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E não se pode exterminá-los?

27 Fevereiro, 2008
by

Isto vai sendo recorrente. No Fórum TSF estão (quase) todos a espumar de raiva pelos lucros da Banca, essa associação de malfeitores que tem o desplante de os aumentar em tempo de crise. Inadmissível! Deviam ter prejuízo, que assim a crise não apertaria tanto e estaríamos todos infinitamente melhor.

Está visto, em Portugal é impensável associar – ainda que minimamente – o sucesso ao mérito.

Declaração de interesse: sou bancário.
76 comentários leave one →
  1. Cruzado permalink
    27 Fevereiro, 2008 11:45

    Volto a repetir

    O povo anda a ser sugado por um “cartel sem quartel”. Começando pelo Estado que apenas se preocupa em cobrar impostos, nem que para isso viole alguns direitos fundamentais aos cidadãos, mas quando toca a pagar as suas dívidas… é o que se vê. Hoje em dia é pior, perante a lei, fumar uma cigarrada num qualquer tasco, que ser apanhado a roubar um carro. Isto porque dá lucro. Somos vistos como números…pagantes.
    Relativamente aos bancos, que já foram conotados como sérios, são apenas um exemplo de “Estado”. Juros, comissões e impostos que nos são religiosamente cobrados, mas para pagar aos seus clientes os seus depósitos, roubam (sim roubam) tudo o que podem. Será que o meu dinheiro é diferente do deles? Valerá menos? Porque será que ninguém investiga a “concorrência” entre os bancos? Porque pagam menos impostos que uma qualquer PME?
    Porque estão todos os produtos com o mesmo preço? A não ser nas petrolíferas e nos bancos, o mesmo produto tem diversos preços em locais de venda diferentes…
    E o Estado? Deixa andar, apenas preocupado em cobrar mais impostos. Por isso, fujam o que puderem, ao Estado e aos Bancos.

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  2. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 11:46

    “Está visto, em Portugal é impensável associar – ainda que minimamente – o sucesso ao mérito.”

    O Belmiro, pelos vistos, não pensa o mesmo. 😉

    PM Declaração de interesse: sou accionista de bancos. 8)

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  3. Anónimo permalink
    27 Fevereiro, 2008 11:47

    Ontem foi o Belmiro de Azevedo que disse mal da banca.

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  4. 27 Fevereiro, 2008 11:50

    O outro dizia que a ética é a Lei.
    Parece que, para o LR, a ética é o lucro…

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  5. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 11:53

    E ainda gostava de saber qual o mérito deste tipo de roubalheiras:

    “Há poucos dias, o Banco Espírito Santo cobrou 104 euros pelo encerramento de uma conta à ordem – BES 360 -, um valor que é muito superior ao praticado por duas outras instituições, o Millennium BCP e o Santander.

    O cliente em causa considera o valor cobrado despropositado e admitiu, em declarações ao “Público”, a intenção de apresentar uma queixa junto do Banco de Portugal. No momento que decidiu, voluntariamente, pôr fim à relação com o BES, que o cliente diz “ter decorrido sem incidentes bancários” (faltas de pagamento), o gerente de conta informou-o de que o custo de cancelamento era de 13 euros.

    Pouco tempo depois, verificou que, afinal, o valor a pagar ascendia a 104 euros (100 para o banco e quatro de imposto de selo), tendo-lhe sido explicado que foi feita uma actualização do preçário em Outubro do ano passado, que passou despercebida ao funcionário. Apesar da promessa de reposição do dinheiro cobrado face à primeira informação, o cliente manifesta-se chocado com o valor da actualização feita.”

    No JN http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Empresas&CpContentId=311523

    E até tenho dúvidas da legalidade deste tipo de medidas.

    É por isso que eu digo: abram contas no estrangeiro, ao abrigo da nossa banca e do nosso fisco. 😉

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  6. Anónimo permalink
    27 Fevereiro, 2008 11:59

    no estrangeiro é ligeiramente pior

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  7. 27 Fevereiro, 2008 12:00

    Caro anti-comuna,

    O que aconteceu no BES até pode ser verdade e de facto criticável. Mas o que é certo é que o mercado bancário é dos mais concorrenciais e abertos. Como você reconhece, ninguém está impedido de abrir uma conta no estrangeiro.

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  8. Mialgia de Esforço permalink
    27 Fevereiro, 2008 12:02

    “…essa associação de malfeitores…”

    A frase é sua, LR.

    Eu já me contentava que pagassem os impostos devidos como noutros países atrasados, tipo R.Unido, Suécia, Noruega, etc., que não fizessem reflectir no pequeno cliente os “custos” do objectivo/lucro que pretendem atingir.

    Mas o que gostava mesmo era que a Operação Furacão tivesse consequências. Mas como os bancos receberam uns telefonemas “anónimos” antes das visitas, no fim e à boa maneira tuga a culpa é da porteira.

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  9. 27 Fevereiro, 2008 12:04

    E bem sabemos de que tipo de mérito estamos a falar.
    Nos tempos da escola, o sucesso escolar era directamente proporcional ao mérito de intrujar os profs nos exames. Dizia-se, então: “a habilidade é do artista”.
    Pois, não faltam artistas na gestão bancária. Por isso é que são pagos a peso de ouro…

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  10. 27 Fevereiro, 2008 12:06

    Se o mérito está na banca, vou já inscrever-me.

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  11. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 12:13

    “Mas o que é certo é que o mercado bancário é dos mais concorrenciais e abertos.”

    É nada. Vc. sabe-o também como eu. Basta ver as condições necessárias para abrir um banco em Portugal.

    E basta entender a actual regulação e supervisão. E basta ver que até existe um cartel organizado e público, cujo nome é: Associação Portuguesa de Bancos. 😉

    Se calhar, não é por acaso, cada vez mais existem estudos que demonstram que a nossa banca ficou para trás, na “modernidade”.

    “Como você reconhece, ninguém está impedido de abrir uma conta no estrangeiro.”

    Tomara que os portugueses abram os olhos. 😉

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  12. 27 Fevereiro, 2008 12:27

    Ao cuidado de
    Excelentíssima entidade bancária X
    Digníssima empregadora do mui caro LR

    Tendo chamado a nossa atenção a premente necessidade, sentida por V. Ex.cias, de aumentar exponencialmente os vossos lucros, com a maior brevidade possível;
    Sendo do conhecimento público o quão preocupado com o assunto se encontra o vosso estimado colaborador e nosso querido postador LR;
    Acreditando piamente na capacidade de auto-sacrifício do mesmo LR, se tal resultar em benefício, mesmo que ínfimo, da mui nobre casa que V. Ex.cias administram;

    RECOMENDAMOS

    Que em nome dos superiores interesses da economia nacional (e dos vossos bolsos), se dignem colocar a salário mínimo o vosso esforçado servo e defensor LR, tratando ainda de estudar seriamente a possíbilidade de vir a solicitar os seus valiosos préstimos a título de voluntariado.

