automóvel (que os sujeita a baixas médicas); serem menos saudáveis; e.t.c
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««Segundo o João Miranda a competência dos gestores mede-se pelo grau de discriminação das mulheres.»»
Não, a competência dos gestores mede-se pela capacidade de não colocar os seus sentimentos à frente da sua racionalidade. Qualquer pessoa racional perceberia perfeitamente o problema do risco do ponto do gestor e do interesse da empresa. Quem coloca um peso emocional na discussão terá mais dificuldade em perceber esse problema de um ponto de vista imparcial.
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“Mas o que interessa para esta discussão é o comportamento da maioria dos homens e da maioria das mulheres. São esses comportamentos que as empresas usam para tomar decisões.”
A escravatura também era vista como um resultado natural das diferenças entre homens, e era eficiente que assim acontecesse. Esta ideia pré-concebida que os filhos pertencem às mulheres é exacerbada pela competição, mas o Estado civilizado pode e deve conter essa competição forçando as empresas a serem equitativas nos salários. Claro que acabamos todos a pagar um pouco mais, por perda de eficiência. Tal como pagamos todos um pouco mais por não haver escravatura. O que você chama engenharia social eu chamo civilização.
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«O que eu estou a dizer é que existem factos biológicos e sociais que tornam o igualitarismo uma quimera. As mulheres não podem ter tudo. Não podem ter ao mesmo tempo igualdade de salário e benefícios específicos.»
OK. Eu, como mulher, digo-lhe que dispenso os “benefícios específicos”! Posso ter o mesmo salário que um homem nas mesmas condições, sff?
PS. Se insistir que creches são “benefícios específicos” das mulheres, então fica assente que são os pais a asseguraram os infantários privados. Vale?
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«Totalmente irrelevante. O que interessa é que são as mulheres que voluntariamente assumem, muito mais do que os homens, o cuidado dos filhos.»
Voluntariamente, claro. Portanto, se quero ir à massagem, mas o pai vai jogar futebol eu, voluntariamente, fico a cuidar da criança – podia sempre ir pô-la à porta da mitra, não fui porque não quis!! Heeellloooo
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Mas o que interessa para esta discussão é o comportamento da maioria dos homens e da maioria das mulheres. São esses comportamentos que as empresas usam para tomar decisões.
JM
Se calhar é por esses preconceitos comportamentais que as nossas empresas são o que são. Esses e outros, sintoma de que a gestão não está com os mais competentes, quiçá inteligentes. E digo os mais como diria as mais.
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As utopias sempre tiveram como obstáculo aquilo que as pessoas pensam. O que tem que explicar é como é que vai construir o homem novo. Como é que os homens se vão comportar da forma que as mulheres gstariam que eles se comportem. Por exemplo, como impedir que os homens se divorciem quando os filhos chegam aos 3 anos deixando toda a responsabilidade para as mulheres? Acho muita piada quando a questão é colocada ao nível da partiha de tarefas domésticas. Com os níveis de divórcio que existem actualmente, grande parte dos homens já nem vive com as mães dos respectivos filhos.
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«Exactamente. Logo, a única forma de tornar a quimera possível é a lobotomia. Não tem um argumento melhor? É óbvio que os céebros das pessoas são diferentes»
Os médicos tendem a optar preferencialmente por técnicas não invasivas. Eu tenho para mim que umas semaninhas (alguns meses, talvez) em privação sexual resolve o seu problema.
Prerrogativa de mulher.
PS: mais uma vez, espero que a mulher/namorada do JM esteja a ler isto. (Anote!)
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«Só um gestor totalmente irresponsável é que não tem em conta o risco de engravidar dos seus funcionários.»
Google? Ring a bell?
«Só um gestor muito incompetente é que se preocupa nas suas decisões com o designio nacional da natalidade.»
Nós não estamos a discutir na qualidade de gestores. Somos cidadões a debater a justeza (ou não) da discriminação a que as mulheres são sujeitas.
Qual é a sua opinião? É JUSTO?
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«Não percebi. Ou bem que as mulheres usam como argumento “o casal” ou bem que usam como argumento a liberdade. As duas coisas são impossíveis de compatibilizar nesta discussão.»
Ai, ai, ai….
Eu sinto ‘free as a bird’ na minha relação afectiva. Não há incompatibilidade. Acredite.
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««Voluntariamente, claro. Portanto, se quero ir à massagem, mas o pai vai jogar futebol eu, voluntariamente, fico a cuidar da criança – podia sempre ir pô-la à porta da mitra, não fui porque não quis!! Heeellloooo»»
Isto está cada vez mais surrealista. Se uma mulher não estiver satisfeita com uma situação dessas pode sempre separar-se. No mundo pós-feminista os homens não têm esse tipo de deveres matrimoniais que a Sofia lhes quer impor. As partes são livres e se não estão satisfeitas divorciam-se. No mundo pós-feminista não há argumentos que permitam às mulheres exigir comportamentos aos homens. Somo todos livres.
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«Percebeu o problema que eu levantei? Volto a repetir: qual é a sua solução para mudar o que pensam as pessoas que não concordam consigo? Pretende coagi-las? Pretende sujeitá-las a opções que elas não desejam? Como é que pretende convencer os homens a comportarem-se todos, em massa, no homem utópico?»
Respondi (também) no comentário 55.
Coação…. parece-me justo, chamar-lhe isso.
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“Por exemplo, como impedir que os homens se divorciem quando os filhos chegam aos 3 anos deixando toda a responsabilidade para as mulheres?”
Não deixando essa responsabilidade às mulheres.
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«Voluntariamente, claro. Portanto, se quero ir à massagem, mas o pai vai jogar futebol eu, voluntariamente, fico a cuidar da criança – podia sempre ir pô-la à porta da mitra, não fui porque não quis!! Heeellloooo»»
Isto está cada vez mais surrealista. Se uma mulher não estiver satisfeita com uma situação dessas pode sempre separar-se.»
Sim. Mas se a dizussão era se deviam ou não dividir tarefas, essa solução não adianta muito do ponto de vista a situação laboral das mulheres, pois não?
