A chave é a laicidade *
A Vénus loura pintada pelo alemão Lucas Cranach, o Velho (1472/1553), já vai poder figurar nos cartazes do Metro de Londres cuja administração tinha proibido a afixação da imagem.
O Metro londrino pretendia “não chocar os utentes”, protegendo os seus clientes muçulmanos da visão ‘pecaminosa’ da nudez feminina.
Os fundamentalismos existem em todas as religiões. A solução é a laicidade: o abandono do religioso para além da dimensão privada da vida de cada um. Porque nenhuma ‘verdade’, por si só, consegue conter a vocação de impor regras comportamentais a quem não partilha desse sistema de crenças e todas tentam imiscuir-se nas ‘partes comuns’ do social e definir a nossa vivência colectiva. A laicidade foi o remédio que a nossa civilização encontrou para sarar as feridas que a segmentação religiosa comporta. Não conheço melhor, ontem ou hoje.
Nem mais.
Espero que no próximo dia 21 de Março vá trabalhar e aconselhe todos a fazerem o mesmo.
Olhe, pensando melhor, porque é que não abre uma petição para acabar com os feriados religiosos?
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Não vejo, no caso concreto, onde esteja o «fundamentalismo» ou qualquer ameaça á laicidade.
Salvo erro, foi a adm. que decidiu inicialmente não autorizar (decisão legitima) certa e determinada publicidade. E posteriormente voltou atrás e permitiu a mesma.
Posso estar enganado, mas não me recordo de ter lido que tenham existido pressões por parte de organizações representativas dos tais «clientes muçulamnos» para não autorizar tal publicidade.
E por outro lado, ainda que tais pressões e manifestações de desagrado, se efectuadas dentro das normais regras de pressão aceites nas sociedades livres, isto é, a manifestação de vontade por parte de um determinado grupo de cidadãos, parece-me algo de perfeitamente natural. Tanto mais que ninguém seria obrigado a obeceder a tal grupo, sempre podendo decidir livremente.
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Interessante, se andar pelos metropolitanos da laicista china poderei ver nus femininos? E no laicizante japão, há maior aceitação da nudez?
Será por isso que no japão não se podem publicar fotos de nus nem sequer em revistas para adultos?
Já agora será bom colocar fotos de nus frontais a decorar as salas de aulas das escolas primarias e dos ciclos preparatorios? Será uma manifestação de independencia laicistas?
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Gabriel,
Não existiram pressões – nem sequer foram necessárias! O que demonstra a gravidade do problema. A Ad. do Metro agiu por si, antecipando os sarilhos de ‘afrontar’ as crenças moralizantes em questão.
A decisão é legítima em termos formais mas revela o mundo em que estamos a resvalar: o nosso espaço público, comum, volta a ser conformado por paradigmas religiosos de alguns mas que se impõem a todos os demais.
Pior: os donos da verdade deste e do outro mundo não conseguem parar – cede-se nisto e logo aparecem outros cartoons e mais algum Salman Rushdie.
E, depois, surge outro discurso de Ratisbona:
– porque a divisão religiosa foi sempre o maior perigo para os homens;
– porque, apesar das modas, eles nunca estarão de acordo a não ser pontualmente;
– porque se cedeste antes édifícil não o fazer no resto, todo.
Pensa bem porque é que o Papa foi tão atacado e por quase todos os lados…
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«Já agora será bom colocar fotos de nus frontais a decorar as salas de aulas das escolas primarias e dos ciclos preparatorios?»
Alguns, por cá andam quase: forçam crianças de tenra idade a ver a figura de um homem semi-nú contorcendo-se num sofrimento pavoroso, pregado numa cruz…
Uma imagem edificante para uma criança em idade escolar, não é verdade?
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Há milhentas imagens publicitárias, onde o semi-nu é mais provocatório e erótico, do que o nu da Vénus de Cranach.
Os motivos do recuo da administração do Metro, deverão estar relacionados com a imagem da empresa.
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“Alguns, por cá andam quase: forçam crianças de tenra idade a ver a figura de um homem semi-nú contorcendo-se num sofrimento pavoroso, pregado numa cruz…”
O CAA gostaria de “limpar” a História, de criar um mundo perfeito onde os “desvarios religiosos” sejam inexistentes…
Não se deveria portanto poder levar uma “criança de tenra idade” a visitar uma igreja, nem que fosse por motivos apenas culturais, dadas as cenas chocantes que iria encontrar. O facto de ser acompanhada por quem lhe possa explicar o que está a ver, e com isso mostrar que o mundo não começou hoje, e que há muitas formas de expressão porque também há muitas pessoas diferentes, tudo isso não será relevante. É melhor um mundo asséptico.
