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O Mito dos Sindicatos (reposição)

1 Maio, 2010

A melhoria das condições dos trabalhadores ao longo do século XX não se deveu à acção dos sindicatos. Essa tese baseia-se numa interpretação superfícial da história económica dos últimos 150 anos. Apesar dos sindicatos terem passado este período a fazer reivindicações que depois se concretizaram, a verdade é que elas não se concretizaram porque os sindicatos reivindicaram mas porque a melhoria das condições dos trabalhadores é a consequência natural do sistema capitalista.

O PIB per capita nos países mais ricos do século XIX era da ordem dos 1000 dólares (preços actuais). O PIB per capita da Suécia anda neste momento à volta dos 30 000 dólares. A economia sueca produz actualmente 30 vezes mais riqueza e os Suecos podem consumir 30 vezes mais riqueza do que no século XIX. Esta diferença é suficiente para explicar porque é que os suecos vivem melhor hoje do que há 150 anos. Vivem melhor porque produzem muito mais.

A razão pela qual os suecos hoje produzem 30 vezes mais riqueza do que produziam há 150 anos não tem nada a ver com sindicatos. Tem a ver com poupança. Os suecos, ricos e pobres, sempre pouparam parte do seu rendimento. E usaram a poupança para reinvestir em melhores instituições, mais educação, melhores fábricas, melhores vias de comunicação. Foi a poupança, e não os sindicatos, que permitiu melhorar a capacidade produtiva da Suécia.

E também não foram os sindicatos que contribuíram para o aumento dos salários. Numa economia de mercado, os salários são determinados pela oferta e pela procura. O preço de equilíbrio entre a oferta e a procura não aumentou por causa da acção dos sindicatos mas sim por causa do aumento da produtividade dos trabalhadores e do aumento da procura de trabalhadores qualificados à medida que cada vez mais empresários passaram a ter acesso a métodos de produção cada vez mais sofisticados.. A produtividade dos trabalhadores melhorou por causa de melhorias na educação e do aumento do capital disponível

Os sindicatos até poderiam ter tido um papel positivo para a melhoria da qualidade de vida se tivessem funcionado apenas como meras associações de interesses. Os sindicatos enquanto meras associações de interesses poderiam ter contribuído para reduzir a assimetria de informação entre trabalhadores e empregadores melhorando o funcionamento dos mercados.

No entanto, na maior parte dos países ocidentais, eles funcionaram como força política com capacidade para bloquear a economia. Graças à acção dos sindicatos, muitos países europeus passaram por períodos em que os salários foram colocados pela acção dos sindicatos acima do seu valor de mercado, o que levou a situações de ruptura económica, desemprego e formação de uma nomenklatura operária, isto é, de grupos de trabalhadores com mais poder e rendimento que outros. Os mineiros na Inglaterra e os funcionários públicos em Portugal são exemplos dessas nomenklaturas.

As lutas sindicais do século XX foram em grande parte uma farsa impulsionada pelo crescimento económico. O sucesso e a popularidade dos sindicatos deveu-se à sua capacidade para assumir como vitórias suas aquilo que decorreria naturalmente do crescimento económico. A farsa foi alimentada tanto por sindicalistas como por políticos. Os sindicalistas porque, tendo sido os maiores beneficiários do movimento sindical, nunca tiveram incentivos para reconhecer a farsa. Os políticos porque, tendo reconhecido a farsa, se limitaram a inventar mecanismos para a contornar.

A popularidade do keynesianismo após a segunda guerra mundial deve-se em parte à necessidade de minimizar os efeitos desta farsa. Os políticos adoptaram uma teoria económica que lhes permitiu tirar aos trabalhadores aquilo que eles conseguiam na mesa das negociações e nos protestos de rua. Uma vez que o keynesianismo preconizava que a inflação funciona como um estímulo ao crescimento económico, o keynesianismo era a teoria ideal para a época. Não porque a inflação funcione enquanto estímulo ao crescimento mas porque funciona muito bem enquanto mecanismo corrector dos excessos dos sindicatos. A inflação foi usada durante anos pelos governos para anular os efeitos dos aumentos salariais acima dos aumentos de produtividade e foi graças a ela que muitos sistemas económicos não entraram em ruptura.

57 comentários leave one →
  1. balde de cal permalink
    1 Maio, 2010 10:53

    os dirigentes sindicais zelam pelos seus interesses

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  2. anti-comuna permalink
    1 Maio, 2010 11:05

    Relembrar um texto, editado pelo Pedro Arroja, que eu escrevi e é mais actual que nunca:

    “anti-comuna sobre a crise financeira

    A realidade é esta. A maioria dos que defendem a ordem espontânea não compreendem mesmo como funciona mesmo o mercado nem tão pouco fazem ideia do que ele é mesmo capaz. Depois, para cúmulo da desgraça, acreditam sinceramente na boa “moral” e capacidade de decisão de todos os agentes do mercado. O que lhes faz acreditar que o mercado tudo resolve sem custos nem dor. Esquecendo-se eles que as massas em ebulição, sobretudo lidando com a ganância, a ambição e a cobiça geram manias e pânicos consequentes. As massas humanas não tomam decisões racionais quando envolvidas em processos de decisão que envolvam determinado tipo de escolhas.

    Não pretendo dizer que os que estão de fora do sistema sejam incompetentes a analisar os processos envolvidos no mercado só porque estão de fora. Pelo contrário, por vezes até conseguem compreender melhor determinados processos e até evoluções se estiverem ausentes do processo. Mas que me custa ver determinadas profissões de fé nos mecanismos de mercado como se fosse uma fé… Custa. É uma espécie de religião mas diferente. E então quando invocam papas e tudo, é que me deixa desconcertado.

