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A atitude dos portugueses em relação à regulação

17 Setembro, 2008

— O comércio de combustíveis devia ser regulado.

— Já é. A Autoridade para a Concorrência regula o comércio de combustíveis.

— Mas então a Autoridade para a Concorrência devia investigar o preço dos combustíveis.

— Já investigou.

— Mas então devia investigar outra vez.

— Já investigou várias vezes.

— Mas então devia explicar porque é o preço da gasolina sobe quando o petróleo desce.

— A Autoridade para a Concorrência já explicou que a gasolina está cotada em euros e o petróleo em dólares.

— Mas então devia explicar porque é o preço da gasolina só desce 5% quando o petróleo desce 10%.

— A Autoridade para a Concorrência já explicou que o preço da gasolina inclui uma taxa fixa de impostos que não varia com o preço o petróleo.

— Mesmo assim, a Autoridade para a Concorrência devia explicar porque é que a gasolina não desce mais.

— A Autoridade para a Concorrência já explicou que segue o preço da gasolina nos mercados internacionais e não o preço de petróleo.

— Mas então …

56 comentários leave one →
  1. 17 Setembro, 2008 18:22

    O relatório da Aut da C. é incompleto, incongruente e contraditório. Imperfeito do ponto de vista técnico e desculpabilizante sob o prisma lógico.

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  2. ourição permalink
    17 Setembro, 2008 18:22

    Para já é bom conhecer o rosto dos principais personagens desta comédia. É prática cá do sítio tapar os focinhos dos bandidos nas coberturas televisivas com a desculpa que até prova em contrário todos são inocentes, só que está a chegar o tempo de deixarmos de ser lorpas, nem todos podemos ter bons advogados.

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  3. 17 Setembro, 2008 18:24

    “O relatório da Aut da C. é incompleto, incongruente e contraditório.”

    Li o relatório (com alguma ligeireza, confesso) e pareceu-me razoável. Pelo menos respondia às perguntas que eu gostava de ver repondidas.

    Alguma razão especial para esta tua opinião?

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  4. 17 Setembro, 2008 18:32

    Se cada um dos elementos que compõem a Autoridade para a Concorrência
    acerta em colégio que podem pisar uma larga margem de falácia, de indefinição, de má-explicação
    porque o perfil dos portugueses é psicologicamente maleável, fracturado,
    então estamos conversados. Dificilmente isto mudará,
    caso continuemos a não nos darmos ao respeito.

    PALAVROSSAVRVS REX

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  5. 17 Setembro, 2008 18:33

    Há muitas e já as disse publicamente. Mas o PMF é que é especialista nesta matéria.
    Resumidamente:

    A AdC não encontrou indícios de cartelização.
    Donde, o facto de as principais marcas que actuam em Portugal aumentarem praticamente o mesmo e ao mesmo tempo será o funcionamento normal do mercado.
    Empiricamente suscita-me as maiores dúvidas – mas não tenho dados para refutar aqueles que estão no Relatório que hoje foi conhecido.
    No entanto, existem entidades que estão no terreno e que têm conhecimento concreto da situação e que continuam a negar aquilo que a AdC disse – essa entidades como a ANAREC
    Uma leitura superficial do Relatório permite algumas dúvidas:
    – 70% do mercado está nas mãos de 6 companhias;
    – e nesses 70% a GALP detém 70%;
    – ou seja, a posição dominante da GALP é inegável (resta saber se há ‘abuso’ dessa posição);
    – só que a superioridade da GALP é de tal ordem que me parece estarmos perante uma daquelas situações que a doutrina descreve em que qualquer movimentação gerará fatalmente um ‘abuso’ – por exemplo, se a GALP mexer o preço dos seus produtos, o seu peso relativo é tão gigantesco que lhe é indiferente aquilo que os outros concorrentes façam ou deixem de fazer: todos têm de ir atrás se quiserem continuar em jogo;
    – E é o que tem acontecido;
    – e o primeiro dado (6 detêm 70%) afigura-se como a descrição de um oligopólio. A que acresce a informação de que as regras para se entrar neste mercado ainda o fecham mais. Ainda hoje ouvi o próprio José Horta, o paladino das petrolíferas dizer que ‘o mercado está estagnado’. Pois está. É um oligopólio quase perfeito.

