Transparência
A Sr.a Secretária de Estado do Tesouro (que designação extraordinária) declarou hoje no parlamento:
“Há detalhes [dos contratos de swap celebrados por várias empresas públicas] que não podem ser tornados públicos, devido ao interesse do Estado”.
Que interesses são esses, que obstam à total transparência nesta matéria? Segredos de Estado? Redução do poder negocial junto dos outros contratantes? Cláusulas de segredo (com previsão de pesadas penalizações para a sua violação)?
Nenhum dos deputados presentes se lembrou de lhe perguntar.
Considerando o tempo que o Governo e o IGCP parecem ter demorado a perceber a dimensão do problema (que não é novo, tendo em conta, p.ex., que já em 2010, a Metro do Porto, S.A., pagou a um consultor externo – curiosamente, uma empresa criada pouco tempo antes, por um jovem empreendedor britânico preocupado com a fonética – 1.000.000 de euros pelo processo de reestruturação de contratos swap com a Goldman Sachs, a Nomura e a JPMorgan)(1), os contratos, provavelmente redigidos em estrangeiro, serão inacessíveis para os leigos e mesmo para muitos iniciados, sejam eles juristas, economistas ou gestores encartados.
Ainda que assim seja, tratando-se de empresas públicas, das quais, no fundo todos somos accionistas (na verdade, sócios de responsabilidade ilimitada, já que com a obrigação de lhes cobrir as perdas e sem direito de exoneração), era exigível ao governo total transparência, como resulta da lei, o que neste caso implicaria a divulgação do texto integral dos referidos contratos.
Gaspar, na audição de hoje na AR:
“Eu não fui eleito coisíssima nenhuma!”
http://arrastao.org/2803730.html?mode=reply#reply
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“Que interesses são esses, que obstam à total transparência nesta matéria? Segredos de Estado? Redução do poder negocial junto dos outros contratantes? Cláusulas de segredo (com previsão de pesadas penalizações para a sua violação)”?
Pergunta bem. A resposta é simples – a proteção até ao limite do bloco central.
Não é estranha a proteção do que o ministro da finanças chama um reiterado padrão de incompetência e irresponsabilidade da parte do governo do sr.pinto de sousa e seus acólitos? É só esperar que venha o seguro reincidir.
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Portela,
Os ministros, de facto, não são eleitos. Os deputados é que são, diz a Constituição. Penso que Vítor Gaspar nem sequer foi candidato a deputado. Não percebo o espanto.
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Obrigado Carlos, nem tinha dado conta disso; sabe, eu cheguei agora da coreia do norte e fiquei atordoado com o argumento de Gaspar na discussão na AR !
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Volta para a Coreia do Norte, já. Nós ficamos-te agradecidos.
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As acusações retroactivas de amadorismo e incompetência que recaem sobre os executivos anteriores por parte de Gaspar já estão a deixar mais de meio PS extremamente nervoso. Não pode haver esperança lá, onde superabundou a leveza.
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ó portela, na coreia do norte é onde devia estar sempre.
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sim javi(quase)tudo; temos pena, mas vais ter que me aturar 🙂
e tu, vais continuar a ser remunerado pelo gaspar para mandar bitaites por aqui?
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Um Estado fascistóide sem os benefícios da Ditadura e apenas com os malefícios duma falsa Democracia !!!
Uma Democracia que já teve 3 bancarrotas !!! Uma pobreza nunca vista , Um superhavit de incompetência . Um elevado Deficit de Vergonha !!!
Em 1973 (segundo Álvaro Santos Pereira) os portugueses tinham um rendimento disponível superior à média europeia !
Oh tempo volta para trás … Antes um Rei do que um “Tomás” algarvio e um “”Coelho” com
mixomatose …
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As saudades, as saudades completamente irrelevantes na época actual,
matam qualquer um, politólogo, ou não . . .
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Parece que o boletim meteorologico intersideral esta’ bom para os marcianos retornarem ao planeta mae
.
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Parecem as comadres da minha aldeia! Cuscas até ao tutano!
Se a senhora do Tesouro afirma que à detalhes que não podem ser revelados, lá terá as suas razões.
Quem gere um “tesouro”, no pressuposto de que ele existe, tem que guardar recato. Não pode andar a espalhar aos quatro ventos onde esconde esse tesouro, nem tampouco de quem dele se serve.
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Se a senhora do Tesouro afirma que à detalhes que não podem ser revelados, lá terá as suas razões.
Quem gere um “tesouro”, no pressuposto de que ele existe, tem que guardar recato. Não pode andar a espalhar aos quatro ventos onde esconde esse tesouro, nem tampouco de quem dele se serve.
…
Secretos de estado?
Só precisaremos de um par de jornalistas a serio e nao de pacotilha, profesionalizados no tema economico-financiero. So para evitar comparaçoes odiosas com o que se passou com a Grecia e seus apanhos e atrapalhos com a Goldman Sachs.
quais tipo de jornalistas?. Pois, pois. Um JMF ou Helena precisavase mas dedicados a coisa economica em jornada completa . Cpm dedicaçao plena e nao a titulo de incursoes temporarias e como temática a rabiosa actualidade…
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