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Não é bem assim

26 Agosto, 2009

Ou seja eu percebo que não dê jeito trazer a questão da poligamia à baila quando mediaticamente apenas se pretende falar do casamento monogâmico entre pessoas do mesmo sexo. Mas os polígamos existem. E ao contrário do que diz o Eduardo não são casados. Ou seja só podem casar com uma pessoa. O que deixa de fora vários cônjuges. E todos mas todos os argumentos a favor do casamente entre homossexuais se lhes aplicam sendo que os polígamos vivem numa ilegalidade que não tem comparação com os problemas que se colocam aos casais  homossexuais. Em França estima-se que existam aproximadamente 30 mil famílias polígamas o que dá um número de  crianças a cargo destas famílias superior ao que se presume existir nos  casais homossexuais. Como funciona a segurança social nestes casos? As heranças? O direito a férias? O poder paternal? As adopções? Há muito para discutir nesta matéria. E não se esgota de modo algum na questão politicamente correcta do casamento monogâmico entre pessoas do mesmo sexo.  Quanto à equiparação entre uniões de facto e casamento creio que a prosseguir-se a transformação das primeiras numa espécie de casamento terá então de se salvagardar o direito a não casar. Quiçá fazendo um contrato de não casamento. O Estado não pode andar a brincar às noivas de Santo António.

35 comentários leave one →
  1. lucklucky permalink
    26 Agosto, 2009 11:03

    A Esquerda quer o Estado em tudo. “Tudo no Estado nada fora do Estado” foi outro esquerdista que o disse: Mussolini.

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  2. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 11:04

    O principal problema é que se tende a seguir o modelo americano. Dizem que é muito bom. Mas lá infedilidade é crime em muitos dos estados. Era muito melhor se fossemos de novo europeus e franceses

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  3. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 11:07

    O modelo de Portugal é que é o errado. Só se importa filmes americanos, os jornalistas inspiram-se no WST e NYT, as tv’s passam ~tudo o que espirrar nas estrads dos states, copiam os modelos, pensam que a educação do mit, a saude e etc é que é o melhor, o mito da justiça, os lobys, …. e depois dá tudo errado. Porque nós não somos americanos prafrentex… a maioria é um bando de deprimidos queixinhas e maldicentes que andam sempre a dizer mal do vizinho.

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  4. Zeca permalink
    26 Agosto, 2009 11:07

    O Estado não pode mas o Governo, pelos vistos, tenta. E como está nos últimos dias, já nem tem tempo para pensar nessas complexidades de que fala. O Governo complica, os tribunais estão como sabemos e não saímos disto enquanto não pararmos para pensar. Precisamos urgentemente de gente responsável.

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  5. Grunho permalink
    26 Agosto, 2009 11:21

    O Cavaco é que quer andar a brincar às noivas de Santo António.
    Tudo casado, com padre, banda de música, copo de água e tudo. E com registo obrigatório no cartório mais próximo.
    Ou então NÃO existem. Nem geram situações sociais reais, por vezes complexas, porque a sociedade continha a fingir não reconhecer a sua existência.

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  6. Piscoisa permalink
    26 Agosto, 2009 11:21

    Com a vida de marroquinos enriquecedores e até de guinéus islamizados faz todo o sentido falar-se na poligamia.E depois os indígenas que o queiram ser?Nesta “democracia” ou comem todos ou não come ninguém… ou será que os “casais” casados só servem para financias as aventuras e experiências dos outros?Por exemplo moi em vez de andar a descontar impostos para outras famílias poderia arranjar uma á medida de não sobrar nada…

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  7. Piscoisa permalink
    26 Agosto, 2009 11:24

    Ontem vi passar debaixo da minha janela 2 paneleiros com um bebé num carrinho.Sem lei aplicável não deveriam ser presos?

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  8. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 11:24

    O paradoxo cá em Portugal é qeu são as mesmas pessoas que parabenizam o modelo americano, que é aquele dos ocidentais que mais se mete na vida privada, que criticam depois o modelo europeu que dava liberdade e liberdade. Depois queixam-se quando o europeu começa a ser americanizado pelos Durões Barrosos.

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  9. Ricardo permalink
    26 Agosto, 2009 11:46

    Se o casamento homosexual é uma bandeira da esquerda dita progressita, pode-se dizer que o casamento poligâmico agora é uma bandeira da direita dita liberal?

    A Helena Matos é a favor do alargamento do casamento civil aos casais poligâmicos?

    Quem ler este post fica com a sensação que a Helena quer de facto esse alargamento para os casais poligâmicos e é contra esse mesmmo alargamento para os casais homosexuais. Ou que no mínimo, a haver alargamento acha que ele é mais urgente para os casais poligâmicos.