    Agora, vou ver a bola donde espero vir mais bem disposto.

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  6. 17 Setembro, 2008 18:34

    O meu comentário anterior visa responder à pergunta do meu amigo JCD.

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  7. 17 Setembro, 2008 18:48

    A autoridade da concorrência devia explicar por que é que o combustível sobe quando o crude sobe, mas não desce quando o crude desce, sendo a cotação, em ambos os casos, um em dólares e outro em euros.
    O porta voz das petrolíferas que veio há pouco dizer que o preço do crude não pesa muito no preço ao consumidor, podia explicar o mesmo: por que conta na subida e não na descida.
    Um exemplo, para rebater o argumento de que o que conta é a cotação dos produtos refinados: a cotação de referência do GPL é dada pela Saudi ARAMCO que estabecia para os contratos em Julho 905 dólares/ton, métrica para o propano e 950 para o butano, enquanto para Setembro os preços baixaram para 800 e 840, respectivamente. Pois este combustível, com um extraordinário impacto social, tanto para os lares das populações como para os modificados automóveis que emitem muito menos gases com efeito de estufa por quilómetro e quase zero partículas, aliviando a pesada emissão das petrolíferas e a cota não cumprida a que o Governo se comprometeu em Quioto, em vez de descer acompanhando as cotações do produto refinado, pelo contrário tem subido mais que os outros combustíveis! Era bom que alguém explicasse o se passa, nomeadamente a ApC, se é que está com aguma atenção a isto, ou até o governo que não pode ser figura de corpo presente nestas questôes que tanto pesam nas economias domésticas.
    Deixo aqui três boas notícias que podem pesar na baixa dos combustíveis: o petróleo já negoceia perto dos 80 dólares, a OPEP revê em baixa a procura para 2008 e 2009 e o Presidente da ANAREC ameaça apresentar relatório à AdC se os combustíveis não descerem.

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  8. Bruno permalink
    17 Setembro, 2008 19:10

    “– Mas então devia explicar porque é o preço da gasolina desce quando o petróleo sobe.”

    Não quererá dizer:

    – Mas então devia explicar porque é o preço da gasolina sobe quando o petróleo desce.?

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  9. 17 Setembro, 2008 19:11

    Quem anda na verdade a pagar a taxa “Robin dos Bosques”?

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  10. 17 Setembro, 2008 19:11

    “Se nos últimos três meses a cotação do petróleo desceu quase 40%, por que é que o preço de venda da gasolina em Portugal caiu quase dez vezes menos?” A Galp pode achar que a pergunta é impertinência de ignorantes e a Autoridade da Concorrência entender que no pasa nada, mas devem ser os únicos à face da Terra a pensá-lo.

    http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=331592

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  11. 17 Setembro, 2008 19:22

    “Donde, o facto de as principais marcas que actuam em Portugal aumentarem praticamente o mesmo e ao mesmo tempo será o funcionamento normal do mercado.”

    Mas se estamos a falar de uma commodity, em que todas compram ao memso preço e as margens são mínimas como é que os preços podem ser diferentes?

    O que é estranho, em Portugal, é que um litro de gasolina na A1 custe o mesmo preço que na Amadora. Deveria ser muito mais caro. Do mesmo modo, a gasolina perto de Aveiras deveria ser mais barata do que a gasolina em Sagres, para suportar as diferenças do preço do transporte. Não sei se é por questões legais, regulamentares ou de estratégia comercial que tal não acontece.

    Nota que as marcas fazem preços diferentes não publicados para clientes diferentes. Por exemplo, tenho um cartão frota que me dá um desconto de alguns cêntimos por litro.

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  12. doomer permalink
    17 Setembro, 2008 19:25

    J,

    Seguindo o mesmo raciocínio, em 2001 o preço médio do crude nos mercados internacionais rondou os 25$/b e a gasolina em Portugal vendia-se a cerca de 0.91 euros.
    Porque é que em Julho de 2008 com o petróleo a 147$/b, um aumento de quase 600% em 7 anos, não pagava 600% a mais que 95 cêntimos, ou seja, 5.47 Euros/litro?