    O que me parece é que existem muitas assumpções para determinadas profissões de fé no mercado de livre e espontânea vontade que são erradas, na minha opinião. A começar pela tentativa de compreensão do fenómeno do crescimento inerente ao incremento da produtividade, fruto das inovações, novas técnicas, etc. É que qualquer crescimento da produtividade e/ou do produto económico gera em si bolhas. Estas bolhas devem e podem estoirar, já que incorporam no seu estoiro a correcção dos, digamos, desequilibrios gerados durante a fase do optimismo.

    Mas mesmo aqueles que acreditam que são saudaveis estas implosões das bolhas centram-se demasiado no ciclo económico dos negócios quando temos mais que esse ciclo, importante sem dúvida, mas até nem o mais importante. É que os demais ciclos podem trazer consequências gravosas de destruição de capital e quedas na produtividade se mal compreendidos e até geridas.

    Outro dos postulados errados, herdados do pensamento keynesiano, é a crença num equilibrio geral permanente. Na verdade num mercado aberto e livre nunca existe um equilibrio permanente. Ele está sempre em evolução e move-se mais de acordo com o que o Kaldor defendia e bem. E estas mudanças podem ser violentas já que o processo de crescimento, mesmo que natural, tem carácter geométrico e que interrompido também gera um crescimento negativo também geométrico, provocando convulsões no mercado abruptas e sob ambientes dominados pelo caos.

    É evidente que se vivermos sob uma permanente criação de dinheiro do nada, as amplitudes do crescimento da massa monetária estão artificialmente a exponenciar a procura agregada, que temporariamente eleva a sensação de bem-estar. Mas os seus custos, tarde ou cedo, gerarão as sementes do seu colapso. E quanto maior o crescimento artificial induzido pela criação do dinheiro do nada maior o colapso futuro, algures no tempo. Porque é impossível sustentar um crescimento da dívida com os actuais crescimentos da produtividade e, tarde ou cedo, terá que ser gerada dívida para pagar dívida e nessa altura o colapso está próximo ou já em funcionamento.

    Mas por outro lado, é errado pensar que os agentes económicos são sempre excelentes a tomar decisões. Tanto não o são que geram demasiadas vezes bolhas. E geram tantas bolhas e perigosas quanto maior for o grau de liberdade na esfera de acção de alguns agentes. Os capitalistas não estão no mercado para gerar bem-estar. Estão para acumular capital e o concentrar. E quanto mais eficientes forem a rentabilizar o seu capital mais depressa criarão monopólios e oligopólios, prejudiciais ao chamado bem-estar comum. Logo, a sociedade deve ter regras bem definidas no sentido de limitar concentrações de capital, dominios de mercado, estabelecer regras tanto quanto possível justas e iguais para todos e fazer funcionar o mercado eficazmente, e melhor.

    Os mercados devem ser livres. Abertos e concorrenciais. Mas os seus agentes devem ser vigiados. E até limitados. Porquê? Porque, durante processos de crescimento, eles assumem riscos demasiados. É verdade que faz parte dos capitalistas assumirem riscos. E serem recompensados pelo bom êxito da gestão desse risco. Só que quando assumem demasiados riscos eles põem terceiros também em risco, que estes não o desejam. E se terceiros são afectados pelo risco gerado por alguns capitalistas, seja risco sistémico ou até sectorial, cabe à sociedade criar mecanismos para que o riscos dos agentes económicos não se tornem demasiado grandes que afectem terceiros ou o sistema como um todo.

    Mas infelizmente poucos entendem esta premissa importante. Compartimentar risco de molde a que uma das partes do sistema ao colapsar não crie ondas de propagação de risco sistémico a terceiros involuntárias. Mas explicar isto aos que estão de fora dos mercados? É díficil. Porque não entendem do que estamos a falar e até costumam ser arrogantes, como se conhecessem muito bem o mercado. Os que se negavam a aceitar que o risco existente dentro dos balanços da banca era até ignorado pelos gestores bancários, são agora os que batem palmas a intervenções do governo, para salvarem a pele dos banqueiros.Mais. Esta crise que vivemos é elucidativa. Mostra que os agentes económicos, quando assumem determinados riscos, nem eles próprios têm consciência do risco real que assumem. O que mostra que as decisões dos agentes do mercado não são tão racionais e excelentes como muito ignorante prega aos quatro ventos, como fossem leis escritas em tábuas. É o que faz ler bíblias e postulados de determinados “papas” mas sem um pensamento crítico sobre aquilo que lêem. São os copistas. Debitam as cartilhas que decoraram do que lêem. E depois até desejam, de um modo corporativo, tipo agremiação medieval, definir quem é liberal e quem o não é.

    Voltando ao início. Falta a muitos defensores dos mercados livres a capacidade para entenderem mesmo como funcionam os mercados. Não o sabem e pensam que só porque decoraram alguns livros e analisaram alguns gráficos simples lá publicados, do tal equilibrio entre oferta e procura, que gera o famoso preço, e voilá: Temos doutores especializados em mercados livres. Sejam financeiros ou não. Que se há-de fazer?”