Ah, e já agora é melhor eliminar também as televisões nas casas onde vivam crianças de tenra idade, porque mesmo acompanhadas por adultos podem deparar com alguma missa sem pré-aviso… 😉
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«Espero que no próximo dia 21 de Março vá trabalhar e aconselhe todos a fazerem o mesmo.»
Não entendo porque é que o Fado acha que não devemos celebrar o equinócio da primavera.
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Só sob o manto protector da santa madre igreja católica, apostólica e romana e de acordo com o seu catecismo sairemos desta pseudo-metamorfose que nos tem arrastado para o desastre.Ideias novas para velhas tácticas de dividir para reinar não passarão.Deus, pátria e família.
Espero que tenha gostado CAA
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Não deixes que a verdade te estrague uma boa história, lá diz o ditado do jornalista manhoso ou do colunista esperto. A administração do Metro de Londres já tinha feito isto há uns anos; é do regulamento dos senhores proibir aquelas coisas. É estúpido, mas não é de agora, nem foi por nenhuma queixa “muçulmana”. Aliás, desconfio (e contra os meus irmãos cristãos falo) que haveria também algumas alminhas escandalizadas entre aqueles que são cristãos. De resto, a laicidade (condição iniciada pelos crentes não clérigos) deve ser uma exigência de todos os crentes, não é um campo de batalha entre crentes e não crentes.
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Quem começa a querer limitar a expressão religiosa à esfera do privado, seguidamente acaba por tentar fazer o mesmo com a política…
E este caso não tem solução na laicidade (a equidistância e imparcialidade do Estado em relação às religiões). A solução aqui é mesmo o bom senso. A liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros. A liberdade não acaba onde começa a SENSIBILIDADE dos outros.
E não sei porque é que tem de se respeitar a sensibilidade religiosa dos outros. Podemos criticar as empresas, os partidos, os sindicatos. Todo o agente social é passível de crítica! Porque é que as religiões devem ficar isentas?
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The Guardian report that “Six years ago the National Portrait Gallery – then headed by Charles Saumarez Smith, now chief at the Royal Academy – had to create a special, more modest poster for the underground of a 17th century painting by Lely of the beautiful Countess of Oxford with one breast bared. However, the Academy doesn’t have a Venus under wraps. “We don’t have a version B where she’s got her clothes on,” a spokeswoman said. “We’re just hoping they change their minds and accept her.”
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“A laicidade foi o remédio que a nossa civilização encontrou para sarar as feridas que a segmentação religiosa comporta. Não conheço melhor, ontem ou hoje.”-CAA
http://es.youtube.com/watch?v=Plhq5_U69oE
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Tiago Azevedo Fernandes,
Não se estava a falar de igrejas mas sim de escolas. Públicas, bem entendido.
Cada um leva as suas crianças onde quer e a ver o que entender – razão primeira para que não existam símbolos religiosos no espaço público, pois obrigaria a criança a ver aquilo que as suas famílias não querem.
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Miguel Marujo,
Realmente a verdade está arredia do seu comentário – nunca afirmei que existiram queixas dos muçulmanos. Pelo contrário, ao responder ao Gabriel, disse que «Não existiram pressões – nem sequer foram necessárias! O que demonstra a gravidade do problema. A Ad. do Metro agiu por si, antecipando os sarilhos de ‘afrontar’ as crenças moralizantes em questão.?
Não sei se o Metro já o tinha feito. Mas sei que a generalidade dos textos que li sobre o assunto, sobretudo espanhois (ando por esses lados) assumem que o que estava agora em causa na interpretação do regulamento do tube eram os eventuais prolemas com os muçulmanos. Borraram-se por antecipação e não por queixa.
Quanto à extraordinária asserção: «… a laicidade (condição iniciada pelos crentes não clérigos) deve ser uma exigência de todos os crentes, não é um campo de batalha entre crentes e não crentes» não consigo perceber se é apenas um desejo pueril ou uma utopia que julga ao alcance da mão.
Mas, julgo, é preciso muito mais do que um “colunista esperto” para transfigurar o mundo em que se vive com uma tal constatação de irrealidade.
Veja os comentários neste blogue sempre que se fala de religião. Dê uma voltinha por alguns blogues onde pontificam elementos da seita, os que negam que a Inquisição tenha condenado um só judeu e que julgam a Modernidade como uma sinistra conspiração contra o altar.