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  13. observador permalink
    17 Setembro, 2008 19:27

    Os especuladores ‘brincam com isto:
    Um ex:
    – Quando o preço do petróleo sobe – mas o Dólar desceu em relação ao Euro – eles não falam na variação cambial… e sobem o preço da gasolina;
    – No entanto, quando o preço do petróleo desce – mas o Dólar subiu em relação ao Euro – aí eles JÁ FALAM na variação cambial… e NÃO descem o preço da gasolina.

    MANIFESTAÇÃO POPULAR
    O caso do preço da gasolina mostra, muito claramente, o seguinte: os especuladores privados estão a precisar de concorrência pública!!!
    Mais, todos nós sabemos que os governantes (Pinas’s Moura’s e afins) adoram fazer negociatas para amigos…
    Conclusão: é urgente que exista uma Manifestação Popular para exigir que, CONSTITUCIONALMENTE, os governos sejam obrigados a ter em funcionamento empresas 100% públicas (nos sectores considerados vitais para a economia) a fazer concorrência às empresas privadas. Mais, caso um governo não seja capaz de ter essas empresas públicas (a fazer concorrência às privadas – nos sectores considerados vitais) a dar lucro, então um governo deve ser, CONSTITUCIONALMENTE, imediatamente demitido pelo Presidente da República.

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  14. Votoembranco permalink
    17 Setembro, 2008 19:33

    A talhe de foice:

    – Porque é que, numa subida do gasóleo de 100%, entre 2000 e 2008, corresponde uma subida média na UE de 52%, enquanto em Portugal, no mesmo período, corresponde a um aumento de 61%?

    – Porque é que, numa subida da gasolina no período referido, de 31% na média da UE, corresponde a um aumento de 61% em Portugal?

    O que me leva a perguntar para que serve a entidade reguladora dirigida por um tal Sebastião!

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  15. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 19:41

    ««- Porque é que, numa subida do gasóleo de 100%, entre 2000 e 2008, corresponde uma subida média na UE de 52%, enquanto em Portugal, no mesmo período, corresponde a um aumento de 61%?

    – Porque é que, numa subida da gasolina no período referido, de 31% na média da UE, corresponde a um aumento de 61% em Portugal?

    O que me leva a perguntar para que serve a entidade reguladora dirigida por um tal Sebastião!»»

    Isso explica-se pelo aumento dos impostos (ISP e IVA). A autoridade reguladora não pode impedir os governos de aumentar impostos.

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  16. Anónimo permalink
    17 Setembro, 2008 19:51

    Quem poderia dar um explicação era o Fernando Gomes, enviado especial destacado para a Galp.

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  17. Yoda permalink
    17 Setembro, 2008 20:04

    Repost.

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  18. Anónima permalink
    17 Setembro, 2008 20:22

    Se a lógica não é uma batata, haja quem explique como é que o preço de determinado artigo não baixa quando baixa o custo da matéria prima de que é feito.
    Fora disto, tudo é conversa de surdos.

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  19. orabolas permalink
    17 Setembro, 2008 20:24

    Bem, já que o que conta é o preço da gasolina…

    http://www.oilnergy.com/1gasoli.htm

    ah, deve ser do ério/dolário…

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  20. 17 Setembro, 2008 20:36

    Mas quem é que precisa de gasolina , quem?
    Oh para aqui , o carrinho que anda a ar. Já existe , pois.

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  21. Pi-Erre permalink
    17 Setembro, 2008 20:41

    “A Autoridade para a Concorrência regula o comércio de combustíveis”

    Isto é o Joao Miranda a fazer humorismo.

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  22. trololo permalink
    17 Setembro, 2008 20:44

    e não haverá sangue um dia destes?

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  23. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 21:15

    A Gasolina segue mais o preço da gasolina nos mercados internacionais do que do petróleo. Também tenho a certeza que é assim. Mas está mal, alguma coisa está a falhar. E só pode ser o mercado.