    In http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2008/09/anti-comuna-sobre-crise-financeira.html

    anti-comuna

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  3. Anónimo permalink
    1 Maio, 2010 11:09

    os sindicatos não fizeram tudo, fizeram parte e grande parte do que fizeram foi mau, mas a negação dos sindicatos é um disparate completo, tal como o exemplo capitalista da suécia. o aparente sucesso da suécia e dos nórdicos está longe da produtividade que exalta, bem como do resto das tretas que sustentam a tese. capitalismo à séria e ganhos de produtividade é com os states. a suécia e os nórdicos foram-se safando com inteligência enquanto estiveram encravados entre a américa e os russos, agora a coisa pia mais fino.

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  4. 1 Maio, 2010 11:22

    É como cá em Portugal !!! (Não me façam rir)

    Afinal,sempre há alguma razão para os políticos citarem os países nórdicos como exemplo…

    Parlamento sueco dá exemplo de transparência

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  5. 1 Maio, 2010 11:24

    Ela Não Queria, Obrigaram-na A Receber…

    http://vodpod.com/watch/3521578-ela-no-queria-obrigaram-na-a-receber-

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  6. Anónimo permalink
    1 Maio, 2010 11:26

    oh miranda! se querias um bom exemplo de sistema capitalista, sem sindicatos, com produtividade & crescimento elevados, deverias ter citado a china.

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  7. 1 Maio, 2010 11:27

    Há Que Safar Os Amigos Da Crise, Certo?

    “Parque Escolar entrega projectos a colegas de administradora
    A empresa Parque Escolar adjudicou, sem concurso, projectos de arquitectura para a remodelação de 13 escolas secundárias a sete colaboradores de um dos membros do seu conselho de administração. O alerta consta da documentação entregue recentemente na Assembleia da República por um grupo de arquitectos que, este ano, lançou uma petição contra a prática de contratação seguida por aquela empresa pública.”

    O novo milénio está a ser ainda mais demolidor para Portugal do que se esperava. A erosão completa da transparência e dos valores que devem nortear a gestão da coisa pública apenas agrava o que já seria uma gravíssima crise económica, transformando-a numa evidente crise de regime. E não é de crescimento…

    O assalto ao poder e aos negócios do estado pelos boys and girls tem sido avassalador e certas oposições gritam, gritam, mas recebem umas prendas de quando emvez para se calarem.

    E há prendas para todas as cores, com nomeações e negócios feitos a dedo para neutralizar certos focos mais aguerridos de contestação.

    E, no seu remanso protegido, passa a viver-se numa aparência balofa de um confronto democrático, irremdiavelmente esvaziado de conteúdo e significado.

    E isto é mesmo uma manifestação do recorrente discurso fatalista e decadentista de Portugal, porque é assim que vamos vivendo, salvo fugazes momentos de acalmia ou euforia passageiras.

    O negócio em torno da Parque Escolar é sintomático do nosso modelo de desenvolvimento baseado em obras públicas: criação de franjas de trabalho pouco qualificado e mal remunerado e recolha da nata do negócio por uma elite de amigos.
    Daí a facilidade em Sócrates e Jardim se entenderem
    http://www.educar.wordpress.com/2010/05/01/ha-que-safar-os-amigos-da-crise-certo/

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  8. 1 Maio, 2010 11:30

    Há Que Preservar As Instituições Nacionais, Ora Essa!

    Isto é tão português quanto a Amália e o cuspir para o chão, pois a sardinha assada e o bacalhau com todos vêm de fora, só tendo incorporação de mão de obra nacional:

    Cunhas ‘encaixam’ 45% dos jovens no mercado
    http://www.educar.wordpress.com/2010/05/01/ha-que-preservar-as-instituicoes-nacionais-ora-essa/

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  9. 1 Maio, 2010 11:34

    Suponho que o João Miranda também acha o mesmo de associações patronais, empresariais, comerciais e até mesmo quanto aos partidos políticos pois se no texto substituirmos “sindicatos” por qualquer uma das associações por mim referidas continuaremos a ter um texto coerente. Coerente não quer dizer verdadeiro ou correcto, note-se.
    Assim sendo gostaria que o João Miranda fizesse a amabilidade de dizer se assim pensa relativamente às associações que referi.

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  10. 1 Maio, 2010 11:47

    O Horror de ser Pobre…daí o governo pedir mais esforços ao mesmos sempre..Tem horror aos pobres….


    A cartilha socialista , neoliberal e outras que por aqui e por ali abundam.o objectivo é sempre o mesmo desde o principio dos tempos…

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  11. anti-comuna permalink
    1 Maio, 2010 11:48

    Caro JM, não me quer explicar porquê que, mesmo com aumentos de produtividade nos últimos 30 anos, nos USA, o nível de vida dos trabalhadores caiu?

    Se eu levar apenas em conta a tal da lei da oferta e procura, diria que a dita globalização, que foi uma forma dos dirigentes americanos captarem uma maior fatia do crescimento da produtividade e rendimentos. Dito de outra forma, Vc. dá razão aos que combatem a globalização, porque é uma forma de enriquecer as lideranças à custa dos trabalhadores.

    As estatísticas nos USA mostram que a taxa de desemprego entre os trabalhadores não qualificados, é cerca de seis vezes superior aos qualificados. E os seus rendimentos cada vez mais baixos, quando existentes.

    No fundo, o que Vc. me está a dizer e aos demais, é da imperiosa necessidade de sindicatos fortes. Sob pena de uma crescente desigualdade social, entre trabalhadores e entre estes e os dirigentes.

    anti-comuna

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  12. piscoiso permalink
    1 Maio, 2010 11:49

    A liberdade de associação, na defesa destes ou daqueles interesses, faz parte da democracia.
    Se acha que se pode produzir mais riqueza, sem sindicatos ou clubes de futebol, toda a gente acabava com isso para ser rico.