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«As partes são livres e se não estão satisfeitas divorciam-se.»
Cyborg! Definitiamente! É a primeira hipótese!
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««Os médicos tendem a optar preferencialmente por técnicas não invasivas. Eu tenho para mim que umas semaninhas (alguns meses, talvez) em privação sexual resolve o seu problema.
Prerrogativa de mulher.»»
Mais uma evidência do fracasso do feminismo. À mulher moderna só sobram as tácticas que já eram usada lá no Rift Valley há um 100 mil anos.
Claro que o problema dessa táctica é que ela foi enfraquecida pelo feminismo. Os homens deixaram de depender de uma única mulher para satisfazerem os seus impulsos sexuais. Há mais, e mais novas, no mercado sentimental.
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««Sim. Mas se a dizussão era se deviam ou não dividir tarefas, essa solução não adianta muito do ponto de vista a situação laboral das mulheres, pois não?»»
O ponto é que não há discussão nenhuma. As pessoas agem de acordo com o seu poder negocial. A divisão de tarefas é uma utopia pelo simples facto de que o poder negocial de homens e mulheres não é igual.
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Aprendi duas coisas com este post e comentários: os liberais pensam em classes, e não acreditam no poder dos incentivos (se estes vierem do Estado, claro). Pensam em grupos mulher / homem, homogeneos, que resultam da genética e da selecção natural, tal como Marx pensava em classes resultantes da dialéctica das relações de produção. Pensam que os incentivos do Estado não funcionam como os marxistas pensam que os incentivos do Mercado não funcionam.
Claro que tudo isto é reduzido a nada quando vivemos uns anos em Londres e percebemos que as mulheres dão tanta importância aos filhos como os pais, lá. Quando não dão menos. Claro que lá os salários são muito mais equitativos e o Estado dá fortes incentivos ao casal (o mais importante dos quais é não dar mais vezes a guarda dos filhos à mãe que ao pai).
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««Não deixando essa responsabilidade às mulheres.»»
E como é que isso se faz? São as próprias mulheres que tendem a preferir ser elas a ficar com os filhos. E os custos de responsabilizar os homens são muitissimo elevados. O máximo que os tribunais conseguem é obrigar os homens a pagar uma pensão de alimentos.
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«Mais uma evidência do fracasso do feminismo. À mulher moderna só sobram as tácticas que já eram usada lá no Rift Valley há um 100 mil anos.»
Na altura já resultava?
«Claro que o problema dessa táctica é que ela foi enfraquecida pelo feminismo. Os homens deixaram de depender de uma única mulher para satisfazerem os seus impulsos sexuais. Há mais, e mais novas, no mercado sentimental.»
Na era “pré-feminista” a concorrência era mais fraca?
Não sei, não sei, JM. Olhe que por essas e por outras é que há para aí umas senhoras a fazer os maridos passarem as passas do algarve em divórcios litigiosos e ficarem-lhes com o coro cabeludo.
Já nem falo do desgaste emocional da situação, já que o JM é um cyborg.
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««o mais importante dos quais é não dar mais vezes a guarda dos filhos à mãe que ao pai»»
Mais um triunfo do feminismo. As mulheres perdem os filhos para o ex-companheiro. O que mais é que as mulheres poderiam desejar?
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«O ponto é que não há discussão nenhuma. As pessoas agem de acordo com o seu poder negocial. A divisão de tarefas é uma utopia pelo simples facto de que o poder negocial de homens e mulheres não é igual.»
E os homens não terem consciência (vai desculpar, mas também é condiotio sine qua non)!
Se der de barato a segunda; eu, só pelo gostinho, dou-lhe a bicicleta na primeira.
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«Mais um triunfo do feminismo. As mulheres perdem os filhos para o ex-companheiro. O que mais é que as mulheres poderiam desejar?«
Sabe que a atribuição do poder paternal não é uma “batalha dos sexos”, a criança deve fizar com o progenitor melhor preparado. Se é pai ou mãe, isso sim, é irrelevante.
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««Na era “pré-feminista” a concorrência era mais fraca?»»
Na era pré-feminista havia um cartel. Através da indissolubilidade do casamento as mulheres impediam a concorrencia umas às outras. Obviamente que o divórcio quebrou o cartel e abriu a concorrência.
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Hei-de voltar. Até já.
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««Sabe que a atribuição do poder paternal não é uma “batalha dos sexos”, a criança deve fizar com o progenitor melhor preparado.»»
Os argumentos biológicos contam, ou no mundo politicamente correcto temos que os ignorar?
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Caro João Miranda,
O meu ponto era que em Londres, que em quase tudo mostra o que Portugal será passados 10/15 anos, as mulheres conseguiram uma liberdade tal que efectivamente dão tanta importância aos filhos como os homens. E que esse facto não as faz achar que perderam quando o tribunal dá a guarda aos homens. Essa sensação de perda, porque quereriam mais os filhos que eles, é muito consequência de não termos evoluído, e não da selecção natural. A selecção natural existe, mas é alterável pelos incentivos que o Estado der. É esse o meu ponto.
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“O que interessa é que são as mulheres que voluntariamente assumem, muito mais do que os homens, o cuidado dos filhos. E quando não as deixam assumir ficam descontentes.”
A melhor frase. E é mesmo assim, quando não as deixam assumir a educação dos filhos ficam descontentes.
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O que é também curioso é os liberais adorarem o sistema anglo-saxónico, mas não quererem o que ele tem de intervenção estatal. Especialmente o Inglês, onde o Estado desde a rainha Vitória intervem para propagar os valores que acha apropriado. Sim, agora propagam aquilo que vocês chamam o politicamente correcto. E com tal sucesso que mostra que é possível contrariar a biologia. Se vocês preferem a biologia é uma coisa, admitam é que querem fazer desses valores os valores supremos para a sociedade.
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«Os argumentos biológicos contam, ou no mundo politicamente correcto temos que os ignorar?»
Não conheço o mundo do politicamente correcto, na minha pequena República, vale tudo (deste que logicamente sustentado).