    Certos de que a nossa sugestão encontrará junto de V. Ex.cias o melhor acolhimento, nos subscrevemos com toda a consideração.

    xxxxxxx

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  13. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 12:43

    Há roubalheiras em Portugal que são díficeis de provar, nos devidos locais.

    Uma táctica usada por alguns bancos portugueses é a seguinte.

    Imagine-se que o caro leitor pretende transferir dinheiro para um outro país. Por exemplo, para os USA. (Este caso aconteceu-me a mim. ;-))

    O amigo chega ao seu banco e pede para transferir determinado montante para determinada conta e determinado banco nos States. O banco pode-lhe informar já dos custos com a operação, impostos e tudo. Até aí tudo bem.

    Mas depois vem a parte mais obscura e uma autêntica rapinagem. Por norma os bancos demoram três dias para efectuar efectivamente a operação. Ou seja, nesses três dias, o banco irá comprar os dólares e vender o euros, de molde a enviar para os USA. E quando é que o banco compra os dólares? Curiosamente, normalmente no dia em que o euro atingiu o valor mais baixo e, pasme-se, nos mínimos do dia, no mercado interbancário. Ou seja, mesmo que seja uma variação de 0,5%, só aqui o banco, sem que seja possível provar em Tribunal ou até mesmo pelo Banco de Portugal (aqui, eles nem ligam a este tipo de queixas dos consumidores), que o banco efectivamente comprou o dólar quando o euro menos valia. Como os bancos compram em lotes, juntando as compras e vendas de todos os clientes, e só o seu saldo é que é efectuado (se o banco não quiser assumir o risco, dependendo de cada instituição a gestão deste tipo de riscos). Mas no entanto, é debitado ao cliente uma soma, que na realidade não foi efectuada. Mas que é quase impossível provar esta roubalheira.

    Agora dirão. Então os bancos não estão pejados de gente séria e honesta? Não são as operações bancárias sérias e à nunca tentam enganar os seus clientes?

    Responda quem souber. 😉

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  14. lucklucky permalink
    27 Fevereiro, 2008 12:45

    A paranóia deste país contra quem tem sucesso é uma das razões do nosso atraso, até porque a maioria das críticas não passa do primário. Depois não mudam e recompensão os Bancos mais baratos, não fazem pressão para que a CGD seja privatizada e como cereja querem bancos sólidos mas com poucos lucros. A esquizofrenia continua.

    Dito isto a competição entre os Banco é fraca e só acontece quando se perde horas a regatear.

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  15. 27 Fevereiro, 2008 12:57

    Agora é o LR?
    Já não bastava o JM a fazer humor com a Economia?

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  16. pvl permalink
    27 Fevereiro, 2008 13:16

    “Mas o que é certo é que o mercado bancário é dos mais concorrenciais e abertos.”

    Será mesmo verdade isto? Nos supermercados consigo identificar diferentes níveis de serviço e preço (Lidl ou Modelo Bonjour, por exemplo). Nos aviões existem as low-cost, nos seguros existem os seguros online e os do continente.

    Nos bancos parece-me que competem todos com a mesma qualidade/preço o que é estranho numa mercado verdadeiramente concorrencial. Se calhar é um mercado concorrencial e aberto como o das farmácias.

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  17. 27 Fevereiro, 2008 13:19

    ó amigo LR,
    é bancário mas quer ser banqueiro, não é?

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  18. 27 Fevereiro, 2008 13:21

    Nenhum banco é associado da APEE.
    http://www.apee.pt/portal/

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  19. 27 Fevereiro, 2008 13:27

    Mais uma justificação para os professores não quererem avaliação.

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  20. Zenóbio permalink
    27 Fevereiro, 2008 13:31

    LR,

    O seu post ainda é mais barroco que as acrobacias verbais em forma de justificação, do Sr. João Salgueiro.

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  21. Xantipa permalink
    27 Fevereiro, 2008 13:36

    É evidente que os bancos funcionam em cartel e seriam burros os banqueiros que não o fizessem, pois os reguladores, pagos com os nossos impostos, estão ao seu serviço.
    Podemos dizer que só vai ao banco quem quer – mas esta afirmação só é em parte verdade e houve alturas em que era mesmo um mal necessário para quem quisesse ter uma habitação onde morar.
    Só esta razão, estamos a falar de um bem de primeira necessidade, devia levar os reguladores a estarem muito atentos a coisas como os arredondamentos às milésimas, à publicidade enganosa e às multas ainda cobradas, com o nome de comissões, a quem pretende mudar de banco para transferir o empréstimo.

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  22. 27 Fevereiro, 2008 13:42

    Em resumo: o tecido produtivo em Portugal está pelas ruas da amargura como todos já se aperceberam, as famílias estão ultra endividadas.
    No entanto aqueles que trabalham com a famosa riqueza nacional tem altas rentabilidades.
    Acho que já vi isto noutros países.

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  23. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:00

    No forum da TSF,
    quase todos a espumar
    de raiva, sob o tema:

    “Porque lucra tanto a banca?”

    Quase todos a espumar de vária forma que é porque nos apanharam como a um rebanho no cerco. Que é porque somos levados a colaborar, escravos, nisso. Porque os lacaios da corrupção que nos governa há trinta anos lucra com o roubo aos portugueses, levados a endividarem-se pra vida no pagamento ao triplo e quádruplo da casa que se devia assegurar de outra maneira.

    E enquanto um casal deveria prover à felicidade da família, repartindo, equilibradamente, o ganho do seu trabalho pelas necessidades e prazeres com que fruiria a vida, não, torna-se um moiro de sacrifício, qual Tântalo a quem escorrega o penedo, quando quase o levava já ao cimo do monte, para se obrigar a trabalhar para a banca o resto dos seus dias. Do que lucra meia dúzia de accionistas, nacionais e estrangeiros, empobrecido o País nesta exploração imoral do povo. A bem dos tais accionistas, gestores e mais amigos dos governos, numa orda de vampiros.