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  13. Adalberto Gomes permalink
    1 Maio, 2010 11:49

    O 1ºde Maio em versão soft – a ouvir

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  14. 1 Maio, 2010 11:50

    Um presente para o anti comuna…o paradoxo americano…

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  15. 1 Maio, 2010 11:56

    A globalização apenas enfraqueceu os mais pobres e que foram sufocados por a Índia e a China que produzem em larga escala e barato sem estado social…no fundo o anti comuna é mais comuna do que o nick diz…sendo que os opostos se tocam chego …fui..cheira por aqui a nacional socialismo e stalinismo…

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  16. Anónimo permalink
    1 Maio, 2010 11:56

    acho que o miranda só pretende comemorar o primeiro de maio à sua maneira

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  17. 1 Maio, 2010 11:57

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  18. 1 Maio, 2010 12:00

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  19. 1 Maio, 2010 12:27

    Comoéqueé? O capitalismo contribui naturalmente para melhorar a vida dos trabalhadores. e os sindicatos não tem nada a ver com isso? Realmente isso é fácil de ver… os trabalhadores vão ter uma vida fácil nos próximos anos à pala dos capialistas e especuladores…

    http://www.mindjacking.wordpress.com

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  20. 1 Maio, 2010 12:32

    Lisboa foi o distrito onde mais aumentou o número de pessoas e famílias a receber o Rendimento Social de Inserção (RSI) no último ano. O aumento assinalado é de 37%, num Portugal que já contabiliza dois milhões de pessoas com o RSI.
    No final de Junho do ano passado, havia 194.204 pessoas e 68.855 agregados familiares a beneficiarem do RSI no distrito de Lisboa. Um ano depois, o número de beneficiários aumentou, em ambos os casos, mais de 37%. Ou seja, em Junho deste ano recebiam o RSI
    266.580 pessoas e 94.981 famílias, isto é, mais 72.376 pessoas e 22.387 agregados do que em igual período de 2007.»
    in Jornal de Notícias

    Esta notícia, por mais chocante que possa ser, não nos deve surpreender mas sim ser utilizada para mostrar a realidade do mundo em que vivemos e do futuro que os Senhores do mundo nos destinaram. Está mais que assumido por essa gente que este mundo vai caminhar para a era dos 4/5, ou seja que só uma em cada cinco pessoas terá emprego no futuro. Não estou a brincar, o nível de desemprego subirá até aos 80%. Isso implica obrigatoriamente
    que se saiba que fazer com toda essa multidão de desempregados e pobres. A solução mais moderada passa pelo “tittytainment”, expressão inventada pelo velho Zbigniew Brzezinski e que é uma combinação de “tetas” e “entretenimento”. A ideia é que uma correcta mistura de divertimento estupidificante e de alimentação suficiente permitirá manter controlada a população. Se virmos bem, divertimento estupidificante é o que já não falta por aí e este RSI é um bom começo para garantir alimentação suficiente. Outra arma que esperam usar é o voluntariado, com o qual nos esperam dar a ilusão de que existe um sentido nas nossas
    vidas e garantir que nos integramos na sociedade. Aí, quem anda muito activo é o Sr. Silva que não se cansa de fazer discursos a promovê-lo e a elogiar as suas virtudes.
    Para verem a gravidade da situação e de como esta ideia se está a enraizar na nossa sociedade, no seu “Despacho do Director-Geral do Palheiro:” do blog “ O Jumento” sobre esta notícia, escreveu «Substitua-se o rendimento mínimo por remuneração de trabalho comunitário para os que podem trabalhar.» Isto, meus amigos é exactamente o que preconizam esses senhores do mundo, que trabalhemos por uma côdea de pão.
    Já agora e como eu disse que esta é a solução moderada, aqui fica a mais drástica, aquela que já foi discutida no famoso Clube de Bilderberg e que passa pela aniquilação desses incomodativos e dispendiosos 80% da humanidade.

    PS: Aproveito para recomendar a leitura do Livro, “A Armadilha da Globalização, O assalto à democracia e ao bem-estar social” de Hans-Peter Martin e Harald Schumann, publicado pela “Terramar” em 1996. No horror da sua leitura verão reproduzido o mundo actual e o negro futuro que perspectiva. (kaos)

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  21. Sal&Pimenta permalink
    1 Maio, 2010 12:33

    .
    Porque é que o movimento sindical só defende em força o Funcionalismo Publico e tudo o que se transforme em mais Lucro para os bolsos das Nomenklaturas do Appartnik publico e privado que vive à custa de mais impostos pagos pelos outros ?
    .
    Ou mais ‘Conventos de Mafra’, TGV’s-Aeroportos etc que não produzem qualquer riqueza sustentada directa que substitua importações ou aumente exportações, para enterrar ainda mais os Cidadãos, Familias e Empresas ?
    .
    Só pergunto.
    .

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  22. lucklucky permalink
    1 Maio, 2010 12:40

    “Esta notícia, por mais chocante que possa ser, não nos deve surpreender mas sim ser utilizada para mostrar a realidade do mundo em que vivemos e do futuro que os Senhores do mundo nos destinaram. Está mais que assumido por essa gente que este mundo vai caminhar para a era dos 4/5, ou seja que só uma em cada cinco pessoas terá emprego no futuro. Não estou a brincar, o nível de desemprego subirá até aos 80%. Isso implica obrigatoriamente”

    Excelente Notícias!!! Semanas de trabalho de 3 e 4 dias devido ao extraordinário engenho e inventividade da Economia Capitalista.