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  24. anónimo permalink
    17 Setembro, 2008 21:17

    É só chorões e mimados.

    Ai,ai que eles estão a roubar-nos, nós temos direito divino a petróleo barato para andar com o cuzinho tremido para cima e para baixo.

    Uma cambada de junkies do petróleo sem nenhuma espécie de controlo sobre a própria vida é o que são.

    E andar de bicicleta? Dá muito trabalho, seus gordos acomodados de m*rda?
    Os transportes públicos são maus? A culpa é vossa!

    O pior é que isto é a mesma maltinha que quer energias renováveis e carros a ar. Mas quando a única coisa que pode trazer isso, os preços altos do petróleo, acontece, parecem meninas a chorar!

    Mimados e burros.

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  25. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 21:17

    Se o mercado funcionasse bem o preço da gasolina deveria seguir a variação do preço do petróleo. Só tinha vantagens. Como não é assim que funciona, os reguladores internacionais devem intervir.

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  26. atento permalink
    17 Setembro, 2008 21:44

    Caro João Miranda,

    Penso que deve actualizar esta questão: “– Mas então devia explicar porque é o preço da gasolina só desce 5% quando o petróleo desce 10%.”

    Para se ajustar à realidade actual, a pergunta é: – Mas então devia explicar porque é o preço da gasolina só desce 5% quando o petróleo desce 40%.

    Claro que a ADC e a GALP vão encontrar a resposta adequada, quer se trate de 10%, 40% ou 80%. Há sempre qualquer fundamento para garantir os lucros astronómicos destas sanguessugas

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  27. ourição permalink
    17 Setembro, 2008 21:56

    trololo, oralá, oralá, ou quando menos se espera pode o diabo sair debaixo da mesa, ou dito de outro modo, quando menos se espera pode o diabo sair para a rua. Há conversa a mais.

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  28. 17 Setembro, 2008 21:59

    O J. Miranda pode explicar. Se o preço final dos combustíveis depende quase exclusivamente da cotação dos refinados, será que o produto à saída da refinaria ainda sobe entrando a 90 dólares o barril, quando antes entrava a 140 dólares? O que se passa então? Será que o custo da refinação é inversamente proporcional ao custo do crude que entra na refinaria? Eu sei que as notas de matemática andam pelas ruas da amargura; mas haja uma nesga de decência, carago!

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  29. 17 Setembro, 2008 22:01

    Chego quase que a “entender” o porquê dos assaltos às bombas de gasolina e aos bancos… “ladrão que rouba a ladrão…”.

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  30. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 22:07

    Pedro C,

    O preço de refinados depende da oferta e da procura.

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  31. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 22:23

    “O preço de refinados depende da oferta e da procura.”

    Isto é demasiado óbvio. A não ser que estejamos perante um monopólio. No caso português, deveria-se abrir concurso para mais uma refinaria,pondo a Galp logo de lado. A concorrência entre refinarias ajudaria a baixar o preço dos combustíveis. No caso de não haver interessados, então as refinarias da Galp deveriam ser apenas concessionadas. Desta forma o preço teria que ser obrigatoriamente indexado a um valor internacional previamente estabelecido.

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  32. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 22:26

    ««Isto é demasiado óbvio. A não ser que estejamos perante um monopólio. »»

    Não há nenhum monopólio no mercado internacional de refinados.

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  33. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 22:28

    ««A concorrência entre refinarias ajudaria a baixar o preço dos combustíveis.»»

    Se o preço dos refinados já é igual em toda a Europa, uma nova refinaria não faria diferente. O mercado de refinados é internacional. Uma nova refinaria aqui ou na Holanda vai dar ao mesmo.

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  34. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 22:34

    “Não há nenhum monopólio no mercado internacional de refinados.”

    Pois não. Mas, actualmente, nada impede a Galp de vender a gasolina 5 centimos acima do preço estabelecido no mercado internacional. Esse é que é o ponto.

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  35. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 22:36

    Com uma refinaria em Portugal concorrente da Galp isso já não era bem assim.

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  36. 17 Setembro, 2008 22:36

    «O preço de refinados depende da oferta e da procura.»