Qual é o elemento biológico que qualifica as mulheres, aprioristicamente, como o progenitor melhor preparado?
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Excelente. Miranda em grande forma apesar do desafio ser facil.
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“Só um gestor totalmente irresponsável é que não tem em conta o risco de engravidar dos seus funcionários.
Só um gestor muito incompetente é que se preocupa nas suas decisões com o designio nacional da natalidade.” JM
O João Miranda de gestão de empresas percebe nada. Cristalizou no paleolítico e por aí ficou. Quem não perceber que hoje a sociedade exige das empresas uma actuação responsável, reforçada pela crescente consciência que as pessoas têm dos seus direitos e pela capacidade que todos nós passamos a ter de interferir nas coisas, é comido de cebolada.
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Por isso as empresas que não tenham uma postura que explicite as suas preocupações com questões sociais e com a ética, estão condenadas ao fracasso. As empresas com sucesso já perceberam que, enquanto membros das sociedades, são responsáveis por ajudar, manter e melhorar as comunidades onde estão inseridas. É verdade que elas têm direitos, mas também têm deveres e obrigações. E, numa visão moderna da responsabilidade social essa responsabilidade está longe de se esgotar na produção e venda dos seus produtos. Ou seja, a empresa é socialmente responsável quando consegue gerar valor não apenas para seus proprietários e accionistas, mas sim para todos os demais públicos com os quais ela se relaciona: Empregados, Fornecedores, Clientes, Meio Ambiente, e Comunidade.
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È verdade que, as trabalhadoras grávidas, implicam que as empresas criem condições especiais de segurança e saúde nos locais de trabalho. Quer dizer, os empregadores têm que proceder à adaptação das condições de trabalho e estabelecer formas que tornem mais fácil a relação trabalho/família. A isto acresce o facto de ficarem privadas de uma trabalhadora durante os meses da licença de parto. Tem custos imediatos, portanto.
Mas, se as empresas procederem desta forma – mantendo um equilíbrio saudável entre o trabalho e a família – terão ganhos de imagem, já que se consolida a sua imagem como socialmente responsável, induzindo assim valor acrescentado à empresa. Por outro lado, eleva-se os índices de motivação dos trabalhadores e aumenta-se a competitividade. Mais, conquista-se e amplia-se o mercado com a mobilização de novos clientes. Pois os consumidores têm vindo a procurar um perfil cada vez mais diferenciado de empresas que privilegiam comportamentos éticos e promovem um relacionamento “amigável” com a sociedade. Investir no social melhora a proximidade e a identificação com os públicos.
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Carlos E.P. Sacramento Diz:
20 Fevereiro, 2008 às 3:23 pm
«Excelente. Miranda em grande forma apesar do desafio ser facil.»
Se eu quisesse ser mázinha, dizia-lhe que, se é fácil, está à sua altura e sempre podia participar – em, vez de servir de coro, ora ao Jm ora ao Euroliberal.
A única coisa que quase me incomoda no machismo é o paternalismo, que, ainda por cima, sendo uma forma de arrogância é estúpido, porque não há nada mais tolinho do que cuspir para o alto se, depois, não se sabe ser rápido o suficiente para não nos cair em cima.
Tente fugir Carlos Sacramento. Cá estaremos depois para ver se se safa… ou não.
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No longo prazo a ética é um factor de rentabilidade e de sustentabilidade futura da empresa. Empresas competitivas não operam num horizonte de curto prazo – a ganância ou a sedução por vantagens imediatas pode ser fatal. E, ética e sucesso são realidades conciliáveis.
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“As utopias sempre tiveram como obstáculo aquilo que as pessoas pensam. O que tem que explicar é como é que vai construir o homem novo. Como é que os homens se vão comportar da forma que as mulheres gstariam que eles se comportem.”
João Miranda,
Vamos separar as coisas.
Uma coisa é o direito/obrigação que assite às mulheres de reivindicarem que o seu trabalho seja pago ao mesmo preço que o trabalho desempenhado por homens. Isto – que é um direito que até está constitucionalmente protegido – parece-me absolutamente inquestionável e a discriminação laboral não é susceptível de ser justificada através do exercício ou pseudo-exercício da maternidade. (os seus esforços para legitimar uma discriminação ilegítima não fazem qualquer sentido porque as regras do mercado não são absolutas e nem sempre são justas).
Coisa diferente é supor que quem defende o direito a não ser profissionalmente discriminado está a defender uma revolução de mentalidades ou a reivindicar a construção de um homem novo. Eu, pessoalmente, não tenho nada contra o homem actual (logo, não entro na demanda pelo homem novo). Também não acredito que seja necessária qualquer revolução de mentalidades para que o princípio da não discriminação seja cumprido. É o caminho normal das sociedades civilizadas que já foi feito noutros países e, seguramente, será feito em Portugal.
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Por mais que o João Miranda entenda que é dever do bom gestor pagar mais ao homem porque ele não engravida, tendo em conta a desproporção brutal entre sexos nos bancos das faculdades em Portugal, não vai demorar muito tempo a que a escolha do tal do gestor tenha que ser efectuada entre significativas diferenças de qualificação, com clara vantagem por parte das mulheres.
É por isso que esta questão das diferenças salariais tem os dias contados e não merece grande dispendio de energia.
O que ainda me indigna é perceber, através deste tipo de discurso justificativo da discriminação, que os homens portugueses não estão minimamente preparados para a nova realidade que lhes vai entrar pela porta dentro de cinco ou dez anos.
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Sintomático é termos as opiniões dos homens que temos neste post (em bloco), e ser uma mulher isolada a defender a igualdade de direitos. É por isso que este país não avança. Andamos todos a tentar guardar os poucos privilégios de classe e género que temos, agindo em bloco para os defender, em vez de lutar pela liberdade. É por isso que o Arroja tem razão. Este país não foi feito para ser democrático.
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Luís,
Somos duas.
(Eu e a lololinhazinha)
No resto, está correcto.