Depois disso, se conseguir, venha discutir essa sua linda versão da laicidade (que nem para contar às criancinhas serve)…
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As religiões são culpados de muitos desvarios, é verdade. Mas a laicidade experimentámos todos (o CAA parece que não, mas eu senti) os seus desvarios ao longo desse malfadado século XX e todos pudemos verificar a sua eficácia e eficiência, milhões à custa da própria vida. Quanto à arte, à nudez e ao sexo, perguntem aos chineses! E aos russos no que se refere à arte. Nunca em toda a idade média se chegou a desvarios tamanhos aos que o século XX nos presenteou!
Vivi em países comunistas em que uma mulher se fosse à boleia num carro com o vizinho eram ambos acusados de prostituição e enviados para campos de reeducação!
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“Cada um leva as suas crianças onde quer e a ver o que entender – razão primeira para que não existam símbolos religiosos no espaço público, pois obrigaria a criança a ver aquilo que as suas famílias não querem.”
Presumo então que defenda a “camuflagem” das igrejas, para que não se veja de fora “aquilo que as famílias não querem”. E a retirada das obras de escultura e pintura de espaços públicos sempre que contenham temática religiosa. E se calhar a remoção (incineração?) de livros de bibliotecas públicas sempre que não sejam estritamente laicos. Não vá acontecer que alguma criança inadvertidamente veja o que a família não quer.
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Para não ofender essas sensibilidades, as criancinhas já deviam nascer vestidas.
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1. Eu sou membro da “seita”, como lhe chama (o que demonstra uma ignorância entre termos, mas adiante).
2. A defesa da laicidade por muitos católicos e cristãos é reconhecida por todos os que não se deixam meter nas palas da antio-“seita”, como decerto se recorda quando estive, por exemplo, no blogue do Sim no Referendo. Os erros de muitos, como os exemplos que me dá, não significa que haja muitos, eventualmente mais, a lutar pelo seu contrário.
3. Anoto a sua versão de “verdade” – no post: «O Metro londrino pretendia “não chocar os utentes”, protegendo os seus clientes muçulmanos da visão ‘pecaminosa’ da nudez feminina» (quando não as houve, nem o Tube assumiu isto); no comentário: «nunca afirmei que existiram queixas dos muçulmanos». Os jornais espanhóis que lê, está visto, serão escritos “manhosamente”. E sobre outros casos antigos deixei um pequeno exemplo do Guardian, num comentário. Mas não deixe que a verdade lhe estrague mais atordoada anti-religiosa, só porque sim.
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Para que se perceba, CAA: uma coisa é não colocar símbolos religiosos por exemplo em novas escolas. Concordo. Outra coisa é apagar o passado, começando uma caça aos crucifixos por tudo quanto é local público. Como se a presença de um símbolo religioso, nos dias de hoje, condicionasse fosse quem fosse!
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E o fundamentalismo laico?
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CAA, não se apercebe que confinar a expressão religiosa à esfera individual dos indivíduos é também uma imposição dos ateus sobre os crentes. O TAF tem muita razão, e pela sua ordem de ideias o que nunca se poderia exibir num transporte público seria por exemplo uma imagem da Pietá ou da Capela Sistina ou uma fotografia da Catedral de Coventry. Penso que dá para haver respeito entre as várias religiões e as organizações que não têm religião nenhuma sem se cair no seu extremo autoritário.
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Miguel Marujo,
1 – Como ‘seita’ referia-me à Opus Dei. Por falta de tempo só cito a W. :
«A palavra seita provém do latim secta (de sequi, que significa seguir), um curso de acção ou forma de vida, designando também um código comportamental ou princípios de vida ou ainda uma escola de filosofia ou doutrinas. Um sectator é um guía leal, aderente ou seguidor.
As palavras sectarius ou sectilis referem-se também ao corte ou acto de cortar, embora a etimologia da palavra não tenha semelhança alguma com a definição moderna que lhe é dada dentro do contexto atual.
Seita religiosa
‘Seita designa um grupo de pessoas (um movimento) que professam nova ideologia divergente daquela da(s) religião(ões) que são consideradas dominantes e ou oficiais, geralmente dirigidos por líder com características de personalidade consideradas carísmaticas, mas ainda com fraco ou pouco reconhecimento geral por parte da sociedade. Mas, já se viu, a questão do reconhecimento é tão-apenas relativa.”
Realmente a seita já tem algum reconhecimento mas a sua essência é intrinsecamente sectária.