    Fica-lhe muito bem mostrar toda essa sensibilidade em relação aos poligamos. Não compreendo é a aversão ao casamento homosexual. Fica por explicar.

    Dou-lhe também os parabéns pela observação atenta dessa comunidade. Nunca vi nenhum movimento poligamo a pedir qualquer alteração do casamento civil. Pelos vistos a Helena conseguiu perceber que essa é uma necessidade que eles sentem, apesar de não a pedirem.

    Não compreendo é a insensibilidade em relação aos homosexuais. Esses sim, têm consistentemente demonstrado e explicado as razões pelas quais querem o alargemento.

    Este post é uma bela demonstração de algo que tem nome : cinismo e desonestidade intelectual pura.

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  10. M.M.C. permalink
    26 Agosto, 2009 11:49

    Hoje em dia, depois das “reformas” deste governo, o vinculo de afinididade no 1º grau cessa pela dissolução do casamento por divórcio , pelo que já é possível hoje em Portugal que alguém depois de divorciado da mulher/marido, case com o pai ou a mãe da ex-mulher ou marido (com o casamento homossexual, a Maria poderia até casar com a sua sogra e o Manuel com o seu sogro).
    A situação já é interessante do ponto de vista sucessório: assim, A divorciado de B, casa com a ex-sogra C, mãe de B. Por morte de C, A vai ser herdeiro de C com B, ex-cônjuge, mas com os privilégios do cônjuge sobrevivo!
    É a situação actual…

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  11. helenafmatos permalink
    26 Agosto, 2009 11:51

    «Nunca vi nenhum movimento poligamo a pedir qualquer alteração do casamento civil.» – É uma pura questão mediática. Quantos homossexuais reivindicam o casamento?

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  12. 26 Agosto, 2009 11:55

    Num casamento polígamo todos os cônjuges têm iguais direitos e deveres?

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  13. 26 Agosto, 2009 12:07

    Eduardo Pitta tem razão.
    Ele já se casou com uma data deles, é um poligamo masculino.

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  14. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 12:13

    #13 – “Ele já se casou com uma data deles, é um poligamo masculino.”
    tás consorte, há deles que ficam pendurados no altar.

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  15. zaz permalink
    26 Agosto, 2009 13:12

    “um contrato de não casamento”

    ehehe

    Onde a loucura já vai.

    Porque não a velha amantização de sempre?

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  16. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 13:41

    E as famílias polígamas homossexuais?
    Isso é que vai ser uma carga de trabalhos para legislar.

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  17. omofendido permalink
    26 Agosto, 2009 13:45

    Ramiro Marques, no Profavaliação:
    “Somos genética e culturalmente orientados para as mulheres. Ainda bem. E dou graças a Deus por ter um filho que também gosta muito das mulheres. As mulheres são lindas, boas e fazem muita falta aos filhos, aos maridos, aos amigos, a toda a gente. Ainda bem que a maioria das mulheres ainda querem ser mulheres. Eu gosto de mulheres mulheres, daquelas que não parecem homens e que não gostam de imitar as “virtudes” dos homens. das que se sentem bem na pele de mulheres.”

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  18. 26 Agosto, 2009 14:16

    Esse Eduardo, só com um pano encharcado…
    Chiça, que já chateia!

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  19. pablo picaço permalink
    26 Agosto, 2009 14:27

    9# “Este post é uma bela demonstração de algo que tem nome : cinismo e desonestidade intelectual pura.”
    Ainda não tinha reparado que a HM pratica o cinismo com mestria, é o seu “fond de commerce”.

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  20. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 14:39

    faz mais sentido regular “agrupamentos” biológicamente fèrteis , dado daí sairem outros seres humanos cujos interesses há que salvaguardar ( os antigos bastardos) , que casais ou agrupamentos de onde não há perigo de sair nada que eles não possam salvaguardar sózinhos. penso eu.

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  21. LSequeira permalink
    26 Agosto, 2009 15:26

    Estou a ficar preocupada com esta conversa de regular as uniões de facto. Depois das chatices que tive com o divórcio a ultima coisa que quero é uma “união de facto regulada”. Quero em absoluto que o os meus haveres presentes e futuros sejam herdados somente pelos meus filhos.
    Embora ridículo acho que vou precisar mesmo de um “contrato de não casamento”!