    Portanto, em que medida exactamente ficámos melhor servidos por a Galp ter sido privatizada? Tem menores custos de produção agora (crude mais barato) mas vende ao melhor preço do mercado internacional, portanto não vejo para que foi a empresa privatizada sem ser para o interesse dos accionistas.

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  37. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 22:38

    ««Pois não. Mas, actualmente, nada impede a Galp de vender a gasolina 5 centimos acima do preço estabelecido no mercado internacional. Esse é que é o ponto.»»

    Os dados que existem mostram que o peço à saída das refinarias da GALP é igual ao preço dos mercados internacionais. Ver post anterior sobre o assunto.

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  38. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 22:39

    ««Portanto, em que medida exactamente ficámos melhor servidos por a Galp ter sido privatizada? »»

    Temos uma economia mais próxima de uma economia de mercado.

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  39. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 22:42

    “Os dados que existem mostram que o peço à saída das refinarias da GALP é igual ao preço dos mercados internacionais. Ver post anterior sobre o assunto.”

    Okay. Se é assim já não está aqui quem falou.

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  40. Nuspirit permalink
    17 Setembro, 2008 22:43

    “Temos uma economia mais próxima de uma economia de mercado.”

    E isso por si só já e bom?

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  41. 17 Setembro, 2008 22:45

    “Temos uma economia mais próxima de uma economia de mercado.”

    Certo. E isso trouxe-nos preços mais baixos?

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  42. 17 Setembro, 2008 22:55

    No Público:

    Análise de preço de combustíveis para “tranquilizar consumidores”
    Secretário de Estado da Defesa do Consumidor apela à Autoridade da Concorrência

    Reparem na nuance: para “tranquilizar consumidores”. A conclusão é conhecida à partida, apenas é preciso tranquilizar os consumidores.

    :-S

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  43. 17 Setembro, 2008 23:06

    A refinação tem um custo praticamente fixo, já que os factores de produção são pouco variáveis. Entrando o produto a refinar a um custo 40% inferior ao máximo registado o produto refinado deveria, sensivelmente, reflectir essa baixa. Acontece que a Galp também é retalhista e que, como tal, compra a si própria. Tem lucros empolados como refinadora e vai ainda tê-los no retalho. Daí que esteja entre a concorrência numa posição vantajosa. Não se compreende, assim, que seja ela a liderar, constantemehte a subida dos preços, considerando que as suas emissões a obrigariam, eticamente, a ter uma atitude de sensibilidade social. Se não, o que ganhamos nós em ter cá refinarias se podíamos comprar os produtos nos mercados internacionais aos mesmos preços e sem nos sujeitarmos à poluição das refinarias?

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  44. 17 Setembro, 2008 23:13

    é um problema parecido com a corrupção e compadrios etc etc e tal na política.
    A gente refila porque a gente vê ; para disfarçar lá fazem uns inquéritos , umas comissões e umas cenitas assim , e pronto , no pasa nada , é só a nossa fértil imaginação.

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  45. JoaoMiranda permalink*
    17 Setembro, 2008 23:19

    ««A refinação tem um custo praticamente fixo»»

    Mas qual é a empresa que vende produtos ao preço de custo? As empresas existem para maximizar o lucro e por isso vendem a preços de mercado.

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  46. 17 Setembro, 2008 23:31

    As empresas que vendem quase a preço de custo quando a malta não está grandemente abonada ( que é o caso) são aquelas que vendem produtos que podemos dispensar ou comprar mais barato.
    Não pode comparar os vendedores de produtos vendidos à partida , porque imprescindiveis , com vendedores de produtos substítuiveis. A política dessas empresas é igualzinha à dos traficas. A mesma que o estado faz , por exemplo , com o tabaco.

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  47. Miguel Lopes permalink
    18 Setembro, 2008 05:16

    O mercado nem sempre é optimizador. Esta é um dessas situações (oligopólio cartelizado).

    Solução? Preços administrativos!!
    Devolver ao mercado a liquidez que foi acantoada nas margens brutas deste execrável cartel!!