    Espera…os sindicatos não deixam……é preferível ter 1/5 a trabalhar para pagar subsídio de desemprego a 4/5…os Governos boicotam qualquer mudança no trabalho e preferem gastar o dinheiro que a economia capitalista poupou, gastando-o em coisas inúteis como obras inutéis, educação inútil e empregos inuteís.

    A melhor maneira para os Sindicatos defenderem os trabalhadores é tranformarem-se em Incubador de Empresas.

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  23. Adel permalink
    1 Maio, 2010 12:50

    “Excelente Notícias!!! Semanas de trabalho de 3 e 4 dias devido ao extraordinário engenho e inventividade da Economia Capitalista.Espera…os sindicatos não deixam”

    Mas onde é que está escrito que vamos ter semanas de trabalho de 3 e 4 dias ? Em nenhum lado.

    Onde está escrito que os sindicatos NÃO querem isso ? E que são os “agentes capitalistas” que querem ?

    Não está. O lucku é um defensor do sistema Capitalista, e por estas frases se vê a seriedade do que eles querem.
    A culpa é dos sindicatos, pois pois.

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  24. Nightwish permalink
    1 Maio, 2010 13:02

    Isto de associar o mercado livre ao emprego é de uma idiotice que só pode ser propositadamente com alguma agenda…

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  25. 1 Maio, 2010 13:30

    «a melhoria das condições dos trabalhadores é a consequência natural do sistema capitalista»
    Pois é,
    se houver sindicatos.
    A bem do Regime.

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  26. lucklucky permalink
    1 Maio, 2010 13:31

    “Mas onde é que está escrito que vamos ter semanas de trabalho de 3 e 4 dias ? Em nenhum lado.”

    Não está escrito porque não querem que aconteça como se vê por crescentes impostos em todo o mundo ocidental, porque não há eficiência nem produtividade na educação, saúde e transportes. Hoje vai-se de avião a Paris trabalhando 2 semanas, há duas décadas seriam talvez preciso 2 meses de trabalho. A Ryanair transporta 6000 passageiros por trabalhador, a TAP umas centenas. Ora para se aproveitar os benefícios da produtividade não é gastar recursos a produzir coisas inúteis ou ineficientes para criar emprego inútil, é trabalhar menos ganhando menos proporcionalmente.

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  27. Anónimo permalink
    1 Maio, 2010 13:53

    #a)b)c)d) não andam longe da verdade,
    .
    A UE tem em cima da mesa, um mecanismo automático, a percentagem de ultrapassagem da ‘vaca sagrada’ deficit 3% aumenta automaticamente o IVA desse País na percentagem correspondente. Por isso é que o Premiére diz que não aumento impostos. Vão ser os outros …… Agora projecte isto em Desemprego (está na projecção a tender para 20% etc etc)
    .
    Aprecio a Alemanha mas parece não estar a considerar que quando o Muro de Berlim o deficit atingiu valores muito maiores que os 3%. E não eram incompetentes nem malandros ? Não levam em consideração a sua propria experiencia de Republica Federal, não aplicam por exemplo à Baviera ou outro qualquer, os critérios q

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  28. Amonino permalink
    1 Maio, 2010 14:03

    (cont)

    ue discursam para os outros membros da UE.
    .
    Não desejo a implosão da Europa. Mas moeda comum com estes conceitos de mercado ‘interno’externo’, nem trigo nem joio, não obrigado.
    .
    E sendo defensor duma União Europeia como União de facto com uma moeda comum e tudo o que dela deriva (e essa do deficit externo dalguns não deriva de nada, a não ser treta),
    .
    não linho com os ‘catrastofismos’ de que se saissemos(ou sairmos) do Euro é o Caos. É MENTIRA ABSOLUTA. Pelo contrário, com realinhamentos e reestruturações de como pôr Portugal nu mundo a sacar riqueza) a vida dos Cidadãos, Familias e Empresas NADA PERDIA, e sem pretensões de assustar alguém, ATÉ MELHORARIA e rapidamente.
    .
    Mas estamos num barco, por convicção e humanismo, devemos cumprir a nossa parte até ao ponto em que a verdade nos diga que não é com ‘convicção e humanismo’ que se paga o luz, o supermercado, a escola, o médico, os ordenados dos empregados etc etc. É com RIQUEZA e DINHEIRO. E há em Portugal quem saiba como onde e como ir buscar RIQUEZA e DINHEIRO. Há, como sempre houve, novos ‘marqueses de pombal’.
    .
    Estão aí. Fora dos holofotes do palco, com a lanterna a mostrar o caminho.
    .

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  29. Amonino permalink
    1 Maio, 2010 14:08

    .
    a mostrar o caminho contra os ‘catrastofistas de café’ e os ‘profetas provincianos do caos’.
    .
    E se chegar o momento, actuam com o mesmo total desinteresse de bolso pessoal como o fazem hoje.
    .
    É assim.

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  30. Amonino permalink
    1 Maio, 2010 14:15

    .
    e há um problema, quando à revelia dos referendos nacionais, as Governanças trairam os Cidadãos abortando cá para fóra o Tratado de Lisboa, falharam no ‘melting pot’, a fabricação do consenso inter cidadãos europeus, que neste momento contesta e põr em risco, uns contra os outros, a União Europeia. É só esperar. Se embasbacados a derrocada e a hecatombe é completa. E a ‘elite’ continua embasbacado a olhar para o umbigo. Não há bail-out à Grecia que os salve.
    .
    Quem tudo quere tudo perde. A ignorância e o obscurantismo venceram para perderem a batalha.
    .