    Em Luanda fui amigo de um secretário da embaixada sueca no país, que me dizia que na Suécia não se compra casa, se se aluga, facilmente, por um preço módico ao governo, como às câmaras e alguns particulares. Ali funciona o aluguer desse bem essencial, numa política ao serviço das pessoas e não da sua exploração desumana. E em mais nenhum país da Europa se pratica a ganância desta visão mesquinha que nos atiraram em cima, de tamém sermos capitalistas à força, os donos da sua casa própria, paga ao triplo, ao quádruplo, a favor dos ratos mafiosos da banca feita cos governos PS, PSD e CDS, que nos roubam há trinta anos.

    Porque há-de haver, aí, senhores, alternativa!

    Tem de haver alternativa!

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  24. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:03

    Também não sonhe com estórias da carochinha:

    “Em Luanda fui amigo de um secretário da embaixada sueca no país, que me dizia que na Suécia não se compra casa, se se aluga, facilmente, por um preço módico ao governo, como às câmaras e alguns particulares. Ali funciona o aluguer desse bem essencial, numa política ao serviço das pessoas e não da sua exploração desumana.”

    Isso devia ser há 30 anos, não? 😉 Perguntem ao Ouriço, que ele sabe isto melhor que ninguém. 8)

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  25. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:04

    Ó amigo LR, é bancário?

    E pois é um explorado de m…

    Contudo fala assim de grosso,
    a modos de um estúpido estreme.

    E deus lhe valha!

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  26. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:06

    Devia ser há trinta anos, pois foi, mas ainda hoje, sem ser ouriço nem ir à Suécia, me consta que por lá estão em moda as casas agradabilíssimas de madeira, a 15 mil euros, cum caray!

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  27. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:07

    Nada que se compare com a mobilização de escravos à banca e capitalistas que por cá se faz!

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  28. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:09

    Porque deve haver alternativa!

    Pois é verdade que a há-de haver,
    quem sabe mais cedo do que se imagina.

    Só basta, para copiar outro, que quanto pior melhor.

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  29. Doe, J permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:16

    anti-comuna Diz:
    “É por isso que eu digo: abram contas no estrangeiro, ao abrigo da nossa banca e do nosso fisco.”

    Curiosamente o que me disseram quando perguntei por isto foi que até podia abrir conta em qualquer lado que quisesse mas, não sendo residente e não tendo uma morada para apresentar, só o podia lá ter a titulo de salvaguarda pois não me pagariam quaisquer juros sobre os depósitos.
    Ora d’oh!… 🙂

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  30. Banqueiro do Polvo permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:18

    Muito bem, LR, colocaste a posta que a gente combinou. No próximo mês já te vamos aumentar o vencimento, mereces!

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  31. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:21

    “me consta que por lá estão em moda as casas agradabilíssimas de madeira, a 15 mil euros, cum caray!”

    Para o cão? 🙂

    “Curiosamente o que me disseram quando perguntei por isto foi que até podia abrir conta em qualquer lado que quisesse mas, não sendo residente e não tendo uma morada para apresentar, só o podia lá ter a titulo de salvaguarda pois não me pagariam quaisquer juros sobre os depósitos.
    Ora d’oh!…”

    Procure mais. Procure. Se bem que em determinados sistemas financeiros é assim mesmo. Precisamente para evitar a concorrência. 😉

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  32. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:24

    Na Suécia é tudo barato. Tudo! 🙂

    http://www.swedishhouses.com/

    Esta gente sonha com cada coisa…

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  33. Lololinhazinha permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:33

    É uma chatice. O povo, com a miséria, tende a ficar invejoso.

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  34. 27 Fevereiro, 2008 14:34

    Como muito bem diz Pvl, “Se calhar é um mercado concorrencial e aberto como o das farmácias.”

    Ou como o dos combustíveis. Ou como o das telecomunicações fixas. Ou como o da electricidade. Ou como o das auto-estradas. Tudo mercados concorrenciais para inglês ver.

    Para perceber estes lucros seria necessário conhecer as suas origens. Quanto significam as comissões? E os empréstimos à habitação? É possível que estes dados estejam publicados; se alguém os quiser facultar, agradeço.

    Tenho, no entanto, um palpite de que o sector habitação terá um forte impacto nos lucros. Curiosamente, o nosso mercado de arrendamento é uma desgraça. Haverá aqui uma correlação?….

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  35. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:36

    Há mais respeito na Suécia pelo comum cidadão.

    será porque não são latinos, vizinhos da Itália, do Papa, católicos, hipócritas e ladrões.

    Na Suécia, consta, não é?, que não existe a discrepância que temos por cá entre os mais ricis e os mais pobres. Pourquoi?

    Por serem menos inteligentes, menos astutos? Não, porque a sua cultura e tradição religiosa nãoos leva a enriquecer a todo o custo e menos à custa do semelhante, porque não se confessa, deve olhar, responsável, pelo que faz, fez, na vida, para assim se apresentar no céu.

    E não sonha como o empresário de cá em abrir falência e atirar os trabalhadores pò desemprego, enquanto se abotoa bem. Não pensa isso, não assenta bem.

    E sendo frio, na Suécia, suecos não se apressam a vir morar aqui, regalados ao sol de Porugal. Porque lá dirão, deus ma livre, que ainda sou explorado e lavado na barrela dos desgraçados governados por esse PS e PSD, com o CDS do carago a ajudar!

    È a Suécia, é a Noruega, a Dinamarca e Holanda, protestantes, responsáveis da sua conduta, frugais, no geral, não os ratões dados à exploração, ao engano e corrupção dos latinos da Itália e Portugal, com uns governos que tais.

    Olé!

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  36. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:39

    Mas isso não é preciso buscá-lo ao Max Weber nem a Lutero. Di-lo, claro o nosso Antero de Quental, trinta anos antes de MW e, logo, em poesia da boa, Cesário Verde, até.

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  37. matheus permalink
    27 Fevereiro, 2008 14:46

    O povo, com a miséria, tende a ficar invejoso.

    É mesmo uma chatice, lolozinha mesquinha e barata…

    o pobo está a ficar invejoso! É o mal. Porque não está a ficar pobre, o mais pobre da Europa, não, queixa-se sem motivo.
    Ai, e é cá um queixume, nós, portugueses somos lixados pa reivindicar, carago!

    E são lamentos como o seu bastante, mais do que isso, para lançar por terra tanta ideia nobre que parecia traspirar por aqui, a cada passo, da inexcedível lololinhazinha!

    Or vejam lá, tanta inveja que aqui vai!

    E vosmecê é assim rica, graças a deus, pa ser superior?

    Que os ricos não são invejosos, vão à bobone e tudo, só boas maneiras do seu ser animal e vegetal e moral! Assim à moda de Cascais, onde vai qualquer trolha de mercedes!