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««igualdade de direitos»»
Curiosamente o post inicial é uma crítica à ideia de:
1. igualdade de resultados (o salário é um resultado, não é um direito fundamental)
2. apoios públicos à natalidade (que são por si só uma negação da igualdade)
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Olhe que está enganado.
Todo o cidadão tem, simultaneamente, o direito à compensação pelo trabalho e o direito a não ser discriminado em função do sexo. Junte os dois…
«apoios públicos à natalidade (que são por si só uma negação da igualdade)»
Isto, nem comento porque o JM continua a funcionar no pressuposto (ainda por verificar) de que os incentivos à natalidade são exclusivamente dirigidos à mulher.
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Eu não sabia que ainda havia homens que consideram perfeitamente legítimo que se pague menos a uma mulher do que a um homem porque estas são umas grávidas em potência. Esta lógica é de tal maneira sinistra que me abstenho de comentários. Noto, porém, que o João Miranda leu certamente livros de economia a mais e esqueceu-se de passar os olhos pelo direito.
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Cara Catarina Costa
Indique-me, por favor, um livro de Economia onde venha isso.
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JM
Algum dia viu ou leu Casa das Bonecas do Ibsen?
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««Isto, nem comento porque o JM continua a funcionar no pressuposto (ainda por verificar) de que os incentivos à natalidade são exclusivamente dirigidos à mulher.»»
Basta-me verificar que esses apoios favorecem de forma diferente homens e mulheres.
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«Basta-me verificar que esses apoios favorecem de forma diferente homens e mulheres.»
Então, se verificou, sinta-se à vontade para o demonstrar.
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««Eu não sabia que ainda havia homens que consideram perfeitamente legítimo que se pague menos a uma mulher do que a um homem porque estas são umas grávidas em potência. Esta lógica é de tal maneira sinistra que me abstenho de comentários. Noto, porém, que o João Miranda leu certamente livros de economia a mais e esqueceu-se de passar os olhos pelo direito.»»
Há uma distinção entre economia, ética, moral e direito. A Catarina parece querer fundir todas estas perspectivas numa só. Seja como for, o direito não nos diz o que é ético nem o que é moral.
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«Seja como for, o direito não nos diz o que é ético nem o que é moral.»
Eu acho que é possível achar um ponto de intecepção, embora, de facto, direito, ética e moral não se confundam. Mas isso é outra questão.
O que é certo é que é o JM que escreve isto que ainda não me respondeu à pergunta que lhe fui sucessivamente fazendo. Já percebi que acha que a discriminação é compreensível numa perspectiva economicista; o que eu lhe pergunto é se a cionsidera JUSTA?
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««Já percebi que acha que a discriminação é compreensível numa perspectiva economicista; o que eu lhe pergunto é se a cionsidera JUSTA?»»
E o que eu lhe estou a responder há 100 comentários é que o aspecto relevante do problema levantado no post não é a justiça mas a utopia.
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Pois bem, reformulo:
Acharia desejável (ainda que seja pura utopia) que a mulher não fosse discriminada em relação ao homem, pelo simples facto de ser mulher?
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««Acharia desejável (ainda que seja pura utopia) que a mulher não fosse discriminada em relação ao homem, pelo simples facto de ser mulher?»»
Acha que a fome é desejável? Acha a peste desejável?
Nada disso tem interesse. Não está ao nosso alcance acabar com a fome ou com a peste.
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«Acha que a fome é desejável? Acha a peste desejável?»
Muito bem. Então, temos duas hipóteses: a) não contrariamos a “ordem natural das coisas”; 2) socorremo-nos dos mecanismos ao nosso alcance para inverter o processo.
Eu opto pela primeira (e nisso não tenho pejo em reconhecer o mérito da intervenção estatal – como não tenho em sede de direito penal e pela mesma ordem de razões); o JM, opta pela segunda. É ou mais derrotista, ou mais confirmado, ou mais perconceituoso – acha que o verdadeiro liberal tem de ser radical. Tão radical, que perverte o espírito da própria revolução.
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Qualquer dia se um patrão pagar mais a alguém porque trabalha mais, os outro trabalhadores acusam o patrão de discriminação…
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Uma das coisas que me parece no liberalismo à Spock (o da nave, não o pediatra) é que funciona imaculadamente num mundo fictício em que somos todos gajos adultos e saudáveis. Há qualquer coisa de adolescente nesta visão, pois crianças, velhos, grávidas, doentes e esses “ruídos” -por incrível que pareça – somos todos, mais tarde ou mais cedo. Nós a depender de alguém que se importe ou possa ajudar. Alguém mudou fraldas ao JM para ele estar aqui a debitar. A mim também. Um dia os nossos pais vão ser dependentes. Até ajudamos de borla, por amor, se a vida deixar. Até ver a humanidade-chatice-não é só gajos, é tudo: ruído, períodos e fraldas incluídos.
A tal visão de deixar só o poder negocial funcionar parece aqui – como na velha questão do ambiente – uma via rápida para a tragédia dos comuns: as empresas discriminam, as mulheres geram menos, os homens bradam pela tradição que se foi e levou os herdeiros e o respeito…
Tal como defendo uma justiça que proteja a minha propriedade e a do JM de um macho agressivo, com mais “poder negocial” também me parece que as outras formas de vulnerabilidade merecem atenção. Isso é feminista ou realista?
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O João Miranda, no outro extremo, ainda consegue ser pior que a AMC.
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Caro João Miranda,
aqui fica a transcrição de algumas normas jurídicas vigentes em Portugal:
Constituição da República Portuguesa
“Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 36.º
(Família, casamento e filiação)
3. Os cônjuges têm iguais direitos e deveres quanto à capacidade civil e política e à manutenção e educação dos filhos.
Artigo 58.º
(Direito ao trabalho)
1. Todos têm direito ao trabalho.
2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:
b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;
Artigo 59.º
(Direitos dos trabalhadores)
1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna;
b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar;
Artigo 68.º
(Paternidade e maternidade)
1. Os pais e as mães têm direito à protecção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível acção em relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação, com garantia de realização profissional e de participação na vida cívica do país.