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  22. Joaquim Amado Lopes permalink
    26 Agosto, 2009 18:03

    9. Ricardo:
    “Nunca vi nenhum movimento poligamo a pedir qualquer alteração do casamento civil.”
    Há uma boa razão para que os polígamos sejam menos “vocais” nesta matéria que os homossexuais: uma família “plural” que atraía a atenção das autoridades para a sua situação pode perder a guarda das suas crianças. Um casal homossexual não.

    O Ricardo arriscaria?

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  23. K2ou3 permalink
    26 Agosto, 2009 19:10

    Cara Helena Matos,
    Fez rebentar uma bolha.

    “Quanto à equiparação entre uniões de facto e casamento creio que a prosseguir-se a transformação das primeiras numa espécie de casamento terá então de se salvagardar o direito a não casar. Quiçá fazendo um contrato de não casamento. O Estado não pode andar a brincar às noivas de Santo António.”

    E tudo com os mesmos Direitos.
    É que se deixa de haver rumo, regulação, definição da própria sociedade, ou do que dela se espera,

    Deixa de ser necessária Lei.
    Roubar é crime, quem não rouba passa a ter os mesmos Direitos, Liberdades e Garantias.
    Tem o Direito de ser julgado e preso, se assim o entender.
    A Lei existe para “ORIENTAR” uma Sociedade.
    Estabelecer determinadas “REGRAS”.
    Regras essas que são o que é esperado que VENHA a ser a Sociedade.

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  24. José Barros permalink
    26 Agosto, 2009 19:43

    Não creio que as recentes alterações legislativas em matéria de união de facto tenham alguma coisa a ver com a agenda LGBT. Os benefícios e os prejuízos – de que ninguém fala – que para os homossexuais podem decorrer da lei são um efeito indirecto das referida alterações, como o são para os unidos de facto heterossexuais.

    E quanto à poligamia, concordo (é estranho dizer isto) com o Luís Rainha, segundo o qual «quem opta por ter mais de uma cônjuge de cada vez está a exercer uma escolha (nem aos mórmones alguma vez foi imposto o casamento plural); não a obedecer a ditames inescapáveis da sua identidade. Tendo isto em vista, coarctar as opções legais de homossexuais e polígamos não é de todo equivalente.»

    Dito isto, o que está em causa no diploma em causa e no veto presidencial é a demonstração cabal de que o Estado socialista se quer meter em tudo, até na simples liberdade de as pessoas rejeitarem o casamento.

    O que é grave de um ponto de vista liberal é que se utilize uma lei que regula a união de facto para equipará-la progressiva e cada vez mais indistintamente ao casamento, impondo este último a quem não o quer, designadamente através do estabelecimento do regime de solidariedade relativamente às dívidas contraídas para a vida comum dos unidos de facto, da presunção de comunhão de bens adquiridos na pendência da união de facto, da instituição de um regime de prestação de alimentos em tudo idêntico ao do casamento e do estabelecimento de um direito de preferência (mais um) do unido de facto em matéria de arrendamento, etc., etc…

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  25. zaz permalink
    26 Agosto, 2009 20:34

    Uma chatice- só responsabilidades para quem tem amási@s.

    El@s devem estar revoltadas com tanto benefício discriminatório.

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  26. 26 Agosto, 2009 21:08

    Vai ser a versão da revolta d@s amási@s de Bragança, contra a discriminação anti-liberal que as faz parecer mães de família.

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  27. za-zie permalink
    26 Agosto, 2009 21:09

    Vai ser a versão da revolta d@s amási@s de Bragança, contra a discriminação anti-liberal que as faz parecer mães de família.

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  28. za-zie permalink
    26 Agosto, 2009 21:11

    Abaixo o totalitarismo matrimonial!
    Put@s, sim; caras-metade, não!

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  29. Anónimo permalink
    26 Agosto, 2009 21:24

    sai dose de braganza embrulhada em zig-zag.

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  30. 27 Agosto, 2009 12:03

    Poligamia, decerto, mas também poliandria e casamento múltiplo, não?

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  31. O puto novo no bairro permalink
    27 Agosto, 2009 15:05

    Parece que de repente todos se querem casar, com direito a reforma, precoce quanto possível.

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  32. PMS permalink
    28 Agosto, 2009 00:40

    “E com registo obrigatório no cartório mais próximo.
    Ou então NÃO existem. Nem geram situações sociais reais, por vezes complexas, porque a sociedade continha a fingir não reconhecer a sua existência.”

    Se os próprios não querem reconhecimento legal, porque motivo deve ele ser imposto.
    Quanto ao reconhecimento social, já existe há muito tempo. E em todo caso, não pode ser legalmente imposto. Não só porque é totalitarista, mas também porque é totalmente ineficaz.

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