    Oh, deixa-me rir, lololinhazinha e palerma do caray!

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  38. 27 Fevereiro, 2008 14:54

    Mialgia de Esforço,

    “Eu já me contentava que pagassem os impostos devidos como noutros países atrasados, tipo R.Unido, Suécia, Noruega, etc., que não fizessem reflectir no pequeno cliente os “custos” do objectivo/lucro que pretendem atingir.”

    Queixe-se ao Estado que é quem outorga benefícios fiscais. Os bancos pagam os impostos que têm de pagar dentro do regime vigente.
    Quanto aos lucros – da banca ou de qualquer outro sector – donde acha que eles podem ser provenientes senão do Cliente?

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  39. 27 Fevereiro, 2008 14:59

    O LR não está em posição de discutir este assunto, já que os seus deveres como bancário não o permitem. Resta-lhe defender a/as instituição. Mesmo que um dia saia com uma reforma antecipada, assinará uma declaração com uma série de obrigações que se obriga a respeitar (ou terá de devolver qualquer quantia de compensação…).

    Os lucros da banca fundamentam-se em 3 vértices:

    – O Estado aplica o mesmo imposto aos bancos e às empresas. O problema é que grande parte dos lucros bancários ficam isentos da aplicação desse imposto, pelo que a taxa real (Lucro/Imposto) andará entre os 10 e os 12%! Repare que até as brutais despesas com a restruturação da banca foi taxada a taxa 0%! Que empresas terão destas benesses ?

    – Acentam ainda numa cartelização não assumida em que o BP e a ANB tem grande influência, de modo que as margens de lucro consertadas sobre os serviços vendidos são exorbitantes. Repare que as empresas para funcionar precisam de crédito, assim como nós para vivermos precisamos de água luz e gaz (e também aí há lucros porque há monopólio e os clientes não podem prescindir ou escolher).

    – Por último temos as engenharias financeiras “legais” (mas imorais), descobertas pelos melhores fiscalistas e economistas que a banca contrata, de modo a explorar da melhor forma as brechas da lei (algumas conhecidas e consentidas pelo Estado, como regras do jogo). As operações off-shores são conhecidas há muitos anos e parece só agora serem crime! Nos últimos tempos temos assistido à denúncia de todos os tipos de tropelias bancárias para aumentar lucros, desde publicidade enganosa, comissões, despesas, taxas, arredondamentos, prisão do dinheiro (chegou-se a estar 1 semana á espera duma transferência inter-bancária na mesma praça !), exploração da ignorância de grande parte da população que confia serem os bancos instituições fiáveis e velarem pelos interesses dos seus cliente, não lhes passando pela cabeça que é preciso regatear, ameaçar, protestar para não ser tão roubado.
    Você acredita que há pessoas com empréstimos à habitação feitos há 20 anos que continuam a pagar as taxas em vigor naquela altura (e sabe como eram altas, não sabe ?). Simplesmente estão sempre a pagar a mesma “renda” e pensam que está tudo bem !

    Lembre-se que a banca explora serviços e não são organismos produtivos. Não acrescentam trabalho à matéria prima para criar mais valias. Limitam-se a vender caro serviços e ainda por cima com o dinheiro dos depositantes. Num sistema de vasos comunicantes, os 3 mil milhões de lucro da banca, saíram dos particulares e das empresas. Falta saber se o que receberam em troca valeu esse dinheiro.

    Belmiro de Azevedo está cheio de razão nas críticas que faz ! Nem os jornais podem dizer coisas daquelas, porque os bancos de imediato lhes cortam a publicidade !

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  40. Mialgia de Esforço permalink
    27 Fevereiro, 2008 15:04

    LR,

    Parece-me que é um bocadinho diferente, ou seja os bancos é que dizem ao Estado quanto estão dispostos a pagar.

    Claro que os lucros provêm dos clientes. Escusavam era de os roubar.

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  41. 27 Fevereiro, 2008 15:06

    Caro anti-comuna,

    “É nada. Vc. sabe-o também como eu. Basta ver as condições necessárias para abrir um banco em Portugal.”

    Barreiras à entrada existem em Portugal em múltiplos sectores, nalguns bem maiores do que na Banca (energia e comunicações, por exemplo).
    Mas você deve é culpar o Estado corporativo que temos por ser permissivo aos vários grupos de interesses.

    “E basta ver que até existe um cartel organizado e público, cujo nome é: Associação Portuguesa de Bancos.”

    So what? Qualquer grupo de interesses está no seu pleníssimo direito de se organizar para os defender.

    “Se calhar, não é por acaso, cada vez mais existem estudos que demonstram que a nossa banca ficou para trás, na “modernidade”.”

    Será? A experiência diz-me que não ficamos a dever muito aos bancos estrangeiros. Os nossos custos de contexto é que são bem maiores.

    ““Como você reconhece, ninguém está impedido de abrir uma conta no estrangeiro.”

    Tomara que os portugueses abram os olhos.”

    Olhe que eles não são estúpidos de todo. E se continuam com o dinheirinho na banca nacional, é porque a relação custo/benefício não será propriamente desfavorável.

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  42. 27 Fevereiro, 2008 15:07

    Para mim a questão é outra…

    Os bancos emprestam (vendem com a sua margem de lucro) dinheiro.
    Os bancos apresentam lucros astronómicos.
    Ou seja vendem muito dinheiro.

    Isto só prova que os portugueses recorrem cada vez mais à banca para se endividarem (que é isto que dá lucro aos bancos).

    Ou seja enquanto os portugueses se puderem endividar e pagar os lucros vão aumentar na banca.
    O pior acontecerá quando eles não se poderem endividar mais ou não conseguirem pagar.

    Depois ai só há uma solução… fechar!

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  43. 27 Fevereiro, 2008 15:24

    Anti-comuna,

    Relativamente à “sua” operação cambial, como sabe os bancos vão comprar/vender divisas no mercado spot que liquida a 2 dias. O movimento na sua conta não terá sido com data-valor de D+2? Se assim for, que culpa tem o seu banco que o euro em D registasse um mínimo?

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  44. Lololinhazinha permalink
    27 Fevereiro, 2008 15:27

    Caro Matheus,

    Não conseguir perceber a ironia dos outros é uma forma de pobreza. Pobreza de espírito.

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  45. 27 Fevereiro, 2008 15:31

    Pvl,

    “Será mesmo verdade isto? Nos supermercados consigo identificar diferentes níveis de serviço e preço (Lidl ou Modelo Bonjour, por exemplo). Nos aviões existem as low-cost, nos seguros existem os seguros online e os do continente.