2. A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes.
3. As mulheres têm direito a especial protecção durante a gravidez e após o parto, tendo as mulheres trabalhadoras ainda direito a dispensa do trabalho por período adequado, sem perda da retribuição ou de quaisquer regalias.
4. A lei regula a atribuição às mães e aos pais de direitos de dispensa de trabalho por período adequado, de acordo com os interesses da criança e as necessidades do agregado familiar.
Código do Trabalho
Artigo 22.º
Direito à igualdade no acesso ao emprego e no trabalho
1 – Todos os trabalhadores têm direito à igualdade de oportunidades e de tratamento no que se refere ao acesso ao emprego, à formação e promoção profissionais e às condições de trabalho.
2 – Nenhum trabalhador ou candidato a emprego pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão, nomeadamente, de ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência, doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical.
Artigo 23.º
Proibição de discriminação
1 – O empregador não pode praticar qualquer discriminação, directa ou indirecta, baseada, nomeadamente, na ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência ou doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical.
2 – Não constitui discriminação o comportamento baseado num dos factores indicados no número anterior, sempre que, em virtude da natureza das actividades profissionais em causa ou do contexto da sua execução, esse factor constitua um requisito justificável e determinante para o exercício da actividade profissional, devendo o objectivo ser legítimo e o requisito proporcional.
Divisão II
Igualdade e não discriminação em função do sexo
Artigo 27.º
Acesso ao emprego, actividade profissional e formação
1 – Toda a exclusão ou restrição de acesso de um candidato a emprego ou trabalhador em razão do respectivo sexo a qualquer tipo de actividade profissional ou à formação exigida para ter acesso a essa actividade constitui uma discriminação em função do sexo.
2 – Os anúncios de ofertas de emprego e outras formas de publicidade ligadas à pré-selecção e ao recrutamento não podem conter, directa ou indirectamente, qualquer restrição, especificação ou preferência baseada no sexo.
Artigo 28.º
Condições de trabalho
1 – É assegurada a igualdade de condições de trabalho, em particular quanto à retribuição, entre trabalhadores de ambos os sexos.
2 – As diferenciações retributivas não constituem discriminação se assentes em critérios objectivos, comuns a homens e mulheres, sendo admissíveis, nomeadamente, distinções em função do mérito, produtividade, assiduidade ou antiguidade dos trabalhadores.
3 – Os sistemas de descrição de tarefas e de avaliação de funções devem assentar em critérios objectivos comuns a homens e mulheres, de forma a excluir qualquer discriminação baseada no sexo.
Artigo 29.º
Carreira profissional
Todos os trabalhadores, independentemente do respectivo sexo, têm direito ao pleno desenvolvimento da respectiva carreira profissional.
Artigo 31.º
Regras contrárias ao princípio da igualdade
1 – As disposições de qualquer instrumento de regulamentação colectiva de trabalho que estabeleçam profissões e categorias profissionais que se destinem especificamente a trabalhadores do sexo feminino ou masculino têm-se por aplicáveis a ambos os sexos.
2 – Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho devem incluir, sempre que possível, disposições que visem a efectiva aplicação das normas da presente divisão.
E há muito mais (Convenção Europeia dos Direitos do Homem, etc, etc)…
Se o João Miranda pretender, posso também fazer-lhe um parecer jurídico, obviamente mais extenso e completo, sobre a igualdade, não discriminação e direiro à maternidade e paternidade estabelecidos na nossa ordem jurídica.
De qualquer das formas, aqui lhe deixo o essencial da ideia: os homens também gozam da licença de paternidade, cujo período de tempo (imagine-se) até é igual ao da licença de paternidade (que se calhar até é por causa do princípio da igualdade…)
Ou seja, o seu argumento de que as mulheres também têm que se ausentar para cuidar dos filhos é falso, pois os homens também…
Mas o princípio básico do direito laboral em Portugal é o “para trabalho igual, salário igual” e aqui é que reside o cerne da questão. Na prática, a realidade mostra que mulheres e homens, com empregos iguais (mesmos cargos, mesmas funções, mesmas condições, etc) têm vencimentos diferentes, apenas pelo simples facto de as mulheres serem… mulheres. Ora isso, para além de ilegal, é inconstitucional e viola até o direito internacional. É considerado um direito básico, um “direito do Homem” e a sua violação consubstancia uma grave ofensa aos valores e ética adjacentes à sociedade do Séx. XXI.
Todavia, esta “redução” de vencimento para as trabalhadoras prende-se com uma outra questão: os gestores portugueses procuram o lucro rápido, em vez de investirem. Veja-se, por exemplo, o caso recente do número de licenciados desempregados. Porquer os gestores querem poupar nos salários (para fazer mais dinheiro) escolhem pessoas com menor formação, porque estas recebem menos. Claro que se apostassem em licenciados (e mestres e doutores) a produtividade aumentaria, os bons resultados multiplicariam-se. Se pensassem como o Bill Gates, se calhar até teríamos empresas portuguesas a concorreram com as estrangeiras nos mercados internacionais. E isso não acontece porque querem ganhar 100 já, em vez de ganharem 5000 daqui a 5 ou 10 anos…
Em suma, é uma questão de mentalidade. Portugal ainda é um país “atrasado” nesta matéria, sobretudo em comparação, por exemplo, com os países da Escandinávia, considerados os sistemas mais desenvolvidos do Mundo.
E é esta a razão máxima de Portugal ser o país mais pobre entres os desenvolvidos, apesar de ser o mais rico entre os subdesenvolvidos: a mentalidade.
Cumprimentos e perdoe-me o extenso post…
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Tem graça… eu julgava que o tempo investido nas crianças era do interesse de mulheres, de homens e da sociedade em geral. Mas pelos vistos isto só é verdade em tempo de referendos sobre o aborto. Ficamos esclarecidos.
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O que eu acho fantástico é que o João Miranda considere que a igualdade de direitos entre homens e mulheres seja uma utopia.
O Jmiranda não tem passado muito pelos países nórdicos, pois não?
Olhe que essa sua “utopia” está a realizar-se e a chegar a Portugal. O melhor é ir-se habituando à ideia.