2- A defesa da laicidade pela generalidade dos crentes é feita ‘da boca para fora’. Nunca a interiorizam, portanto. Sempre que se pretende a higienização do espaço público surge um crente a verberar a laicidade – veja-se os símbolos nas escola e hospitais e a questão do véu. O resto são excepções – tal como os liberais não-conservadores em Portugal…
3 – Este ponto é tão ‘manhoso’ que não o atingi. Significa que ainda não percebeu que eu escrevi que não existiram queixas? Que estas não eram necessárias pois há um reflexo pavloniano que age previamente e sem impulso directo para não afectar os crentes?
E insiste, com a cegueira típica de quem julga ter a verdade na sua mão direita, de que de um lado está a dita, a sua, claro, e do outro a mentira, inapelavelmente ‘manhosa’, insinuante e sempre sinistra. Aliás um crente no sobrenatural, por mais máscaras que afivele, pouco mais é do que isto: alguém que está convicto da ‘sua’ verdade e que logo age com a sobranceria dos que estão sempre certos contra os que os contrariam. Enfim, o habitual para quem está formatado e nem sequer o percebe. Ou percebe-o mas conduz-se, pateticamente, tentando negar a evidência de si mesmo que se lê em cada sílaba.
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Local público não é local de culto. Logo, a colocação de símbolos religiosos nesses locais, é publicidade.
Além de inestético.
Um quadro com o sagrado coração de jesus numa repartição de finanças, até se admitia se baixasse os impostos.
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No comentário 17, o TAF presume. Mas a mais.
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No comentário 17:
«uma coisa é não colocar símbolos religiosos por exemplo em novas escolas. Concordo. Outra coisa é apagar o passado, começando uma caça aos crucifixos por tudo quanto é local público. Como se a presença de um símbolo religioso, nos dias de hoje, condicionasse fosse quem fosse!»
Então nas novas escolas não existiriam símbolos. Mas nas ‘velhas’ já sim. Bonito, sim senhor! as escolas públicas ficariam dividades pela idade e pelos ornamentos pios…
Quanto ao condicionamento, TAF – olhe à sua volta: a maioria nem percebe do que se está a falar! Cuidam que entrar num hospital e ver uma estatueta, crucifixos, frases mal retiradas dos Evangelhos colocadas nas paredes (Hospital S. João, Porto) é igual ao litro, é natural, faz parte da sua existência acéfala que nunca questiona coisa nenhuma.
O marketing religioso opressivo conduz à obstipação do raciocínio livre, como os portugueses são a prova viva – devemos ser um dos povos com mais católicos em percentagem formal mas a maioria nem sabe identificar (distinguir) as figuras do Presépio, embora se afirmem católicos em todas as ocasiões.
Os símbolos são também importantes porque marcam território – são padrões de conquista, de afirmação de territorialidade. E é por isso que a ICAR não quer deles prescindir.
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“O marketing religioso opressivo conduz à obstipação do raciocínio livre, como os portugueses são a prova viva (…) Os símbolos são também importantes porque marcam território – são padrões de conquista, de afirmação de territorialidade. E é por isso que a ICAR não quer deles prescindir.”
O CAA, além de se ter confundido no número dos comentários, entrou em delírio. Tal como José Sócrates, vive num mundo só dele…
Estas pérolas do CAA mereciam destaque num post de direito próprio, na página principal do Blasfémias. 😉
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Devolvo o parágrafo, eloquente da eloquência da seita (sectária) ateísta: «E insiste, com a cegueira típica de quem julga ter a verdade na sua mão direita, de que de um lado está a dita, a sua, claro, e do outro a mentira, inapelavelmente ‘manhosa’, insinuante e sempre sinistra. Aliás um crente [contra o] sobrenatural, por mais máscaras que afivele, pouco mais é do que isto: alguém que está convicto da ’sua’ verdade e que logo age com a sobranceria dos que estão sempre certos contra os que os contrariam. Enfim, o habitual para quem está formatado e nem sequer o percebe. Ou percebe-o mas conduz-se, pateticamente, tentando negar a evidência de si mesmo que se lê em cada sílaba.»
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Os paladinos da laicidade são factualmente aliados do desmoronamento da nossa identidade nacional, coesão social e religiosa para melhor darem acesso a “novas realidades” que por acaso muitas das vezes têm muito dinheiro para exportar as suas ideias.Quando se enfraquece a ICAR, alvo de todos os ataques, está-se a proteger quem?
Não vou em cantigas.O melhor é um território, um povo , uma religião e uma “doutrina oficial”O resto é lixo histórico, recalcamento, despeito e inveja para não falarmos de traição aos instintos de conservação dum povo.