    Nos bancos parece-me que competem todos com a mesma qualidade/preço o que é estranho numa mercado verdadeiramente concorrencial. Se calhar é um mercado concorrencial e aberto como o das farmácias.”

    Tem a certeza do que está a dizer? Absoluta??? Já se decidiu a fazer um “shopping around” por todos os bancos da praça? E basta testar em 3/4 produtos: depósitos a prazo, crédito à habitação, crédito ao consumo, aplicações financeiras.

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  46. Lololinhazinha permalink
    27 Fevereiro, 2008 15:36

    “Barreiras à entrada existem em Portugal em múltiplos sectores, nalguns bem maiores do que na Banca (energia e comunicações, por exemplo).
    Mas você deve é culpar o Estado corporativo que temos por ser permissivo aos vários grupos de interesses.”

    LR,

    Desculpe meter-me na conversa mas nesse particular o Anti-comuna tem toda a razão. É inadmissível em qualquer parte do mundo civilizado que um processo para constituição de uma sociedade financeira demore mais de três anos a ser apreciado pelo Banco de Portugal (e já nem sequer estou a falar de constituir um banco, mas apenas de abrir uma sociedade financeira que não tenha por objecto a recepção de depósitos bancários).
    Qualquer autorização para alterações dentro das sociedades financeiras corre a ritmos tão propositadamente lentos que asfixia quem não pertence ao cartel.
    O banco de portugal protege quem quer e impede quem não quer de brincar às sociedades financeiras sem que se cheguem a perceber quais são os critérios utilizados. Se isto não é procedimento à cartel, não sei o que será.

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  47. Socrates Vicente permalink
    27 Fevereiro, 2008 15:50

    “Chegou a corrupção dos costumes a tal estado que os poderosos têm ódio a quem repreende suas injustiças” – Padre António Vieira

    Como um olhar para o passado pode revelar tanto do presente…

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  48. 27 Fevereiro, 2008 15:50

    Xantipa,

    “Podemos dizer que só vai ao banco quem quer – mas esta afirmação só é em parte verdade e houve alturas em que era mesmo um mal necessário para quem quisesse ter uma habitação onde morar.”

    Errado! O que é que o impede de se endividar junto da família ou dos amigos? Deixaria de pagar comissões de intermediação aos “agiotas” da banca.

    “Só esta razão, estamos a falar de um bem de primeira necessidade, devia levar os reguladores a estarem muito atentos a coisas como os arredondamentos às milésimas, à publicidade enganosa e às multas ainda cobradas, com o nome de comissões, a quem pretende mudar de banco para transferir o empréstimo.”

    Já que fala de bens de 1ª necessidade, convém que os reguladores estejam também atentos às padarias, que “ameaçam” subir o pão 50%. E já agora, aos subsídios públicos às ditas energias limpas, responsáveis pela subida astronómica do preço dos cereais.

    Já se lembrou em pedir mais concorrência a todos os níveis em vez de apelar aos reguladores?

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  49. 27 Fevereiro, 2008 15:57

    Lololinhazinha,

    Repito o que disse ao anti-comuna:
    “(…) você deve é culpar o Estado corporativo que temos por ser permissivo aos vários grupos de interesses.”
    O BP gere-se pelos timings previstos na lei (que ele próprio terá proposto), mas isso não desresponsabiliza o legislador.

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  50. pvl permalink
    27 Fevereiro, 2008 16:16

    LR,

    “Nos bancos parece-me que competem todos com a mesma qualidade/preço …”

    “Tem a certeza do que está a dizer? Absoluta??? Já se decidiu a fazer um “shopping around” por todos os bancos da praça? ”

    Não fiz nenhum estudo. Mas se me indicar quais os bancos “low-cost” em Portugal eu agradeço-lhe. E não me estou a referir a bancos que fazem um spread baixinho para depois ganhar dinheiro numa comissão escondida. Quero dizer bancos que me ofereçam maior rentabilidade (ou menor custo) por terem uma estrutura de custos mais leve (por terem menos “luxos” para os clientes).

    A minha pergunta não é irónica, é sincera. Gostava mesmo de saber.

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  51. 27 Fevereiro, 2008 16:16

    LR, o seu post anterior suscita-me duas observações:

    Primeiro, a sua afirmação inicial é, no mínimo, imbecil;

    Segundo, estou de acordo consigo desde que a concorrência funcione, o que manifestamente não é o caso (como não é nos combustíveis)! Assim sendo é necessário exigir que o BP deixe de se comportar como o “verbo de encher” que tem sido até aqui.

    Já o disse a propósito de outro post mas repito, o estado tem um forte mecanismo de mexer nas regras de mercado, através da concorrência, que se chama CGD. Quando esta reduzir as comissões, as despesas de manutenção e reduzir as margens nos empréstimos todos os outros bancos se lhe seguirão em benefício dos cidadãos (ou aqui o sacro-santo mercado já não funciona?).

    Note bem que não defendo que a caixa não tenha lucros (longe disso) mas apenas que, numa conjuntura nacional difícil assuma o seu papel de força de equilíbrio aliviando os cidadão (directa ou indirectamente) de alguma da carga financeira que os asfixia.

    JP

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  52. 27 Fevereiro, 2008 16:18

    Matheus,

    “Quase todos a espumar de vária forma que é porque nos apanharam como a um rebanho no cerco. Que é porque somos levados a colaborar, escravos, nisso. Porque os lacaios da corrupção que nos governa há trinta anos lucra com o roubo aos portugueses, levados a endividarem-se pra vida no pagamento ao triplo e quádruplo da casa que se devia assegurar de outra maneira.”

    Por acaso já se lembrou de pedir a liberalização total do arrendamento, do ajustamento das rendas antigas, de tornar imediatos os despejos para quem não paga a renda? De certeza que aumentaria exponencialmente a oferta de casas para arrendar e, pelos milhares de m2 por ocupar, a preços módicos. E você culpa a banca por aproveitar uma oportunidade decorrente de distorção do mercado provocada pelo legislador? Não fossem os bancos a disponibilizar crédito e haveria muito mais gente sem tecto.

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  53. 27 Fevereiro, 2008 16:23

    Caro LR,

    De facto eu tal como, provavelmente o Matheus, não pedirei nunca que se tornem imediatos os despejos para quem não paga a renda, é que sabe, alguns de nós ainda têm corações.