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  31. 1 Maio, 2010 14:16

    POIS QUANDO OS AVIÕES DA RYAN AIR COMEÇAREM A CAIR PORQUE A MANUTENÇÃO É FEITA POR MALAIOS DEFICIENTEMENTE FORMADOS NÃO IMPORTA POIS NÃO? SÃO OS CHAMADOS DANOS COLATERAIS…

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  32. Amonino permalink
    1 Maio, 2010 14:22

    .
    Mas não tenho qualquer duvida, que a União Europeia é um sonho que não devemos pôr já de parte. Seria ‘UM PASSO GIGANTSECO DO HOMEM NA HUMANIDADE’ , parafraseando mais ou menos as palavras do 1º homem que pisou a Lua.
    .

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  33. 1 Maio, 2010 14:29

    João Miranda, não seja bovino. Se não se tivesse lutado pelas 8 horas diárias acha que o Capitalismo as teria concedido? O Capitalismo gera automaticamente uma coisa chamada desemprego estrutural (claro que não preocupa os bloggers, todos empregados e bem empregados…) e não permite ao total da população beneficiar por exemplo do conhecimento científico (automação, por exemplo, que despede pessoas e as põe a viver do RSI e dos subsídios de desemprego enquanto o PS e o PSD deixar). O Capitalismo passa momentos de crise gravíssima, mas continua inabalado nas nossas TV’s.

    Quanto aos sindicatos propriamente ditos, certamente notará que o cidadão médio dos países do norte da europa têm hoje o melhor nível de vida do mundo. Isso está intrinsecamente ligado ao sindicalismo que foi muito forte nesses países. A própria participação de comissões de trabalhadores em gestão de empresas na Alemanha é um caso de sucesso.

    A visão de que os trabalhadores não conseguem nada pela luta não só insulta a História como a nega. Oxalá a finança destrua bem depressa o que sobra da nossa sociedade, para que se possa fazer um novo contrato social e excluir dele tipos como o Joao Miranda.

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  34. 1 Maio, 2010 14:38

    O HOMEM-MIRANDA- VIVE À CUSTA DO ESTADO PORQUE NENHUMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DÁ EMPREGO AO QUE ELE FAZ..EXCEPTO A GULBENKIAN….OU ACHAM QUE BIOTECNOLOGIA EXISTE À BARDA NOS PRIVADOS?
    COSPE NO PRATO QUE LHE DÁ DE COMER…

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  35. permalink
    1 Maio, 2010 16:00

    O Mário Nogueira não conta aos professores todo o acordo, nomeadamente aquele que diz que o pessoal destacado nos sindicatos é classificado automaticamente com “Muito Bom” e não é sujeito a quotas para progressão na carreira!

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  36. 1 Maio, 2010 16:30

    Caro João Miranda,

    Excelente e corajoso texto este, hoje. É ver as reacções para perceber que tocou num ponto sensível.

    Discordo apenas, mas é um ponto importante, da formulação que apresenta no último período: «A inflação foi usada durante anos pelos governos para anular os efeitos dos aumentos salariais acima dos aumentos de produtividade e foi graças a ela que muitos sistemas económicos não entraram em ruptura.»

    A meu ver, não foram “os” governos, foram apenas “alguns” governos, que usaram este mecanismo (via rotativas dos bancos centrais) para corrigir esses excessos (foi o que fizeram Medina Carreira e Ernâni Lopes). As mais das vezes, a inflação – mecanismo de origem exclusivamente monetária – é conscientemente provocada pelos governos para reduzir, em termos reais, a dívida pública por si gerada, especialmente a financiada internamente.

    Os sindicatos têm sido antes, historicamente, e de um modo geral, fautores de perda de competitividade das actividades sujeitas à concorrência externa – vidé a guerra épica entre Arthur Scargill e Margaret Thatcher na Grã-Bretanha, ou o desastre de Detroit que definha face aos japoneses e europeus, há décadas, pela acção do United Auto Workers, mesmo depois de vários bail-outs. O mesmo se passa em Portugal. Felizmente para os alemães os responsáveis dos seus sindicatos são mais inteligentes. A diferença entre eles, alemães, e nós, está bem visível aqui.

    E quem persiste em não querer ver a realidade bem pode continuar a berrar contra os abutres especuladores e a manifesta má-vontade da União Europeia, ou seja, dos alemães, em suportarem as imbecilidade de outros.

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  37. 1 Maio, 2010 16:35

    “A visão de que os trabalhadores não conseguem nada pela luta não só insulta a História como a nega. Oxalá a finança destrua bem depressa o que sobra da nossa sociedade, para que se possa fazer um novo contrato social e excluir dele tipos como o Joao Miranda.”

    É precisamente isto..

    Nunca vi ninguém em tal estado de negação.

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  38. Observador da decadência permalink
    1 Maio, 2010 16:40

    Este post é uma anedota, primeiro, e é uma desconsideração chocante, depois. É quase repugnante a desconsideração que o post transmite, pelas pessoas que sofreram das maiores misérias da vida, mas que nunca calaram a sua revolta contra a injustiça reiterada e dominante, resultante da ganância e da indiferença humanas.
    Ganância e indiferença que estão hoje no seu auge, fruto da influência poderosíssima do actual sistema que nasceu há pouco mais de 100 anos.