As sereias que só se alimentam de difundir a divisão, os bota-abaixo da realização dos nossos antepassados devem ser obrigados a emigrar para onde se sintam bem com as suas ideias e não andarem a catequizar uma maioria para as suas sinistras e obscuras teorias, dando espaço a novas realidades.
Estamos fartos de ser bombo da festa.Descolonizamos e somos colonizados.Acusados de exploração somos agora explorados.Pedem desculpa por tudo e nada.Não têm vergonha e envergonham.Fugiram das guerras e agora mandam tropas para os mais desvairados locais.Onde havia interesse nacional, agora vigora o internacionalismo por nossa conta.Por mais propaganda que façam o resultado da teoria do pêndulo só poserá ser um: o regresso às origens.Ao portuguesismo e à condenação da tarição e porque não da heresia…
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TAF,
«O CAA, além de se ter confundido no número dos comentários, entrou em delírio. Tal como José Sócrates, vive num mundo só dele…»
Estava a tentar discutir um pouco acima do nível dos comentários do ‘lisboeta’ ou do ‘chefe’.
Mas o TAF em vez de responder preferiu dar razão às minhas razões, remetendo para o “delírio” quem não concorda com ele. Típico de quem não pode mais.
José Sócrates à parte, deixe que lhe diga que se formos a comparar “mundos”, eu e V., não tenho dúvidas de que aquele em que o TAF vive é bem mais encurtado, afrouxado e circunscrito, do que o meu. E em todas as dimensões possíveis.
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«Não vou em cantigas.O melhor é um território, um povo , uma religião e uma “doutrina oficial”.O resto é lixo…»
I rest my case.
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O “beirão, velho do restelo” tem muito pouco a ver com a maioria dos católicos e cristãos de hoje; era o mesmo que dizer que CAA, “direita, pátria, família, capital”… E os católicos e cristãos de hoje também não têm nada a ver com a descrição do CAA: “defesa da laicidade pela generalidade dos crentes é feita ‘da boca para fora’. Nunca a interiorizam, portanto”. Conhece mal e poucos, muito poucos, porque também (topa-se) está pouco disponível para os conhecer: “I rest my case”.
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Diz o CAA: “se formos a comparar “mundos”, eu e V., não tenho dúvidas de que aquele em que o TAF vive é bem mais encurtado, afrouxado e circunscrito, do que o meu.”
De facto eu estou muito limitado pela minha condição de católico, a religião impede-me de ver largo e longe. O que me vai valendo é o CAA, que me retira os crucifixos da frente e me deixa vislumbrar aquilo que eu poderia ser se fosse como ele. 😉
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«De facto eu estou muito limitado pela minha condição de católico…»
Não propiamente.
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Não entendo porque é que o Fado acha que não devemos celebrar o equinócio da primavera.
Pela mesma razão porque não comemora o de Outono.
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Concordo: adeus Patria e Familia…
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CAA teima em misturar as “religiões” no mesmo saco, método usado por ateus frustrados para atingir a ICAR via Islão.
Até agora, sempre houve publicidade a nús, e mesmo pinturas como Miguel Ângelo,que não provocaram arruaceiros.
Foi preciso chegar o Islão para haver estes medos todos.
Mas então fale-se em ISLÃO. É que generalizar com “religiões” é um acto cobarde, porque se esconde no glogal quando, pretensamente, se quer atingir uma.
O fantasma de Theo van Gogh é muito poderoso.
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Podia tb aconselhar a leitura de Santo Agostinho( eu sei que é difícil, mas só assim se aprende…) em “confissões” e “A Cidade de Deus” onde ele já separa o religioso do secular, portanto, fala em laicidade.
E tendo escrito no séc IV anda muito á frente dos “evoluídos” snobes que acham que laicidade é uma inovação actual!
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china, japao devem ser nações muito religiosas.
desde que o assunto seja futebol ou religião o CAA fica taralhouco
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Sou Católico praticante mas nunca me passaria pela cabeça censurar seja o que fosse com base na minha fé. A minha fé ensina-me em primeiro lugar a tolerância (ou melhor a aceitação) da diferença, isto claro desde que sejam respeitados os principios básicos aliás consagrados na carta das nações unidas sobre direitos humanos. Ou seja a censura de que infelizmente a minha igreja deu já várias provas é algo que tem de ser atribuído aos defeitos dos homens e não da religião que tal como a ciência é neutra. É aplicação que nós fazemos delas que cria os problemas … concordo que se deve laicizar a sociedade embora tenhamos de entender que muitas das convenções e muito do fundamento cultural do ocidente é cristão …
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