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  54. honni soit qui mal y pense permalink
    27 Fevereiro, 2008 16:39

    Penso que neste caso não há muito a dizer.
    A Banca fornece dinheiro a juro , e executa os incumpridores.Investe o dinheiro no que está a dar.E o que está a dar é na especulação.O “progresso”.Ainda bem que dão lucro…se não fosse assim ainda tinhamos que pôr gestores do partido do governo.Se tivesse por aí um regime de arrendamento diferente , outro galo cantaria. Assim somos quase todos escravos a 40 anos.

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  55. Psicoiso permalink
    27 Fevereiro, 2008 17:03

    «O povo, com a miséria, tende a ficar invejoso»
    Qual é o problema?
    «A inveja é a base da democracia» – Bertrand Russel.
    Ou os aldrabões dp BCP-Millenium e o bando de Ali-Babá no BdP
    é que estão certos?

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  56. Anónimo permalink
    27 Fevereiro, 2008 17:06

    Belmiro ja esta nos SEguros deve querer entrar na Banca certamente … Pelos vistos o MERITO no caso dos Bancos, ao inves dos professores por ex., nao tem quotas, ja que todos sem excepção apresentam lucros (ou contas marteladas)…

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  57. Doe, J permalink
    27 Fevereiro, 2008 17:11

    JP Diz:
    “De facto eu tal como, provavelmente o Matheus, não pedirei nunca que se tornem imediatos os despejos para quem não paga a renda, é que sabe, alguns de nós ainda têm corações.”

    Desde que tenha carteira para acompanhar esse coração não vejo nada de mal nisso.
    O problema é que normalmente esses “corações” são aplicados à custa das carteiras dos outros. 🙂

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  58. 27 Fevereiro, 2008 17:11

    …você deve é culpar o Estado corporativo

    100% de acordo! É preciso que o Estado adopte medidas reguladores do mercado e encurte as rédeas aos bancos, aplicando-lhes desde já os impostos sem favores. Mas pelo que se está a assistir no caso BCP (em que as inquirições aos responsáveis no Parlamento estão a ser tratadas a medo…), tudo será como a tradição – nada mudará!
    É um Estado corporativo sim , com interesses na banca, onde precisa de colocar os seus boys excedentários, e onde se vai endividar para as folias megalómanas …
    Os bancos simplesmente aproveitam a distração; como os larápios fazem quando a polícia não anda na rua.

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  59. jofer permalink
    27 Fevereiro, 2008 17:14

    Há 2 meses atrás deveria ter chegado á minha caixa do correio uma factura de um leasing que tenho no BCP. Não chegou. Tive que pedir uma segunda via. Foi-me cobrado pela 2ª via a “módica quantia” de 5,55 € + 21% de IVA.
    Se eu fizesse isto a um cliente meu, era rotulado de ladrão!

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  60. jofer permalink
    27 Fevereiro, 2008 17:23

    Carlos

    Quem está a criar dificuldades a ida à CIP todos os reponsáveis do BCP, é o PSD. Apenas pediram a ida de Filipe Pinhal. O presidente que lá esteve menos tempo.
    Agora percebo. O grosso dos desempregados em Portugal são os boys laranja…Não querem fazer mossa para que no futuro tenham as portas escancaradas para entrarem…

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  61. 27 Fevereiro, 2008 17:27

    RV,

    “Ou como o dos combustíveis. Ou como o das telecomunicações fixas. Ou como o da electricidade. Ou como o das auto-estradas. Tudo mercados concorrenciais para inglês ver.”

    Ok, trate de exigir desde já ao Estado a supressão completa de barreiras à entrada (e tb à saída) em todo e qualquer sector.

    “Para perceber estes lucros seria necessário conhecer as suas origens. Quanto significam as comissões? E os empréstimos à habitação? É possível que estes dados estejam publicados; se alguém os quiser facultar, agradeço.”

    Já foi aos sites dos diferentes bancos?Têm lá os Relatórios e Contas e respectivos anexos com muita, muita informação de vários anos. E poucas empresas fornecem tamanho detalhe.

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  62. 27 Fevereiro, 2008 17:31

    Agora percebo. O grosso dos desempregados em Portugal são os boys laranja…

    Sim, sim …. é verdade. É que os pink-boys estão quase todos colocados!

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  63. Tribunus permalink
    27 Fevereiro, 2008 17:31

    Em Janeiro do ano passado, tinha uns dinheiros para fundos depósitos, dei um volta por 10 balcões de bancos. As rapariguinhas e os rapazinhos, instruidos, para aldrabar a oferta que cada banco tem nesta area, era aflitiva, mostrar tabe
    las, um que queria despachar-se de um cliente chato, Porque um idiota deste me deu um preçario, acabei por eleger esse banco, confrontando o mesmo banco noutra dependencia. Lá fui na mistificação de 50% fundos, 50% depósito a prazo. Os fundos, são mesmo uma aldrabice bancária, ninguem sabe o que ali vai dentro, como se compra e como se vende. Com reguladores como temos è uma selva! Felizmente em Julho acaram os seis meses e foi na hora de me safar dos fundos……….agora sou eu que dito aos bancos, o que quero nos depositos a prazo (andam tão aflitinhos de dinheiro) que brem os cordões dos juros (a gaita è a inflação que o Socrates, não consegue ver na sua cegueira………..

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  64. Ruben permalink
    27 Fevereiro, 2008 18:14

    .
    Apenas um unico problema: o deposito a prazo é pago a cerca de 3% ao cliente (que empresta dinheiro ao Banco), o Banco empresta a um minimo de 9% para compra de casa, empresas etc. Isto é sem qualquer risco (dinheiro dos outros) INFLACIONA a taxa de juro três vezes mais. Lucro. Porque cobrir o risco a quem empresta o dinheiro ao Banco (depositantes e depósitos a prazo)é que não é. Veja-se as injecções de dinheiro dos Impostos dos Cidadãos por essa Europa fóra, e não só, para os Bancos não falirem (não terem dinheiro para pagar a quem lho empresta (depositantes). Não há concorrência bancária, apenas um leve acenar…
    .
    No caso especial Português complica-se um pouco mais: o estado tem de fabricar um “bode-expiatório” para o empobrecimento de todos os cidadãos que fez “corajosamente” á força através dos Impostos-Fisco-Ministro das Finanças-1º Ministro-PR; estes não querem ter culpa de nada.
    .
    Perante a revolta popular meus amigos os culpados vão ser os Empresários, os Empreendedores, o Privado. O Estado é uma “vitima” da malandragem dos cidadãos. O novo PREC, o gonçalvismo de veludo. Bom, Direita não há. Encostaram-se todos uns aos outros, quando começo a queda não há alternativa, caiem todos juntos. Apenas dinamica sociologica; sem novidade, na história a pontapés.