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  39. 1 Maio, 2010 16:55

    Os neoliberais, como o João Miranda, têm o hábito de citar o seu deus Hayek e o seu chavão da «ordem espontânea» para fundamentarem a desordem capitalista, a não regulamentação da economia e a ausência de direitos sociais e económicos. Esquecem-se é que os sindicatos são também parte da tal sociedade civil (que não se reduz às empresas, nem estas aos patrões ou empresários), e que, sendo assim, das suas reivindicações e protestos espontâneos resulta uma ordem livre (para usar o palavreado da cassete neoliberal), na medida em que está de acordo com os interesses e com a vontade dos trabalhadores.
    Por outro lado, dizer-se que a melhoria das condições económicas é uma consequência «natural» (sic) do sistema capitalista, é não saber que uma coisa são condições necessárias e outra são condições suficientes: claro que é necessário produzir-se mais para poder consumir mais, mas isso não é suficiente, já que é preciso também garantir uma melhor distribuição da riqueza para tal se verificar. Ora, esta última não tem nada de «natural», mas é conseguida por vontade política e combate social. Ao contrário, o que é natural no sistema capitalista é a acumulação do capital em cada vez menos mãos: e o tempo dos ídolos dos neoliberais (Reagan e Thatcher), assim como os tempos actuais, demonstram-no, pois apesar de se produzir mais, a distribuição é cada vez mais desigualitária.

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  40. 1 Maio, 2010 17:03

    Caro Anti-Comuna (#2),

    Não conhecia o seu texto mas achei oportuna a sua “republicação” aqui, hoje. Fica bem sistematizada a sua doutrina e assumida a sua defesa da regulação estatal face às “falhas do mercado” ou às suas “ineficiências”.

    Li, algures, que Krugman considera – e fiquei com a ideia de que não se tratava de uma blague – que a única diferença que existe entre a “escola de chicago” e a “escola austríaca” eram as derivadas que a primeira usa profusamente (como os keynesianos, de resto) e a segunda rejeita (e não por deficiências cognitivas quanto ao Cálculo…).

    É minha convicção intelectual que a razão está com Jefferson, Bastiat, Menger, Mises, Hayek e Rothbard.

    Hoje, que a despesa pública chegou a valores gigantescos no mundo ocidental, de uma forma praticamente homogénea e persiste numa trajectória tremendamente ascendente há 80/90 anos, continuar a dizer que é necessária cada vez maior intervenção dos governos (chamam-lhe “regulação” agora), em doses cada vez maiores quanto menor é cada vez a fatia livre do mercado, é um contra-senso absoluto. Estando de acordo consigo em muita coisa, Caro Anti-Comuna, estamos em desacordo em muitos aspectos importantes. E não se trata de fé. Eu sou ateu. Desde que fiz a primeira comunhão. Aos nove anos.

    Eu, Eduardo F., gostava de poder passear na rua à noite sem ter medo de ser assltado. Gostava de não ter me aferroar dentro de casa, para evitar a visita dos indesejados. Gostava de resolver uma disputa judicial, de âmbito civil, em tempo útil. Gostava de poder escolher a escola dos meus filhos sem ter que enveredar pelo recurso a “habilidades”. Gostava de ter o acesso aos serviços de saúde, antes de morrer, até porque, supostamente, pago para isso. Gostava que se preservasse a paisagem e o ordenamento do território e não acabar com os pequenos paraísos que possuímos (vg Sortelha) destruídos por umas ventoinhas subsidiadas escandalosamente com o nosso dinheiro que nos vão custar os olhos da cara…

    Eu, simplesmente, gostava de viver no meu país e ser bem governado. E gostava que não me tratassem de parvo. Sistematicamente e em doses cada vez maiores.

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  41. Observador da decadência permalink
    1 Maio, 2010 17:04

    O sistema capitalista está orientado obcessivamente para o lucro.
    Não há moralidade, e a indiferença é regra para se conseguir o objectivo: dinheiro.
    Tal como eu já vi escrito por aqui, vale tudo até arrancar olhos. O resto que se lixe.
    No entanto é extremamente curioso, e deverá ser objecto de estudo, o facto de haver ainda muita gente que se rege e se conduz, por esses “princípios”.

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  42. Observador da decadência permalink
    1 Maio, 2010 17:37

    Há Lodo no Cais.

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  43. ,,,, permalink
    1 Maio, 2010 18:25

    .
    “LIBERALISMO AVANÇADO COM DIREITOS CIVILIZACIONAIS INTOCAVEIS (universalidade da Saúde, Educação, Solidariedade no Desemprego e Idade de Reforma
    .
    com FIM da destruição da Livre Concorrência fabricada pela Subsidiodependencia duma parcela empresarial e pelos contratos com o Estado para micro-universo ‘empresarial’ que escolhem, tudo pago com os Impostos e a Riqueza criada pelas outras Empresas que são a grande maioria do Tecido Economico Português).
    .
    Hayek ‘Austrian School’, Von Mises, Schiff, Keynes, Friedman ‘Chicago Boys’, Laffer etc (click no link)
    .
    Rockwell explains the actual lure of Keynesian economics: “Most economists are interested in working for the government and therefore they are not in free markets, but in running your life. They would never put it that way, because they are ‘helping’ you.” Rockwell adds that government economists have an interest in enriching the power of the state while at the same time preventing the total destruction of the private sector. “
    .
    Arguing that big-government arguments for intervention in the marketplace would not really replace laissez-faire chaos, von Mises’ logical critique of state planning was withering against socialism and fascism/Keynesianism.
    .
    Von Mises wrote in Human Action, “The alternative is not plan or no plan. The question is whose planning? Should each member of society plan for himself, or should a benevolent government alone plan for them all? The issue is freedom versus government omnipotence.” Von Mises explains that “laissez faire does not mean: Let soulless mechanical forces operate. It means: Let each individual choose how he wants to cooperate in the social division of labor; let the consumers determine what the entrepreneurs should produce. Planning means: Let the government alone choose and enforce its rulings by the apparatus of coercion and compulsion.”
    .
    Von Mises championed the laissez-faire theory that government should not interfere in the economy because it is not competent to make the people happier or more prosperous than the people can do for themselves by making their own economic decisions. “Government is in the last resort the employment of armed men, of policemen, gendarmes, soldiers, prison guards, and hangmen,” von Mises noted. “The essential feature of government is the enforcement of its decrees by beating, killing, and imprisoning. Those who are asking for more government interference are asking ultimately for more compulsion and less freedom.”
    .
    Peter Schiff, who argued recently: “What the government is going to do is to turn this into an inflationary depression which is going to be much, much worse….
    .
    E COMO OS PAÍSES E O MUNDO GIRAM NA VIDA,
    .
    “The ideas of economists and political philosophers, both when they are right and when they are wrong, are more powerful than is commonly understood. Indeed the world is ruled by little else. Practical men, who believe themselves to be quite exempt from any intellectual influence, are usually the slaves of some defunct economist.”
    .