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Tantas contradiccoes na Constituicao Portuguesa. Triunfo do Irracionalismo.
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O que eu acho fantástico é que o João Miranda considere que a desigualdade de direitos entre alemães e judeus seja uma utopia.
Olhe que essa sua “utopia” está a realizar-se e a chegar à Alemanha. O melhor é ir-se habituando à ideia.
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Sendo de uma associação de Pais Separados, estou habituado a lidar com vários tipos de pessoas, desde feministas a machistas.
Daí, o ler-se sempre nestes debates, uma série de “preconceitos” , em forma escrita.
Por exemplo, o João Miranda está certo em muita coisa do que diz. Mas falha, e começa a entrar no machismo (nada pessoal) quando diz “os homens têm direito a não querer os filhos. ”
Naturalmente, uma feminista disse logo que “mesmo que se separem, os homens continuam a pagar o sustento dos filhos, daí as creches serem também etc etc .
E pronto, está instalado a confusão.
Faz anos que digo, e sem querer ofender ninguém, que os piores inimigos dos Homens, são… os homens.
Os maiores amigos das Feministas, são … os machistas.
O problema, não é este de haver homens que não querem saber dos filhos. Só está a dar “munições” para o “inimigo”. Pois essa situação está resolvida faz anos, pelas nossas leis.
Se um homem não quer saber dos filhos, é simples : a mulher casa-se e ele paga pensão de alimentos.
Machistas e Feministas, são o mesmo lado da moeda.
O problema com o feminismo (moderno e radical), é se o Homem quer saber dos filhos.
Aí, sim.
Como é dito e foi até ajudado pelo João Miranda (desculpe, não leve a mal, sirvo-me das suas palavras para explicar o problema real ), o que acontece ?
E com a ajuda dos “machistas” que não querem saber dos filhos ?
Simples. O homem não tem direito aos filhos.
As creches, são para as mães (repare-se, neste twist feminista e machista, que as creches não são para os Pais. Muito menos para as crianças. As creches agora são para as mães.
Se o Homem se separa, e nos países avançados como os EUA, o divórcio é pedido pelas mulheres em 75% dos casos (pudera ), o Pai mesmo que queira, é tratado como um pai machista.
Não tem direito a ver os filhos, mesmo que seja melhor pai que a mãe é mãe.
Os resultados das sentenças, que deram origem à nossa designação são sempre os chamados fins de semana alternados .
Ou seja, feitas as contas, 26 dias para a Mãe (porque é mãe )
4 dias para o Pai (porque é homem )
Existem variações, mas não passa disto mesmo.
Por melhor que seja o Pai, um bom pai, não tem hipóteses. E os casos, que muito a custo, quer meu, quer de outros, temos trazido a público , tem demonstrado isso.
Já demos voz, a vários pais, que não vêem nem sabem dos filhos, faz anos, apesar de nada haver contra eles, de facto.
Podia contar a minha história, mas podiam dizer que me aproveitava disso.
Muitos outros, tem contado a histórias deles, e estão nos Jornais. Nem sempre na Internet, por vezes, mas outras estão .
Por isso, se o Homem não quer ver os filhos, graças as leis feministas portuguesas, com o apoio de machistas, isso está mais que garantido : não vêem.
Qual o problema do Feminismo ?
Simples, o feminismo desde os anos 70 , deixou de ser pela Igualdade das mulheres, e passou a ser pela Supremacia das mulheres.
Falo de uma maneira geral.
Vamos a leis de família , todas toldadas e moldadas por feministas, com formação a Juízes (muitos machistas) e agora a Policia(s) .
– divórcio : se uma mulher se casa, ganha sempre o Poder Paternal .
Os casos de litígio, e por isso, pais que tentam ver os filhos, não mentem.
As mães, ganham 95 % dos casos LITIGIOSOS de Poder Paternal .
O serem litigioso, é importante, pois são Homens que adoram ver os filhos, e são impedidos.
Portanto, em Poder Paternal, os Homens não tem direitos. Apenas as mulheres.
E as crianças, não tem direitos, visto que só podem ver os Pais de 15 em 15 dias, mesmo que adorem o Pai .
Só as mulheres, tem direito.
(note-se, que nada tenho contra mulheres, sou filho de 2 geração, e fiquei com minha mãe . Mas, não admito que me digam , como me disseram “neste tribunal damos preferências às mulheres “.
Ao que fiz queixa, e disse, que para mim, isso era o mesmo que dizer “damos preferências aos brancos (ou negros), ou damos preferência aos cristãos, ou judeus, ou ciganos, ou hindus.
Para mim, de inquisição, já chega. Não precisamos de nenhuma “matriacal”.
O mesmo, se passa, e vai acontecer, com as novas leis de Violência Domestica.
Se antes, tínhamos o truque mortal, de que quando uma mulher fazia queixa de assédio sexual do ex-marido, era certo mesmo que a criança ESTIVESSE INTACTA, o pobre homem deixava para sempre de ver o filho (a não ser que provasse que nunca viria a ser pedófilo (verdade) ) , agora temos uma nova arma.
Se uma mulher se queixa de que o Homem lhe bate, as feministas estão a fazer pressão, para que o Homem seja posto fora de casa, e até, enjaulado.
Repare-se, que não existem provas.
Na terminologia das feministas radicais, uma mulher que se queixa, é porque é vitima. De qualquer coisa. O mais provável é ser vitima de violência domestica.
Tal, realmente, só na Alemanha Hittleriana, em que se um nazi fazia queixa de um judeu, naturalmente, esse judeu era culpado de alguma coisa, e câmara de gás com ele.
Agora, são judeus (homens) , cristãos, ateus, hindus, sabe-se lá.
“Se uma mulher se queixa, o agressor deve ser retirado de casa para sua defesa e dos filhos “.
Esta frase, tipicamente FEMINAZI , faz um twist de repente, e uma pessoa queixosa, passa logo a vitima sem ser necessárias provas, e o homem é logo pela policia posto fora de casa.