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  65. 27 Fevereiro, 2008 18:57

    “Banco empresta a um minimo de 9% para compra de casa, empresas etc.”

    A esse preço não há clientes. É fácil encontrar muito mais barato.

    “Isto é sem qualquer risco (dinheiro dos outros)”

    E se os outros não pagarem?

    “INFLACIONA a taxa de juro três vezes mais. Lucro.”

    Não sei bem o que quer dizer com isso, mas está bem. A taxa de juro que os bancos cobram pelos empréstimos não são lucro, são proveito.

    “Porque cobrir o risco a quem empresta o dinheiro ao Banco (depositantes e depósitos a prazo)é que não é.”

    Como?

    “Veja-se as injecções de dinheiro dos Impostos dos Cidadãos por essa Europa fóra, e não só, para os Bancos não falirem (não terem dinheiro para pagar a quem lho empresta (depositantes). Não há concorrência bancária, apenas um leve acenar…”

    Poe essa europa fora… está a referir-se a um banco, apenas. E foi uma opção errada, do governo inglês. Um precedente perigoso.

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  66. 27 Fevereiro, 2008 19:01

    “De facto eu tal como, provavelmente o Matheus, não pedirei nunca que se tornem imediatos os despejos para quem não paga a renda, é que sabe, alguns de nós ainda têm corações.”

    E não sobra uma aurícula para os reformados que em tempos investiram as suas poupanças num apartamento ou numa casa, para terem uma velhice mais confortável, e que são expropriados mês a mês a troco de uma dezena de euros?

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  67. José Barros permalink
    27 Fevereiro, 2008 19:12

    E não sobra uma aurícula para os reformados que em tempos investiram as suas poupanças num apartamento ou numa casa, para terem uma velhice mais confortável, e que são expropriados mês a mês a troco de uma dezena de euros? – JCD

    Falando por mim, eu não tenho pena nenhuma, antes desprezo, por quem vive como parasita do seu senhorio, pagando rendas que, as mais das vezes, nem chegam para uma refeição decente. Seria de pensar que isto seria um lugar-comum, mas em Portugal é antes um “ai Jesus, coitadinhos dos pobrezinhos”.

    É por isso que o subdesenvolvimento é o que é.

    Quanto aos bancos, é uma questão de respeito pela lei (que, aliás, protege os consumidores, muitas vezes em demasia). Se não são lucros obtidos ilícitamente, qual o problema?

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  68. 27 Fevereiro, 2008 19:49

    Carlos,

    “O LR não está em posição de discutir este assunto, já que os seus deveres como bancário não o permitem. Resta-lhe defender a/as instituição. Mesmo que um dia saia com uma reforma antecipada, assinará uma declaração com uma série de obrigações que se obriga a respeitar (ou terá de devolver qualquer quantia de compensação…).”

    É óbvio que me compete defender quem me paga. Quando me sentir violentado em alguns princípios só tenho de me demitir. Mas, em abono da minha “independência”, poderá ver em alguns comentários acima – e em outras postas que anteriormente já publiquei sobre o tema – que defendo um cenário de maior transparência da parte do legislador de resistência e imparcialidade total face aos diferentes grupos de interesse. Sem prejuízo de eu considerar totalmente legítima a actividade de lobby.

    “O Estado aplica o mesmo imposto aos bancos e às empresas. O problema é que grande parte dos lucros bancários ficam isentos da aplicação desse imposto, pelo que a taxa real (Lucro/Imposto) andará entre os 10 e os 12%! Repare que até as brutais despesas com a restruturação da banca foi taxada a taxa 0%! Que empresas terão destas benesses?”

    Compete ao Estado acabar com todo e qualquer tipo de benefícios fiscais. Mas se eles existem, os bancos estariam a dar um tiro no pé se não os aproveitassem até ao último cêntimo. E qual a lógica de tributação dos custos de reestruturação? Jamais o deveriam ser, na banca ou em qualquer outro sector. Acha que faria algum sentido o Estado tributar em IMT os imóveis de uma empresa que é integrada noutra?

    “Acentam ainda numa cartelização não assumida em que o BP e a ANB tem grande influência, de modo que as margens de lucro consertadas sobre os serviços vendidos são exorbitantes. Repare que as empresas para funcionar precisam de crédito, assim como nós para vivermos precisamos de água luz e gaz (e também aí há lucros porque há monopólio e os clientes não podem prescindir ou escolher).”

    Repito o que já disse em resposta a um comentário acima: faça um “shopping around” por vários bancos e compare preços. Quanto a margens exorbitantes, elas sê-lo-ão ou não em função da maior ou menor procura e apetência pelos diversos serviços. E lá porque as empresas precisam de crédito, este tem de ser de borla? Como qualquer bem, o preço do dinheiro é fixado em mercado aberto pela intersecção das suas curvas da procura e oferta. Por acaso já se lembrou de fazer uma análise do spread bancário (margem entre taxas activas e taxas passivas) ao longo dos últimos 20/30 anos? Olhe que desceu e muito.

    “Por último temos as engenharias financeiras “legais” (mas imorais), descobertas pelos melhores fiscalistas e economistas que a banca contrata, de modo a explorar da melhor forma as brechas da lei (algumas conhecidas e consentidas pelo Estado, como regras do jogo). As operações off-shores são conhecidas há muitos anos e parece só agora serem crime!”

    A moralidade não é para aqui chamada e volta-se contra todos os “stakeholders”. Se você tem dúvidas sobre a actuação “moral” do seu banco, só tem de vender as acções e (ou) fechar a conta. Na certeza porém de que se os bancos – ou qualquer outra empresa – não conseguirem resultados pela via da redução de custos (e os custos fiscais pesam) optarão pela via do aumento dos preços. Pagaremos todos mais, mas será em prol da “moral”…

    “Você acredita que há pessoas com empréstimos à habitação feitos há 20 anos que continuam a pagar as taxas em vigor naquela altura (e sabe como eram altas, não sabe ?). Simplesmente estão sempre a pagar a mesma “renda” e pensam que está tudo bem!”

    Sabe por acaso o que está contratualizado? E as pessoas afectadas não sabem quais são os seus interesses? E se não souberem, porque se há-de obrigar os bancos (ou qualquer outra empresa) a ter espírito de missionário?

    ” Lembre-se que a banca explora serviços e não são organismos produtivos. Não acrescentam trabalho à matéria prima para criar mais valias. Limitam-se a vender caro serviços e ainda por cima com o dinheiro dos depositantes. Num sistema de vasos comunicantes, os 3 mil milhões de lucro da banca, saíram dos particulares e das empresas. Falta saber se o que receberam em troca valeu esse dinheiro.”