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  44. Anónimo permalink
    1 Maio, 2010 18:41

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  45. JHB permalink
    1 Maio, 2010 20:14

    E as férias pagas?

    Nao produzir e no entanto ser pago nao me parece ser um produto do capitalismo.

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  46. 1 Maio, 2010 20:36

    E os mortos não pagarem impostos? Não é indecente?Se não podem que passem a ser os filhos a pagar a dobrar..!

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  47. Anónimo permalink
    1 Maio, 2010 20:51

    oh bulibunda! já boltaste da desbunda sindicaleira.

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  48. smile permalink
    1 Maio, 2010 21:48

    “””. A população da Argentina salta de 1,7 milhões em 1869 para 4 milhões em 1895 e se desenvolve rapidamente uma infra-estrutura ferroviária e urbana. Com isso surge, em torno de Buenos Aires, a primeira estrutura social moderna da América Latina, e é fundado em 1890 o primeiro partido político moderno da América Latina, a União Cívica Radical. O país tem, então, uma das mais altas rendas per capita do mundo e um nível de vida comparável com o dos Estados Unidos. Buenos Aires cresceu de 187.000 habitantes em 1869 para 663.000 em 1885, ultrapassando o Rio de Janeiro. Torna-se a maior cidade da América Latina e será uma metrópole sem rival no Hemisfério Sul até a década de 1970””””

    Liberdade para escolher
    Característica do capitalismo
    Mas que capitalismo?

    No que existe concorrência
    Isto é. Existem valores?
    Um estado que funciona
    Faz a justiça e mantém a ordem.

    A livre concorrência não tem que competir com a corrupção.
    Existe mobilidade social, ainda não se formaram
    grupos económicos poderosos,
    grupos de interesses,
    ou mesmo máfias.

    Na sua fase final seguindo, a teoria da sobrevivência dos mais fortes, restarão obviamente apenas os mais bem sucedidos, que serão tão poderosos, que com um pequeno gesto podem privatizar o estado.

    Esta privatização do estado é fruto de milhares e milhares de pequenos gestos de corrupção que pouco a pouco vão colocando o estado ao serviço de privados.

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  49. Boa-vai-ela permalink
    1 Maio, 2010 22:20

    .
    Parece que os Argentinos mandaram a receita do FMI dar uma volta e em 3 anos sairam da bancarrota.
    .
    Os gregos também os querem despachar e à UE. Dizem que ainda há umas contas do ‘tempo do milagre’, um ourito que foi gamado do Banco Central Grego e, sgundo eles, ‘evaporou-se’, Coisas dos fins de guerra e milagres economicos ….

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  50. Portela Menos 1 permalink
    2 Maio, 2010 00:44

    uma chatice esta existência dos sindicatos…
    um post de JM sobre sindicatos só mostra a importância e a necessidade de organização de quem trabalha.
    JM um dia destes vai-nos brindar com um post sobre a importância da CIP para evitar a bancarrota!

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  51. AAA permalink
    2 Maio, 2010 00:46

    O João Miranda parece masoquista.
    Só quem goste de levar pancada escreve estes dislates.
    O Anti-comuna, o #8, etc até o põem a ridículo.

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  52. 2 Maio, 2010 10:47

    só por esta posta de pescada do alto, mas tendo em conta todos as outras sobre temas de teorias de desenvolvimento económico e social, vou propor o prémio Nobel para o JM…

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  53. António Manuel Almeida Alves permalink
    2 Maio, 2010 11:48

    o senhor miranda parece desconhecer dois conceitos fundamentais, o que se apresenta incompreensível em quem desempenha a actividade de “investigador”. a saber: sistema e composto. o chamado capitalismo ocidental é um sistema composto que engloba entre muitas outras coisas o mercado livre e os sindicatos. se lhe retirarem uma delas, os sindicatos, o mercado livre, ou qualquer outro dos seus elementos, transforma-se noutra coisa qualquer, completamente distinta do que é hoje e, provavelmente, com efeitos totalmente diversos. os resultados do capitalismo ocidental devem-se aos efeitos conjugados das várias forças que o compõem. forças que se auto influenciam e anulam provocando resultados até opostos aos que teriam se actuassem isoladas. é a velha história do cloro e do sódio. dois venenos que conjugados num composto se transformam numa substância benéfica.

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