    O resto é treta…

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  48. observador permalink
    18 Setembro, 2008 08:04

    Solução? Preços administrativos!!!
    !!!!!! NÃO !!!!!!

    A solução é combater os governantes (Pinas’s Moura’s e afins) que adoram fazer negociatas para amigos…
    Ou seja: é urgente que exista uma Manifestação Popular para exigir que, CONSTITUCIONALMENTE, os governos sejam obrigados a ter em funcionamento empresas 100% públicas (nos sectores considerados vitais para a economia) a fazer concorrência às empresas privadas. Mais, caso um governo não seja capaz de ter essas empresas públicas (a fazer concorrência às privadas – nos sectores considerados vitais) a dar lucro, então um governo deve ser, CONSTITUCIONALMENTE, imediatamente demitido pelo Presidente da República.
    Resumindo: os especuladores privados estão a precisar de concorrência pública a sério!!!

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  49. xtremis permalink
    18 Setembro, 2008 14:21

    Observador:

    Então a solução é montar outro “monstro” tipo Galp (uma NeoGalp, digamos) ao lado, a sugar mais dinheiro ao nosso orçamento? Com administradores a receber à grande, carros topo de gama trocados de 6 em 6 meses, gabinetes de luxo, acessores e secretárias em números abundantes?

    Como é que isso vai fazer baixar o preço da gasolina, em vez de o fazer aumentar?

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  50. observador permalink
    18 Setembro, 2008 18:09

    Como é que isso vai fazer baixar o preço da gasolina, em vez de o fazer aumentar?

    A ‘NeoGalp’ pode dar LUCRO praticando preços mais baixos!

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  51. Tribunus permalink
    18 Setembro, 2008 18:30

    Porque os reguladores em Portugal, são uma farsa do governo!
    Para confirmar isso, veja-se o resultado da sua acção……

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  52. observador permalink
    18 Setembro, 2008 18:41

    Resumindo:

    Nota 1: O objectivo das Empresas Públicas deve ser a obtenção de LUCRO com uma MINIMIZAÇÃO de preços (e não, a maximização do Lucro).
    Nota 2: A ‘NeoGalp’ , mesmo praticando preços mais baixos, pode , e deve, dar LUCRO! Caso isso não aconteça, os sabotadores ‘à-Pina-Moura’ devem ser, constitucionalmente, demitidos de imediato.
    Nota 3: As Empresas Públicas irão dar um ‘safanão’ aos cartéis que produzem mega-fortunas (como a do senhor Amorim).

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  53. 18 Setembro, 2008 20:59

    Bom! O amigo Amorim passou a ser o mais rico de Portugal só à conta da sua quota da GALP. E os seus amigos e sócios dos Santos também andam a ganhar bem com isso. Penso que é claro como a água.

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  54. 18 Setembro, 2008 21:03

    Nota 1: O objectivo das Empresas Públicas deve ser a obtenção de LUCRO com uma MINIMIZAÇÃO de preços (e não, a maximização do Lucro).

    Qual EMPRESA PÚBLICA?

    No mesmo dia em que o Governo português aprovou uma última fase de privatização da petrolífera portuguesa (7% do capital social)

    Estes abaixo é que são os que mandam e o resto é treta. Acordem.

    Este cenário abre «as portas ao reforço da angolana Sonangol e/ou à entrada da russa Gazprom, que tem reiterado o interesse na Galp, ou a outros eventuais investidores, como os libaneses», perspectiva o diário de economia e negócios.

    Assim, refere ainda o Público, sendo pouco provável que a holding de Américo Amorim, a Sonangol e da Caixa Galícia, vendam os seus 33,3% (em Fevereiro o presidente da Sonangol, Manuel Vicente, fez questão de dizer que agora eram patrões da Galp) o passo mais lógico será a saída da ENI e a compra de pelo menos uma parte da sua posição pela dupla Amorim/Sonangol, conclui o jornal.

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  55. observador permalink
    18 Setembro, 2008 22:45

    Qual EMPRESA PÚBLICA?

    Devem ser criadas Empresas Públicas… para que exista concorrência a sério…

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