    Você está a laborar no erro, muito comum aliás, de que o sistema de trocas é um jogo de soma nula. Errado! É um jogo de soma positiva e o lucro dos bancos existe porque é validado pelos seus Clientes que sabem que há geração de um valor acrescentado do qual eles tb beneficiam.

    “Belmiro de Azevedo está cheio de razão nas críticas que faz ! Nem os jornais podem dizer coisas daquelas, porque os bancos de imediato lhes cortam a publicidade!”

    Belmiro de Azevedo está a defender os seus interesses enquanto consumidor de crédito. Se ele fosse um Cliente de depósitos, estaria a diabolizar os bancos pela sua obsessão no controle de custos e inerente resistência a aumentar as taxas.

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  69. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 19:57

    “Relativamente à “sua” operação cambial, como sabe os bancos vão comprar/vender divisas no mercado spot que liquida a 2 dias. O movimento na sua conta não terá sido com data-valor de D+2? Se assim for, que culpa tem o seu banco que o euro em D registasse um mínimo?”

    Caro LR, uma vez acontece, demasiadas vezes faz um padrão. Tanto para a compra como para a venda. 😉

    Não defenda o indefensável, já que de mercado cambial ainda percebo mais que alguns ao balcão, que nos tentam enganar com explicações espatafúrdias. 😉

    Repito e volto a repetir. Uma vez é normal, várias vezes faz um padrão de comportamento.

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  70. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 20:02

    E se for preciso meter aqui mais umas anedotas… Desde comprar acções nas OPVs, usando ilegalmente e abusivamente contas e dados do cliente, que o ignora; até transacionar acções da EDP a um dado preço, num dado dia, que nunca e em tempo algum fez tal negócio, mas apresentando ao cliente determinado negócio efectuado em nome co cliente.

    Caro JCD:

    “Poe essa europa fora… está a referir-se a um banco, apenas. E foi uma opção errada, do governo inglês. Um precedente perigoso.”

    Não foi um caso apenas. São às centenas, por esse mundo fora. Mas injecções directas de capital do contribuinte, só na Alemanha…

    Os bancos estatais na Alemanha, muitos deles, diz-se praí, estão quase tão falidos como o Northern, antes de ser nacionalizado.

    Assim até eu emprestava dinheiro, sem me preocupar em demasia com um eventual colapso económico dos meus clientes. 😉

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  71. André Verneuil permalink
    27 Fevereiro, 2008 20:12

    A inveja é o motor imparável da parvónia. A regra é: eu não faço, eu não consigo, eu não me ralo, eu mesmo assim caço o subsídio, mas tu também não hás-de conseguir, nem o subsídio porque trabalhas como um idiota e ainda por cima cobram-te os impostos que em parte vão parar ao meu bolsinho. E porque não?
    O socialismo na porcalhota é isso mesmo, a maioria votará
    sempre no socialismo. Põe-te mas é a andar, emigra, vai para a europa se puderes, senão ainda vêm aí uns senhores que te pedem a identificação para começar e depois a tua vida ainda volta mais para trás.

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  72. 27 Fevereiro, 2008 20:20

    Caro anti-comuna,

    Se faz muitas operações cambiais, porque não opta pelos câmbios forward? E por favor, não confunda a árvore com a floresta. Ignorância ou má-fé existem em todo o lado, mas deve haver poucos sectores com mecanismos de controlo interno tão apurado como a banca. Claro que a imaginação não tem limites e de vez em quando acontecem casos como os do Barings ou o mais recente da Société Genérale.

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  73. anti-comuna permalink
    27 Fevereiro, 2008 21:00

    “Ignorância ou má-fé existem em todo o lado, mas deve haver poucos sectores com mecanismos de controlo interno tão apurado como a banca. Claro que a imaginação não tem limites e de vez em quando acontecem casos como os do Barings ou o mais recente da Société Genérale.”

    Olhe existe em todo o lado e onde menos se espera. Mas, tenha presente o seguinte, esses mecanismos são tão bons, que quase todos os bancos vão tendo os seus pecadilhos.

    Dirá. Mas não era suposto ser assim. Mas é. Se o é, quer quer lhe diga? Ou são cartel ou imitam-se demasiado bem.

    PS Essa do forward é que não percebi bem. Deixe lá. Um dia descubro. 😉

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  74. jotabil permalink
    27 Fevereiro, 2008 22:33

    Caros

    Por acaso alguém sabe o que é uma instituição bancária?
    Por acaso alguém sabe o que é o “mínimo de reserva jegal” estabelecido pelo governo de um estado para as instituições bancárias?
    Por acaso alguém sabe que é este, (MRL) o factor estrutural dos lucros de uma instituição bancária?
    São capazes de imaginar o funcinamento deste factor que transforma os bancos em verdadeiras máquinas de fazer dinheiro?
    As comissões e outras minudências são apenas coisas complementares , para os lucros obtidos.
    Quem souber as noções liminares da economia entende peerfeictamente a realidade a que me refiro.

    cumps

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  75. Ruben permalink
    28 Fevereiro, 2008 22:01

    :
    Caro JcD vá ao terreno, fale com as Empresas e confirme o juro em descontos de letras etc. Estamos huma discussão, julgo Liberalismo e não Liberal amarrado a Marxismo. Os Bancos compram dinheiro a juro (depositos a prazo etc) e vendem dinheiro a juro. Compram a 3% e vendem a 9%, 12% etc. E não fale de riscos porque não é bem assim; quanto injectou a UE na Banca Europeia nos ultimos tempos, quanto injectaram Governos para segurar Bancos da falência ? Ninguém está a denegrir a Banca. Mas há Banca (tipo roleta de casino) e há BANQUEIROS sólidos, seguros. Ser fundamentalista na defesa do errado não é bom para o aperfeiçoamento do Capitalismo, apenas beneficia o desmantelamento dos Direitos Absolutos de Propriedade e Privacidade Individuais por maquiaveis de pacotilha: deixa-os engolir a sicuta, fecha os olhos, no momento certo é o veneno com que os liquidaremos. É o novo PREC de veludo em andamento, as nomenklaturas, os apartniks etc com o entulho do Muro de Berlim ás costas. Foi chão que já deu uvas. O Mundo mudou mesmo.

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  76. Tolstoi permalink
    29 Fevereiro, 2008 00:01

    Só se pode ser cidadão com plenos direitos se se possuir conta bancária?

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