Fica sem casa, sem filhos, vai ter que pagar para NÃO ver os filhos (pensão de alimentos) , pensão à mulher porque a habitou a um estilo de vida (conheço um caso em que o ex-marido dava muitas prendas como cuecas e soutiens, como tal, mesmo depois de divorcido teve que continuar a pagar … para ela estar com outro )
vai ter que pagar custas e mais custas, e o mais certo é também ser preso.
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“Naturalmente, uma feminista disse logo que “mesmo que se separem, os homens continuam a pagar o sustento dos filhos, daí as creches serem também etc etc . ”
Caríssimo Paulo Quintela.
Quem disse a frase fui eu. Eu não sou feminista. Defender a igualdade (prática) de direitos entre homens e mulheres não é coisa de feministas. É tarefa de pessoas de bem.
Tembém considero que nos tempos que correm o feminismo está mais ligado a uma ideia de supremacia da mulher do que à ideia de igualdade de direitos. E é por isso mesmo que eu insisto em dizer que não sou feminista.
É óbvio para qualquer pessoa que as creches não são nem um privilégio dado às mulheres nem um tema de reivindicação feminina.
Mal estamos nós no dia em que alguém puder ser rotulada de feminista por constatar que este assunto interessa a ambos os sexos (quanto mais não seja pela via indirecta do aumento das despesas, pelo lado do pai).
Quanto ás questões judiciais que refere, os homens não são postos fora de casa por uma mulher apresentar queixa por agressões. Aliás, na prática até são raras as vezes em que chegam a ser condenados porque a prova (à excepção das sovas góticas) é extremamente difícil.
Também não convém confundir a pensão de aliemntos paga ao filho (que também é paga pelas mulheres quando as crianças ficam com o pai) com a pensão de alimentos paga à ex-mulher. Esta só é paga quando a mulher não tem rendimentos, ou tem rendimentos baixíssimos e, ainda assim, os valores fixados pelos tribunais são muito baixos. Precisamente, porque já está assimilada a ideia – e bem – de que a mulher tem mais é que se por a trabalhar.
Tem razão quando diz que os filhos são maioritariamente entregues à guarda das mães. Há dois factos, relativamente a esse assunto que não podem ser ignorados: Por um lado, são muito raros os casos em que os pais pedem a guarda dos filhos. Por outro lado, são muito raros os casos em que os filhos – tendo idade para ser ouvidos – demonstram preferência em ficar a viver com os pais. Pelo meio, obviamente, verificam-se as injustiças próprias de uma sociedade em que – como se viu pelos comentários a este post – ainda se pensa que os filhos são um exclusivo das mães.
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Paulo Quintela Diz:
21 Fevereiro, 2008 às 3:03 pm
Caro Paulo (permita-me dirigir-me assim a si),
Deixe-me louvar-lhe o seu ânimo. Desejo-lhe, sinceramente, que a sua relação com o seu filho/a se normalize com a celeridade possível – votos que torno extensíveis a todos os pais que, como o Paulo, querem ser pais e não podem.
Para a frente é que é o caminho. Há revoluções que se fazem… devagar.
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” Defender a igualdade (prática) de direitos entre homens e mulheres não é coisa de feministas. É tarefa de pessoas de bem.
Também considero que nos tempos que correm o feminismo está mais ligado a uma ideia de supremacia da mulher do que à ideia de igualdade de direitos. ”
Carrisima Anónima. Presumo já que não é feminista, que seja Advogada ou Juíza.
Concordo inteiramente com o que diz . Que a Igualdade é um assunto de todos, e que o Feminismo é hoje muito acerca de ideias de Supremacia das Mulheres.
Nada tenho a acrescentar.
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«Por um lado, são muito raros os casos em que os pais pedem a guarda dos filhos. Por outro lado, são muito raros os casos em que os filhos – tendo idade para ser ouvidos – demonstram preferência em ficar a viver com os pais.»
Lololinhazinha,
A minha experiência diz-me que, as raríssimas vezes que os filhos são confiados aos pais, isso ocorre, precisamente, porque os próprios filhos (contra todas as expectativas) manifestam essa vontade.
A fazer fé nos 5% que o Paulo Quintela adiantou como percentagem de casos de atribuição da guarda da criança ao pai, quase aposto dinheiro que não deve passar de 1%, os casos em que o Tribunal decide que o pai é o progenitor melhor preparado.
Será isto crível? Estatisticamente, quero eu dizer. Será de admitir que em 99% dos casos a mulher está melhor preparada para exercer a parentalidade?
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Ja se deixou de argumentar, so emocoes agora.
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Fucking sweet, que comovente. Em vez de argumentarem querem agradar ao lado oposto. Tanta humanidade .I.
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Paulo Quintela nao admira que esteja separado. Ainda elogia as nossas leis…so da para rir mesmo. Nao lhe desejo nada de bom, espero que sofra, tem o que merece por renegar os seus instintos.
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“Será isto crível? Estatisticamente, quero eu dizer. Será de admitir que em 99% dos casos a mulher está melhor preparada para exercer a parentalidade?”
Sofia Ventura
As situações de paridade só se colocam nos raros casos em que os pais querem a guarda e a disponibilidade para as crianças é e foi idêntica. (Já que na maioria das vezes a mulher adaptou a vida profissional de forma a ter mais tempo para os filhos do que o marido).
Acho que os casos de paridade são tão raros que não estranho muito que a atribuição da guarda aos pais seja excepcional.
Como diz a Sofia, há revoluções que se fazem devagar.
Note-se que também não me parece que ajude muito o facto de se constatar que nos raros casos em que a guarda é atribuída aos pais, muitas vezes, a criança acaba ao cuidado da avó materna.
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Avó paterna, aliás.
Caro Machista Reaccionário 2,
Aguardamos ansiosamente pelos seus argumentos.
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Caro Paulo Quintela,
concordo consigo em praticamente tudo o que escreveu. Porém, o post original falava na questão concreta dos salários e, nesse ponto, existe na realidade uma discriminação em prejuízo das mulheres. E, segundo interpretei, o João Miranda defende que se compreende e até se justifica essa discriminação, porque as mulheres são compensadas noutros lados. Já parece aqueles árbitros, que não marcam uma falta a uma equipe (quando deveriam) e depois, para compensar, inventam um livre a seu favor. Um erro não se corrige com outro erro…
Cara Lololinhazinha,
o Paulo Quintela tem razão no que diz. Veja-se por exemplo o Tribunal de Família e Menores de Lisboa. Não tenho números oficiais, mas posso dizer, por experiência própria, que a larga maiora dos casos são resolvidos a favor da Mãe, apenas pelo facto de ser Mãe. Não por questões económicas, de estabilidade ou outras.
E as pensões de alimentos são, normalmente, para os filhos (menores), mesmo que a Mãe tenha condições económicas mais favoráveis do que o Pai e este apenas os veja 4 dias (ou menos) por mês…
Cumprimentos.
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«Como diz a Sofia, há revoluções que se fazem devagar.»
Esta era uma constatação Lololinhazinha, não uma manifestação de concordância.
Não pode a Lololinhazinha exasperar-se com a passividade oportunista do sistema no que respeita a questão salarial das mulheres e ser reaccionária no que à questão do exercício do poder paternal pelos homens respeita
Tal como,em relação às mulheres,a questão era se seria justo uma mulher que trabalha tanto e produz tanto quanto um colega homem, ter um salário inferior; aqui o que importa é se é justo, pelo simples facto de ser homem (e pai), o Tribunal PRESUMIR que é a mãe que mais garantias oferece, quando o pai recelama para si a guarda do filho/a. O pressuposto, num e noutro caso, é o da paridade das partes – se ali, não é justo discriminar a mulher, porque é mulher; aqui, não é justo diuscriminar o homem, porque é homem.
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Sofia,
Quando, em circunstâncias de paridade, o tribunal “presume” que a criança fica melhor à guarda da mãe, presume mal e presume ilegalmente.
O que eu digo é que na generalidade dos casos não chega a ter que presumir nada porque, em regra, como foram as mães que adaptaram as suas obrigações profissionais às necessidades familiares, são as mães quem apresenta maior disponibilidade para os filhos na hora de decidir. Estando as crianças também, pelo mesmo motivo da disponibilidade anteriormente criada, mais dependentes das mães.
Aqui não me parece que haja qualquer paridade e não me repugna nada que os tribunais atribuam a guarda das crianças a quem mais deles se ocupa.
Nos outros casos (ainda raros por força da nossa organização social) é que aparecem as discriminações.
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«Quando, em circunstâncias de paridade, o tribunal “presume” que a criança fica melhor à guarda da mãe, presume mal e presume ilegalmente.»
O problema é que as ilegalidades demoram tanto tempo a ser corrigidas, que a criança atinge a maioridade antes de ter o poder paternal definitivamente fixado. Entretanto, fixa… provisoriamente… com a mãe.
Quanto ao resto, afinal, estamos de acordo.
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“fica… provisoriamente…”
Sorry
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Cara Sofia.. Obviamente que me pode tratar por Paulo. É esse o meu nome, e como se vé, há quem me chame pior.
O que demonstra, que como tinha dito, os piores inimigos dos Homens, sejam os Homens.
Só depois vem as tais feministas radicais.
É faca quente em manteiga.
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Ricardo S o post falava de Feminismo, e foi disse que eu falei. Era sobre um texto sobre Feminismo, que tem um link apontado para ele.
No entanto, eu que ando nisto faz tempos, sei vários truques das feministas. Um deles, é “tapar” quando existe um claro favorecimento para o lado feminino. E como os homens, principalmente num país machista, raramente gostam de dizer que são discriminados (um homem nunca perde mesmo quando perde – tipicamente latino), alguém tem de o fazer. Fiz eu.
Ainda bem que concorda, de resto.
Quanto aos numeros, são oficiais.
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.I.
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Muitas mulheres gostariam que o feminismo fosse absurdo porque isso significaria que os direitos pelos quais o feminismo luta estariam já a ser respeitados pela sociedade na sua maioria. O que não é o caso, em Portugal.
O que deve interessar às empresas é a produtividade. Quanto mais produtividade melhor. E não é pelo simples facto de uma empregada ter um ou dois filhos que a sua produtividade é necessariamente mais baixa do que a de um empregado. Álias, há certamente muitas mulheres portuguesas que são mais produtivas do que homens, e nem é preciso cálculos para o constatar, a formação, o esforço, a dedicação e os resultados comprovam-no.
Infelizmente a mulher continua a ser desvalorizada na admissão a emprego em função de ser mulher ou ter filho (s). Supostamente por a sua condição indicar menor disponibilidade e produtividade a mulher portuguesa. E no entanto, Portugal continua a ser um dos países onde a produtividade laboral é das mais baixas da União Europeia.
O pedido de tratamento privilegiado para as questões da maternidade prende-se com o entendimento do homem português de que é à mulher que competem os deveres inerentes à paternidade, são eles, cuidar e educar das crianças. Entendimento que continua a fazer com que não exista repartição dos deveres da paternidade nas famílias portuguesas, sendo a mulher quem tem de se encarregar desses deveres com vista a que a criança subsista e com a devida educação.
Falhando a sociedade em matéria de igualdade na paternidade, na repartição de tarefas domésticas e no tratamento laboral, nada mais resta à mulher portuguesa do que pedir tratamento previligiado em questões de maternidade, com vista a que tanto ela como os seus filhos subsistam e com a devida saúde física e mental.
Em suma, esse tratamento não só favoreceria as mulheres, que mais facilmente cuidariam desses encargos, como a sociedade no geral (porque com melhores condições as mulheres procurariam conribuir mais para o aumento da preciosa taxa de natalidade, essencial à sobrevivência sustentável da sociedade) e por fim aos próprios homens que com elas convivem (que poderiam ver o seu futebol ou fazer outras quaisquer actividades de lazer doméstico, de modo mais sossegado em virtude das sras. estarem menos stressadas, menos cansadas, mais motivadas, etc…).
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